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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: RELAÇÕES INTERNACIONAIS ACADÊMICA: VÍVIAN ARAGÃO SANTANA AD 02 – Disciplina Relações Internacionais RESPOSTAS: 1° QUESTÃO - RESPOSTA: É possível identificar as principais semelhanças e recomendações entre Kant e os propósitos de Wilson, uma vez que no meio tempo em que os tratados de paz que selariam a Primeira Guerra eram discutidos, Woodrow Wilson redigiu os catorze pontos que pretendiam selar um equilíbrio pacífico entre os europeus. Conhecido como “14 pontos de Wilson” ou “14 pontos para a Paz”, esse documento seria de grande importância para que a Liga das Nações, uma espécie de embrião da atual ONU, fosse criada. Dessa forma, as ideias de Wilson eram semelhantes ao de Kant, pois apesar de buscar o equilíbrio e o fim das revanches, os elementos fundamentais do projeto de Woodrow Wilson foram refutados pelas nações envolvidas na guerra. No lugar dos “14 pontos para a Paz”, prevaleceram as pesadas sanções estipuladas pelo Tratado de Versalhes. O projeto da Liga das Nações era audacioso: desejava compor uma assembleia permanente para que todos os povos pudessem negociar e entrar num acordo evitando novas guerras. Não seria, contudo, um “tema técnico” a ser equacionado, mas a conclusão para a grande questão da “paz e segurança internacionais”. Ambos acreditavam que era necessário aceitar certas obrigações de não recorrer à guerra, manter abertamente negociações internacionais fundadas sobre a justiça e a honra. 2° QUESTÃO - RESPOSTA: Em um discurso logo após o final da Segunda Guerra, em 1946, Winston Churchill defendeu a criação dos “Estados Unidos da Europa” como preceito para evitar outra guerra no continente. Para os EUA, a Europa sendo reconstruída era vital para a ascensão do seu poder diplomático-militar, para ajudar a conter o socialismo soviético e para o ampliação do capitalismo. Nesse contexto, a recuperação econômica na Europa Ocidental devolveria ao mercado mundial um polo dinâmico do capitalismo ao mesmo tempo em que com a construção do Welfare State esperava-se um enfraquecimento da força dos discursos socialistas entre os trabalhadores. As questões políticas e econômicas estavam, assim, ligadas entre si. Mesmo que a união política apareça no modelo como a última fase de um processo, é preciso ter em mente que os interesses políticos e econômicos estavam conectados desde o início no projeto de integração europeu. Para Menezes e Penna Filho (2006, p. 34), a União Europeia avançou para além da integração econômico-comercial ao introduzir dois novos campos: “[...] por um lado, a política externa e de segurança e, por outro, os assuntos internos, como a política de migração e de asilo, a polícia e a justiça”. Com relação ao lado ocidental, o processo de integração econômica e geopolítica se deu a passos largos. Ou seja, os aspectos econômicos ou comerciais e geopolíticos ou diplomáticos são complementares para explicar e atingir melhor os parâmetros estruturais do processo de integração da Europa até a formação da atual União Europeia. No jogo diplomático intercontinental entre EUA e Europa mora o cerne do processo histórico de integração econômica da Europa. O processo de integração nas Américas também opera nas esferas econômicas e políticas, mas em momentos e processos históricos distintos da integração europeia. Porém, as inter-relações entre a política e a economia estão presentes nos diversos contextos aparentemente diferenciados da América Latina. Não foi uma guerra mundial que motivou a sua integração regional, mas uma profunda crise política e econômica de três décadas atrás, os quais a ditadura e a crise econômica da década de oitenta, conhecida como a década perdida, constituíram as maiores motivações para a questão de sua regionalização. 3° QUESTÃO - RESPOSTA: O estudo dos processos de integração regional, combinados ao da produção de normas e organizações internacionais, pode ser uma perspectiva de análise para a compreensão das transformações no exercício do poder soberano no mundo contemporâneo só será possível quando de fato analisarmos a formação dos blocos regionais para além das questões econômico-comerciais, dando destaque para os elementos políticos desses processos. no caso europeu, mas também no MERCOSUL, nota-se um movimento no qual os Estados produzem leis e agências voltadas à gestão de temas comuns, não para enfraquecer os próprios Estados, mas para preservar a capacidade de governar, mesmo que seja a partir de estruturas diferentes do modelo de Estado consagrado nos Tratados de Westfália. nesse processo, as relações diplomático-militares no mundo se modificam anunciando novas relações internacionais nas quais em sobreposição à dimensão interestatal – emergem novos planos supranacionais e transnacionais.
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