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A maioria dos órgãos, incluindo os músculos, operam eficientemente numa faixa muito estreita de condições fisiológicas como: pH, temperatura, concentração de O2 e produção de energia. Conversão do músculo em carne Abate Após o abate inicia-se uma série de processos, que tem por objetivo a manutenção do status metabólico normal necessário para a manutenção da vida. Causam alterações que culminarão com a transformação do músculo em carne. Homeostase Esse balanço permite que o organismo opere e sobreviva sob as mais adversas condições externas. Variações na temperatura, falta de oxigênio e estresse fisiológico. Após a sangria, cerca de 50% do sangue é removido. Com a falta de sangue cessa o suprimento de O2. O metabolismo anaeróbio Conversão do músculo em carne Como não há mais circulação, o mesmo se acumula no músculo. Esse processo acontece até a depleção do glicogênio muscular ou o pH muscular se torna tão baixo que as enzimas glicolíticas se tornam inativas (Rigor mortis). Via glicolítica Transformação do músculo em carne Formação de ácido lático Na tentativa de manter o mecanismo homeostático de produção de energia, permitindo manter por um tempo adicional a integridade da estrutura celular. Normalmente, o sistema circulatório leva o ácido lático produzido de volta ao fígado (resíntese de glicose e glicogênio, ou coração metabolizado em CO2 e água); Acidificação do músculo A taxa de declínio e a extensão da queda são variáveis, sendo vários os fatores que interferem com este processo. Conversão do músculo em carne Rigor mortisQueda pós-morte do pH Em músculo suíno, um padrão de declínio normal de pH, seria de - 7,4 no músculo vivo para 5,6 a 5,7 dentro de 6 a 8 horas pós morte, até atingir um pH final de 5,3 a 5,7 em 24 horas. A extensão e duração desse aumento de temperatura vai depender do nível de metabolismo e quantidade de energia produzida. Queda rápida do pH (f glicólise rápida), implica em maiores quantidades de energia e diminuição na velocidade de resfriamento. Logo após a sangria, a temperatura corporal aumenta ligeiramente como resultado do metabolismo. O tamanho e a localização dos músculos, e a quantidade de gordura (isolamento) também influenciam o aumento de temperatura e a taxa de dissipação da energia. Com a depleção de creatina fosfato e glicogênio usados na formação de ATP,. Ativação da proteólise muscular através das enzimas Ca dependentes (Calpaína e Calpastatina). Queda de pH – quebra da integridade das células.Ativação das proteases Ca dependentes (Calpaínas e Conversão do músculo em carne Queda pós morte de pHResolução do Rigor mortis As pontes de actomiosina começam a se formar e o músculo começa a perder a extensibilidade; Influencia na maciez, cor, capacidade de retenção de água,textura, etc. O abaixamento do pH muscular na fase pós morte é um dos fatores mais importantes no processo de transformação muscular. Queda pós morte de pH Liberação do Ca contido no retículo sarcoplasmático. É a primeira alteração pós morte observada na integridade da fibra muscular A queda normal de temperatura e pH podem acontecer sob condições normais (pH24 entre 5,2 e 5,4), após o resfriamento total da carcaça, sem que haja uma desnaturação significativa das proteínas. Várias outras proteínas da miofibrila são degradadas durante o período pós morte, com exceção da actina e da miosina. A temperatura tem papel fundamental no processo de desnaturação proteica. Conversão do músculo em carne Temperatura Nível de glicogênio muscular Estresse do animal Estimulação elétrica da carcaça, etc. Queda pós morte de pHDegradação do Disco Z Resultado da degradação proteolítica das proteínas associadas com o disco, notadamente a desmina e possivelmente a titina. A taxa de declínio e a extensão da queda são variáveis, sendo vários os fatores que interferem com este processo. Efeito da temperatura na queda do pH Esse processo de degradação das proteínas da miofibrila e a relação com a maciez da carne ainda não está totalmente esclarecido. O acúmulo de ácido lático na fase inicial do período pós morte é indesejado pois irá causar um efeito contrário na qualidade da carne. O desenvolvimento de condições ácidas no músculo, antes que o calor corporal e a energia do metabolismo anaeróbico sejam dissipados. Outros animais irão apresentar uma queda acentuada dentro da primeira hora, caindorapidamente para 5,4 a 5,5 finalizando com um pH24 ao redor de 5,3 a 5,6 (prováveis PSE). Conversão do músculo em carne Alguns animais irão apresentar uma ligeira queda (alguns décimos de pH) dentro da primeira hora e a seguir o pH permanecerá elevado finalizando um pH24 ao redor de 6,5 a 6,8 (prováveis DFD). Perda da capacidade de retenção de água (CRA); Actina/miosina atingem seu ponto isoelétrico; Aumento das perdas dos fluídos das fibras musculares; Alteração da coloração; Redução da solubilidade. Problemas na queda do pHQueda pós morte do pH Queda do pH tende a desnaturar proteínas. Irá ocasionar a desnaturação das proteínas musculares. Queda rápida de pH Músculo de cor pálida Baixa CRA Cor escura e de aparência seca na superfície em razão da água estar firmemente ligada às proteínas. DFD (Dry, firm & dark) – Seca, rija e escura) Conversão do músculo em carne Queda lenta do pHQueda do pH pH final alto (maior que 5,8) Bastante comum em suínos (PSE – Palid, soft, exudative). Conversão do músculo em carne 2 RIGOR MORTIS: Há perda da agilidade do músculo, apresentando-se firmes, rígidos e secos, também conhecido como rigidez cadavérica FASES DA MATURAÇÃO Efeito do pH sobre a cor da carne A transformação do músculo em carne passa por três fases bem distintas: 1 PRÉ-RIGOR: imediatamente após o abate, a carne é elástica, as fibras musculares são extensíveis e uma boa CRA. • 3 FASE PÓS-RIGOR: Enzimas presentes na carne, calpastatina e calpaína provocam o fim da etapa de rigor mortis e a maturação própria da carne. Tempo entre o sacrifício do animal até a instauração do Rigor Mortis Suvíno MÉDIO: 4 hs Bovino MÉDIO: 18 hs Frango e peru MÉDIO: 1 hs Ovinos MÉDIO: 12 hs Pescado MÉDIO: 30 min
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