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A gônada desenvolve-se como células germinativas primordiais que se formam na parede do saco vitelino, próximo ao alantóide e que migram ao longo do mesentério dorsal da porção inferior da cauda (cloaca) para invadir a crista genital. Anatomofisiologia do trato reprodutor feminino Keilla Sandrele - Medicina Veterinária As células germinativas primordiais tornam-se rodeadas por células dos cordões sexuais primitivos. Neste estágio a gônada é indiferenciada, a medida que não se pode distinguir entre o macho e a fêmea. Em adição ao ducto mesonéfrico, um ducto paramesonéfrico forma-se a partir do epitélio na superfície da crista urogenital. No macho, o ducto mesonéfrico é de grande importância, enquanto que na fêmea o ducto paramesonéfrico é de maior importância. Na fêmea, os cordões sexuais primitivos (cordões medulares) degeneram. Subsequentemente, não existe comunicação entre a gônada e o mesonefro. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária No macho, os ductos paramesonéfricos degeneram, enquanto que os ductos mesonéfricos (ductos deferentes) originam-se (partem) dos testículos para a região prostática. A próstata localiza-se entre a bexiga e a cavidade. Na fêmea, os ductos mesonéfricos degeneram, enquanto os ductos paramesonéfricos formam os ovidutos e útero. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Remanescentes do mesonefro estão localizados no mesentério ovariano (mesovário e mesosalpinge). O tecido que forma o ligamento redondo do útero é análogo ao gubernáculo no macho (tracionar os testículos da cavidade abdominal para a bolsa escrotal). Composição do trato genital Ovários Ovidutos Infundibulos (fímbrias) Ampola Ístmo Útero Cornos uterinos Corpo do útero Cérvice Vagina - vestíbulo Vulva Ovários Os folículos estão localizados na periferia do ovário, e no centro ficam os componentes para a nutrição. Em superovulações vários oócitos saem na superfície. O corpo lúteo pode ser projetado para fora do ovário. Órgão em constante mudança: às vezes predomina folículos, outras de corpo lúteo. Contém as células germinativas (oócito) endócrina Produz hormônios (estrógeno e progesterona) exócrina Ovário: função endócrina e exócrina Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Ovários de Éguas Em equídeos os folículos se concentram no centro. Em uma estimulação de superovulação só tem espaço para no máximo dois folículos, os outros ficam atrás desses e pode ocorrer uma ovulação intraovariana, onde o oócito sai dentro do ovário. O corpo lúteo do equino é mais difícil de ser detectado, já que fica envolvido pelo estroma ovariano. (Os pontos pretos no ovário são folículos) Cavidade preenchida por fluido: antro Contém oócito Produz estrógeno: as células presentes no folículo (teca e granulosa estimuladas pelas gonadotrofinas produzem progesterona) Foliculos: Keilla Sandrele - Medicina Veterinária 3 partes (infundíbulo, ampola e istmo) Captação do oócito após ovulação pelo infundíbulo que são transportados pelos cílios na luz do oviduto. Local da fertilização ocorre na ampola No caso da égua, quando não é coberta o oócito fica retido no oviduto, às vezes formando massas que ocluem o lúmen do oviduto. Nas outras espécies mesmo sem cobertura o oócito segue em direção ao útero. Ovários de Vacas (Seta: folículo, círculo: Papila do corpo lúteo (projeção do corpo lúteo)) Ovidutos Durante a ovulação o infundíbulo incha e “cobre” o ovário para captar o oócito. Cornos uterinos e corpo (depende da espécie) animais que geram muitos filhotes possuem cornos uterinos mais longos, como porcas e cadelas Controla os ciclos reprodutivos: as glândulas endometriais são responsáveis pela produção de prostaglandinas responsáveis pela lise do corpo luteo. Logo o ciclo pode ser mais longo ou mais curto dependendo da presença do corpo lúteo. Expulsão do feto e da placenta durante ou após o parto. Útero Órgão onde ocorre a prenhez: acomoda o embrião e desenvolvimento do embrião e feto Keilla Sandrele - Medicina Veterinária OBS: Em multíparas, como cadelas, porcas e gatas, os cornos uterinos são mais compridos, logo conseguem suportar os múltiplos embriões. Vaca Égua Cadela Porca OBS: Isso não acontece em bovinos, já que o útero demora a voltar ao estado primário. (Útero de vaca no processo de involução uterina após o parto, a parede fica espessa e com estrias, o contrario de uma piometra, que apresenta parede espessa, mas lisa.) Cio do potro em éguas Os ligamentos de sustentação do útero das éguas são mais rígidos e deixam o útero e os ovários “presos” no lugar, logo, quando ocorre o parto a posição ajuda no escoamento e recuperação do útero, ajudando assim na sua rápida involução. Por ocorrer uma recuperação mais rapida do utero, 7-9 dias pós-parto a égua entra no cio e ovula. O aconselhado é não cobrir a égua durante esse cio, já que apesar da involução do útero, ela ainda está em recuperação. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária OBS: Em bovinos existe ainda as carúnculas que irão se ligar aos cotilédones da placenta. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Freemartinismo No caso de gêmeos que são de sexos diferentes em vacas, não há muito espaço para se implantarem no útero da vaca, que ao contrario das éguas , que são musculares, as vacas é mais cartilaginoso, logo por não haver espaço para a implatanção de mais de um embrão, se implantam muito perto, ocorrendo anastomose da placenta e de vasos sanguíneos cório- alantóideos, entre os embriões, e por isso, em caso de gêmeos macho-fêmea, interfere no desenvolvimento da fêmea. Isso ocorre porque nos primeiros meses de gestação, o feto de cromossomos XY (macho) começa a secretar o hormônio masculino testosterona na corrente sanguínea e como há uma troca natural de fluxos entre as placentas por terem sofrido anastomose, a testosterona acaba inibindo o desenvolvimento genital do feto feminino. Outro fator é a transfusão de células germinativas do feto masculino (XY) para o feto feminino (XX), produzindo assim um quimerismo XX/XY (isto é, indivíduo com células com cromossomos XX e outras com XY). A ação dessas células com o cromossomo Y no feto feminino também inibe o desenvolvimento do trato genital feminino. Nesses casos, as chances de essa fêmea não reproduzir, ser estéril, são grandes, entre 90% e 95% Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Produz muco durante o estro para lubrificação e servem de filtro para impedir espermatozoides defeituosos avancem. Proteção do útero contra infecção durante a copula. Depende da espécie já que em equinos a ejaculação é intrauterina. Isola o feto do ambiente externo Cérvix A cervix suína é em espiral. Durante a inseminação artificial a ponta da pipeta deve ser adaptada. A cervix das vacas possuem anéis cervicais cartilaginosos. A cervix das ovelhas possuem anéis cervicais como a das vacas, mas são irregulares, o que durante uma inseminação artificial dificulta o processo. Keilla Sandrele - Medicina Veterinária Copula Glândulas (Bartholin) Vestíbulo – estreitamento Meato urinário Vagina - Vestíbulo Posição e fechamento dos lábios vulvares Clitóris Manutenção e preservação do ambiente externo. Vulva Irrigação, drenagem e sustentação Artéria ovariana; Artéria Uterina Média (frêmito); Artéria Vaginal Irrigação Nervo pudendo Nervo Anal Sist. Nervoso Autônomo (simpático) Irrigação durante a prenhez Inervação Nervo Obturador Nervo Femoral Nervo Pudendo Canal Pélvico Sacro-ilíaco lateral e dorsal Sacro-isquiático Pré-púbico Ligamentos pélvicos
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