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DPC - Teoria Geral dos recursos

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Recurso
(remédio processual de que as partes, o MP e eventuais 3ºs prejudicados podem se valer para submeter uma decisão judicial à nova apreciação, em regra, por órgão diferente daquele que a proferiu - exceções nos embargos de declaração e embargos intrigantes da Lei das Execuções.
· Características que distinguem os recursos de outros atos processuais:
1) Interposição na mesma relação processual.
Os recursos não possuem natureza de jurídica de ação e nem criam novo processo, eles têm o condão de prolongar ação já iniciada.
Esse fato o diferencia de outros remédios, que por sua vez possuem natureza de nova ação/iniciam outro processo: (i) ação rescisória, (ii) reclamação, (iii) mandado de segurança e (iv) habeas corpus.
2) Aptidão para retardar ou impedir a formação da coisa julgada.
Uma vez que existam recursos pendentes, a decisão impugnada não poderá tornar-se definitiva.
Os recursos podem ter ou não efeitos suspensivos, não havendo efeito suspensivo, desde logo a decisão produzirá efeitos, MAS os mesmos não serão definitivos.
Ex: agravo de instrumento (art. 1.015 do CPC) - uma vez provido o agravo, todos os atos processuais até a sentença incompatíveis com ele tornam-se prejudicados, retornando assim, a seu status quo. Logo, o agravo impede a preclusão/ eficácia dos atos processuais.
Diante do exposto, alguns juízes erroneamente, quando possuem ciência do agravo de instrumento, passam a suspender o julgamento e aguardar o resultado do agravo, mesmo que esse efeito de suspensão não seja automático para esse recurso, apenas possível com o pronunciamento do relator.
3) Correção de erros de forma e conteúdo:
Uma vez que se fundamenta o recurso, a pessoa que o pleito poderá requerer a anulação ou substituição de uma decisão por outra.
As razões de sua pretensão devem abranger vícios de conteúdo ou processuais.
Erros de processuais ou errores in procedenda = em relação à vícios processuais que demonstram o descompasso da decisão judicial com as regras de processo civil.
Requer-se anulação ou declaração de anulabilidade da decisão, como consequência a questão volta para o juízo ad quo, para que outra decisão seja proferida.
Erros de conteúdo ou errores in judicando = em relação à vícios processuais para corrigir injustiças da decisão, quando há descompasso da decisão judicial com as regras de direito material.
Requer-se a reforma da decisão, caso em que juízo ad quem poderá fazê-lo.
No caso dos embargos de declaração, quer-se clarear ou integrar uma decisão.
4) Impossibilidade, em regra, de inovação.
Em regra, não se pode invocar em recurso matérias que não tenham sido discutidas anteriormente.
Exceções:
(i) art. 493, reexame de ofício ou a requerimento das partes nos casos de fatos supervenientes que repercutem no julgamento. Não possui aplicação restrita no juízo a quo.
(ii) art. 1.014: quando o apelante suscitar que deixou de invocar a matéria por motivos de força maior.
(iii) questões de ordem pública, menos nos recursos especial e extraordinário.
Sistema de Interposição.
Os recursos são interpostos perante o órgão a quo e não o ad quem. MENOS O AGRAVO DE INSTRUMENTO que deve ser interposto diretamente no Tribunal.
Os juízos ad quem farão os juízos de admissibilidade dos recursos, MENOS nos casos de recurso especial e extraordinário em que o juízo ad quo fará um primeiro exame de admissibilidade do mesmo (no caso desse último, realizado pelo presidente ou vice-presidente do Tribunal, decisão que cabe agravo -1.042-, uma vez que sobe para o STJ ou STF passará por um juízo de admissibilidade definitivo)(arts. 1.028, §3º, 1.009, §3º e 1.030, V).
Uma vez que o recurso foi para o juízo de admissibilidade, ele poderá não ser reconhecido ou ser reconhecido ( nesse caso ditarão o provimento ou desprovimento do recursos).
A decisão do órgão ad quem em regra substituirá a do órgão ad quo.
Todas as alternativas são:
1- não conhecer o recurso;
2- conhecer o recursos e declarar a anulação ou anular a decisão, fazendo com que ela volte para o juízo ad quo para ser reexaminada.
3- Conhecer o recurso e posteriormente decidir se dará ou não provimento a ele.
STJ 401 e art. 975 do CPC= o recurso, ainda que não venha a ser conhecido, impede o trânsito em julgado, salvo nos casos de má-fé.
Pronunciamento Judicial sujeito a recurso
(Pronunciamento de juiz com caráter decisório)
1- Sentença (pronunciamento do juiz com fulcro nos arts. 485 e 487 do CPC que põe fim a fase cognitiva do processo ou ao processo de execução.) Cabe apelação e embargo de declaração.
