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Como implantar o Controle Interno da Qualidade no Laboratório Clínico • DR. ANDRÉ VALPASSOS PACIFICI GUIMARÃES • DR. JUNO DAMASCENO 1 Procedimentos de Controle de Qualidade em Laboratórios � Controle para Assegurar a Qualidade SGQ, ISO, Boas Práticas, Acreditação (Sistema Nacional de Acreditação - DICQ) � Controle de Qualidade Interno Material referência para Controle Interno � Controle de Qualidade Externo Participação em Programas de Avaliação Externa (Programa Nacional de Controle de Qualidade – PNCQ) 2 Pré-Analítica Analítica Pós-AnalíticaCliente Laudo Controle de Qualidade Interno Controle de Qualidade Externo Sistema de Garantia da Qualidade LABORATÓRIO CLÍNICO: FASES 3 Controle Interno da Qualidade � Porque? Qual o motivo de realizar o controle interno da Qualidade? � Para que? Quais os benefícios para o laboratório em realizar o Controle Interno da Qualidade 4 Controle Interno da Qualidade � Para obter bons resultados laboratoriais e de qualidade para os clientes � Para obter o Gerenciamento Global do Laboratório e sistemas analíticos � Ética – Dedicação ao CIQ � Profissionalismo – assegurar a qualidade da informação que entrega (laudo) � Avanço tecnológico e estatístico favorece a implantação do CI. � Acreditação – Reconhecimento formal por uma organização independente e especializada em normas técnicas 5 Controle Interno da Qualidade � A qualidade em termos quantitativos, é a aplicação do CIQ do Controle Estatístico dos Processos. “ Para que um processo seja previsível é necessário que ele esteja sob controle estatístico.” MCC Werkema 6 Controle Interno da Qualidade Planejamento � Estabeleça as bases do Controle Interno � Pessoal: Treinamento / Atualização � Coleta / Recebimento de amostras � Fornecedores: Reativos / equipamentos � Calibração / Validação � Assistência técnica / Manutenção � Interpretação dos resultados � Transcrição dos resultados � Controle de Qualidade Interno � Controle de Qualidade Externo 7 Exame clínico ` Pedido de exame Preparo do paciente Obtenção da amostra Procedimento de medição Procedimento pós-analítico Resultado Avaliação médica do resultado Pré-analítico Pós-analítico Frequência de erros ~60 - 70% ~20 - 30% ~10% Analítico 8 • Garantir que os resultados de exames não contenham erros de importância médica. • Assegurar que todas as etapas do ciclo do exame sejam cumpridas de modo a não adicionar erros significativos nos resultados. 9 • O objetivo do controle dessa fase é garantir que as amostras e os materiais biológicos mantenham a integridade de composição e funcionalidade; • A maioria dos erros pré-analíticos não são percebidos ou são negligenciados na avaliação ou interpretação dos resultados de laboratório. 10 • Não existem meios físicos para controlar os efeitos pré-analíticos como existem materiais de controle para a fase analítica; • Para realizar esse controle deve-se basear em educação, treinamento de pessoal, padronização dos procedimentos e registro das atividades; • Para avaliar o resultado das ações de controle pré-analítico, o estado da qualidade e as oportunidades de melhoria, deve-se criar e utilizar indicadores de desempenho; 11 • A disponibilidade de pessoal qualificado é essencial; • Base educacional, experiência e treinamento no trabalho para manter a capacitação e o aprendizado em normas de conduta ética e profissional; • O treinamento no trabalho deve capacitar, instilar metas de qualidade, implementar procedimentos de CQ e promover desenvolvimento continuado. 12 • A qualidade é conseguida com a utilização de procedimentos técnicos eficazes e eficientes; • Um conjunto de procedimentos para controle das condições e variáveis pré-analíticas serão discutidos. 13 • Mecanismos de estudo de causas e solução de erros é rigorosamente necessário e muitas vezes negligenciado; • O mecanismo cria uma ligação entre a identificação do erro e sua solução ou remoção e caracteriza resposta ao erro; • Deve-se aperfeiçoar continuamente as capacidades de identificação e exclusão das causas de erros. 14 Diagrama de Ishikawa Cadastro de Pacientes Amostra SILFuncionário 15 • Inclui as etapas compreendidas entre o pedido médico e a fase instrumental da realização do exame de laboratório; • Estão incluídos o preparo do paciente e a coleta, preparo, distribuição e armazenamento da amostra. 16 • Escolha incorreta do teste de laboratório • Escrita ilegível • Identificação incorreta do paciente (internado) • Falta de especificação dos requisitos essenciais • Pedido em tempo inadequado • Pedido de custo elevado • Admite-se que pode introduzir ~13% de erro Pedido médico Fase prepré-analítica 17 Preparo do paciente Fatores a considerar • As orientações de preparo deveriam estar a cargo do médico assistente que deveria conhecer alguns procedimentos básicos do laboratório; • Entretanto, essas ações não são executadas pelo médico e devem ser realizadas pelo laboratório; • É desejável que o médico assistente recomende ao paciente que faça contato prévio antes de colher qualquer material ou se dirigir ao laboratório para coleta da amostra. 