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Relatório- Composição Corporal

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Relatório: Composição Corporal por Dobras Cutâneas e Bioimpedância 
Introdução 
A composição corporal se refere à quantidade e distribuição dos componentes do peso corporal 
total, e ao acúmulo de nutrientes e de outros substratos obtidos no ambiente e retidos pelo corpo. 
(MARTINS, Cristina). A avaliação da composição corporal tem sido bastante utilizada nas 
últimas décadas principalmente devido ao aumento da prevalência da obesidade e à aplicação 
no desempenho físico de atletas. A partir da avaliação da composição corporal é possível 
estimar o peso corporal ideal, monitorar modificações nos componentes magro e gordo do 
corpo, além disso é a primeira etapa na identificação de possíveis distúrbios alimentares e no 
planejamento nutricional. Também, pode ser utilizada para indicar prescrições de exercícios. 
Através das técnicas de avaliação de dobras cutâneas e bioimpedância é possível estimar a 
composição corporal, elas são consideradas simples, de custo razoavelmente baixo e não 
invasivas. As medidas de dobras cutâneas é uma técnica indireta utilizada para medir a 
espessura da pele e do tecido adiposo subcutâneo em pontos específicos do corpo do avaliado, 
a fim de estimar a densidade corporal e o percentual de gordura. Um grande número de equações 
foi desenvolvido para esta finalidade, porém essa técnica possui algumas limitações, pois o 
avaliador precisa ser treinado para obter um resultado preciso e válido, além de escolher a 
equação adequada para evitar erros. Esse método de avaliação não é indicado para indivíduos 
obesos, devido a dificuldade de mensuração das dobras cutâneas. Para os indivíduos nessa 
condição é aconselhável usar o índice de massa corporal (IMC) ou os protocolos que estimam 
o percentual de gordura corporal por meio dos perímetros ou utilizar a bioimpedância. 
A bioimpedância é outra técnica bastante utilizada para obter informações sobre a composição 
corporal. É utilizada uma corrente elétrica de baixíssima voltagem, imperceptível pelos 
avaliados, e mede a resistência que a gordura oferece à esta corrente. É um método confiável, 
porém depende muito das condições do avaliado no dia do teste e da escolha da equação a ser 
utilizada para os cálculos de composição corporal. Os resultados podem ser influenciados pela 
temperatura, pelo estado de hidratação do indivíduo e durante o ciclo menstrual das mulheres 
devido a retenção de líquidos. 
Objetivo 
Avaliar a composição corporal pelo método de dobras cutâneas e bioimpedância e fazer a 
comparação entre os mesmos. 
Metodologia 
No método de medição de dobras cutâneas, primeiramente, foram marcados todos os pontos de 
referência anatômicos, no lado direito do avaliado, para a medição das seguintes dobras: tríceps, 
bíceps, subescapular, peitoral, axilar média, abdominal, supra ilíaca, coxa e panturrilha média. 
Tríceps: prega vertical, na face posterior do braço no ponto médio entre o acrômio da escápula 
e o olecrano da ulna, com o braço mantido livre ao longo do corpo. 
Bíceps: Prega vertical, na parte anterior do braço sobre o ventre do músculo bíceps, 1cm acima 
do nível usado para marcar o local do tríceps. 
Subescapular: Prega diagonal (em um ângulo de 45°); 1 a 2 cm abaixo do ângulo inferior da 
escapula. 
Peitoral: Prega diagonal, metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo (homens) 
e um terço da linha axilar anterior e o mamilo (mulheres). 
Axilar média: Prega vertical, na linha média axilar no nível do processo xifoide do esterno (Um 
método alternativo é a prega horizontal obtida ao nível do xifoide/bordo esternal na linha médio 
axilar). 
Abdominal: Prega vertical, 2cm à direita do umbigo; 
Supra ilíacas: Prega diagonal, em linha com o ângulo natural da crista ilíaca obtido na linha 
axilar anterior imediatamente acima ou ao nível da crista ilíaca. 
Coxa: Prega vertical, na linha média anterior da coxa, a meio caminho entre a borda proximal 
da patela e a prega inguinal (quadril). 
Panturrilha média: Prega vertical, ao nível da circunferência máxima da panturrilha na linha 
média do bordo medial. 
Equações: 
Densidade Corporal 
Homens 
Dc= 1,10938 – 0,0008267(X) + 0,0000016(X)2 – 0,0002574 (IDADE) 
Mulheres 
Dc= 1,0994921 - 0,0009929(Y) + 0,0000023(Y) 2 - 0,0001392 (IDADE) 
% GORDURA (%G) 
% G = [( 4,95 / DC) – 4,5] x 100 
PESO DE GORDURA (MG) em kg: 
PG = (Pt x %G)/100 
MASSA CORPORAL MAGRA (MCM) em kg: 
MCM = Pt – PG 
Quadro 1. Classificação do estado nutricional baseado nos valores de IMC. 
IMC (kg/m²) Classificação 
< 16,0 Magreza grau III 
16,0 – 16,9 Magreza grau II 
17,0 – 18,4 Magreza grau I 
18,5 – 24,9 Eutrofia 
25,0 – 29,9 Pré-obesidade 
30,0- 34,9 Obesidade grau I 
35,0 – 39,9 Obesidade grau II 
>40,0 Obesidade grau III 
Fonte: WHO, 2007 
Quadro 2. Classificação da porcentagem de gordura segundo Lohman et al. (1988) 
Classificação Homens Mulheres 
Muito baixo 8% 7-11% 
Baixo 10% 14% 
Ideal 13-20% 18-25% 
Moderadamente alto 20-24% 29% 
Alto 28-31% 32-38% 
Muito alto 31-42% 39-43% 
 