2- Decisão Interlocutória (pronunciamento de conteúdo decisório que resolve questões incidentais). Há as agraváveis por agravo de instrumento/ recorríveis em separado/recurso autônomo (art. 1015 do CPC) e as não agraváveis, mas que podem ser reexaminadas se suscitadas como preliminar na apelação e nas contrarrazões.
3- Decisão monocrática proferida pelo relator (art. 932), no caso se ele der ou negar provimento caberá agravo interno.
4- Acórdão (art. 204 do CPC), contra eles caberá embargos de declaração ou recurso especial (ofensa a lei federal STJ) ou recurso extraordinário (ofensa à CF - STF)
Os requisitos de admissibilidade dos recursos são matérias de ordem pública, logo devem ser observados de ofício.
Requisitos de admissibilidade intrínsecos:
(Assemelham-se às condições da ação, já que por meio de sua análise poderá ou não analisar o mérito)
1. Cabimento: todos os recursos são taxativos. Aproxima-se da possibilidade jurídica do pedido.
1. Legitimidade Recursos:
2.1: As partes (autor + réu + chamado + denunciado + assistente litisconsorcial - geral). Poderá entrar o assistente simples, diante de sua participação subordinada, ou seja, ele não poderá entrar com recurso se o assistido não quiser que a decisão se modifique.
Amicus Curie não possui legitimidade processual, exceto para propor embargos de declaração ou para recorrer de decisão que julga o incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 138, §1º e 3º)
2.2. MP (promotor pode recorrer quando como fiscal da ordem jurídica)
2.3. Recurso de Terceiro Prejudicado. (Aquele que possui interesse jurídico de que a sentença seja favorável a uma das partes (parte a qual ele mantém uma relação jurídica distinta da discutida em juízo), mas que sua relação poderá ser atingida por efeitos reflexos da sentença.
Os requisitos para esse recurso são os mesmos que o terceiro prejudicado tem para ingressar com uma ação.
Assistente Simples ≠ Terceiro Prejudicado.
AS = não atua em interesse próprio, sua atuação é subordinada a vontade do assistido
TP = entra em defesa de direito próprio.
Advogado pode recorrer em nome próprio?
Não possui legitimidade para recorrer em nome próprio, somente em nome da parte.
STJ: tanto o advogado como a parte ( essa por legitimidade extraordinária) possuem o interesse de recorrer, quando o objeto dos recurso forem os honorários advocatícios.
Juiz e funcionários públicos não possuem legitimidade processual para interpor recurso.
O perito poderá reaver seus honorários (que lhes são de direito próprio) em ação própria e não por meio de recurso.
1. Interesse Recursal: o recurso deve buscar uma decisão mais favorável para aquele que a interpõe, do que aquela obtida na decisão anterior. Parecido com o interesse de agir.
Pode-se recorrer de sentença para sanar vício?
Há interesse e legitimidade da parte em agir em prol da finalidade de sanar eventuais nulidades, ainda que disso possa-se vir aparentes prejuízos. Melhor para a parte é ter uma decisão livre de vícios que a outra parte pode impugnar.
Pode o réu recorrer de sentença sem resolução de mérito?
Sim, a sentença sem resolução de mérito é meramente terminativa, não faz coisa julgada material, logo a demanda poderá ser reproposta, é mais proveitoso para o réu obter uma sentença de improcedência para o pedido do autor que faz coisa julgada material do que a terminativa.
Pode recorrer para manter o resultado e alterar a fundamentação?
A princípio não, já que a coisa julgada material cabe sobrea parte dispositiva da sentença e não sobre a fundamentação. 
No entanto, nas ações civis públicas e nas ações populares o improcedência por insuficiência de provas não faz coisa julgada material, uma vez que mudasse a fundamentação para essa sentença de improcedência, ela poderia fazer coisa julgada material (fato mais proveitoso)
Ainda, quando a fundamentação não for compatível com a conclusão ou quando o juiz extrapola os limites objetivos da decisão, pode-se pedir o reexame da fundamentação.
Há interesse em recorrer de sentença que apenas homologam acordos/ renúncias e etc?
A princípio não há interesse, já que o juiz homologa manifestação de vontade das partes. No entanto, se for provado que a homologação desbordou os limites do acordo/ renúncia ou reconhecimento caberá recurso.
Há interesse processual quando o juiz acolhe pedidos alternativos?
Sendo os pedidos sem ordem de preferência, não.
Havendo pedido principal e subsidiário e o juiz escolher a favor do subsidiário, ele poderá entrar com recurso.
Requisitos Extrínsecos:
1º: TEMPESTIVIDADE:
(Todo recurso deve ser interposto dentro do prazo legal)
Prazo para recursos => 15 dias, exceção são os embargos de declaração que são 5 dias.
