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Aula 18 - 06/05/2021 CIRURGIA RECONSTRUTIVA Retalhos Cutâneos Pele: é a é dividida em camadas, epiderme, hipoderme ou tecido subcutâneo. A derma é a primeira linha defesa e tem como função: · Microrganismos. · Desidratação. · Agentes químicos. · Radiação. · Receptor sensitivo: · Tato - dor, calor e frio. · Vitamina D. Reconstrução tecidual: Fechar defeitos secundários a traumatismos, doenças ou defeitos congênitos. · Técnica cirúrgica atraumática – manuseio adequado do instrumental, fio de um diâmetro adequado, o tipo de fio e agulha, secção correta dos tecidos. · Correto posicionamento das incisões devido as linhas de tensão. · Avaliação da elasticidade e da quantidade de pele. · Bom suprimento sanguíneo – cicatrização boa. · Disponibilidade da área doadora. · Qualidade do leito receptor. · Exemplo: caso o animal chegue com uma miíase no local, não poderemos fazer uma cirurgia no local, nesses casos precisamos primeiro tratar o tecido para só então partir para a cirurgia. Linhas de tensão da pele: · Os felinos tem mais ou menos as mesmas linhas de tenção, a diferença é que são animais que apresentam uma pele mais elástica. · As incisões precisam ser feitas paralelas a estas linhas de tensão, pois devido a linha da incisão a tendência é que ela se abra se a incisão for feita diferente. Quando a incisão é transversal a ferida, tende a abrir a mesma. · Quando feita paralela será mais fácil de suturar posteriormente. Incisões como em A, transversais a linha de tensão, ou em B obliquas a linha de tensão, tende a afastar as bordas. Em C, uma incisão paralela a linha de incisão, fica com menos tensão. Diminuição da tensão: · Uma das maneiras de diminuir a tensão é fazer a divulsão (primeira imagem), que seria um descolamento parcial do tecido mais próximo a borda da ferida (subcutâneo e se necessária musculatura) para arrastar o tecido em direção a borda. · Utilizamos uma Tesoura Metzenbaer curva de preferência. · Outra maneira é o padrão de sutura (segunda imagem) – exemplo: Wolf, Donati, Wolf captonado (aumenta a superfície de contato e diminui a tensão). · Walking suture: sutura que caminha ou que anda. · Basicamente é um isolado simples que ancoramos em pontos diferentes, em vez de ancorar em uma linha reta o tecido inferior com o superior. · Exemplo: tecido muscular com subcutâneo, iremos ancorar mais para frente a parte inferior e no tecido que quero deslocar irei pegar um pouco mais para traz e só então inserir mais para frente. · Incisões de relaxamento: são incisões paralelas a original e é tratada como ferida aberta. · Podendo se uma única abertura ou várias pequenas. · A tendência é que a pele relaxe e em alguns casos poderemos até fechar a ferida. · Exemplo: fenda palatina congênita muitas vezes acaba sendo difícil de suturar, por isso poderemos fazer duas incisões de cada lado (fechamento secundário de segunda intensão). · Plastia V-Y: incisão em V paralela a incisão de origem, com isso iremos conseguir fazer a sutura em Y. · Plastia em Z: sendo realizada próxima a incisão primária. · A incisão é em Z, mas a sutura será realizada invertida. · Defeito circular: · Podemos começar com o primeiro ponto no centro, pois é o local de maior tensão e posteriormente irá diminuir a tensão entre ele. · Mas irá gerar as orelhas de pão ou em cão, para resolver poderemos ampliar a sutura. · Mimitizar uma ferida circular em Z: fazemos duas incisões na ferida circular e fazemos um sutura linear, seguindo o mesmo padrão da linha de tensão. · Poderemos remover duas porções de tecido gerando uma incisão mais longitudinal. · Defeito triangular: distribuir os pontos a partir dos vértices do triângulo até o meio do triangulo. · No meio do triângulo poderemos utilizar um ponto que englobe as três bordas da ferida. · Exemplo: · Neoplasia que após ser retirada ficou uma ferida circular e para fechar se optou por uma sutura em Y. · Defeito retangular ou quadrado: tentamos aproximar das bordas mais próximas, lembrando de fazer um ponto em cada vertesse. · Defeito fusiformes: para distribuir a tensão primeiro fazemos o primeiro ponto bem no centro da ferida e só então repassar os fios de uma maneira que os superiores entre os fios seja melhor que o inferior. Retalhos · Quando temos um defeito e não existe pele suficiente para fechar a ferida. · Flapes ou retalho: · Tecido retirado de determinada área doadora e transferido para um leito receptor. · Sua nutrição dependente exclusivamente de vasos da área doadora. · Enxerto: · Transplante tecidual onde o tecido