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Disposição da equipe cirúrgica e posicionamento cirúrgico

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1 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
DISPOSIÇÃO DA EQUIPE CIRÚRGICA E POSICIONAMENTO CIRÚRGICO 
 
 
Posicionamento cirúrgico 
Posição cirúrgica é aquela em que o paciente é colocado, em geral após anestesiado, para ser 
submetido a um procedimento cirúrgico. A área operatória deve estar adequadamente exposta com 
a finalidade de facilitar o procedimento. 
 
Exemplo – cirurgia de coluna por via posterior, com acesso via dorsal, o paciente tem que ficar em 
decúbito ventral. É uma cirurgia grande que precisa de uma anestesia geral, com intubação 
orotraqueal. Praticamente impossível ter acesso à via aérea nessa posição, então, há muitos 
cuidados de posicionamento cirúrgico. 
 
Fatores que interferem na posição cirúrgica 
➢ Tipo de cirurgia; 
➢ A via de acesso; 
➢ Tipo de anestesia; 
➢ Idade, altura e o peso do paciente. 
 
Posições do paciente na mesa cirúrgica 
• Decúbito dorsal – mais utilizada; 
• Decúbito ventral – cirurgias de coluna e proctológicas; 
• Decúbito lateral direito e esquerdo – cirurgias de pulmões ou rins; 
 
Variações das posições cirúrgicas – São posicionamentos para mobilizar as vísceras. 
• Trendelenburg (decúbito dorsal, cabeça inferior ao nível dos pés); 
• Pró-clive (decúbito dorsal, cabeça em nível superior ao nível dos pés); 
• Ginecológica; 
• Kraske (canivete), decúbito dorsal nádegas em plano superior pela flexão do tronco sobre as 
coxas – cirurgia proctológica. 
 
 
Exemplo: Em paciente em decúbito dorsal, fazer uma 
cirurgia na pelve – a tendência das alças intestinais é 
descerem até a pelve, então se usa a Trendelenburg, pes 
mais elevados do que a cabeça, então as alças intestinais 
moveis vão até o diafragma, liberando espaço na pelve e 
permitindo espaço para a cirurgia. 
 
 
 
Cuidados no posicionamento do paciente 
• Evitar compressões da pele, vasos e nervos do paciente. Se durar muito tempo, pode ter 
consequências graves; 
• Manter a adequada função respiratória; 
• Manter a adequada circulação sanguínea; 
• Evitar os apoios sobre os pacientes. 
 
2 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
 
Posições mais frequentes 
• Fowler modificada ou posição sentada. 
• Posição de decúbito dorsal ou supina. 
• Posições laterais. 
• Posição de decúbito ventral. 
• Posição de Canivete (Kraske). 
• Posição Litotômica. 
• Posição de Trendelemburg 
• Posição de Trendelemburg reversa. 
 
 
→ Posição dorsal ou supina 
Pacientes com braços estendidos ao lado do corpo ou em 
braçadeiras, as pernas estendidas, paralelas e delicadamente 
afastadas. As vértebras: cervicais, torácica e lombares em 
linha reta. Todos os pontos de pressão devem ser protegidos. 
Pode ter formação de escaras durante a cirurgia caso for 
prolongada. Exemplo: paciente posicionado de forma correta 
com as proteções, mas, por algum motivo, durante o 
procedimento, o anestesista retirou a proteção para verificar 
e esqueceu de colocar de novo, então houve uma escara na 
região occipital no outro dia. 
Cirurgias cranianas, torácicas e abdominal. Exemplos: 
colecistectomia, cesariana. 
 
 
→ Trendelemburg 
É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte 
superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. 
Oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos durante a 
abertura ou cirurgia laparoscópica no abdome inferior. 
Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no 
córtex cerebral quando a PA cai repentinamente. 
 
 
 
 
Aumenta o retorno venoso – colocar as pernas para cima. 
Depende do objetivo. Geralmente, não passa de 30-40 
graus de inclinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
 
→ Decúbito lateral 
O paciente fica deitado sobre o 
lado não afetado, oferecendo 
acesso á parte superior do tórax, 
na região dos rins, na seção 
superior do ureter. 
Todos os cuidados de proteção 
e fixação devem ser respeitados. 
 
