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11 - Determinantes da Morfologia Oclusal

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Determinantes da Morfologia Oclusal – 2016.22
O que seriam os determinantes da morfologia oclusal? São os fatores responsáveis pela morfologia dos nossos dentes posteriores. 
O que significa isso? Os dentes são feitos de planos. As cúspides são vários planos inclinados que vão se juntando para fazer uma cúspide. As cúspides acabam formando a superfície oclusal dos dentes. O que caracteriza a superfície oclusal? 
• Cúspides
• Vertentes
• Fossas
• Sulcos
Para que eles têm essa forma? Para a mastigação e a trituração dos alimentos...
Em outras aulas aprendemos que existem mecanismos de proteção mútua. Os dentes anteriores durante os movimentos expulsivos protegem os posteriores de tem os contatos fora do eixo dos dentes. Da mesma os dentes posteriores protegem os dentes anteriores do fechamento de terem o contato com o eixo dos dentes. Então, para que esses dentes inferiores e superiores se relacionem de forma que um não toque no outro durante as exclusões mandibulares (protrusão, lateralidade direita e esquerda). É necessário que alguma coisa aconteça para que uma ponta de cúspide não bata na outra.
Os sulcos e as fossas têm a função do movimento delas terem estado sem bater dentro da crista. Então, a morfologia oclusal do nossos dentes é desenhada para que durante a função, ela esteja próxima do fechamento, ao ponto de tocar e triturar e mastigar os alimentos, mas que durante o movimento o desenho dela se de uma maneira que uma (cúspide) passe pela outra sem se tocar. Então, a gente vai ver o que é responsável por essa forma, vários fatores que irão interferir nessa anatomia oclusal dos dentes.
O movimento da nossa mandíbula é controlado, basicamente, pelo guia posterior/condilar e anterior (formada pelos dentes anteriores - borda incisal dos inferiores deslizando pela palatina dos dentes superiores). Quando se fala em guia, todo mundo pensa muito no guia anterior.
O guia posterior também é responsável pelo movimento da mandíbula. Por exemplo, um paciente edentulo total, tem guia anterior? Não, porque não tem dentes anteriores, mas mandíbula dele se movimenta da mesma forma. Quem faz esse movimento é o guia posterior. Guias anteriores e posteriores são responsáveis pelo movimentação da mandíbula. 
Então, o guia posterior o que determina a quantidade de movimentos e o tipo de movimento que a mandíbula irá fazer? O ângulo da eminência articular, por onde o côndilo irá transladar. A eminência de todos é 30º? NÃO, é apenas uma média usadas nos articuladores semi-ajustáveis. O guia anterior também tem outra inclinação de que vocês conseguem ajustar nesse parede interna é de 15º (quando o côndilo desliza nessa parede no movimento de lateralidade). Quando é feito o movimento de protrusão o côndilo irá deslizar pelo o ângulo da eminência.
O guia anterior é formado pelos 6 dentes anteriores, onde a borda incisal dos dentes inferiores irá deslizar pela face palatina dos dentes superiores. O guia anterior quanto o guia posterior ambos vão interferir na morfologia oclusal dos dentes posteriores. Sendo que o fator mais próximo vai influenciar mais. Se observamos um molar (37), ele vai estar mais perto dos dentes anteriores ou do côndilo? O fator mais próximo é o que vai exercer maior influência sobre a anatomia oclusal. Então, vocês podem pensar que esse PM tenha uma maior influência do guia anterior e esse molar mais influência do guia condilar. No entanto, se medimos a distância desse molar até o côndilo, a distância até o côndilo será maior que a dos dentes anteriores. Então, mesmo nos dentes posteriores, eles estarão mais próximos do guia anterior do que no guia posterior. Por isso, o guia condilar é menos influente na anatomia oclusal que o guia anterior, o motivo pelo qual não se preocupamos tanto com ajuste do guia posterior, mas sim (muito mais) com o guia anterior do paciente.
Quando obter o plano de interferência oclusal, se gente descer o fator de controle posterior, há 4 unidades para baixo e aqui 4 unidades para frente gera o movimento de
Temos determinantes verticais e horizontais que juntos determinam o movimento da mandíbula. Os DETERMINANTES VERTICAIS determinar altura as cúspides e profundidade as fossas. Já os DETERMINANTES HORIZONTAIS influenciam a direção das cristas e sulcos, além da localização das cúspides. Os sulcos não estão por acaso, eles têm direções especificas para que durante o movimento da mandíbula, a cúspide antagonista escape por aqueles sulcos e não toque no dente realmente. 
Então, nos DETERMINANTES VERTICAIS, temos:
• Guia condilar 
• Guia Anterior 
• Plano Oclusal
• Curva de Spee
• Movimento de translação lateral 
Todos esses são fatores que irão influenciar a altura das cúspides dos dentes posteriores.
