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FISIOLOGIA HUMANA: AULA 11 ADRIANA HOLANDA Endocrinologia – Estudo dos hormônios e suas funções. Hormônios 1) Conceito - Um hormônio é uma substância química que é produzida por uma parte do corpo e que atua no sentido de controlar ou ajudar no controle de alguma função em outra parte do corpo. 2) Classificação: Hormônios locais – Atuam sobre as células situadas na vizinhança do órgão secretor do hormônio. Hormônios gerais – Lançados para o sangue por glândulas endócrinas específicas, após o que fluem por toda a circulação, agindo sobre células e órgãos nas partes mais distantes do corpo. SISTEMA ENDÓCRINO Endócrino significa secreção para o interior do corpo em oposição a exócrino (secreção para o exterior do corpo) como ocorre nas glândulas digestivas e sudoríparas. Existem 6 glândulas endócrinas muito importantes e várias outras de menor importância. As seis serão enumeradas abaixo: 1) Glândula Hipófise ou Pituitária 2) Glândula Tireóide 3) Glândulas Paratireóides 4) Glândulas Supra-renais 5) Ilhotas de Langerhans do pâncreas 6) Ovários (na mulher) e Testículos (no homem) GLÂNDULAS ENDÓCRINAS GLÂNDULA HIPÓFISE OU PITUITÁRIA A hipófise chamada antigamente de pituitária tem as mesmas dimensões que a ponta do dedo mínimo, e fica localizada em pequena cavidade óssea, a fossa pituitária, situada logo abaixo da base do cérebro. É dividida em 2 partes distintas: a adeno hipófise (pituitária anterior) e a neuro hipófise (pituitária posterior). Embora os pesquisadores tenham postulados 30 ou mais hormônios da hipófise anterior, apenas 6 foram demonstrados ter significação: HORMÔNIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR Hormônio de crescimento Hormônio Tireoestimulante (TSH) Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Prolactina Hormônio foliculoestimulante (FSH) Hormônio Luteinizante (LH) Esses últimos são chamados de hormônios gonadotrópicos por regularem as funções das glândulas sexuais É uma pequena proteína secretada pela glândula hipófise anterior durante toda a vida da pessoa, muito embora o crescimento corporal cesse durante a adolescência. A função do hormônio de crescimento é promover o desenvolvimento e o aumento de todos os tecidos corporais. Aumenta as dimensões de todas as células, bem como o seu número. Ex: Os ossos ficam mais grossos e mais longos, a pele fica espessada e os tecidos moles aumentam de tamanho. Algumas anormalidades do hormônio de crescimento são o nanismo, o gigantismo e acromegalia. HORMÔNIO DE CRESCIMENTO Também chamado de tirotropina controla a secreção da glândula tireóide, produzindo aumento das células tireoidianas, além de suas dimensões e da intensidade com que secretam a tiroxina. Quando a hipófise anterior deixa de secretar o hormônio tireoestimulante, a glândula tireóide apresenta tal grau de incapacidade que, praticamente deixa de secretar qualquer hormônio. HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH) Também conhecido por ACTH ou corticotropina, controla a secreção dos hormônios do córtex supra- renal por essa glândula, de modo bastante parecido ao controle do hormônio tireoestimulante sobre a tireóide. O ACTH aumenta tanto o número de células no córtex supra-renal como também seu grau de atividade, o que resulta no aumento da produção de hormônios no córtex supra-renal. HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓPICO (ACTH) A prolactina é um hormônio secretado pela hipófise anterior durante a gravidez e durante todo o período da amamentação. Esse hormônio estimula o crescimento das mamas, bem como a função secretora de suas glândulas. PROLACTINA Hormônio Folículoestimulante (FSH) – No sexo feminino, esse hormônio desencadeia o crescimento dos folículos nos ovários. Em cada um deles ocorre o desenvolvimento de um óvulo. No sexo masculino, promove o crescimento do epitélio germinativo dos testículos, o que promove o desenvolvimento dos espermatozóides. Hormônio Luteinizante (LH) - No sexo feminino, esse hormônio atua em conjunto com o FSH a fim de produzirem a secreção dos estrogênios. Também faz com que o folículo se rompa, permitindo que o óvulo escape para a cavidade abdominal, de onde passa para a trompa de Falópio, onde pode ocorrer a fecundação. Também faz com que o ovário secrete a progesterona. No sexo masculino faz com que o testículo secrete a testosterona, o hormônio sexual masculino. HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS (FSH E LH) Hormônio antidiurético reduz o teor de água excretado nos rins com urina. É secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina. Este hormônio é chamado de vasopressina, pois aumenta a pressão sanguínea ao induzir vasoconstricção moderada sobre as arteríolas do corpo. