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1 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 Patologias da tireoide → ANATOMIA, HISTOLOGIA • pesa em torno de 10 a 20g, tem 4 cm de comprimento 1,5 a 2 de espessura e 2cm de largura; • dois lobos conectada por um istmo; • aspectos histológicos: é revestida por uma cápsula feita de tecido conjuntivo e a partir dessa capsula formam-se lóbulos microscópicos; - essa glândula é muito vascularizada para a condução endócrina; - Os lóbulos são compostos por folículos, de 20 a 40 folículos compõe cada lóbulo e esses folículos são permeados por capilares e as células que formam os folículos são chamadas de células foliculares ou tirócitos; - Dentro dos folículos existe o coloide, o qual tem alguns componentes dentre eles o T3 e o T4, que são os hormônios tireoidianos; -O epitélio folicular do folículo tem variações de tamanho, existem cuboides colunares e as vezes existem células cuboides mais achatadas e isso está relacionado com a atividade da glândula; - As células C, são chamadas de células parafoliculares que são células que produzem o hormônio calcitonina (que está relacionada com a manutenção do cálcio no sistema esquelético, inibe a atividade dos osteoclastos- células da superfície dos ossos que fazem reabsorção óssea) - Na microscopia: repare nos folículos e ao redor células foliculares e dentro dos folículos o coloide; - em menor aumento: 2 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 - em maior aumento, repare que as células com núcleo mais claros são as parafoliculares; → HORMONIOS TIREOIDIANOS • As células podem variar de formato, em algumas doenças: - células foliculares achatadas (menor atividade secretora de hormônios); células achadas e acúmulo de coloide; - Células foliculares colunares (maior atividade secretora de hormônios), repare nos núcleos abertos com nucléolo evidente, cromatina frouxa, células com alta atividade funcional, repare que praticamente não há coloide (alta demanda células trabalhando muito não da tempo de acumular coloide): 3 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → EIXO HIPOTÁLAMO HIFÓFISE TIREOIDE • no hipotálamo ocorre a produção do TRH que é sinônimo de TRF que é o hormônio liberador de tireotrofina é produzido no hipotálamo e estimula a adenohipófise a produzir o TSH o hormônio estimulante da tireoide; • esse TSH se liga a receptores que estão nas células foliculares para estimular a tiroide a produzir T3 e T4; Uma vez liberado na circulação T3 e T4 se ligam a proteínas plasmáticas circulantes, essas proteínas como a globulina ligante de tireoxina captam e distribuem esses hormônios, a maioria desses hormônios é o T4 que na periferia vira T3, pois o T3 apresenta uma atividade de 10 a 15 vezes maior que o T4 aos tecidos do nosso organismo, então t4 é produzido mais, mas vira T3 periericamente; • os hormônios estão relacionados com regulação positiva do catabolismo de carboidratos e lipídeos, estimulação da síntese proteica e está relacionado com o desenvolvimento cerebral do recém nascido; → SÍNTESE E LIBERAÇÃO DE H ORMONIOS TIREOIDIANOS • Etapas: - Síntese da tireoglobulina: Abaixo está a célula folicular, a tireoglobulina é sintetizada no RER, ela é formada de aproximadamente 70 aminoácidos de tirosina e 10% de carboidratos como a manose e esse conjunto de tirosina e carb é mandado para o complexo de Golgi para ser finalizado, então ela é empacotada em vesículas e liberada na luz do folículo tireoidiano (no lúmen=coloide); - Captação do iodeto circulante: a célula folicular capta esse iodeto e nessa célula folicular existem enzimas que oxidam esse iodeto circulante e esse iodeto oxidado também é jogado na luz do folículo tireoidiano por meio de um transportador chamado pendrina; - Iodação ou organificação ou iodinação: quando ocorre a ligação do iodo oxidado a 4 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 tirosina da tireoglobulina e isso vai gerar dois produtos (MIT monoiodo tirosina e DIT diodo tirosina). Quando um MIT se encontra com um DIT= T3 e dois DIT= T4; - células foliculares da tireoide captam coloide por endocitose : célula folicular (tirócito) faz endocitose de coloide e forma vesículas que faz digestão (por lisossomos) e quando digere libera T3 e T4 na circulação sanguínea pelos capilares adjacentes, mas também tem MIT e DIT e no coloide então é liberado no citoplasma da célula folicular tem enzima deiodinase que cliva sobras de MIT e DIT para liberar iodo junto com a tirosina (que vem da tireoglobulina), a fim de gerar elementos e iodo que vão ser aproveitados para formar T3 e T4 depois (reciclagem); OBS: pendrina capta Iodo oxidado e no coloide tem tanto T3 e T4 como MIT e