MP, Fazenda Pública, Advocacias Pública, Defensoria Pública, litisconsortes (em processos físicos) com advogados de escritórios diferentes, possuem prazo em dobro.
Interposição de embargo de declaração por qualquer litigante interrompe o prazo para apresentação de recurso (arts. 1.026 e 1.065)
2º PREPARO.
Aquele que recorre, deve pagar as despesas para o processamento do recurso (preparo) + (nos casos em que o recurso de processo físico for examinado por órgão diferente daquele que proferiu a decisão) deverá haver o recolhimento do porte de remessa e retorno.
Preparo não exigido nos casos de embargos de declaração.
Recurso deve vir acompanhado de comprovante de recolhimento, salvo para os isentos do art. 1.007, §1º.
Necessidade de preparo para recurso especial e extraordinário?
Sim, para ambos (no STJ - Lei. 11.636/2007) (STF - regimento interno)
Qual o valor do preparo?
A depender da legislação, em SP a base de cálculo é o valor da condenação, não havendo ela, o valor da causa.
Qual a ocasião para comprovar o recolhimento? 
Art. 1.007 do CPC = no ato de interposição do recurso deve ser provado o preparo, assim como, o porte de remessa e retorno.
Súmula 484 do STJ = preparo pode ser tempestivamente recolhido no dia seguinte ao último dia do prazo, em razão do expediente bancário fechar antes do forense.
Falta de comprovação do recolhimento do preparo no ato de interposição não causa rejeição preliminar do recurso. Nesse caso, o recorrente deverá ser intimado para o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Sendo ordinário o recurso, mesmo que sem preparo, o órgão a quo deve determinar sua subida para o Tribunal. Aqui o relator irá verificar as condição do pagamento do preparo + porte de remessa e retorno.
Complementação do preparo (art. 1.007, §2º) = a insuficiência não dá falta de conhecimento.
Uma vez que o recorrente que foi intimado para realizar o preparo em dobro, não poderá fazê-lo insuficientemente.
3º REGULARIDADE FORMAL
3.1: são apresentados por escrito. Interposição oral permitida no Juizado Especial, desde que ela seja reduzida a Termo.
3.2: já no ato de interposição dos recursos, o mesmo deverá vir acompanhado de suas contrarrazões. Não se admite que as razões sofram acréscimos, sejam alteradas, modificas ou complementadas posteriormente. Salvo, se houver um embargo de declaração que modifique as condições da sentença/ decisão que deu causa ao recurso.
3.3: a parte ao apresentar o recurso, deverá formular a pretensão recursal, aduzindo se deseja a anulação ou reforma da decisão inteira ou em parte + indicar os fundamentos para tanto.
4º INEXISTENCIA DE FATO EXTINTIVO OU IMPEDITIVO DO DIREITO DE RECORRER
4.1: fato extintivo: renúncia e aquiescência
São prévias a interposição do recurso.
Renúncia = manifestação unilateral de vontade, pela qual o titular de direito de recorrer, declara sua vontade de não o fazer, sem que seja necessária anuência da parte contrária. Finalidade = antecipar a coisa julgada ou a preclusão.
Aquiescência = manifestação, expressa ou tácita, de concordância do titular do direito de recorrer com a decisão judicial.
Havendo renúncia ou aquiescência, a decisão/sentença precluirá ou transitará em julgado.
4.2: fato impeditivo = desistência do recurso (art. 998)
O recorrente tem sempre o direito de desistir do recurso, independentemente de qualquer anuência, ainda que o adversário tenha oferecido as contrarrazões (havendo esse oferecimento, será necessário o consentimento dessa outra parte para a renúncia).
A renúncia pode ser expressada até o início do julgamento e poderá ser expressa ou tácita.
Ela gera precluisão ou coisa julgada, logo não poderá haver retratação da desistência. 
Modo de Interposição dos Recursos - Recurso Principal e Adesivo
Recurso adesivo é uma forma de interposição de recurso, permitida para apelação, recurso especial e extraordinário.
Requisitos: (i) sucumbência recíproca, (ii) recurso adversário.
Aquele que recorre adesivamento preferiria que a sentença transitasse em julgado, mas como houve recurso do adversário, ele aproveita para recorrer. Apresenta caráter acessório (art. 997, §2º, III)
Processamento do Recurso adesivo
Havendo sucumbência recíproca e só uma das partes recorrer, a outra será intimada para apresentar as contrarrazões (neste prazo poderá apresentar o recurso adesivo - em peças distintas)
Contrarrazão = manutenção do que foi concedido, aplicável também dentro do recurso adesivo.
Recurso adesivo = reforma da sentença naquilo que foi negado
Princípios Recursais (com letras)
A) Duplo grau de jurisdição
B) Taxatividade:
(Rol legal de recursos é taxativo - 994 CPC)
Existem 3 atos que podem ser confundidos com recursos, mesmo não o sendo, são eles:
 