18 Preparo do paciente Fatores a considerar URINA JATO MÉDIO É recomendável a primeira urina da manhã, sempre que possível. Não aumentar a ingestão de líquidos. Havendo suspeita clínica de infecção urinária aguda, a urina poderá ser coletada e processada em qualquer horário. Em pacientes assintomáticos, coletar 3 amostras em dias consecutivos. PREPARO: O ideal é coletar a urina antes do uso de antimicrobianos. Fazer a higiene da região genital com água e sabão neutro. Não usar anti- sépticos. Enxugar com toalha limpa ou gaze. COLETA: MULHERES - Sentar no vaso sanitário com as pernas afastadas, destampar o frasco estéril. Com uma das mãos, afastar os grandes lábios e com a outra segurar o frasco já destampado. Desprezar o primeiro jato de urina. Coletar a porção média no frasco estéril, urinando em jato para que a urina não escorra na região genital. Tampar o frasco imediatamente. Desprezar o restante da micção. HOMENS - Destampar o frasco estéril. Retrair o prepúcio com uma das mãos e coma outra segurar o frasco, já destampado. Desprezar o primeiro jato de urina. Coletar a porção média no frasco estéril. Tampar o frasco imediatamente. Desprezar o restante da micção. 19 Preparo do paciente Fatores a considerar PSA Total Condição de Coleta: Jejum de 4 horas. Evitar exercícios físicos antes da coleta Manter abstinência sexual por 48h antes da coleta. A coleta só deverá ser realizada 72h após exame de toque retal, ultrasonografia transretal ou 30 dias após biópsia de próstata. Colesterol Total Condição de Coleta: Jejum de 12 horas. Preconiza-se uma dieta estável por 3 semanas. 20 Preparo do paciente Exercício físico • Exercícios de longa duração produzem aumento das enzimas musculares como CK, Aldolase, AST e LDH; • Exercícios de longo prazo produzem modificações em aldosterona, androstenediona, cortisol, estradiol, hGH, HDL, LH, prolactina, proteína total, testosterona, T3 livre, T4 livre e outros. 21 Preparo do paciente Jejum Prolongado • Maior que 24 horas – elevação da bilirrubina; • Maior que 72 horas – redução da glicemia; – aumento de triglicérides, glicerol livre e ácidos graxos livres, sem alteração significativa do colesterol; • É recomendável jejum de 8 - 12 horas como procedimento padrão. A coleta pela manhã reduz a variação biológica. 22 Preparo do paciente Dieta • As alterações nas concentrações dos analitos, dependem da qualidade e quantidade do alimento e do tempo em relação à colheita; • Pode produzir aumento de triglicérides, potássio e fosfatase alcalina e redução do Ca ionizado; • Dieta hiperprotéica aumenta uréia, amônia e ácido úrico, −sem alterar a creatinina (urina ); • Dieta rica em purinas aumenta ácido úrico; 23 Preparo do pacienteDieta Pesquisa de Sangue Oculto Dieta: Deve se evitar por 3 dias: carnes, ovos, legumes coloridos, bertalha, espinafre e banana. Coleta: Coleta: No quarto dia mantendo a dieta, coletar uma amostra de fezes em recipiente apropriado e enviar ao SF. Nota: não coletar fezes durante a menstruação ou quando houver sangramento local. Obs.: nas suspeitas de sangramento devem ser examinadas pelo menos 3 amostras de fezes. Medicamentos à base de ferro podem dar resultados falsos-positivos. 24 Protocolos de preparo • É fundamental estabelecer protocolos de preparo do paciente com divulgação de orientações claras para médicos e pacientes; • Definir procedimentos de verificação da adequação ao preparo; • Deve-se registrar todas as observações de verificação da adequação ao preparo - Indicador 25 Coleta e obtenção da amostra • Erros de identificação e coleta • Local da coleta • Contaminação • Anticoagulantes e preservativos • FUNDAMENTAL: Identificação Positiva (confirmar sempre o nome do paciente no momento da coleta) 26 Erros de Identificação da amostra • O responsável pela coleta ou recepção da amostra deve assegurar que o paciente correto está contribuindo com a amostra apropriada; • Confirmar o nome do paciente com a requisição de coleta e as etiquetas de identificação; • Certificar que os tubos ou recipientes de amostra estejam corretamente identificados; • Indicador 27 Evitando erros de coleta • As instruções de coleta devem ser escritas em linguagem simples e clara para o paciente; • Somente instruções muito simples podem ser transmitidas de forma oral; • Mesmo nas instruções simples deve-se certificar que o paciente entende claramente e é capaz de seguir corretamente. • O local de punção venosa deve ser distal ao ponto de entrada de soluções endovenosas e, quando não for possível, o torniquete deve ser colocado entre os dois pontos. 28 Coleta da amostra Evitando contaminações • Deve-se certificar de que os recipientes de amostra não introduzem contaminações capazes de produzir erros importantes; • Detergentes e tampas ou frascos de vidro podem modificar os analitos de modo imprevisível; • Preservativo para amostras de urina deve ser selecionado para não conter interferentes ou não modificar a concentração do analito. 