GUIA CONDILAR
É determinado pelo ângulo da eminência articular. Se tivermos um componente de 45º no guia posterior, a gente deveria idealmente cúspides formando um ângulo de 45º com o plano horizontal. Vocês vão concordar comigo se essas cúspides forem mais baixas, irá alterar esse ângulo e se ela for mais alta também vai alterar esse ângulo. Se as nossas cúspides têm uma tal altura e formam no horizontal com a mesma angulação do guia condilar durante o movimento de desoclusão, elas vão passar uma pela outra sem haver contato/ sem haver interferência oclusal. 
Vamos imaginar que esse ângulo é de 60º (movimento muito mais vertical da mandíbula), então essa cúspides irão ser mais altas. Então, quanto MAIOR (o guia condilar) o ângulo, MAIS ALTA é a cúspide, porque a mandíbula precisa fazer um movimento muito mais vertical para poder desocluir. 
GUIA ANTERIOR 
O guia anterior vai depender tanto trespasse horizonte (overjet) quanto do trespasse vertical (overbite). Então, o overjet ou overbite podem variar alterando a angulação. Se mantermos o trespasse vertical igual e alterando o trespasse horizontal. Então, quanto MAIOR o trespasse horizontal, MAIS BAIXAS são as cúspides. No trespasse vertical, quanto MAIOR, MAIS ALTAS são as cúspides. Quanto mais vertical é esse movimento mais altas podem ser as cúspides. 
PLANO DE OCLUSÃO 
É um plano que passa por toda a borda incisal dos dentes anteriores e pelas pontas de cúspides dos dentes posteriores. Vamos imaginar que existem um plano paralelo ao plano de referência horizontal (ângulo da eminência), a gente pode ter um plano com a angulação variada. Então, quanto MAIS PRÓXIMO esse plano for da eminência articular, MAIS ALTAS as cúspides podem ser. 
CURVA DE SPEE
É uma curva que vai a partir do canino, unilateral. Então, a gente passa essa curva passando pela ponta dos caninos e pela ponta de cada cúspide vestibular dos dentes posteriores. Em cada paciente essa curva irá variar. Pode ser mais aberta (raio maior) ou mais fechada (raio menor). Então, quanto MAIOR for o raio, MAIS ALTAS são as cúspides. Quando MENOR for o raio, MAIS BAIXAS são as cúspides. 
A curva pode estar mais inclinada para posterior, assim, sofrendo influência do guia posterior. E se a curva estiver mais inclinada para anterior, estará sofrendo mais influência do guia anterior.
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL (MTL) 
Vai ser influenciado pela quantidade de movimento, a direção e o período (tempo do deslocamento pode ser o desejável ou tardio). 
O que é esse MTL? Quando fazemos a lateralidade da mandíbula, 2 fatores irão influenciar esse movimento: 
- Ligamento temporomandibular (que está no côndilo de rotação)
- Parede mésio da eminência 
O que é MTL? Quando essa parede mésio é bem colada ao côndilo e esse ligamento está bem firme, o MTL praticamente não existe. O MTL acontece durante o movimento de lateralidade da mandíbula, esse côndilo dá um pum para dentro. Quando isso irá acontecer? Quando existe uma distância entre o côndilo e a parede mésio. Por que? Ele só vai fazer esse movimento de rotação se ele estiver apoiado na parede. Então, para fazer o movimento de lateralidade, o côndilo, chamado de orbitante, está apoiado, para fazer o movimento e deslizar pela parede. 
Nesse lado (ela está mostrando a parte que o côndilo se encontra um poucodistante da parede) até ele deslizar pela parede, côndilo precisa dar um pulo para depois fazer o movimento. Então, a mandíbula precisa dar um movimento lateral, antes de fazer lateralidade, para que o côndilo toque na parede mesio da eminência, uma vez que o movimento de rotação do côndilo só acontece quando o côndilo estiver apoiado na parede.
Quando o côndilo está apoiado na parede e o ligamento está bem firme o MTL praticamente não existe. Quando o ligamento está frouxo e uma distância da parede mésio do côndilo, começamos ter o MTL. Então, esses fatores vão influenciar o quanto o côndilo pode caminhar para lado. O ligamento pode estar mais ou menos flácido e pode gerar um aumento essa distância.
Logo, se eu tenho um MOVIMENTO PEQUENO, eu posso ter uma cúspide um pouco MAIS ALTA. Se eu tenho um MOVIMENTO MAIOR, a cúspide precisa ser MAIS BAIXA. Se eu tenho um movimento MAIOR AINDA, preciso ter uma cúspide MAIS BAIXA AINDA. Por que? Eu estou com as cúspides uma encaixada na outra, se o movimento é bem pequenino para o lado, minha cúspide pode ser um pouco mais alta. Se o meu côndilo faz um movimento muito brusco para o lado antes de fazer o movimento, há uma chance maior das cúspides se baterem. Também tem a direção, pode ocorrer um movimento para anterior ou para posterior. 