Remessa Necessária
Na remessa necessária, ao contrário dos recursos = independe da vontade dos litigantes, não precisa vir acompanhado de razões e poderá ser feita a qualquer tempo ( se não o fizer, a sentença não transitará em julgado)
 
Na remessa necessária e nos recursos = os autos são remetidos a instância superior, para reapreciação do que foi decidido.
 
Conceito: consiste na necessidade, imposta pela lei, para que a sentença torne-se eficaz, seja reexaminada pelo Tribunal, ainda que não tenha havido recurso das partes.
Condição Indispensável para que se transite em julgado
 
Sua determinação deve ser de ofício ou pelo presidente do tribunal (em caso do juiz não dar a remessa – Súmula STF: 423)
 
Hipóteses de Cabimento (art. 496 do CPC)
 
a)      Sentença contrária a pessoas jurídicas de direito público, circunstâncias em que há a sucumbência da fazenda pública (exceção dos embargos a execução por ela aforados.)
b)      Sentença que julga improcedente ou extinta sem julgamento de mérito ação popular; e
c)      Sentença que concede mandato de segurança.
Remessa apenas em casos de sentença, sendo uma decisão interlocutória, haverá a possibilidade de agravo de instrumento, sob pena da decisão de mérito transitar em julgado.
 
Casos de exclusão da remessa necessária ( art. 496, § 3ª e 4º do CPC) + sentenças proferidas no JEC.
A inexigibilidade da remessa obrigatória não constitui óbice para a Fazenda valer-se de recurso voluntário.
 
Súmula 45 STJ:  o Tribunal somente examinará as sucumbências contra a Fazenda, no caso da remessa necessária.
Súmula 325 STJ: se a Fazenda apelar apenas contra parte da sentença que sucumbiu, a parte que não foi objeto de recurso, será de objeto de remessa.
 
Efeitos da remessa:
 
a)      Condição de eficácia da sentença, sem possuir efeito suspensivo.
b)      Art. 1.013, § 3, I do CPC – se a Fazenda ( pessoa jurídica de direito público) ingressa com ação que é extinta sem resolução do mérito, ela será automaticamente remetida a remessa obrigatória; e
c)      Efeito Translativo: autoriza o tribunal a conhecer de ofíciomatérias de ordem pública que não foram objeto do recurso.
 
Pedido de Reconsideração:
 
Não é recurso por falta de previsão legal + não obriga o reexame da questão suscitada.
 
Parte que interpõe agravo de instrumento (dentro dos casos do 1.015 do CPC), o juiz poderá, enquanto não julgar o recurso, reconsiderar a decisão, pois os agravos são dotados de juízo de retratação. O mesmo ocorre na apelação, nos casos em que autoriza a retratação.
 
Se a parte não agravou, nos casos em que cabe agravo de instrumento, pode haver reconsideração?
Sim poderá, mas o prazo para tal dependerá se a questão envolver matéria pública ou não.
Não sendo de ordem pública, a decisão está sujeita a preclusão, logo o juiz tem o prazo de 15 dias para reconsidera-la.
Decisões interlocutórias não suscetíveis de agravo, não ficam preclusas (art. 1.009 do CPC, logo havendo novos elementos que o justifiquem, poderá haver a retratação.
 