29 Coleta da amostra Efeito do torniquete • A aplicação de torniquete e ação de ordenha pode produzir resultados variáveis; • Torniquete prolongado produz aumento de proteínas, enzimas e analitos ligados às proteínas como colesterol, cálcio, ferro e triglicérides; 30 Efeitos da estase venosa provocada por garroteamento prolongado Adaptado de Clin Chem Lab Med 2005;43:869-875 Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 31 Coleta da amostra Anticoagulantes e preservativos • EDTA e citrato reduzem valores do cálcio e magnésio. Podem também se ligar ao cálcio ou magnésio necessários para ativar as enzimas em reagentes; • Sais de sódio e potássio em heparina, EDTA, citrato e fluoreto produzem resultados falsamente elevados por contaminação ou quelação; • Fluoreto pode inibir urease e glicose oxidase, diminuir a atividade da fosfatase ácida e aumentar a atividade da amilase; • Ordem de colheita com tubos a vácuo: soro, citrato, heparina, EDTA e fluoreto. ??? 32 Coleta da amostra Anticoagulantes e preservativos • Independente do sistema usado, todos os tubos contendo anticoagulante devem ser suavemente invertidos 5 a 10x para misturar o conteúdo, exceto citrato que deve invertido 3 a 4x; • Entretanto, deve-se seguir as recomendações do fabricante do material de colheita, que pode sugerir procedimentos diferentes. 33 Transporte da amostra • As amostras devem ser transportadas para a área de processamento o mais rápido possível, para prevenir deterioração de analitos por efeito de temperatura elevada; • Os tubos devem ser mantidos na posição vertical e manuseados suavemente para prevenir hemólise; 34 Transporte da amostra 35 Processamento da amostra • A menos que evidências conclusivas indiquem que longos contatos do plasma ou soro com as células não contribuem para modificações importantes, o plasma ou soro devem ser fisicamente separados das células o mais rápido possível; • É recomendado respeitar o limite máximo de 2 horas a partir da hora da coleta. 36 Processamento da amostra • Analitos não afetados por contato do soro com as células até 48 horas: ácido úrico, albumina, ALT, bilirrubina, cálcio, colesterol, CK, creatinina, fosfatase alcalina, fósforo, magnésio, proteínas, sódio, triglicérides, T3, T4, uréia; • Analitos afetados por contato do soro com as células até 2 −− −− ¯ −horas: cálcio ionizado , fósforo , glicose , LDH , −potássio ; • −Contato até 8 horas: ferro ; • −Contato 12 horas: frutosamina . 37 Processamento da amostra • Obtenção de soro: as amostras devem estar coaguladas antes de centrifugar. Coagulação espontânea ocorre após 30 a 60 minutos (22-25°C); Não acelerar a coagulação com aquecimento a 37°C; • O resfriamento aumenta o tempo necessário para se obter a coagulação completa; • Quando a coagulação é incompleta, pode ocorrer hemólise e/ou formação latente de fibrina, capazes de gerar erros. 38 Critérios de rejeição da amostra • O laboratório deve definir critérios de rejeição de amostras incluindo no mínimo: � identificação incorreta ou incompleta; � tubo de coleta incorreto; � ordem incorreta de coleta; � volume inadequado; � hemólise; � armazenamento ou transporte incorreto 39 Causas de hemólise em amostras • Aspiração do álcool utilizado para assepsia; • Seringa contendo umidade; • Agulha de fino calibre; • Aspiração forçada do sangue; • Transferência forçada do sangue para o tubo; • Agitação vigorosa do tubo com a amostra; • Centrifugação antes que coagulação se complete; • Centrifugação em velocidade elevada por longo tempo; • Exposição da amostra a temperaturas extremas; 40 Efeitos da hemólise Os efeitos são dependentes da quantidade de células lisadas e hemoglobina liberada, especificidade do sistema analítico e são provocados por: • Liberação da hemoglobina e componentes celulares com efeitos de diluição ou elevação na concentração de analitos; • Interferência química da hemoglobina na reação; • Interferência fotométrica com mudanças no branco da amostra e nas medições em 340, 415, 540 e 570 nm; 41 Gestão do tempo na fase pré-analítica • A fase pré-analítica requer mais tempo que a fase analítica e os tempos devem ser documentados e controlados para gerar indicadores: – hora exata do cadastramento; – hora da coleta; – hora exata da chegada da amostra no Laboratório; – tempo pré-analítico fora do Laboratório; – tempo pré-analítico no Laboratório; 42 Amostra presente de grego Variação biológica + Efeitos do ambiente Erros de identificação Preparo incorreto Recipiente incorreto Erros de coleta Hemólise Coágulo Transporte incorreto Armazenamento O laboratório deve evitar acrescentar variabilidades além da biológica, que não pode ser excluída. 43 Indicadores da fase pré-analítica • O laboratório deve desenvolver indicadores para estimar a qualidade da fase pré-analítica e identificar as oportunidades de melhoria; • Lembrar que: tudo que pode ser medido pode ser melhorado. • Exemplo de indicadores: tempo de atendimento ao cliente, erros de cadastro, tempo entre cadastramento e coleta, amostras com identificação inadequada, amostras com hemólise, amostras coaguladas na hematologia e coagulação, amostras contaminadas em culturas, erros no processamento e armazenamento de amostras; • Intervir preferencialmente nas causas que provocam o maior percentual de erros. 