DIT que vão ser reaproveitados; precisa clivar para mandar para o coloide onde forma T3 e T4, mas para a célula no citoplasma cliva e manda para coloide → CONVERSÃO DE T4 E T3 • para fazer essa conversão tem a enzima desiodase tipo I e tipo II, então a glândula produz mais t4 e esse t4 é depois convertido em t3 pela desiodase presente nos tecidos, o t3 é mais ativo que o t4, pois isso é melhor ter mais t3; • O t4 é convertido em T3 e há uma parcela de t4 que é convertido em t3 inativo isso é para dar uma homeostase e não ter tanto hormônio ativo; → AÇÕES PRINCIPAIS DOS HORMÔNIOS TIREODINAOS • aumentam a FC; essenciais para atingir a vida adulta etc; • atuam em muitos sistemas no cardiovascular e no metabolismo se destaca (ajuda na atividade das mitocôndrias e síntese de proteínas); Tirotoxicoses → HIPERTIROIDISMO X TIROTOXICOSE • Definições: aumento de T3 e T4 circulantes= tirotoxicose ocorre por: 1- liberação excessiva do hormônio pré- formado (pode ocorre por tireoidite: inflamação que rompe os folículos e libera os hormônios) 2- Ou por fonte extraditeodiana (ex: tumor que libera T3 e T4 como um teratoma ou tirotoxicose factícia- ingestão de tiroxina); 3- por hiperfuncionamento da glândula= hipertireoidismo), a causa mais comum de hipertiroidismo é a doença de graves; • no exame laboratorial: se tem aumento de t3 e t4= tirotoxicose; agora esse pode ter uma das 3 causas acima; • consequência de tirotoxicose= ocorre estado hipermetabólico causado por altos níveis circulantes elevados de t3 e t4 5 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • o adenoma hipofisário secretor de TSH (raro) não e considerado uma fonte extratireodiana, pois estimula o hiperfuncionamento da tireoide, única situação em que terá TSH aumentado sem reposta ao feedback negativo, se tem T3 e T4 aumentado e tem TSH aumentado pede exame de imagem, pois pode ter tumor de hipófise; • quando ocorre muito T3 e T4 vindo do hiperfuncionamento da glândula, ou devido a um teratoma ou tireoidite ocorre a tireotoxicose o TSH abaixa devido ao feedback negativo então t3 e t4 aumentado e TSH baixo; → CURSO CLÍNICO- HIPERTIROIDSMOS • Estado hipermetabólico induzido pela tireotoxicose, consequente de uma hiperfunção da glândula; - T3 e T4 tem influência no sistemanervoso simpático ativando betadrenérgicos; • aumento da taxa metabólica basal, apetite aumentado, por aumento dessa taxa; • no sistema nervoso simpático há receptores beta adrenérgicos que estão em diversos sistemas, o T3 e T4 tem afinidade com esses receptores; • o aumento do metabolismo aumenta a produção de calor, paciente pode sentir calor e ter temperatura aumentada; • criança que tem muito t3 e t4 tem epífises de crescimento fechados rapidamente e pode alcançar uma altura maior; • estimulação do metabolismo de carboidratos, estimulação do metabolismo de gorduras (beta- adrenérgicos estimulados fazem lipólise, reduz acúmulo de gordura no organismo), mas com a lipólise ocorre aumento da concentração de ácidos graxos livres; • ocorre redução do peso corporal, reduz a concentração plasmática de colesterol e aumenta a secreção de colesterol na bile, muito T3 e t4 aumenta o LDL dos hepatócitos que captam colesterol do plasma e joga para bile, então pode ter associação de hipertireodismo e colelitíase, em que devido a maior concentração de colesterol na bile leva a formação de cálculos; • aumento do tônus beta- adrenérgico, paciente tem vasodilatação, pele quente macia ruborizada; • no coração maior FC, paciente pode ter mais arritmias, pode ter hipertrofia do músculo cardíaco devido ao trabalho e muita hipertrofia pode gerar uma insuficiência cardíaca. Então pacientes tireotóxicos podem morrer por descompensação cardíaca secundária; • pacientes tem mais sudorese devido maior produção de calor; • no sistema neuromuscular: ocorre incapacidade de concentração, preocupação excessiva, músculo pode ficar enfraquecido, pode ter tremor; • aumento da secreção digestiva, aumento do trânsito intestinal que pode dar diarreia; 6 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • causa saída de cálcio dos ossos; nos osteoclastos têm receptor para t3 e t4. Estimulação excessiva causa osteoporose; • dilatação dos brônquios (receptores betaadrenérgicos), aumento das IRPM, aumento do consumo de o2; • onicólise: unha de plummer as unhas separam-se do leito ungueal; • tempestade tiroidiana: comum na doença de Graves, quando a doença inadequadamente tratada e o paciente é submetido ou a cirurgia ou estresse em que se libera catecolaminas que estimulam taquicardia e paciente pode morrer devido a arritmia cardíaca; → DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • t3 e t4 aumentado; - TSH aumentado = problema