Resultados 
Foram avaliados 9 voluntários com idade média de 20,6 anos. A tabela 1 mostra os resultados 
obtidos pelo método de bioimpedância, que são: peso em kg, percentual de gordura, gordura 
visceral e o índice de massa corporal. Na tabela 2 estão os dados obtidos pelo método de dobras 
cutâneas que inclui as pregas do tríceps, bíceps, subescapular, peitoral, axilar, abdômen, supra 
ilíaca, coxa e panturrilha. Com os valores da avaliação de dobras cutâneas foram quantificados 
o percentual de gordura corporal, a densidade corporal, o peso de gordura, a massa corporal 
magra- estão na tabela 3- e os aspectos antropométricos- se encontram na tabela 4. 
 
Tabela1. Dados obtidos pelo método de avaliação de bioimpedância. 
Voluntários Peso (kg) %G G.V (%) IMC 
A.R.S.L. 107,5 37,5 14 33,4 
B.M.P.D.C 47,4 21,5 2 17,3 
D.L.D.S.G 62,2 36,4 5 24,9 
J.M.M.T 59,2 35,2 4 22,6 
L.V.F.A 62,9 40,1 4 23,7 
M.G.D.S. 78,7 23,9 7 25,3 
S.R.A.C. 56,5 35,3 4 22,6 
S.R.B.S 58,2 32,5 3 20,9 
V.S.A. 67,4 18,5 3 20,9 
Legenda: %G= percentual de gordura. G.V= gordura visceral. IMC= índice de massa corporal 
Considerando os valores do IMC, conforme o quadro 1, a maioria dos voluntários apresentam 
eutrofia, 6 indivíduos, um indivíduo apresenta obesidade grau I, um indivíduo apresenta pré-
obesidade e um indivíduo apresenta magreza grau I. 
Considerando o percentual de gordura, conforme o quadro 2, a maioria dos indivíduos 
apresentam percentual de gordura alto, 4 indivíduos, dois apresenta percentual muito alto, dois 
apresentam percentual ideal e um apresenta percentual moderado. 
 
Tabela 2. Dados obtidos pelo método de avaliação de dobras cutâneas 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 1: A.R.S.L. (MASC) 
Tríceps 20 mm Abdômen 21 mm 
Bíceps 13 mm Suprailíaca 27 mm 
Subescapular 18 mm Coxa 35 mm 
Peitoral 12 mm Panturrilha 24 mm 
Axilar 22 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 2: B.M.P.D.C (FEM) 
Tríceps 16 mm Abdômen 19 mm 
Bíceps 10 mm Supra ilíaca 13 mm 
Subescapular 12 mm Coxa 21 mm 
Peitoral 6 mm Panturrilha 15 mm 
Axilar 8 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 3: D.L.D.S.G (FEM) 
Tríceps 17 mm Abdômen 17 mm 
Bíceps 6 mm Supra ilíaca 28 mm 
Subescapular 8 mm Coxa 26 mm 
Peitoral 7 mm Panturrilha 17 mm 
Axilar 14 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 4: J.M.M.T (FEM) 
Tríceps 22 mm Abdômen 22 mm 
Bíceps 12 mm Suprailíaca 33 mm 
Subescapular 22 mm Coxa 25 mm 
Peitoral 11 mm Panturrilha 22 mm 
Axilar 10 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 5: L.V.F.A (FEM) 
Tríceps 13 mm Abdômen 20 mm 
Bíceps 21 mm Suprailíaca 20 mm 
Subescapular 15 mm Coxa 26 mm 
Peitoral 12 mm Panturrilha 21 mm 
Axilar 25 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 6: M.G..D.S. (MASC) 
Tríceps 15 mm Abdômen 22 mm 
Bíceps 6 mm Suprailíaca 24 mm 
Subescapular 15 mm Coxa 22 mm 
Peitoral 10 mm Panturrilha 25 mm 
Axilar 12 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 7: S.R.A.C. (FEM)Tríceps 19 mm Abdômen 20 mm 
Bíceps 10 mm Suprailíaca 25 mm 
Subescapular 20 mm Coxa 32 mm 
Peitoral 11 mm Panturrilha 19 mm 
Axilar 15 mm 
 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 8: S.R.B.S (FEM) 
Tríceps 13 mm Abdômen 16 mm 
Bíceps 4 mm Suprailíaca 14 mm 
Subescapular 10 mm Coxa 24 mm 
Peitoral 6 mm Panturrilha 16 mm 
Axilar 6 mm 
 