44 Indicadores da fase pré-analítica Especificações da qualidade • Os sistemas de gestão da qualidade devem cobrir todo o ciclo do exame no laboratorio clínico; • Carmen Ricós identificou os indicadores dos processosextra-analíticos (pré e pós analíticos) para criar as especificações ou limites da qualidade 45 Controle Interno da Qualidade Planejamento � Controle de Qualidade Interno - Defina quais analitos que deseja controlar - Equipamentos em que são executados - Faça uma lista dos analitos - Identifique as metodologias a serem utilizadas - Selecione as Regras de Controle apropriadas (sinais de alerta) 46 Controle Interno da Qualidade Elementos Fundamentais � Parâmetros � Média Aritmética � Desvio Padrão � Coeficiente de Variação 47 Controle Interno da Qualidade Dispersão – Imprecisão aumentada e Inexatidão Alvo Gráfico de Levey Jennigs Curva de Gauss 48 Controle Interno da Qualidade Dispersão – Imprecisão aumentada e Inexatidão Alvo Gráfico de Levey Jennigs Curva de Gauss 49 Controle Interno da Qualidade Dispersão – Imprecisão controlada e Inexatidão Alvo Gráfico de Levey Jennigs Curva de Gauss 50 Controle Interno da Qualidade Dispersão – Imprecisão controlada e Exatidão Alvo Gráfico de Levey Jennigs Curva de Gauss 51 Controle Interno da Qualidade Elementos Fundamentais � Média Aritmética � Medida de tendência central � Sua variações refletem erros sistemáticos � Média = Σ xi n Equip 1 Glicose Equip 2 179 1 185 175 2 165 174 3 170 180 4 177 175 5 181 178 6 163 177 7 190 180 8 169 174 9 170 176 10 189 181 11 192 173 12 160 175 13 166 180 14 175 178 15 167 173 16 191 176 17 187 180 18 177 176 19 180 177 20 183 176,85 Média 176,85 Média = Σ xi n 52 Controle Interno da Qualidade � Média Média Xm = 176,8 mg/dL 53 Controle Interno da Qualidade � Desvio Padrão Medida de variabilidade / dispersão É igual a raiz quadrada da variância Reflete a variabilidade da série de dados Relaciona-se aos erros aleatórios do CIQ DP = √ Σ (xi-xm)2 n - 1 54 Controle Interno da Qualidade � Desvio Padrão DP equipamento 1 = 2,61 DP equipamento 2 = 10,1 55 Controle Interno da Qualidade � Coeficiente de Variação É a razão do desvio padrão pela média É o DP como porcentagem de média É uma estimativa melhor do desempenho do método para diferentes concentrações CV = DP x 100 Xm 56 Controle Interno da Qualidade � Coeficiente de Variação CV equipamento 1 = 1,48 CV equipamento 2 = 5,76 57 Controle Interno da Qualidade Organize os materiais � Identifique o fornecedor de materiais de controle interno dos analitos listados em seu planejamento � Uso de controles alternativos � Estime seu consumo e planeje sua aquisição 58 Controle Interno da Qualidade Adquira os materiais � Utilize preferencialmente de 2 a 3 Níveis de Controle � Não esqueça a viabilidade (custo benefício) � Materiais liofilizados apresentam melhores estabilidades 59 Controle Interno da Qualidade Analise a bula do material � Implantação do controle interno � Verificação dos valores para cada Nível indicado na bula � Valores de referência � Metodologia � Verificação da estabilidade e armazenamento 60 Controle Interno da Qualidade Use dos Controles � Utilize os controles antes do início da rotina � As 20 primeiras corridas são consideradas fase de preparo � Avalie os resultados � Nessa fase serão determinados os valores de Xm e DP para serem usadas na próxima etapa 61 Controle Interno da Qualidade Ativar o Controle � Mantenha a introdução diária de resultados � Ative os controles para usar os seus próprios valores de Xm e DP � Nessa fase serão testadas as regras múltiplas estabelecidas 62 Controle Interno da Qualidade Recomendações O que não deve ser feito em controle interno da qualidade? 1. Usar a média e os limites das amostras- controle do fabricante ou do PNCQ; 3. Trocar continuamente de marcas de reagentes; 5. Somente repetir o controle, e não avaliar as causas que determinaram a não-conformidae; 4. Usar o controle interno como calibrador. 63 Controle Interno da Qualidade Recomendações Boas práticas de controle interno da qualidade: 1. Calcular suas próprias médias e desvios padrão; 2. Definir os seus limites de variabilidade; 3. Manter a estabilidade dos reagentes, a manutenção preventiva dos equipamentos e o treinamento do operador; 4. Rejeitar as corridas fora de controle, identificar o erro e eliminar sua causa. 64 Controle Interno da Qualidade Recomendações Como tratar as não-conformidades: Identificar as causas; Aplicar ações corretivas; Aplicar ações preventivas; Avaliar a eficácia destas ações; Registrar tudo = Prover rastreabilidade. 65 Regras Multiplas � Mantenha a introdução diária de resultados � Ative os controles para usar os seus próprios valores de Xm e DP � Nessa fase serão testadas as regras múltiplas estabelecidas 66 O que são as Regras Multiplas? Primeiramente, uma descrição não-técnica: James O. Westgard “Quando minha filha Kristin era jovem e morava conosco, ela gostava de ir às festas. Um dia quando ela me contou que pretendia sair e voltar tarde mais uma vez, eu senti a necessidade de exercer um certo controle paterno sobre suas horas. Então disse-lhe que, se voltasse uma vez após às três horas (13s), duas vezes após às duas horas (22s) ou quatro vezes após uma hora (41s), ela estaria em apuros. Isto é uma regra múltipla de controle.” 