na hipófise - TSH baixo= tirotoxicose que pode ter uma de suas 3 causas Doença de Graves- bócio difuso tóxico → INTRODUÇÃO • causa mais comum de tirotoxicose, bócio= aumento da tireoide, difuso= por toda a glândula , tóxico= aumento de t3 e t4; • e a causa mais comum de hipertireoidismo endógeno; • causa ofltalmopatia infiltrativa com exolftalmia resultante, a exoftalmia é agravada em fumantes; • dermopatia infiltrativa localizada (mixedema pré-tibial)- presente em uma minoria de pacientes; → PATOGENIA • doença de Graves é autoimune de etiologia não esclarecida multifatorial com pré- disposição genética; • é uma doença do tipo hipersensibilidade do tipo II = produção de anticorpos IgG e IgM que dentre as suas características podem interferir com funções celulares sem lesão do tecido; • na doença de graves anticorpos são produzidos contra os receptores de TSH em que esse anticorpo hiperestimula o receptor sem o hormônio, causa hiperplasia e hipertrofia das células foliculares; • no geral, pacientes tem hipertiroidismo, mas pode ter raramente hipo; • célula folicular tem receptor de TSH a adenohipofise produz TSH que se liga no receptor para produzir T3 e T3 e esses últimos ativam no feedback negativo para produção de TSH, já na fisiopatologia dessa doença 7 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 apesar de o TSH diminuir o estimulo para produção de T3 E T4, essa produção continua pela ligação do anticorpo no receptor de TSH da célula folicular → EXOLFTALMIA • exoftalmia: essas células musculares da órbita e fibroblastos também tem receptores de TSH que se ligam aqui os anticorpos o que induz processo inflamatório contra esses anticorpos, libera-se células mononucleares (predominantes linfócitos T), edema e liberação de citocinas que estimulam maior síntese de matriz celular, fibroblastos e estimulam a adesão a receptores de TSH nessas células; • nos pacientes fumantes, já existe maior concentração de interleucina 1 e junto das citocinas produzidas pelas células inflamatórias agrava-se mais a protusão ocular; Na região pré- tibial há receptores de TSH causa edema dessa região, mas edema mais denso por conta de matriz celular que está sendo produzida pelos fibroblastos o mesmo ocorre na tireoide o bócio, tireoide aumenta é por conta de hipertrofia e hiperplasia das células foliculares e tem também processo inflamatório com proliferação da matriz extracelular; → ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS → ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS • dividido por lóbulos (tecido conjuntivo que separa a glândula); 8 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • células inflamatórias presentes, podem se condensar formando folículos linfoide; • perceba pouco coloide e pálido, não dá tempo de guardar o coloide pois as células foliculares produzem o coloide e já captam e mandam para a circulação; • nucléolo evidente, núcleo grandes indicam alta atividade funcional; • nos folículos ocorre aumento do número de células, começa a acumular células e ocorre dobras nos folículos; • há muitas células inflamatórias → CURSO CLÍNICO • ofltamopatia, tirotoxicose e hiperplasia difusa pode ter dermopatia (mixedema); • se fazer USG com dopler percebe-se que aumenta a vascularização= sopro vascular 9 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • t3 e t4 aumentado e TSH diminuído; • na cintilografia com captação de iodo radioativo, iodo aumentado; • anticorpo anti TRAb (anticorpo antirreceptor de TSH) presente; Hipotireoidismo → DEFINIÇÃO E CAUSAS • alteração na produção dos níveis de hormônio tireoidiano, não produção correta de t3 e t4, é 10x mais comum em mulheres do que em homens; • ocorre defeito em alguma etapa do eixo: pode ocorrer problema no hipotálamo, na hipófise ou na tireoide; • pode ser primário (problema na glândula- congênito, adquirida ou autoimune) ou secundário (quando ocorre doença na hipófise ou no hipotálamo- tumores, falência hipofisária, hipotalâmica que são raras) • bócio pode estar presente no hipo também; → HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO • congênito: -bócio desormonogenético, paciente nasce com mutação no gene da peroxidases tireoidina, por exemplo, ocorre problema no processo de organificaçao- erro inato do metabolismo tireoidiano; - síndrome de pendred, lembre-se que a pendrina é proteína transportadora de iodo oxidado para a luz do folículo tireoidiano, se não tem pendrina não transporta iodo para dentro do folículo e não ocorre organificação do iodo, nessa síndrome paciente também tem surdez e outras alterações • deficiência de iodo na dieta; • ausência completa de parênquima tireoidiano (agenesia tireoidiana); • glândula pode estar