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Opportunity Solution Tree - Árvore de Soluções de Oportunidades

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DENIZE PIMENTA 
É mestra em informática pela UNIRIO, tem MBA em Gerência de 
Projetos pela UFF, pós-graduada em Análise, Projeto e Gerência 
de Sistemas pela PUC-Rio, é bacharel em análise de sistemas pela 
UNESA, atua como Gerente de Produtos na Globo e é consultora 
de produtos digitais. Certificações: CFPS, IBM RMUC, IBM RUP, 
OMG UML Fundamental, CSPO, PMP, CSM, SAFe e PMI-ACP. 
 
 
 
Opportunity Solution Tree 
Árvore de Soluções de Oportunidades 
Versão 1.3 – AGO/2021 
 
 
Introdução ......................................................................................................................... 1 
Espaço do Problema vs Espaço da Solução ............................................................................. 3 
Aprendizado Contínuo .......................................................................................................... 4 
Dicas ................................................................................................................................. 5 
Resumo ............................................................................................................................. 5 
Referência.......................................................................................................................... 5 
 
Introdução 
Este texto traz os passos para a construção da árvore de oportunidade, utilizada por times de 
produto para realização e organização da descoberta de produtos. O objetivo principal da 
descoberta é aprender o mais rápido possível, casando a viabilidade de tecnologia com a 
viabilidade de negócio, entendendo que há valor para o cliente e que o usuário conseguirá 
utilizar o produto da melhor forma. A árvore de oportunidade não deixa que percamos o foco 
no resultado desejado e amarra soluções que contribuam com este resultado, é utilizada na 
descoberta, na validação de hipóteses atribuídas a melhorias a serem realizadas em produtos. 
Descoberta (Discovery) e Entrega (Delivery) são ciclos de desenvolvimento de produtos que 
ocorrem em paralelo, formam um processo contínuo, também conhecido como dual track. São 
desempenhados pela mesma equipe de produtos multidisciplinar, que tem toda a skill 
necessária para a construção do produto proposto. O objetivo principal da descoberta é 
aprender o mais rápido possível, separando as boas ideias e criando um backlog validado do 
produto antes da construção, decidindo o que deve ser construído e, talvez o mais importante, 
o que não deve ser construído. Para tal, é necessário casar a viabilidade de tecnologia com a 
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viabilidade de negócio, entendendo que há valor para o cliente e, ao mesmo tempo, 
entendendo que o usuário conseguirá utilizar o produto da melhor forma. Já a entrega tem o 
objetivo de finalizar e implantar o mais rápido possível o incremento do produto, de uma 
forma que seja escalável, com desempenho, confiável e sustentável. O que é desenvolvido na 
entrega foi validado na etapa de descoberta. 
Teresa Torres nos oferece uma ferramenta para mapearmos resultado, oportunidades 
hipóteses de solução e testes de validação para não nos perdemos em meio a tantas opções. A 
ferramenta auxilia o trabalho colaborativo, pois permite a participação de todos e ressalta a 
transparência, deixando claras as oportunidades a serem exploradas, bem como os benefícios 
e retorno esperado. A Figura 1 retrata a estrutura da árvore de soluções de oportunidades. 
 
Figura 1: Árvore de Soluções de Oportunidades 
Estrutura da Árvore: 
 Resultado Desejado: É a necessidade de negócio, que reflete como sua equipe pode 
criar valor, se localiza no topo da árvore, representa um resultado que deve ser 
alcançado. De preferência específico, mensurável, alcançável, confiável e, como toda 
meta, deve ter um tempo definido para ser alcançado. O uso de Objetivo e Resultados 
Chave pode auxiliar a identificar, deixar visível e comunicar esses resultados. 
 Oportunidade: vão nos conduzir aos resultados desejados. Temos a mania de tentar 
encontrar soluções, mas o desafio aqui é realmente pensar em oportunidades em um 
nível mais macro – antes de pensar nas possíveis soluções. 
 Solução: Após descobrir as oportunidades, temos que criar hipóteses de soluções que 
possam entregar os resultados desejados. Se nós resolvemos o problema para o 
usuário, mas não alcançamos a meta estabelecida no objetivo, nós não atingimos a 
expectativa da empresa. Até aí tudo bem, a partir deste momento você pode tomar a 
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decisão de otimizar sua solução ou criar outra. Lembrando que devemos sempre 
encontrar soluções que possam ser mensuradas para que no futuro nós possamos 
entender se elas atingiram o resultado. 
 Teste de Suposição (ou experimento): Após definir a hipótese de solução, você deve 
pensar em experimentos pequenos e rápidos que lhe darão insights se essa hipótese é 
o melhor caminho a ser seguido. Para uma solução você pode rodar N experimentos 
até chegar numa conclusão se deve construir a solução completa ou partir para outras 
hipóteses – o experimento é focado em gerar aprendizado para criar fundamentos 
para a sua hipótese de solução. 
Se queremos ter aumento de engajamento no nosso produto em 20% até o final do ano 
(resultado esperado), precisamos identificar os pontos de dor ou oportunidades, relacionar 
soluções que podem gerar impacto nessas oportunidades e planejar os experimentos ou 
testes que validam essas suposições. Como o exemplo esquemático da Figura 2, que usa o 
Facebook, mostra o aumento de engajamento como resultado esperado e uma das 
oportunidades seria a melhoria de engajamento dos posts, onde poderíamos adicionar uma 
reação, como não gostei ou amei, onde poderíamos utilizar experimentos como fake door para 
contabilizar os usuários interessados nessas novas reações. 
 