RESULTADOS VOLUNTÁRIO 9: V.S.A. (MASC) 
Tríceps 8 mm Abdômen 12 mm 
Bíceps 4 mm Supra ilíaca 15 mm 
Subescapular 10 mm Coxa 15 mm 
Peitoral 5 mm Panturrilha 13 mm 
Axilar 7 mm 
 
Tabela 3. Dados quantificados com os valores das dobras cutâneas 
Voluntários %G PG MCM DC 
A.R.S.L. 37,5 40,312 67,188 1,098 
B.M.P.D.C. 21,5 22,640 39,56 1,09 1 
D.L.D.S.G. 36,4 10,191 37,209 1,092 
J.M.M.T. 35,2 25,222 37,678 1,088 
L.V.F.A. 40,1 12,469 54,931 1,090 
M.G.D.S. 23,9 19,944 36,556 1,099 
S.R.A.C. 35,3 18,915 39,285 1,089 
S.R.B.S. 32,5 20,838 38,362 1,091 
V.S.A. 18,5 18,809 59,891 1,101 
Legenda: %G= percentual de gordura. PG= peso de gordura. MCM= massa corporal magra. 
 
Tabela 4. Aspectos antropométricos. 
Voluntários AMB AMP CMB CMP ATB ATP AGB AGP 
A.R.S.L. 87,803 81,345 33,22 31,964 124,223 124,223 36,36 42,878 
B.M.P.D.C 28,669 68,304 18,976 29,29 45,859 92,038 17,19 23,734 
D.L.D.S.G 52,431 74,853 25,662 30,662 76,51 103,184 24,079 28,331 
J.M.M.T 35,419 76,394 21,092 28,092 62,420 97,531 27,001 34,7 
L.V.F.A 45,547 69,315 23,918 28,96 40,013 103,758 16,873 34,443 
M.G.D.S. 73,048 67,653 23,488 30,918 97,531 108,996 9,897 21,423 
S.R.A.C. 28,844 64,823 19,034 28,534 49,761 94,765 20,917 29,942 
S.R.B.S 31,586 76,394 19,918 30,976 45,859 103,184 14,273 26,79 
V.S.A. 43,924 76,108 23,488 30,918 53,821 97,531 9,897 21,423 
Legenda: AMB= área muscular do braço. AMP= área muscular da perna. CMB= circunferência muscular 
do braço. CMP= circunferência muscular da perna. ATB= área total do braço. ATP= área total da perna. 
AGB= área de gordura do braço. AGP= área de gordura da perna. 
 
 
 
Discursão 
De acordo com os resultados obtidos, observamos que a maioria dos indivíduos apresentam 
eutrofia baseado na classificação do IMC, isso é positivo considerando que eutrofia é um estado 
nutricional ideal, porém não devemos considerar somente o IMC pois os mesmos indivíduos 
apesar de apresentarem eutrofia estavam com um percentual de gordura alto ou muito alto e 
isto não é favorável para a saúde. 
Isso ocorre porque o IMC considera o peso total na sua equação e não leva em consideração 
que o peso total inclui o peso de gordura e a massa corporal magra. Por isso, por exemplo, para 
indivíduos que possui muita massa magra não se recomenda o IMC para o estimar seu estado 
nutricional, pois eles possuem um peso total alto, porém é mais massa magra do que gordura. 
Entretanto, isso não significa que o IMC não é válido, ele somente não é a equação correta para 
essas situações. 
Comparando os métodos de dobras cutâneas e o método de bioimpedância, os dois são 
razoavelmente acessíveis, baixo custo, considerando os outros métodos de composição 
corporal. O método de bioimpedância é mais prático no sentido de nos mostrar os dados 
quantificados diretamente, porém ele requer muitos cuidados para que os dados sejam precisos, 
pois os avaliados precisam estar num nível de hidratação adequado, em jejum, e as mulheres 
não podem estar no período menstrual, dentre outras coisas. Já o método de dobras cutâneas 
possui mais possibilidades para quantificar diversos dados, porém ele requer maior técnica do 
avaliador para que o resultado seja preciso. 
Conclusão 
Com isso, conclui-se que há diversos métodos e inúmeras equações para estimar a composição 
corporal de um indivíduo, porém é papel do avaliador decidir qual o melhor método e qual a 
melhor equação para cada avaliado. Para isso, ele deve considerar a sua própria técnica, o sexo, 
a idade, o nível de atividade física do indivíduo, dentre outros aspectos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
DEMINICE, Rafael; ROSA, Flávia Trocon. Pregas cutâneas vs impedância bioelétrica na 
avaliação da composição corporal de atletas. Rev. bras. Cineantropom Desempenho Hum, 
2009. 
Avaliação física. – Brasília: Fundação Vale, UNESCO, 2013. 70 p. – (Cadernos de 
referência de esporte; 11). 
MARTINS, Cristina. Composição Corporal e Função Muscular. Instituto Cristina 
Martins, 2009.

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