grandementereduzida em tamanho (hipoplasia tireoidiana) • Síndrome da resistência ao hormônio tireoidiano: mutações nos receptores do hormônio tireoidiano, então produz t3 e t4, mas receptor é resistente e com o tempo bloqueia feedback negativo t3 e t4 alto e TSH alto, resistência ao hormônio • deficiência de iodo na dieta; ablação induzida por cirurgia; radiação do parênquima da tireoide; drogas, muito iodeto (causa efeito Wolff- Chaikoff o que inibe a captação do próprio iodo e seu transporte na célula folicular) isso pode ser usado para tratamento da tirotoxicose grave • autoimune: o mais importante é a tireoidite de Hashimoto; → HIPOTIROIDISMO SECUNDÁRIO • problema ou na hipófise ou no hipotálamo; • hipófise: trauma, tumor, durante a gravidez aumenta de tamanho, necrose hipofisária pós parto com hemorragia significativa, tem menos TSH; dano no hipotálamo menos TRH; • hipometabolismo: ao contrário do hiper, cansaço depressão, alteração de peso apetite, colesterol elevado, frequentemente paciente com sangramento menstrual excessivo e frequente com irregularidades, baixo t3 e t4 correlação com aumento de prolactina paciente sem ovulação, pode alterar a fase lútea progesterona baixa; cabelos secos e quebradiços, prisão de ventre e constipação devido hipoperistaltismo; mixedema em regiões de pregas vocais; 10 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → CRETINISMO • hipotiroidismo até os dois primeiros anos de vida; • cretinismo pode ser congênito (ausência da tireoide, agenesia); • Mãe precisa ter t3 e t4 para o desenvolvimento cerebral do feto; se faltar na mãe t3 e t4 antes do desenvolvimento da tireoide fetal os danos neurológicos são maiores Bebê com agenesia recebeu da mãe durante a gravidez, mas se o neonato não tem tireoide, ele pode ter desenvolvimento físico e mental retardado, então o tratamento adequado com iodo e tiroxina causa aumento do desenvolvimento físico, mas se esperar semanas para começar o tratamento vai ter desenvolvimento neurológico retardado, causando deficiência intelectual irreversível pois mielinização, migração de neurônios, formação de sinapses, e processos continuam por volta de 6 meses após do nascimento; • a língua se torna grande em relação ao crescimento, pois os ossos estão comprometidos e a mandíbula não acompanha o crescimento Doença de Gull- mixedema → HIPOTIROIDISMO PROLONGADO • existem duas formas de hipotiroidismo: o cretinismo (em crianças até 2 anos de vida) e o hipotiroidismo prolongado em crianças mais velhas é o mixedema; • aspectos clínicos: lentidão da intelectualidade, DC reduzido, níveis de colesterol alto, apatismo, excesso de peso; • ocorre em pessoas acima de dois anos e hipotiroidismo prolongado; • inchaço da face, aumenta ácidos hialurônico sulfato de condroitina, os quais são glicosaminoglicanos que ficam nos espaços intersticiais ligados a proteínas formando um gel no estroma, causando um edema pouco deprimível. Ainda não se tem motivos claros descritos; 11 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • ocorre aumento da língua e o edema é pouco depressivo, ocorre também alteração da voz, ocorre rouquidão devido a esse acumulo de glicosaminoglicanos; → DIAGNÓSTICO • avaliação laboratorial: t3 e t4 diminuídos, TSH aumentado. No entanto, se tiver problema no hipotálamo ou hipófise que gere alteração de TRH e TSH eles estarão diminuídos bem como t3 e t4; • hipotiroidismo primário o problema é na glândula, já secundária no hipotálamo ou na hipófise; OBS: se houver destruição da glândula vai ter baixa de TSH hipotiroidismo, mas se tiver tumor que secrete TSH vai ocorrer hipertireoidismo; Tireoidite de Hashimoto → DEFINIÇÃO E PATOGENIA • é a causa mais comum de hipotiroidismo em lugares onde há níveis suficientes de iodo; • ocorre falência da tiroide devido a destruição autoimune da glândula tireoide; • não há questão claras para o desenvolvimento dessa doença, estudos dizem que polimorfismo em genes como o CTLA4 ocorre níveis reduzidos de proteínas ou a função da proteína vai estar reduzida, e essa proteína regula as células T se elas ficam desreguladas ocorre destruição da glândula • as células foliculares (tirócitos), quando o paciente tem essa doença, as células foliculares atuam como antígeno e as células T citotóxicas CD8 se ligam com um receptor da célula folicular chamado FasL, esse FasL identifica na célula folicular um receptor que é o Fas eles se encontram e geram uma destruição da célula folicular Linfócito T CD4 identifica a célula folicular como antígeno produz interferon gama que ativa macrófago que lesiona essas células foliculares Linfócitos B identificam essas células como antígenos, se transformam em plasmócitos que produzem