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Região orbital, órbita e bulbo do olho Fraturas da órbita: Ocorrem nas três suturas entre os ossos que formam a margem orbital. Pode causar fratura das paredes orbitais, enquanto a margem permanece intacta. Fratura em explosão: Lesão traumática indireta que desloca as paredes orbitais. Fraturas na parede medial podem acometer os seis etmoidal e esfenoidal; as da parede interior podem acometer o seio maxilar. Resultam em hemorragia intraorbital, que exerce pressão sobre o bulbo do olho. Tumores da órbita: Pode causar erosão das finas paredes ósseas da órbita e comprimir o nervo óptico e o conteúdo da órbita. Lesão dos nervos que suprem as pálpebras Nervo Oculomotor: Supre o músculo levantador da pálpebra superior – sua lesão causa paralisia desse músculo e ptose (queda da pálpebra). Nervo facial: Causa paralisia do músculo orbiculador do olho, impedindo o fechamentro completo das pálpebras, e perda do replexo normal ao piscar rápido. A perda do tônus do músculo na páloebra inferior causa eversao da pálpebra em relação à superfície do bulbo do olho – promove ressecamento da córnea. Hemorragias subconjuntivais: São comuns e apresentam-se como manchas vermelhas situadas profundamente à túnica conjuntiva do bulbo e no seu interior. Podem ser causadas por lesão ou inflamação. Descolamento da retina As camadas da retina em desenvolvimento são separadas no embrio por um espaço intrarretiniano, que é fundido após o período fetal. Com um golpe na região ocular, pode haver deslocamento da retina, resultante da entrada de líquido entre os estratos nervoso e pigmentoso da retina. Papiledema: Resulta do aumento da pressão intracraniana e da pressão do LCS na extensão do espaço subaracnóideo ao redor do nervo óptico. Hemorragia da câmara anterior: Hifema, geralmente causada por traumatismo não penetrante do bulbo do olho. Síndrome de Horner: Causada pela interrupção de um tronco simpático cervical – ausência das funções estimuladas pelo sistema simpático no mesmo lado da cabeça. Sinais: Miose, porque não há oposição ao músculo esfíncter na pupila estimulado pelo parassimpático; ptose, devido a paralisia das fibras musculares lisas interdigitadas com a aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior; vermelhidão, vasodilatação e anidrose. Paralisia dos músculos extrínsecos do bulbo do olho – nervos orbitais: Podem ser paralisados por doença no tronco encefálico ou traumatismo craniano – resultam em diplopia. É observada pela limitação de movimento do bulbo do olho e pela formação de duas imagens. Olho e órbita Anatomia Clínica Gabrieli Flesch Paralisia do nervo oculomotor Afeta a maioria dos músculos do olho, levantador da pálpebra superior e músculo esfíncter da pupila. Ocorre ptose da pálpebra superior e essa não pode ser levantada voluntariamente em face da atividade sem oposição do músculo orbicular do olho (suprido pelo nervo facial). Ocorre também midríase completa e ausência de reação da pupila, em razão da ação, sem oposição, do músculo dilatador da pupila. Ocorre abdução completa e abaixamento da pupila devido à atividade, sem oposição, dos músculos reto lateral e oblíquo superior. Paralisia do nervo abducente: Quando o músculo reto lateral é paralisado, único suprido pelo nervo, ocorre a impossibilidade de abdução voluntária da pupila do lado acometido (paresia ou paralisia do nervo). A pupila está totalmente aduzida em decorrência da tração irrestrita do músculo reto medial. Obstrução da artéria central da retina: Como os ramos terminais da artéria central da retina são artérias terminais, a obstrução deles resulta em cegueira imediata e total. Obstrução da veia central da retina: Como a veia central da retina entra no seio cavernoso, pode ocorrer a passagem de um trombo pela veia central e a obstrução das pequenas veias da retina – acarreta em perda lenta e indolor da visão.
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