67 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS 13s- Regra de controle comumente utilizada com um gráfico de Levey-Jennings. A corrida é rejeitada quando quando uma unica medição de controle excede um dos limites. 68 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS 12s- Utilizada como uma regra de alerta. Deve-se acionar uma inspeção cuidadosa dos dados de controle por meio das seguintes regras de rejeição: 22s; R4s; 41s; 10x 69 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS 22s- Rejeita-se quanto 2 medições de controle consecutivas excederem o mesmo limite de controle 2DP 70 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS R4s- Rejeita-se quando uma medição de controle exceder o limite de controle em +2DP e a outra -2DP em uma mesma corrida formando um espaço de 4DP entre as duas medições. 71 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS 41s- Rejeita-se quando quatro medições de controle consecutivas excederem o mesmo limite de 1DP. 72 O QUE SÃO A REGRAS MÚLTIPLAS 10x- Rejeita-se dez medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação a média. 73 O que são as Regras Múltiplas? 74 O que são as Regras Múltiplas? - Regras múltiplas apresentam uma baixa taxa de falsa rejeição, em torno de 1% com N de 2-4. - Taxa alta de identificação de erros. 75 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que NÃO FAZER: - Não use o limite de 2 DP Também conhecido como 12s . Esta prática é conhecida por ter um alto nivel de falsas rejeições. Pode causar de 10 a 20 % de desperdício de recursos do laboratório. Os softwares dos equipamentos trabalham em 2 DP, certamente para o fabricante será melhor. 76 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que NÃO FAZER: - Não repita os controles simplesmente - Não utilize as mesmas regras de controle para todos os ensaios Não há uma regra ou conjunto de regras que seja adequado a todos os ensaios e métodos. Alguns métodos têm melhor precisão que outros, sendo assim, diferentes procedimentos de CQ devem ser utilizados. 77 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que NÃO FAZER: - Não utilize valores de bula para calcular limites de controle Valores da bula refletem o desempenho total de um grupo de laboratórios , os valores de DP são usualmente maiores e fornecerão limites de controle mais amplos (o que causa uma baixa identificação de erros. 78 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que FAZER (NCCLS): - Selecione procedimentos de CQ que minimizem falsas rejeições É melhor manter a texa de falsas rejeições abaixo de 5%. Isto exige que vocêelimine o uso dos limites de controle 2DP sempre que o numero de medidas for maior que 1. O uso dos limites 3DP dará a você somente uma taxa de falsa rejeição de apenas 1% quando utiliza 2 a 4 níveis. - Padronize as operações de CQ As aplicações por si só devem ser sistemáticas, desde a preparação dos marteriais de controle até a interpretação dos controles. 79 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que FAZER (NCCLS): - Calcule os limites de controle a partir dos dados do seu laboratório A média e o desvio padrão de um material de controle devem ser estabelecidos com base em repetições repetidas daqueles materiais e pelos métodos em uso no laboratório. - Use o computador para analisar e interpretar os dados de CQ O apoio do computador facilitará os cálculos dos dados, definição das médias, desvios padrões e limites de controle acumulados. 80 O que Fazer e Não Fazer do Controle de Qualidade O que FAZER (NCCLS): - Rejeite corridas fora de controle, identifique o problema e elimine a causa Após eliminar o problema verifique os resultados dos ensaios para as amostras dos pacientes - Use o computador para analisar e interpretar os dados de CQ O apoio do computador facilitará os cálculos dos dados, definição das médias, desvios padrões e limites de controle acumulados. 81 Interpretação das Regras Múltiplas Exemplo de um protocolo para CQ 1. Procedimento CQ estatístico : Utilize a regra 12s como regra de alerta e as regras 13s/22s/R4s/10x como regras de rejeição com duas medidas de controle por corrida 2. Análise dos materiais por controle: Analise uma amostra de controle nível A e uma de controle nível B em cada corrida 3. Interpretação de uma regra de aviso: Se ambos os resultados estão dentro dos limites 2DP, libere os resultados. Se um resultado exceder o limite 2DP, inspecione os dados de controle e rejeite a corrida caso alguma regra de controle for violada. 4. Inspeção de resultados de controle “dentro da corrida”: Inspecione os resultados na corrida atual aplicando a regra 13s para os resultados de cada material e as regras 22s e R4s entre materiais. 