anticorpos contra as células foliculares e podem ser reconhecidos pelas células NK e então células foliculares são destruídas • não se sabe o porquê dessas células serem reconhecidas como antígeno, a alteração no gene CTLA4 não significa o desenvolvimento da doença, mas deixa mais suscetível • qual a diferença dos anticorpos da doença de graves para hashimonto (anticorpos produzidos contra os componentes da células foliculares e ao se ligar faz com que as células NK reconheçam como antígeno ) na graves (anticorpos contra o receptor de TSH e estimula o receptor a fazer com que a célula trabalhe) → ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS 12 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • cor Âmbar é comum na tireoide normal devido ao coloide, já em quem tem Hashimoto devido a destruição da glândula destrói-se tanto o folículo quanto o coloide e ocorre aumento da glândula (bócio devido ao infiltrado inflamatório) • repare nos folículos atróficos devido a destruição e o tanto de células inflamatórias as células escuras são linfócitos • acúmulo de linfócitos, com centro claro é centro germinativo células se diferenciando • plasmócitos são aquelas células em que os núcleos estão deslocado para a periferia; • célula achata indica pouca atividade • folículos linfoides com centros germinativos e os folículos tireoidianos ao redor • na Hashimoto o infiltrado é mais intenso, na graves tem pouco ou nenhum coloide • na Hashimoto tem a presença de células de Hurthle células com citoplasma bem rosa 13 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 bem rosa com grânulos no citoplasma, núcleo grande • biópsia de agulha fina, perceba que tem um canto com citoplasma bem grande, e na região hipercorada direita são linfócitos → CURSO CLÍNICO • aumento discreto da tireoide, no geral é difuso, mas pode estar mais localizado; • destruição de folículos ao mesmo tempo pode ter hashitoxicose, o que pode ao romper folículos liberar muito t3 e t4, mas é transitório, apenas no momento da liberação de folículos; • na dúvida se é hiper ou hipo se faz a cintilografia com a captação de iodo radioativo (hiper vai ter muito e na hipo terá pouco), ocorre no hashimoto poucos idodos captados, além de t3 e t4 diminuidos e os níveis de t3 e t4 altos são transitórios, logo caem e aumenta o TSH • anticorpos anti- TPO e antiglobulinas são anticorpos característicos de Hashimoto;Tireoidite indolor- linfocítica subaguda → DEFINIÇÕES • tireoide indolor, causa bócio; • não se sabe a causa • paciente tem aumento da glândula e um hipotiroidismo leve, ao ter processo inflamatório, rompe folículo causa aumento de t3 e t4 (tirotoxicose transitória), depois cai nível de t3 e t4, mas a glândula consegue se recuperar os folículos recuperam e normaliza a situação • autolimitado, não é uma doença autoimune como na Hashimoto, em que tem processo de destruição ocorrendo, já nessa tireoidite linfocítica ocorre inflamação que não tem causa determinada (pode ser desencadeada por vírus ou pós parto), • mas existe uma porcentagem de paciente, cerca de 50% essa tireoidite linfocítica aguda vira Hashimoto, isso ocorre em pacientes com algum histórico de doença na família e tem anticorpo anti TPO circulantes, tiveram casos de mulheres em pós- parto com inflamação da glândula t3 e t4 alto, depois hipo que não foi autolimitante e virou Hashimoto; 14 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • macroscopicamente a tireoide aparenta normal, a depender do grau do processo inflamatório; • nesse caso, não há células de Hurtle, mas pode ocorrer fibrose devido o processo inflamatório, forma uma cicatriz, já outros pacientes pode evoluir para uma Hashimoto havendo processo inflamatório e destruindo a glândula; Kervan – tireoidite granulomatosa → PATOGENIA • infecção viral proveniente do trato respiratório superior; • resposta imunológica é iniciada pelo vírus, mas não é autoperpertuante, pois não é autoimune, ocorre reação cruzada e os linfócitos identificam as células foliculares • os macrófagos juntam e formam granuloma e depois tudo é substituído por fibrose; • a diferença para a tireoidite linfocítica é que a última não tem células gigantes multinucleadas como na imagem abaixo • veja abaixo a célula gigante tentando fagocitar o coloide e tudo isso desencadeado, mais provavelmente pelos vírus e no processo de combate as células gigantes envolvem o coloide e depois tudo é substituído por fibrose • a imagem abaixo representa-se a substituição do parênquima por tecido fibroso e está de forma muito expressiva: → CURSO CLÍNICO • inflamação tireoidiana e o hipertireoidismo são transitórios - geralmente diminuído em 2 a 6 semanas, mesmo se o paciente não for