O pedido de reconsideração não tem efeito suspensivo ou interruptivo do prazo de recurso
 
Correição Parcial
Não mais utilizada, tendo em vista que sempre se pode impugnar decisões interlocutórias ou por meio de agravo de instrumento ou por meio de suscitação como preliminar em apelação ou contrarrazões.
 
Princípio da Singularidade:
Para cada ato judicial, caberá um único recurso
 
Ex:
Decisões interlocutórias do 1.015 X Agravo de Instrumento
Sentença X Apelação
Decisão Monocrática do Relator X Agravo Interno
Acórdãos do art. 102, III da CF X Recurso Extraordinário
Acórdãos do art. 105, III da Cf X Recurso Especial
Acórdão do Art. 102, II e 105,II da CF X Recurso Ordinário
 
Exceções do princípio:
a)      Interposição de apelação (seja como preliminar ou nas contrarrazões) que sejam possíveis impugnar as decisões interlocutórias proferidas no curso que não são suscetíveis a preclusão // agravo de instrumento;
b)      Embargos de Declaração.
c)      Interposição simultânea de recursos especial e extraordinário.
 
Princípio da Fungibilidade dos Recursos:
(salvo nas hipóteses de má-fé ou erro grosseiro, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro, devendo os autos serem encaminhados a Câmara ou Turma que competir o julgamento)
 
Requisito = dúvida objetiva.
Não constitui óbice à aplicação da fungibilidade (aqueles recursos controvertidos quanto a sua admissibilidade) ser interposto em instâncias diferentes.
 
Princípio da Proibição da Reformatio in pejus:
Os julgadores vão se limitar a julgar aquilo que sucumbiu, podendo na pior das hipóteses, não acolher o recurso e manter a sentença como lançada.
 
A sentença só poderá piorar se houver recurso do adversário ou em vista dos efeitos translativos do recurso.
 
Efeito dos Recursos: seus efeitos são de matéria pública, logo não geram preclusão.
Efeito Devolutivo
( consiste na aptidão que todo recurso possui de devolver ao conhecimento do órgão ad quem, o conhecimento da matéria impugnada)
 
O órgão ad quem deverá observar os limites do recurso, conhecendo apenas o que fora contestado.
Efeito devolutivo deve ser analisado em dois aspectos: extensão e profundidade
 
Extensão = art. 1.013 caput = o tribunal só reexaminará a parte recorrida
 
Profundidade = 1.013, § 1ª do CPC = diz respeito aos fundamentos do pedido.
Por força da profundidade, o Tribunal poderá dentro dos limites do julgamento, reexaminar todos os fundamentos invocados, ainda que não tenham sido analisados na decisão
 
Uma vez afastado o primeiro fundamento, o tribunal não poderá modificar o julgamento sem examinar o segundo fundamento.
Se o órgão ad quem tiver elementos para examinar esse segundo fundamento, poderá fazê-lo desde logo, ainda que a primeira instância não o tenha feito. Não tendo essa possibilidade, poderá anular a sentença, devolvendo o processo ao 1º grau, para que as provas sejam produzidas, ou se for o caso (art. 938, § 1º) mandar produzir a prova faltante e prosseguir com o julgamento.
 
Art. 1.034 = mesmas regras aplicáveis para recursos extraordinário e especial
 
Questões do art. 1.013, §3º
 
Dá maior amplitude ao efeito devolutivo, já que permite ao tribunal, em determinadas situações, julgar os pedidos não realizados pela 1ª instância.
Tal situação não configura reformatio in pejus, já que não houve apreciação do mérito.
 
Se a causa não estiver madura para julgamento, o tribunal deve anular a sentença e devolver o processo à 1ª instância, determinando seu prosseguimento, até que a sentença seja proferida
 
Se o apelante não requerer o julgamento do mérito, mas tão somente a anulação da decisão extintiva, o tribunal poderá fazê-lo?
Sim, ainda que não haja pedido, o Tribunal, desde que encontre os elementos necessários, deve passar ao julgamento de mérito, já que este é o objetivo final do processo.
 
Havendo recurso, e o órgão ad quem afaste a prescrição ou decadência, o mesmo poderá passar para a análise do mérito, se encontrar os elementos necessários para tanto = art. 1.013, §4º
 
Efeito Suspensivo
(impede que a sentença proferida se torne eficaz até que ele seja examinado o recurso)
 
Em regra, apenas a apelação é dotada desse efeito. O relator poderá conceder o efeito em alguns casos previstos em lei) Ex: 1.012, §3º, 1.019, I, 1.026, § 1ª, e 1.029, § 5º. Podendo ser concedido ( a pedido do requerente, nunca de ofício) quando houver risco de lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante fundamentação.
 