82 Interpretação das Regras Múltiplas Exemplo de um protocolo para CQ 5. Inspeção de resultados “entre corridas”: - Aplique a regra 22s dentro de cada material entre as duas ultimas corridas; - Aplique a regra 41s dentro de cada material entre as ultimas 4 corridas; - Aplique a regra 41s entre as duas ultimas corridas e duas medições de cada material; - Aplique a regra 10x entre as ultimas 5 corridas e 2 medições de cada material 6. Interpretação das regras de rejeição: Se nenhuma das regras dos passos 3, 4 ou 5 foram violadas, aceite a corrida e libere os resultados dos pacientes. Se alguma das regras for violada, a corrida está fora de controle , não libere os resultados dos pacientes. 83 Interpretação das Regras Múltiplas Resolução de problemas 1 – Determine o tipo de erro que está ocorrendo com base na regra que está sendo violada. 2 - Consulte guias de resolução de problemas para identificar possíveis causas para o tipo de erro indicado pela regra de controle que foi violada. 3 – Inspecione o processo de ensaio e identifique a causa do problema. 4 – Corrija o problema e analise as amostras de controle novamente 5 – Repita ou verifique os resultados das amostras dos pacientes uma vez que o método foi dado como sob controle. 6 – Consulte um supervisor para qualquer decisão referente a liberação de resultados de pacientes, quando a corrida está fora de controle. 84 Exemplos 85 Exemplos 86 Estatísticas no CQ • Imprecisão Representa a variabilidade que ocorre em um resultado de exame. 87 Estatísticas no CQ Variabilidade • A variabilidade pode diminuir a qualidade dos resultados dos exames ou provocar baixa eficiência dos processos realizados dentro do laboratório, aumentando os custos operacionais, além de aumentar a frequência de falso positivos e falso negativos; • Compreender e reduzir a variabilidade a valores aceitáveis é a chave do sucesso. 88 Pode ser provocada pelas seguintes causas : � Pessoas: realizam os procedimentos de modos diferentes por diferentes estilos, diferentes conhecimentos e capacitações; � Equipamentos: desempenho diferente das diversas peças; � Materiais: provenientes de fornecedores diversos; � Métodos: procedimentos inadequados ou que não são robustos as outras causas de variação; � Medições: dificuldades em medir precisa ou exatamente os resultados dos processos; � Ambiente: físico (temperatura, umidade). Políticas e atitudes dos gerentes e técnicos. Variabilidade 89 Medindo a variabilidade • Para controlar e reduzir a variabilidade é necessário estimar sua dimensão; • A estimativa da variabilidade, também denominada imprecisão, é feita através do desvio padrão; • SDesvio Padrão=( (Xi -Xm)2/n-1)1/2 90 Erro aleatório • Erro negativo ou positivo cuja direção e dimensão não podem ser previstas; • O erro aleatório é formado pelo desvio padrão e como sua magnitude não pode ser prevista, considera-se como o erro máximo possível, calculado como múltiplos do desvio padrão; • Cálculo: 1,65*desvio padrão ou 1,65*CV 91 Erro aleatório 92 Erro sistemático ou bias • Erro que tem sempre a mesma direção e é previsível; • O erro sistemático é calculado pela diferença entre a média de um conjunto de resultados e o valor verdadeiro; • O controle da qualidade não tem a função de medir o erro sistemático, mas pode indicar desvios na calibração ou nos resultados caracterizando, aumento do erro sistemático. 93 Erro total • Corresponde ao erro inserido no resultado de um exame; • É obtido com a soma dos erros aleatório e sistemático. – Erro aleatório =1,65*desvio padrão ou 1,65*CV% – Erro sistemático = Média – Média verdadeira • O erro total pode ser expressado em valor absoluto ou em percentual. 94 Controle Interno da Qualidade Você está achando tudo isso muito trabalhoso? 95 Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE PRO-IN – TEMPO REAL Para o desenvolvimento do PRO-IN TEMPO REAL, o PNCQ tomou como premissas básicas: Principais premissas Facilidade de uso Agilidade Configurado pelo Laboratório EM TEMPO REAL Controle Interno da Qualidade Para começar a utilizar essa ferramenta, basta acessar o site do PNCQ, digitar seu número de participante e senha e clicar no ícone Pro-In Tempo Real 98 Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE Para participar da utilização do PRO-IN – TEMPO REAL, um produto do PNCQ, basta ser um participante do programa. Quem pode participar? Qual o objetivo do PRO-IN TEMPO REAL? Fornecer ao laboratório uma ferramenta que possa auxiliá-lo a cumprir uma das especificações da RDC ANVISA 302, de forma prática e rápida. Os resultados são analisados e apresentados no gráfico, em TEMPO REAL, o que permite ao laboratório verificar erros imediatamente e providenciar soluções. Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Pro-In Tempo Real Utilizando o Pro-In Tempo Real o usuário pode: 1. Visualizar o gráfico de Levey Jennings com a média obtida em seu laboratório; 2. Visualizar a média de todos os laboratórios que utilizam o mesmo método, comparando com a sua; 3. Estabelecer seus próprios valores de referência; 4. Comparar seus resultados com os valores de referência do PNCQ; 5. Imprimir o gráfico de Levey-Jennings de sua média e variabilidade, para usar como registro; 6. Aplicar as regras de Westgard, se necessário. Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Nesta tela, o participante poderá definir seus próprios valores de referência e visualizar seus lançamentosfuturos em comparação com estes valores Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Basta selecionar o grupo e o lote para iniciar os lançamentos e a visualização do gráfico Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Os resultados poderão ser visualizados no gráfico de acordo com os valores lançados pelo Participante (I), de acordo com os lançamentos de Todos os Participantes (II), de acordo com os Valores de Referência do PNCQ (III) ou de acordo com os Valores de Referência Próprio (IV), definidos pelo participante Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Modalidades de Gráficos Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Os resultados estarão visíveis de forma contínua, de acordo com o período de consulta definido Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Possibilidade de definir as regras de Westgard que melhor se adaptam à sua rotina Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Link para os valores de referência do PNCQ de todos as amostras-controle disponíveis para Controle Interno Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Link para notícias relevantes sobre o Controle Interno da Qualidade Prática laboratorial IMUNOLOGIA a. Comerciais, liofilizadas ou líquidas, provenientes de soro humano; b. Proveniente de um “pool” de plasma humano, obtidos em Bancos de Sangue ou de amostras de soro do próprio laboratório; c. Proveniente de soro animal, submetidos à inoculação de antígenos humanos resultantes de patologias a serem examinadas; d. Amostras divididas. 109 São diferentes dos controles internos dos kits. Podem ser preparados no laboratório ou comprados. Devem ser utilizados diariamente na rotina do laboratório, para monitorar o comportamento de cada metodologia. Servem para validar as reações. Sofrem variações nas mudanças de lotes de reativos. Soros Controle Interno (SCI) 110 Controles Positivos � Devem apresentar relação DO/CO > 1 � Faixa recomendada: 2,0 – 4,5 � Métodos competitivos: (< 1) � Faixa recomendada: 0,3 – 0,7 Controles Negativos � Devem apresentar relação DO/CO < 1 � Faixa recomendada: < 0,8 � Mét. Competitivos: > 2,0 CO: Cut off (Valor de corte) Soros Controle Interno (SCI) 111 Controles de múltipla reatividade • Cada SCI pode ser usado para vários parâmetros Anti-HIV + AgHBs + anti-HCV + anti-T.cruzi Sífilis + anti-HBc + anti-HTLV • Levar em consideração as diferentes marcas de kits, para cada teste, que existem no mercado � Grande número de kits para cada parâmetro � Diferenças significativas entre a reatividade dos kits � Ampla distribuição de marcas entre os usuários Soros Controle Interno (SCI) 113 Preparo de Controles Individuais Guardar amostras reagentes por parâmetro Mistura das amostras (pool), para obter o volume necessário. Efetuar as diluições necessárias para obter a faixa de reatividade desejada. Aliquotar em pequenos volumes (para uso diário) e conservar a -20º C Soros Controle Interno (SCI) 114 Obter bolsas de plasma reagentes para cada parâmetro Transformar o plasma em soro para obter soluções mãe reagentes para cada parâmetro. Efetuar as diluições necessárias para obter a faixa de reatividade desejada. Aliquotar em pequenos volumes (para uso diário), adicionar conservante e armazenar a -20º C Soros Controle Interno (SCI) PNCQ 115 Diluições Seriadas 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl100 µl 100 µl + 900 µl Soro puro 1/10 1/102 1/103 1/104 1/1071/1061/105 1/108 + 900 µl + 900 µl + 900 µl + 900 µl + 900 µl + 900 µl + 900 µl Diluição diluente 116 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl 100 µl100 µl 100 µl + 100 µl Soro puro 1/2 1/4 1/8 1/16 1/1281/641/32 1/256 + 100 µl + 100 µl + 100 µl + 100 µl + 100 µl + 100 µl + 100 µl Diluição diluente Diluições Seriadas 117 Diluições recomendadas para preparar SCI individuais Parâmetros Diluições Anti-HIV 1/10 - 1/102 até 1/108 Anti-HTLV 1/10–1/20 – 1/50 – 1/100- 1/200 Ag HBs 1/10 - 1/102 até 1/108 Anti-HBc (core) 1/2 – 1/5 -1/10 até 1/100 Anti-HCV 1/10 – 1/50 – 1/100 – 1/200 Chagas 1/2 – 1/5 – 1/10 – 1/20 Sífilis (ELISA) 1/5 – 1/10 – 1/20 – 1/50 até 1/500 Sífilis (VDRL) 1/2 – 1/4 – 1/8 – 1/16 – 1/32 – 1/64 118 Amostra ELISA 1 ELISA 2 ELISA 3 WB Dil: 1/.... DO/CO DO/CO DO/CO Resultado 1 >12,8 >23,5 19,5 + 10 >12,8 23,2 18,4 + 102 >12,8 22,7 8,1 + 103 >12,8 20,2 0,6 - 104 >12,8 13,3 0,1 - 105 >12,8 8,0 0,1 - 106 7,9 3,1 0,1 107 3,2 1,4 0,0 108 1,5 0,8 0,0 Soro anti-HIV positivo - Diluições com Kits diferentes CQE CQI 119 Diluição de amostras Anti-T.cruzi positivas Dil CHAGATEK BIOSCHILE WIENER rec Sample 1 Sample 2 Sample 3 Sample 1 Sample 2 Sample 3 Sample 1 Sample 2 Sample 3 1/1 3,7 10,7 4,8 2,7 3,7 3,2 6,8 9,0 8,1 1/2 2,8 8,0 3,7 2,2 3,3 2,8 3,9 8,1 7,2 1/5 2,0 5,7 2,5 1,6 2,8 2,3 0,7 5,1 5,6 1/10 1,4 4,5 1,6 1,2 2,3 1,9 0,2 2,6 3,4 1/20 0,9 2,4 1,3 0,9 1,8 1,6 0,0 1,0 2,6 OD/CO values 120 Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas HEMATOLOGIA a. Comerciais, oriundas de empresas fabricantes de equipamentos, de reagentes ou de fornecedores de amostras-controle; b. Provenientes de provedores de ensaios de proficiência; c. Amostras de pacientes do dia anterior; Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas HEMATOLOGIA d. Regra do três : Multiplicar o valor dos dois primeiros dígitos das hemácias por 3= Hemoglobina e multiplicar a Hemoglobina por 3 = Hematócrito. É uma fórmula de controle, que não deve ser usado para as determinações destes analitos, pois não representam a realidade quando há microcitose ou macrocitose; e. Algorítmo de Bull: VCM, CHCM e HCM; f. Amostra dividida. Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas MICROBIOLGIA Para determinações microbiológicas podem ser usadas como controle interno, as amostras- controle: a. Bactérias validadas provenientes de organismos de validação de bactérias, como a ATCC, IPT, Adolfo Lutz, Manguinhos; b. Provenientes de provedores de ensaios de proficiência, com sua identificação validada pelos mesmos; c. Fase pré-analítica: Meios de cultura, corantes e processos. Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas URINÁLISES-EAS Para determinações da avaliação dos elementos anormais em urinálise, utilizando as tiras reagentes (“screening”), podem ser usadas como controle interno, as amostras-controle: a. Comerciais, líquidas ou liofilizadas, provenientes de fabricantes internacionais de amostras-controle; b. Provenientes de provedores de ensaios de proficiência; c. Preparação artificial do próprio laboratório ou “pool” de urina. d. Obs.: Este controle interno tem que ser especificado pelo laboratório clínico em procedimento escrito, porque ele não necessita ser realizado diariamente. Utilizar semanalmente e sempre que houver a abertura de um novo frasco de tiras reagentes. Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Para controle o interno em Parasitologia, Citologia Clínica, Bacterioscopia e determinação específica do Hemograma: a. Sugerimos que o laboratório clínico estabeleça uma rotina de garantia da qualidade, com verificação por outro profissional de 10 por cento das amostras de pacientes positivas para alguma patologia eas negativas, para confirmação dos laudos; b. Amostra dividida. Obs.:Esta verificação dever ser registrada para comprovar a execução deste processo de validação e de precisão. BACTERIOSCOPIA Programa Nacional de Controle de Qualidade Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas LÍQUIDOS BIOLÓGICOS Geralmente é um material escasso; Raramente é solicitado ao laboratório; Não existem amostras-controle disponível; Testes pluralizados: Proteínas, celularidade, bacterioscopia, cultura, bioquímicas,etc. Sugestão de controle interno: Amostra dividida ou teste supervisionado Ferramentas da Qualidade Diagrama ou Gráfico de Pareto O gráfico de Pareto é um diagrama que apresenta os itens e a classe na ordem dos números de ocorrências, apresentando a soma total acumulada. Permite-nos visualizar diversos elementos de um problema auxiliando na determinação da sua prioridade. 127 Ferramentas da Qualidade Diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe É uma representação gráfica que permite a organização das informações possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema ou efeito. Também chamado de diagrama de espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa. Mostra-nos as causas principais de uma ação, as quais dirigem para as sub-causas, levando ao resultado final. 128 Ferramentas da Qualidade Gráficos de Controle São gráficos para examinar se o processo está ou não sob controle. Sintetiza um amplo conjunto de dados, usando métodos estatísticos para observar as mudanças dentro do processo, baseado em dados de amostragem. Pode nos informar em determinado tempo como o processo está se comportando, se ele está dentro dos limites preestabelecidos, sinalizando assim a necessidade de procurar a causa da variação, mas não nos mostrando como eliminá-la. 129 Ferramentas da Qualidade Fluxograma É um resumo ilustrativo do fluxo das várias operações de um processo. Este documenta um processo, mostrando todas as suas etapas. É uma ferramenta fundamental, tanto para o planejamento (elaboração do processo) como para o aperfeiçoamento (análise, crítica e alterações) do processo. O fluxograma facilita a visualização das diversas etapas que compõem um determinado processo, permitindo identificar aqueles pontos que merecem atenção especial por parte da equipe de melhoria. É basicamente formado por três módulos: Início (entrada): assunto a ser considerada no planejamento Processo: consiste na determinação e interligação dos módulos que englobam o assunto. Todas as operações que compõe o processo. Fim (saída): fim do processo, onde não existem mais ações a ser considerada. 130 Ferramentas da Qualidade Brainstorming A filosofia básica do Brainstorming é deixar vir à tona todas as idéias possíveis sem criticar durante a sua exposição. O objetivo é obter o maior número possível de sugestões, para fazer posteriormente o julgamento. O Brainstorming, não determina uma solução, mas propõem muitas outras. É um grupo de pessoas na qual um tema é exposto e que através de livre associação de pensamento começam surgir idéias associadas a este tema. 131 Muito Obrigado pncq@pncq.or g.br 132
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