tratado; • o clássico é inflamar ter hipertireoidismo, ter hipo, que as vezes nem é diagnosticado, pois começa a reparação; 15 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • entre as duas a de kervan e a de linfócitica subaguda, a última que pode virar Hashimoto Bócio difuso não tóxico- bócio simples → DEFINIÇÃO E PATOGENIA • bócio= aumento da glândula, doença de graves tem bócio, Hashimoto, subaguda, kervan todas podem ter, podem ser endêmicos ou esporádicos; → endêmico • nesse caso ocorre por falta de iodo na dieta, é não tóxico=não ocorre alteração dos níveis de t3 e t4, paciente eutireoidiano; • no simples SEM NÓDULO, pode ser endêmico ou esporádico: - endêmico= 10% da população da região tem bócio, e a causa mais comum do bócio simples é a falta de iodo, as vezes tem iodo, mas consome alimento bociogênios como componente ticionato que inibe o transporte de iodo para dentro da tireoide e gera – síntese diminuída do hormônio Tireoidiano – aumento compensatório no TSH – hipertrofia e hiperplasia das células foliculares devido o TSH em excesso; → esporádico; menos frequentemente do que o bócio endêmico • Há uma preponderância feminina • Causas: – ingestão de substâncias que interferem com a síntese do hormônio Tireoidiano • exemplos: repolho, couve-flor, couve-de- bruxelas, nabos e mandioca – defeitos enzimáticos hereditários que interferem com a síntese do hormônio Tireoidiano • bócio desormonogenético – na maioria dos casos, causa não está aparente Alterações macroscópicas: hiperplasia e involução do coloide; • 1) fase hiperplásica: a tireoide aumenta e estimulada para se tornar notavelmente eficiente, por isso ocorre o aumento difuso da tireoide, nessa fase a tireoide está maior e mais vascularizada a fim de tentar captar mais iodo epitélio folicular mais alto e numeroso, em geral alterações coincidem com a puberdade (de modo explosivo organismo precisa de mais hormônios tireoidianos – bócio juvenil mais comumente encontrado no sexo feminino), pouco coloide; 2) involução do coloide: células estão esgotadas não conseguem mais trabalhar o epitélio achata diminui de altura então baixa atividade, coloide aumenta dentro dos folículos, mas atividade funcional não estará altíssima, mas se não tiver uma alteração alimentar a aumentar iodo, o paciente pode entrar em hipotiroidismo, acumula coloide nos folículos; • pode ser visto no pico da puberdade quando aumenta muita a demanda por hormônio tiroidiano (HT); mas também pessoas que tem dieta rica em alimentos ricos em ticionato (couve de Bruxelas, repolho, mandioca) e em agrotóxicos 16 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → CURSO CLÍNICO Grande maioria- eutireoideas (t3 e t4 normais) TSH sérico elevado ou no limite máximo normal Manifestações clínicas no caso estremo são efeitos de massa da glândula aumentada Bócio multinodular → DEFINIÇÕES E PATOGENIA • Aumento mais irregular da Tireoide • Resultado de episódios recorrentes de hiperplasia e involução • Todos os bócios simples de longa duração se convertem em bócios multinodulares • Bócio multinodular, pois há áreas de captação variada (então a tireoide está funcionando) os nódulos são hipocaptantes não produzem nada; Já apenas um nódulo hipocaptante ou quente (pois produz t3 e t4) esse único nódulo é sugestivo de neoplasia; • Como derivam do bócio simples, o bócio multinodular – ocorre tanto na forma esporádica quanto na endêmica – mesma distribuição entre H e M – presumivelmente as mesmas origens – diferença à afetando indivíduos mais velhos porque é complicação tardia → ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS • Aparência: – multilobulada – assimetricamente aumentada – pode alcançar um peso de mais de 2.000 g • Bócio pode envolver um lobo muito mais do que o outro – pressão lateral nas estruturas da linha média, tais como a traqueia e o esôfago • Quando bócio cresce atrás do esterno e das clavículas – bócio intratorácico ou bócio mergulhante 17 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → ALTERAÇÕS MICROSCÓPICAS • Folículos: – ricos em coloide – revestidos por um epitélio achatado e inativo • Áreas de hiperplasia folicular • Em contraste com as neoplasias foliculares, a cápsula proeminente entre os nódulos hiperplásicos e o parênquima Tireoidiano residual não está presente • Efeitos de massa da glândula aumentada – obstrução das vias aéreas – disfagia – compressão dos grandes vasos no pescoço e no tórax superior =síndrome da veia cava superior • A maioria dos pacientes é eutireoidea • Minoria substancial de pacientes – nódulo autônomo pode se desenvolver em um bócio de longa duração- hipertireoidismo síndrome de plummer sem oftalmo e dermopatia de Graves OBS: paciente com