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE POSTERIOR Ocitocina estimula a contração do músculo no útero e nas mamas e, como resultado, desempenha papel importante no nascimento de crianças e na ejeção do leite pela mama materna. Além de sua função no parto, ela age regulando o comportamento de interação social, sendo também conhecida como “hormônio do amor”. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE POSTERIOR GLÂNDULA TIREÓIDE • É formada por grandes folículos. As células que formam a parede desses folículos secretam tiroxina (T4) para o seu interior, onde fica temporariamente armazenada. • Outro hormônio, muito semelhante à tiroxina, mas contendo menor quantidade de iodo – a triiodotironina (T3) – é formado em menor quantidade, ao mesmo tempo em que ocorre a formação da tiroxina. • Exerce quase que os mesmos efeitos que a tiroxina, exceto pelo fato de que sua ação é várias vezes mais rápida do que a da tiroxina. HORMÔNIOS DA TIREÓIDE – T3 e T4 Armazenamento e liberação da tiroxina A tiroxina formada permanece armazenada no folículo durante várias semanas antes de ser liberada para o sangue circulante. No sangue a tiroxina, imediatamente, se combina com uma proteína plasmática, de onde é liberada, de modo gradual, ao longo de vários dias, para atingir as células dos tecidos. HORMÔNIOS DA TIREÓIDE – T3 e T4 Mecanismo de ação da tiroxina A tiroxina acelera muito a intensidade do metabolismo de todas as células. Embora o mecanismo preciso de como isso ocorre não é conhecido, diversos estudos têm mostrado que os tecidos que são expostos à tiroxina formam quantidades muito aumentadas da maioria das enzimas. Anormalidades da secreção tireoidiana Hipertireoidismo – Produção excessiva de tiroxina o que faz o metabolismo basal ficar muito aumentado algumas vezes atingindo até o dobro do normal. A pessoa perde peso, sofre de diarréia, sente-se muito nervosa e trêmula, sua frequência cardíaca está muito elevada e seu coração bate com tanta força que a pessoa o sente palpitando em seu peito. Hipotireoidismo – A produção reduzida de tiroxina causa o hipotireoidismo. A intensidade do metabolismo dos tecidos fica reduzida até valor pouco maior que a metade do normal. A pessoa fica letárgica chegando a dormir por cerca de 12 a 15 horas por dia. Em geral, está constipada, suas reações mentais são muito lentas e, muitas vezes, fica muito gorda. HIPERTIREOIDISMO - EXOFTALMIA Além da deposição aumentada de gordura em todo o corpo, no hipotireoidismo grave é depositada, nos espaços entre as células, uma mistura gelatinosa de mucoproteína e líquido extracelular, o que produz aparência edematosa. Condição denominada de mixedema. HIPOTIREOIDISMO - MIXEDEMA Tanto no hiper quanto no hipotireoidismo a glândula tireóide pode aumentar de tamanho e nessas condições recebe a denominação de bócio. BÓCIO As glândulas paratireóides são em número de quatro, têm o tamanho de uma ervilha e estão posicionadas na glândula de tiróide na garganta. Embora com nomes similares, as glândulas tiróide e paratireóide são inteiramente diferentes, cada uma com funções específicas. As glândulas paratireóides secretam o paratormônio (PTH), uma substância que ajuda a manter o contrapeso corretodo cálcio e do fósforo no corpo. O PTH regula o nível de cálcio no sangue, a liberação do cálcio do osso, a absorção do cálcio no intestino, e a excreção do cálcio na urina. GLÂNDULAS PARATIREÓIDES O córtex supra-renal secreta dois hormônios muito importantes: a aldosterona e o cortisol. • Aldosterona – É chamada mineralcorticóide por alterar, de modo específico as concentrações de íons (minerais) no corpo. Seu efeito mais importante é o de aumentar a intensidade de absorção de íons sódio pelos túbulos renais, ao mesmo tempo que aumenta a secreção de íons potássio, a partir do sangue, por esses mesmos túbulos. O resultado final é a retenção de sódio no corpo com perda de potássio. GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS • Cortisol – É chamado glicocorticóide por atuar sobre o metabolismo da glicose no corpo. Entretanto