Acesso restrito. A parte inferior 
da arcada costal fica próximo da 
crista ilíaca. Posso utilizar essa haste que levanta essa parte para 
ampliar o espaço, afastar o rebordo costal da crista ilíaca. 
Cirurgias do sistema renal. 
 
 
→ Posição lateral para procedimentos no tórax 
Toracotomias laterais. 
Paciente deitado lateral, em algumas circunstâncias, o braço 
de cima pode ser flexionado levemente no cotovelo, elevado 
acima da cabeça, e apoiado com suportes de braços 
especiais. 
 
 
 
→ Decúbito ventral 
 
Usado para procedimentos na coluna 
cervical, dorso, área retal e parte posterior 
das extremidades inferiores. 
Manter os cuidados com tubos traqueais, 
proteger todas as áreas de pressão, manter 
pálpebras fechadas (lesão de córnea), os 
suportes não devem pressionar mamas e 
genitálias masculinas, não deixar nada 
dobrado sob o paciente. 
 
Cirurgias de coluna, ânus, reto. Hemorroidectomia, hérnia de disco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
 
→ Posição de “Canivete” (Kraske) 
Utilizada na Proctologia, cirurgias orificiais. Técnicas de 
hemorroidas, fístulas, fissuras. 
Usada para operações proctológicas. è uma modificação da 
posição ventral. Os quadris são colocados sobre uma almofada 
sobre a dobradura da mesa, a qual é flexionada num ângulo de 90 
graus, elevando os quadris e abaixando a cabeça e o corpo. 
Hemorroidectomia. Fissura e fístulas anais. 
 
 
→ Posição de litotomia ou ginecológica 
Para ter acesso à região perineal. 
Paciente em decúbito dorsal, pernas elevadas e abduzidas para 
expor a região perineal para procedimentos que envolvem os 
órgãos pélvicos e genitais. 
Suporte de pernas devem ser acolchoados, os estribos nivelados 
e ajustados ao tamanho do paciente 
A posição precisa ser simétrica, as pernas levantadas 
simultaneamente para evitar tensão e deslocamento. 
Perineoplastia. Hemorroidectomia. Histerectomia vaginal. 
 
 
→ Posição de Fowler modificada ou posição sentada 
O paciente deve ser protegido com almofadas sob as nádegas e 
região do dorso, joelhos flexionados e apoiados com almofadas. 
Cuidados: braços podem ser flexionados transversal ao abdome, 
repousando sobre um travesseiro no colo, ou colocados à frente 
do paciente sobre almofadas. 
Pressão prolongada no dorso pode causar dano ao nervo ciático. 
O paciente fica quase sentado. 
Indicações: quando o paciente tem alguma restrição em termos 
de função circulatória ou respiratória, em que não posso colocar ele deitado para não aumentar o 
retorno venoso e, assim, o débito cardíaco. Outra indicação é quando preciso de uma verificação do 
paciente com o tronco erguido, dependendo da posição natural do paciente em pé para analisar, por 
exemplo, as mamas. 
Mamoplastia, dreno de tórax. 
 
 
Mesa cirúrgica. Várias formas de mobilidade. As pernas podem ser 
retiradas, afastadas. A parte do meio pode levantar-se. Várias 
possibilidades de posicionamento seguro. A maioria das mesas são 
elétricas. 
 
 
 
 
 
5 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Risco de lesões relacionadas 
Pressão de sustentação. Escaras em áreas de proeminências ósseas ou em compressões de nervos, 
por exemplo, quando tenho compressão do nervo fibular por uma haste que segura o membro 
inferior. Se for por muito tempo, posso ter uma lesão irreversível com a perda da capacidade de 
levantar o pé. Quando acontece isso, o paciente tem que levantar a perna toda para poder caminhar, 
é uma sequela grave por um erro no posicionamento do paciente. São acidentes preveníveis. 
Geralmente, acaba levando a processos judiciais. 
Desalinhamento de áreas corporais específicas. O principal exemplo é quando tenho uma 
hiperextensão, abdução do braço. Uma das posições mais comuns é o paciente em decúbito dorsal 
com os braços abertos. Quando se posiciona o paciente, delimita-se o campo cirúrgico, coloca-se 
uma “cortina” que separa a parte que será utilizada. 
 