tiroide aumentada cheio de nódulos sem problema na captação de iodo,que está funcionando (áreas de funcionamento normal são áreas de captação radioativa), é um paciente eutireodiano; 18 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • pacientes com defeito congênito da biossíntese podem não responder às medidas compensatórias para a resposta hormonal= hipotireoidismo com bócio • quanto maior a tiroide a deficiência hormonal teve duração maior e se o distúrbio for grave Neoplasias → CRITÉRIO CLÍNICOS PISTAS DE NEOPLASIAS • nódulos em geral são solitários; nódulos em pacientes jovens são mais suscetíveis de ser neoplásicos, em homens, pacientes com histórico de radiação cabeça e pescoço; e o nódulos quentes (que produzem t3 e t4) tem mais chance de ser benigno do que maligno; → AVALIAÇÕES MORFOLÓGICA, HISTÓRIA CLÍNICA • é feita para caracterizar a natureza definitiva do nódulo, inspiração de agulha fina ou análise histológica da ressecção cirúrgica; • importante começar analisando a história clínica: se é nódulo endurecido, irregular, se tem aumento de linfonodo na região, se teve paralisia de cordas vocais- indícios de malignidade • no USG: nódulos menores ou iguais a 1cm, puramente cístico, não se pensa em biópsia, agora se for mais que 1 cm e características suspeitas como margens irregularidades, microcalcificações sólidas guiam a fazer uma PAF (punção de agulha fina para biópsia), • além disso, quando analisa o TSH, quando o TSH está baixo (por conta do feedback) chances de o paciente ter hipertireoidismo se fazer mapeamento com iodo radioativo ver locais de hiperfuncionalidade no nódulo solitário com baixo tireoidismo não é necessária a PAAF, pois esses nódulos raramente são malignos; Já pacientes com TSH aumentado tem maior risco de ter câncer, segundo estudos, se tem TSH aumentado, normalmente paciente tem hipotireoidismo, a mais comum do hipo é a tireoidite de hashimoto, se paciente tem um nódulo, TSH aumentado, tireoidite de Hashimoto faz o PAF, existe associações entre neoplasias malignas e tireoidites, faz PAAF • categoria TI RADS 19 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → CONDUTA • se der maligno a PAF faz ou lobectomia ou tireoidectomia completa; se der benigno por duas ou mais vezes (follow up) não faz cirurgia; Adenomas → DEFINIÇÕES • são massa benignas, solitárias, discretas, derivadas do epitélio folicular- conhecidos como adenomas foliculares; • surgem a partir de células foliculares, adenoma é um tumor bem encapsulado e as células foliculares têm boa diferenciação. Ou seja, características parecidas com a glândula; o adenoma é monoclonal (oriundo a partir de uma única célula); Adenomas apresentam cápsula fibrosa bem definida; A minoria dos adenomas transforma-se câncer (carcinoma). Os adenomas que produzem t3 e t4 adenomas tóxicos, hiperfuncionante quentes, não parecem ser precursoras de malignidade; → PATOGENIA • eles não são funcionantes a minoria não funcionante tem mutação nos genes RAS ou PI3KCA e carrega um gene fusionado PAX8- PPARG; • adenomas tóxicos (hiperfuncionantes a maioria): mutações raras somáticas no receptor de TSH (TSHR ou GNAS), de ganho de função em que as células foliculares secretam o hormônio tireoidiano independentemente da estimulação de TSH, nódulo quente na imagem; (mutações são raras, normalmente não são precursores de malignidade; → ALTERAÇÕES MACROSCÓPICAS • Lesão: – solitária – esférica – encapsulada – medem cerca de 3 cm de diâmetro • alguns são um pouco maiores (≥10 cm em diâmetro) – cor varia de branco-acinzentado a vermelho- pardocento • dependendo da celularidade do adenoma e seu conteúdo coloidal – bem demarcada do parênquima Tireoidiano circundante • células neoplásicas são demarcadas do parênquima adjacente por uma cápsula bem definida e intacta Áreas de: – fibrose – hemorragia – calcificação – mudanças císMcas similares às encontradas nos bócios multinodulares 20 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 → ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS • É constituído por folículos pequenos – muito menores que o normal e geralmente sem colóide • O tumor é delimitado por uma cápsula fibrosa • Não há atipias celulares, mitoses ou necrose • Não há infiltração neoplásica da cápsula nem de vasos, o que é o único critério seguro para se diferenciar adenoma de adenocarcinoma • O tecido Tireoidiano em volta do tumor à atrofia por compressão • Os adenomas podem ser histologicamente indistinguíveis dos nódulos hiperplásicos observados nos bócios nodulares – melhor maneira de diferenciá-los é na macroscopia → CURSO CLÍNICO •A grande maioria dos adenomas não sofre malignização – carcinomas parecem originar-se já como tais, e não a partir