exerce efeitos igualmente potentes sobre o metabolismo das gorduras e das proteínas, de modo que é, na verdade, um hormônio metabólico geral. Os dois efeitos metabólicos básicos do cortisol são: 1) Mobilizar a gordura e a proteína dos tecidos 2) Utilizar essas substâncias para suprir a maior parte da energia necessária para o metabolismo corporal. Ao mesmo tempo também diminui a utilização dos carboidratos para energia. Outro efeito importante do cortisol é o de estabilizar a membrana dos lisossomos, isto é, diminuir a facilidade com que os lisossomos se rompem no interior das células. Encontra-se na parte superior da cavidade abdominal, estendido ao longo da borda inferior do estômago. PÂNCREAS – INSULINA e GLUCAGON Insulina – O efeito primário mais importante é o de aumentar o transporte da glicose através da membrana celular. Isso por sua vez, aumenta a intensidade do metabolismo da glicose pelas células, inclusive com aumento da utilização da glicose para energia, com aumento no armazenamento do glicogênio, tanto nos músculos como no fígado, e com aumento da conversão da glicose em gordura tanto no fígado como nas células gordurosas. ILHOTAS DE LANGERHANS DO PÂNCREAS - INSULINA (CÉLULAS BETA) e O GLUCAGON (CÉLULAS ALFA) GLICOSE/INSULINA DIABETES TIPO I Doença que resulta da incapacidade do pâncreas em secretar insulina. É causada por degeneração ou inativação das células beta das ilhotas de Langerhans, mas o mecanismo básico desses efeitos ainda é desconhecido. Na falta da insulina quantidade muito pequena de glicose é utilizada pela célula, ao contrário, as células utilizam principalmente gorduras e proteínas para o suprimento de suas necessidades energéticas. Uma consequência disso é o aumento da concentração de substâncias lipídicas no sangue circulante, em especial, de ácidos graxos, de colesterol. Concentração sanguínea excessiva de ácidos pode levar ao coma diabético e o excesso de colesterol pode favorecer o desenvolvimento precoce de aterosclerose e ataques cardíacos graves. DIABETES MELLITUS A principal função do glucagon é a de aumentar a concentração sanguínea de glicose. Quando a concentração sanguínea de glicose cai abaixo do normal, o pâncreas começa a secretar maiores quantidades de glucagon para o sangue. Isso é produzido de duas maneiras: 1) O glucagon tem ação direta e muito rápida para fracionar o glicogênio hepático em moléculas de glicose, que são liberadas para o sangue. 2) O glucagon também promove a conversão de aminoácidos em glicose, pelas células hepáticas, que é o processo da glicogênese, que representa quantidade adicional de glicose a ser liberada no sangue circulante. PÂNCREAS –GLUCAGON Tanto o mecanismo do glucagon como o da insulina participam da regulação da concentração sanguínea de glicose, mas com uma diferença: o mecanismo do glucagon impede que o teor sanguíneo da glicose caia a valores muito baixos, enquanto o da insulina impede que fique muito elevado. O mecanismo do glucagon é especialmente ativado durante o exercício intenso e os períodos de desnutrição, pois ambos agem no sentido de fazer baixar a glicose sanguínea. Uma função importante do glucagon é a de manter a concentração de glicose alta o suficiente para o funcionamento normal dos neurônios cerebrais e, portanto, para impedir as convulsões e os comas hipoglicêmicos. Os hormônios secretados pelos ovários (estrogênio e progesterona) e pela placenta controlam as funções sexuais e reprodutoras no sexo feminino. Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno e a progesterona, produzidos principalmente pelos ovários durante a vida reprodutiva. Quando os níveis de estrógeno atingem determinados valores, inicia-se a secreção do hormônio luteinizante (LH, sigla em inglês). Quando ocorre o pico de LH, o ovário libera o óvulo. O folículo ovariano se transforma no corpo lúteo, responsável pela produção de progesterona. OVÁRIOS Os hormônios secretados pelos testículos (especialmente a testosterona) controlam as funções sexuais e reprodutoras no sexo masculino. A testosterona é um hormônio produzido ainda na fase embrionária e a sua presença no embrião é que determinará o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos. A determinação do sexo se dá na fase embrionária, quando há ausência de testosterona, ou até mesmo a falta de células-alvo nas células do embrião. TESTÍCULOS
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