Prevenção de lesões 
Faixas de segurança acima dos joelhos. Sem compressão exagerada. 
Acolchoamento em todas as proeminênciasósseas e áreas susceptíveis à compressão de nervos, 
nervos vulneráveis. Espumas que se ajustam e distribuem a pressão de forma mais uniforme. 
Mudanças de decúbito durante o procedimento. Em cirurgia muito longa, muda-se o decúbito para 
mudar as áreas de pressão. 
 
Lesões inadvertidas por posicionamento inadequado no trans operatório – lesão de plexo 
braquial 
Compressão do plexo entre a clavícula e a primeira costela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitas vezes, há uma equipe grande que, sem querer, vai 
empurrando o braço para cima, ocorrendo uma hiperextensão que, 
se não for verificada, produz lesões irreversíveis. Então, a 
verificação regular de tempos em tempos da posição do paciente 
também é importante para evitar essas lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Tabela com pontuação para se avaliar o risco de lesões por posicionamento. 
 
Nas colunas, há a pontuação 1-5 e abaixo os itens avaliados, tipos de posição cirúrgica. Quanto 
maior o tempo cirúrgico, maior o risco de lesões por posicionamento. 
 
Céfalo-Aclive 
Alterações Respiratórias 
1. Maior espaço morto (aumento da zona 1 de West); 
2. Elevação da relação V/Q (ventilação/perfusão); 
3. Rebaixamento do diafragma; 
4. Menor pressão intra-torácica; 
Alterações Cardiovasculares 
1. Diminuição da pré-carga; 
2. Aumento do reflexo da Resistência Vascular Sistêmica (RVS); 
3. Diminuição do Débito Cardíaco (DC); 
 
 
 
7 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Céfalo-Declive 
Alterações Respiratórias 
1. Elevação do diafragma; 
2. Aumento da Pressão Intratraqueal; 
3. Diminuição da Capacidade Residual Funcional; 
4. Diminuição da Relação V/Q; 
5. Aumento do Shunt Pulmonar; 
Alterações Cardiovasculares 
1. Aumento da Pré-Carga; 
2. Diminuição da RVS; 
3. Aumento do DC. 
 
 
DISPOSIÇÃO DA EQUIPE CIRÚRGICA 
Cirurgia Supramesocólica. 
Com o paciente em decúbito dorsal em cirurgias 
supramesocólicas (maioria), o cirurgião fica do lado direito do 
paciente, pois fica mais anatômico o posicionamento se o 
cirurgião for destro, a movimentação fica melhor. 
Se o cirurgião for sinistro (lado esquerdo predominando0, 
ficará mais bem posicionado do lado esquerdo do paciente. 
O auxiliar fica na frente do cirurgião. 
O segundo auxiliar fica ao lado direito do cirurgião. 
O instrumentador fica em uma posição oblíqua ao cirurgião. 
 
Cirurgia Inframesocólica ou na pelve 
A posição da equipe é invertida pois, para acessar à pelve, 
área limitada por estruturas ósseas, fica mais anatômico 
para o cirurgião que é destro. 
 
 
 
 
 
 
 
Cirurgia sem instrumentador 
 
A mesa de instrumentos cirúrgicos deve ser manipulado pelo 
cirurgião, para não perder tempo caso o auxiliar precisar fazer 
outras coisas além de segurar os instrumentos cirúrgicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Cirurgia ginecológica 
O acesso é direto ao campo cirúrgico. Normalmente, o cirurgião 
fica sentado. 
O auxiliar do lado esquerdo do cirurgião, em pé. 
 
 
 
 
 
 
 
Altura da mesa em relação ao cotovelo do cirurgião 
A – altura correta. Relação entre braço e antebraço em um 
ângulo de 90º. Se a mesa cirúrgica estiver muito alta (B), o 
ângulo fica muito fechado, levando a um posicionamento 
que pode resultar em lesões, processo inflamatório, 
prejudicando a cirurgia.

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