de adenomas • Muitos adenomas foliculares se apresentam como massas indolores unilaterais 21 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 – frequentemente descobertas durante um exame físico de rotina • Grandes massas podem produzir sintomas locais, como dificuldade de engolir • Adenomas não-funcionais: – captam menos iodo radioativo do que o parênquima Tireoidiano normal – geralmente aparecem com nódulos frios em relação ao tecido tireoidiano adjacente • até 10% dos nódulos frios eventualmente se mostram malignos na análise histológica • Adenomas tóxicos – nódulos quentes • malignidade é rara nos nódulos quentes • Devido à necessidade de se avaliar a integridade capsular, o diagnóstico definitivo do adenoma somente pode ser feito após um exame histológico – adenomas suspeitos da Tireoide são, portanto, removidos cirurgicamente para excluir a malignidade • Os adenomas foliculares têm excelente prognóstico – não recorrem ou não dão metástases Carcinomas → DEFINIÇÕES • A maioria dos carcinomas tireoidianos (exceto carcinomas medulares) – derivada do epitélio folicular tireoidiano • grande maioria é formada por lesões bem definidas • São relativamente raros • Predominando no sexo feminino • O principal fator predisponente é radiação, particularmente na infância • Os principais subtipos de carcinoma Tireoidiano são: 1 Carcinoma papilar (>85% dos casos) 2 Carcinoma folicular (5% a 15% dos casos) 3 Carcinoma anaplásicos – indiferenciados (<5% dos casos) 4 Carcinoma medular (5% dos casos) Carcinomas papilares → DEFINIÇÕES •Forma mais comum • Frequência maior entre 25 e 50 anos de idade • Pode ser único ou múltiplo, encapsulado ou não • É muito mais provável em indivíduos expostos a altas doses de radiação ionizante → PATOGENIA • Existem várias vias de sinalização dentro da célula que podem causar alterações que gerem carcinomas. • Alterações macroscópicas: • As lesões podem conter áreas de fibrose e 22 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 calcificações, são frequentemente císticas e podem ser solitárias ou multifocais; • Alguns tumores podem estar bem circunscritos e até mesmo encapsulados ou infiltrar no parênquima adjacente com margens mal definidas. Alterações microscópicas: • Podem apresentar papilas ramificadas,com uma haste fibrovascular e coberta por células epiteliais cuboides; • Os núcleos das células contêm: - Cromatina finamente dispersa, sendo opticamente clara ou vazia = núcleo de vidro moído/claro/fosco ou olho da órfã Annie; - Invaginações do citoplasma. Em um 23 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 corte transversal, tem-se a aparência de inclusões intranucleares (“pseudoinclusões”) ou sulcos intranucleares; • Observam-se estruturas concentricamente calcificadas chamadas de corpos de psamonas que são uma forte indicação de que a lesão é um carcinoma papilar; • Corpos de psamonas: estruturas calcificadas são exclusivas de carcinoma papilar • Existem focos de invasão linfática pelo tumor, estando frequentemente presentes. O envolvimento de vasos sanguíneos é relativamente raro, particularmente em lesões menores; • Estima-se que metástases para os linfonodos cervicais adjacentes ocorram em mais da metade dos casos; • O diagnóstico de carcinoma papilar é feito com base nas características nucleares, mesmo na ausência da arquitetura papilar; • Há mais de uma dúzia de variantes histológicas de carcinoma papilar que podem: - Mimetizar outras lesões da tireoide. - Abrigar implicações prognósticas distintas. - Variante mais comum é a variante folicular; Variação folicular • Variação folicular: pode surgir sem o aspecto papilífero, mas constituindo folículo com a característica de fenda e núcleo claro; - O diagnóstico histológico é dado pela análise dos núcleos (que é característico do carcinoma papilar); - É mais frequentemente encapsulada; - Apresenta incidência de metástases nos linfonodos + extensão extratireiodiana menores do que os carcinomas papilares convencionais. Curso clínico: 24 Lívia Santos TXVIA Anatomia patológica II Prof° Fernanda Salgueiredo 02/08/2021 • São nódulos tireoidianos assintomáticos, geralmente frios à cintilografia; • Primeira manifestação pode ser uma massa em um linfonodo cervical; • Geralmente um nódulo simples; • Nódulo que se move livremente durante a deglutição; • Sintomas: rouquidão, disfagia, tosse e dispneia nos casos avançados; • Apresentam excelente prognóstico, sendo a taxa de sobrevivência por 10 anos em mais de 95%; • Crescimento lento, com baixo grau de malignidade; • Metástase a distância em 5%: pulmões (70%), ossos (20%) e SNC (10%) • Pacientes eutireoidianos (nódulos frios).
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