Figura 2: Árvore de Soluções de Oportunidades – Exemplo Facebook 
 
 
Espaço do Problema vs Espaço da Solução 
Trabalhamos melhor se desenvolvermos o entendimento do problema juntamente com a 
solução. À medida que exploramos soluções potenciais, aprendemos mais sobre o problema e, 
à medida que aprendemos mais sobre o problema, novas soluções se tornam possíveis. Essas 
duas atividades estão intrinsecamente interligadas. O espaço do problema e o espaço da 
solução evoluem juntos. O que não pode ocorrer é partir diretamente para a solução. 
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Precisamos identificar o problema, o ponto de falha, o desejo ou a melhoria necessária a ser 
realizada. Nunca iniciar diretamente pelo mapeamento da solução sem antes observar e 
entender o problema. A estruturação do problema inicia com a identificação do resultado 
esperado. Qual problema ou ponto de dor hoje que pode influenciar o resultado almejado? 
Lembrando que várias técnicas podem ser utilizadas nesta identificação, como entrevistas com 
os clientes, questionários, mapa de calor (ou Heatmap), análise de jornadas, screen record, 
dentre outras técnicas. No geral pesquisas qualitativas ajudam neste processo investigativo. 
Na descoberta, após a identificação do objetivo, identificamos as oportunidades que podem 
gerar impacto no resultado esperado. Estas oportunidades também são identificadas nos 
cenários de uso do produto. Após identificarmos as oportunidades, que exploram o universo 
do problema é hora de entrar no espaço da solução e mapear hipóteses de solução, que são o 
reflexo no produto do que poderia resolver ou atingir a oportunidade identificada 
anteriormente, e então são pensados experimentos para direcionar o sucesso, ou não, das 
hipóteses sugeridas. 
A construção de produtos digitais não tem fim, estamos sempre identificando melhorias, 
trabalhando em problemas identificados anteriormente, masnão abordados e buscando 
resolver novos problemas. A partida inicial é a definição do resultado desejado, focado no 
negócio. 
Depois identificamos as dores e problemas reais do público alvo, que são avaliados como 
oportunidades para desenvolvimento do produto. O produto construído deve atender às 
características e necessidades do negócio, deve também atender às limitações da tecnologia 
disponível, o produto deve ser entendido e fácil de usar. 
 
Aprendizado Contínuo 
Como prega o manifesto ágil precisamos responder a mudanças mais do que seguir um plano. 
Além disso, tudo que fizermos para aprender rapidamente e incluirmos melhorias nos 
produtos nos fará ter vantagem competitiva. Sabemos que uma funcionalidade antes de 
desenvolvida é apenas uma suposição, uma hipótese de uma solução que atinge de forma 
positiva um resultado esperado. Desta forma, precisamos testar se a hipótese é verdadeira ou 
não antes do desenvolvimento feito e o lançamento do incremento do software em produção. 
Os testes precisam ser rápidos e baratos, caso contrário não valerá a pena. Posso realizar mais 
de um teste para avaliar a mesma hipótese, isso se chama triangulação na pesquisa qualitativa 
e é registrado na folha da árvore de oportunidades, ou seja, no nível mais baixo da árvore. 
As árvores de soluções de oportunidades apresentam vários benefícios. Eles ajudam os times 
de produtos a: 
 resolver a tensão entre as necessidades de negócios e as necessidades do cliente. 
 construir e manter um entendimento comum de como eles podem alcançar o 
resultado desejado 
 adotar uma mentalidade contínua 
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 desbloquear uma melhor tomada de decisão 
 desbloquear ciclos de aprendizagem mais rápidos 
 construir confiança em saber o que fazer a seguir 
 desbloquear uma gestão mais simples das partes interessadas 
 
Dicas 
A seguir são listadas algumas dicas na aplicação prática: 
 Utilize a técnica de definição de objetivos SMART para apurar sua definição de 
resultados esperados. Quando não especificamos de forma clara, completa e 
mensurável não temos como avaliar se o resultado esperado foi atingido ou não. 
 Utilize OKR esta técnica objetiva e clara ajuda a construir e acompanhar os resultados 
esperados. (Use SMART ou OKR não precisamos onerar o processo). 
 Não se apegue a uma ideia – lembre que a funcionalidade antes de desenvolvida é 
apenas uma suposição – valide a proposta de solução, obtenha respostas rápidas e 
descarte o que não for necessário. Não perca tempo. 
 
Resumo 
Podemos concluir que a Árvore de Soluções de Oportunidades ajuda os times de produto a 
lembrar qual o resultado desejado e que todo o trabalho realizado visa o atingimento deste 
resultado. Ajuda a ir fundo no entendimento das necessidades, problemas e desejos dos 
clientes, antes de pensar na solução. Desta forma, todo o time e outros envolvidos no 
desenvolvimento do produto entenderão qual é o objetivo, as metas e o que vai ser feito para 
se chegar ao resultado desejado – gerando mais engajamento de todas as partes, deixando 
claro qual é o caminho que será percorrido. 
 
Referência 
CAGAN, Marty. Inspirado – Como criar produtos de tecnologia que os clientes amam. Editora 
Alta Books. 2021. 
GRIFFITHS, Mike. PMI-ACP Exam Prep. RMC Publications, Inc. 2012. 
TORRES, Teresa. Continuous Discovery Habits – Discover Products That Create Customer Value 
and Business Value. 2021.

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