Movimento pequeno: cúspides altas
Movimento médio: cúspides um pouco mais baixas
Movimento mais brusco: cúspides baixas
Outro objetivo dos determinantes é evitar interferência oclusal. No MTL tem a quantidade de movimento, sobre o que eu estou falando agora e também sobre a direção. O côndilo pode se movimentar para anteroposterior ou posteroanterior. Esse movimento desse côndilo de rotação, ele rotaciona dentro de cone de 60º. Quanto MAIS POSTERIOR for o movimento, MAIS BAIXAS serão as cúspides, quanto MAIS ANTERIOR, MAIS ALTAS são as cúspides. Quando mais as cúspides têm de se aproximarem, mais baixas elas terão de ser. 
Em relação ao período, pode ser um deslocamento imediato ou progressivo. Se o deslocamento for IMEDIATO as cúspides precisam ser MAIS BAIXAS. Se for um movimento PROGRESSIVO, as cúspides podem ser MAIS ALTAS, uma vez que a mandíbula vai se afastando aos poucos da maxila.
Agora, vamos falar sobre os DETERMINANTES HORIZONTAIS que vão determinar a direção dos sulcos e das cristas.
● Distância do côndilo de rotação
● Movimento de translação lateral 
● Distância intercondilar
DISTÂNCIA DO CÔNDILO DE ROTAÇÃO
Aqui temos a o côndilo de rotação e a distância do dente até esse côndilo. A gente vê que esse molar é mais próximo do côndilo do que o PM. Então, quanto mais próximo o elemento dentário estiver do côndilo de rotação, menor o ângulo formado entre os sulcos. Quando fazemos movimento mésio extrusivos e latero protrusivos, os sulcos fazem esse ângulo. Isso acontece tanto nos sulcos linguais quanto nos vestibulares, todos tem a mesma proporção. 
Existe um plano mésio sagital (linha média da mandíbula) e a gente vai avaliar agora a relação da angulação de esse sulco com a distância do plano mésio sagital. Então, é observado que MENOR A DISTÂNCIA do elemento dentário para o plano mésio sagital, MENOR O ÂNGULO formado entre os sulcos tanto os linguais quanto os vestibulares. Teremos o mesmo pensamento quanto relacionamos os guias anteriores e posteriores, ou seja, vai influenciar mais o que está mais perto. Por exemplo, em um PM o plano sagital vai influenciar mais que o côndilo. 
MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL (MTL)
Dessa vez, vai determinar a direção dos sulcos. Falando sobre a quantidade de movimento, quanto MAIOR O MOVIMENTO, MAIOR O ÂNGULO formado entre os sulcos. E sobre a direção, quanto MAIS POSTERIOR O MOVIMENTO, MAIOR O ÂNGULO.
DISTÂNCIA INTERCONDILAR
Acontece entre um côndilo e outro. Quanto MAIOR A DISTÂNCIA entre os côndilos, MENOR O ÂNGULO entre os sulcos. Esse fator é o menos que influencia a morfologia dos nossos dentes posteriores. Então, quando fazemos fazer o registro do arco facial não se preocupamos se a distância é pequena, media ou grande. No articulador semi-ajustável, voce nunca vai conseguir ajustar isso, não tem importância na clínica diária. Por isso, que os ângulos são sempre fixos. Os determinantes horizontais são os menos que influenciam no movimento de resoclusão, vai influenciar muito mais na altura das cúspides e da profundidade das fossas. Qual é o fator que podemos controlar mais? Eu posso controlar o guia posterior? O ângulo da eminência articular? O que eu posso controlar? O guia anterior. Voce pode controlar o guia anterior com restauração, por desgaste, por ortodontia. Então, temos que se preocupar menos com o guia posterior, por isso, temos o ângulo 15º, 30º e distância media, porque isso vai influenciar muito pouco a anatomia oclusal. E mesmo o fator que é componente vertical, a altura das cúspides e a profundidade das fossas, o nosso dente está muito mais próximo do guia anterior (mesmo que seja um molar) do que no guia posterior. Nunca iremos chegar na angulação exata utilizando o articulador semi-ajustável. 
Se o paciente não tiver guia anterior funcional? Restauração, por exemplo (aumento da borda incisal). 
CONCLUSÃO
→ Há poucas evidências confirmam a relação dos fatores de guia anterior e posterior. Não necessariamente eles têm a mesma relação. Eles trabalham juntos, mas não co-relacionados. 
→ A distância intercondilar é o menos influenciado dentre os determinantes
→ O fator de controle anterior é variável.
→ Criação de articuladores semi-ajustáveis que não permitem alterar os ângulos (15º e 30º).	
*MTL foi um sigla que utilizei para facilitar a transcrição, mas não escrevam isso na prova!!!
Letícia Pereira

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