Efeito suspensivo ativo = possibilidade do relator, liminarmente, conceder a tutela antecipada da pretensão recursal, concedendo a medida que foi negada em 1ª instância.
 
Efeito Translativo
(permite ao órgão ad quem, examinar de ofício as matérias de ordem pública, conhecendo ainda que não integrem como objeto do recurso.)
 
Todos os recursos ordinários possuem efeito translativo.
Recurso especial e extraordinário não o possuem.
 
Efeito Expansivo
(aptidão de alguns recursos, cuja eficácia pode ultrapassar os limites objetivos ou subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente)
 
Efeito expansivo subjetivo => litisconsórcio, o recurso interposto em faze de um litisconsórcio poderá beneficiar os demais, quando ele for, unitário ou simples com matéria comum aos demais.
 
Efeito expansivo objetivo => pedidos interdependentes, quando o provimento de um repercute sobre o outro, mesmo que não haja impugnação específica.
 
Efeito Regressivo
 
(permite o órgão a quo reconsiderar a decisão proferida, exercendo seu juízo de retratação)
 
Agravo de instrumento e agravo interno possuem esse efeito, pois o prolator poderá sempre reconsiderar a decisão.
 
A apelação em regra, não possui esse efeito. Exceto (i) sentença de extinção sem resolução de mérito – em 5 dias (art. 485, § 7º) e (ii) sentença de improcedência liminar do pedidp – em cinco dias (art. 332, § 3º)
 
A) Uma vez que trata-se de apelação, ela será recebida pelos efeitos devolutivo (efeito de todo recurso que representa uma aptidão para que o Tribunal tenha reconhecimento da matéria julgada) (vide art. 1.013 do CPC) e ainda pelo efeito suspensivo que, conforme o art. 1.012 do CPC, é automático sempre que for interposta apelação. Tendo em vista que o efeito suspensivo impede que se torne eficaz o que ficou decidido na sentença que deu causa ao agravo, e que no caso a sentença não concedeu o fim do uso da marca, a marca poderá continuar a ser usada, já que não possui atos processuais, até então, que justifiquem seu não uso.
B) Ambas as partes possuem direito de recorrer, já que é um direito que todo aquele não teve sua demanda completamente atendida de tentar modificar, invalidar, esclarecer ou complementar a decisão anterior, como no caso ambas as partes não tiveram suas demandas 100% atendidas, ambas poderão recorrer, além do mais, eventuais terceiros prejudicados também poderiam recorrer da delisão (art. 996 do CPC). Os pedidos de indenização por danos materiais e de danos morais não são interdependentes, ou seja, o provimento de um não repercute sobre o provimento do outro, ainda entende-se que uma vez que a ré não apelou contra os danos morais ela está aceitando tacitamentea sentença, uma vez que isso ocorra (sem que dentro do prazo legal seja interposta apelação), essa parte transitará em julgado (art. 1.000 do CPC).
C)
Analisando a decisão do Tribunal, primeiramente ela não respeito o reformatio in pejus (segundo o qual, o recurso não poderá piorar a situação daquele que entrou com o mesmo, apenas melhorar ou mante-la), já que ele diminui o valor dos danos morais para R$ 5.000,00; em segundo ele não respeito o princípio do contraditório e da ampla defesa - traduzido como o princípio da consumação no âmbito dos recursos -(ao não deixar que a requerida manifestasse sobre as provas produzidas). No entanto, corretamente foi usado os princípios da singularidade e da taxatividade, já que realmente apenas um único recurso fora usado contra a sentença, sendo a apelação prevista em lei (art. 1009 do CPC)
D)
Um dos requisitos extrínsecos dos recursos (sendo esses de matéria pública) é a tempestividade, segundo ele os recursos devem ser interpostos dentro do prazo legal, uma vez que a apelação é feita fora desse prazo, o Tribunal deverá não conhecer o recurso. A homologação, por constituir uma manifestação de vontade das partes, poderá ocorrer mesmo após o prazo recursão, já que ela não consiste nem em recurso e nem em uma das finalidades do recurso, a homologação do acordo deveria ocorrer então (art. 200 do CPC e 840 do CC).
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