transferido é nutrido pelo leito receptor, perdendo totalmente o contato com a área doadora. · A diferença é que o retalho ou Flape é pendicular tem um contato com a área doadora, enquanto o Enxerto é livre removido da área doadora. · Quando usar retalhos: em defeitos que: · Grandes que impossibilitem um fechamento. · Vascularização insuficiente – diminuir a tensão. · Exposição de tecidos nobres (nervos, vasos, tendões). · Pediculados: denominação - Faixas de epiderme e derme destacadas parcialmente de seu leito doadores e usadas para recobrir o defeito. Retalho Rotacional: Onde temos uma incisão de aparência triangular, podendo fechado através das sutura dos vértices. · Mas no caso da imagem abaixo não poderá ser utilizado pois poderemos ter a isquemia, uma maior tensão. · Neste caso pegamos uma das bordas e fazemos um circo imaginário, iremos aumentar a linha de incisão fazendo o circo e iremos rotacionar a pele. · Lembrando que além de incisão precisamos divulcionar (descolar o tecido) o tecido. Retalho de Transposição: Quando temos um defeito quadrado ou retangular que não fecha e faremos a transposição. Desenha um defeito parecido e faz a transposição. · Lembrando que o retalho que tiramos um retalho maior que a ferida a ser fechada. Retalho de Avanço: Deslocamos a pele como se fosse em avanço – empurrar a pele, sendo necessário incisões e divulsão do tecido. Mais utilizado. · Podemos fazer nos dois lados da incisão, sendo utilizado em alterações retangulares. · Caso clínico 1: neste caso não tinha pele para fechar, por isso foi feito um flape de avanço – o subcutâneo foi preservado juntamente com o flape para manter a vascularização tecidual. Foi tracionado dos dois lados (cranial e caudal) até o encontro das bordas · Caso clínico 2: retirada de uma neoplasia de membro, a tensão dos membros é bem grande. · Caso clínico 3: exposição de tecido ósseo miíase. · Lembrando que precisamos apenas primeiro tratar o animal e suprir as suas necessidades para só então partir para a cirurgia. · Caso clínico 4: resultado de miíase o animal acabou perdendo o olho. · Como havia comprometimento da órbita, se optou por fazer uma “pela” com um fio mais grosso para isso foi necessário perfurar redor da órbita melhorando a estética do animal. Retalho Pediculado Distante: É um mito de flape em enxerto, pois é um flape que depois será seccionada no momento que aconteceu a “prega”. · É utilizada para defeitos em membros torácicos, nesses casos fazemos um túnel na região do tórax ou abdômen. · O membro é deslocado para trás e preso através de bandagens juntamente com o leito doador, o membro ficará imóvel por um determinado tempo. · 7 a 10 dias ÚLTIMA OPÇÃO. Retalho tubular: · Onde fazemos a transposição em túmulo e fazemos a secção de tecidos e realizamos um túnel e transposição para uma porção mais caudal. Retalhos de Padrão Axial: · Incluem uma artéria e veia cutânea direta da base do retalho. · Melhor perfusão do flape dar certo. · Taxa de sobrevivência maior que o retalho subdérmico (não tem artéria e veia). Plexos vasculares 1. Auricular caudal. 2. Omocervical. 3. Toracodorsal. 4. Epigástrico superficial caudal. 5. Genicular medial. 6. Ilíaco circunflexo profundo. 7. Superficial lateral caudal. 8. Superficial braquial. Plexo omcervical · Tem uma área bem ampla podendo ser direcionada para a região de pescoço como de tórax, em alguns casos pode chegar a região de membro. Plexo toracodorsal .Plexoepigástrico superficial caudal · Basicamente é um flape mamário, podendo ser rotacionado em várias vezes. · Por isso em fêmeas é aconselhado fazer a castração, pois se acontecer a gestação teremos leite onde foi colocado o flape. Plexo braquial superficial · É bem interessante pois a tenção dos membros é bem grande. Plexo genicular Plexo ilíaco circunflexo profundo · Ramo dorsal: · Pode ser deslocado para a região da coluna. · Ramo ventral: Plexo safeno reverso · Faz o deslocamento e o giro (cuidando com garrote!). Reconstrução · Precisamos lembrar que quanto maior o flape maior o espaço-morto (gerando acúmulo de seroma). · Precisamos ancorar na sutara e/ou aplicação de bandagens compressivas. · Quando fica este espaço podemos fazer a colocação de um dreno – excesso de líquido. · A vascularização do cão e gato é muito defeituoso, pois temos uma artéria profunda no músculo que irá gerar o plexo. · Por isso temos uma dificuldade bem grande na prega de um enxerto, ele depende do leito receptor. · Se é avascular, longe dos plexos ele terá falta de suprimento sanguíneo.
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