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TOMADA DE DECISÕES - SEMIOLOGIA FISIOTERAPEUTICA

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SEMIOLOGIA FISIOTERAPÊUTICA
TOMADA DE DECISÕES CLÍNICAS
Nosso pensamento é tão acelerado na vontade de querer melhorar o paciente que a gente sabe tudo o que fazer para melhorar o paciente. Por exemplo, se tem um paciente que precisa melhorar a cicatrização de um osso... O que vamos fazer? Técnicas de cicatrização. Se o paciente tem que ganhar força... Vamos trabalhar fortalecimento. 
Esse raciocínio melhora muito no final da graduação, porém o que é mais falho na fisioterapia é o método de avaliação. E aí cai por terra a receita de bolo para todo os pacientes. Cada paciente é um ser único e ele suas habilidades e o conhecimento da vida diferente. Então a avaliação tem que ser individual e o tratamento efetivo precisa ser individual também. Não existe fazer fisioterapia igual para todo mundo. Os pacientes não respondem igual e vc perde seu tempo e do paciente. 
Então falaremos sempre no conceito: Paciente é nosso cliente. Cliente é nosso meio de sobrevivência. Se eu quero ter dinheiro e me dar bem na profissão e ser bom, tenho que ter bons clientes. Bons clientes são conquistados com os melhores serviços. É isso que pega muito na fisioterapia. O diferencial é a oferta de um tratamento de melhor qualidade. E clientela se ganha assim. Se eu avalio um paciente corretamente, eu ofereço um tratamento adequado para ele. 
A decisão clínica não envolve só o paciente. 
Envolve também a nossa sobrevivência como profissional. 
A TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA:
Cada etapa da decisão clínica está inter-relacionada. A partir do momento que a pessoa entra, iniciamos a avaliação. Quando o paciente entra conseguimos identificar se ele veio porque ele quis, se está nervoso, empolgado ou se alguém o obrigou. Quando o paciente veio porque quis é porque ele está com vontade de melhorar. Aquele que chegou ressabiado precisará ser conquistado. Em contrapartida, ele também nos percebe. Arrume o ambiente para ele perceber que está sendo acolhido.
Por exemplo, quem trabalha com saúde da mulher precisa estar com tudo limpinho, organizado. Via de regra é organização para o ambiente mostrar ao paciente que Voce está ali para fazer o que sabe.
Tratamento compatível com as necessidades, significa: necessidade do paciente, necessidade dos familiares e necessidade da equipe de saúde. Exemplo, quando o fisioterapeuta chega em um paciente que não quer melhorar. Isso existe. O objetivo do paciente é ficar quietinho. O objetivo da família vai ser diferente porque quer que ele melhore, que ande, que saia da cama e da equipe de saúde, o objetivo é que ele melhore dentro do que é possível ele melhorar. Então, trabalhamos com vários tipos de necessidade e não só a do paciente. Muitas vezes o profissional tem que trabalhar muito mais com as necessidades da família que do paciente em si. 
Abaixo começamos a falar sobre o processo de decisão clínica:
1 – Consulta fisioterapêutica - disfunção é o que o paciente não consegue fazer, por exemplo, disfunção de marcha.
2 – Avaliar os exames e ver o que o paciente apresentou e linkar com as informações que o paciente trouxe (paciente, prontuário, relatório de internação, exames). Aqui, sentamo-nos e analisamos.
3 - Depois de definida a disfunção, vamos estabelecer meta de curto e longo prazo. Por exemplo, o paciente internado com pneumonia, a meta a curto prazo, lá dentro do hospital, é trabalhar a parte respiratória para não entrar muito catarro no paciente, fazer uma boa oxigenação e tirar o paciente do leito e colocar ele para andar o mais rápido possível. Pacientes acamados desenvolvem mais infecções. Nosso objetivo então é tirar ele o mais rápido possível da cama. No longo prazo é a retomada dos exercícios como por exemplo, atividade física.
CUIDADO NA HORA DE TRAÇAR META. Precisamos ter os pés no chão. Não podemos prometer e não cumprir. Na hora de traçar a meta, discuta com o paciente. Construa junto com ele. Faça ele participar do processo da meta. Aqui entra o conceito de ÉTICA. É indispensável deixar tudo muito claro com o paciente. 
Depois de definida a meta, hora de desenvolver o plano de tratamento adequado para que as metas sejam cumpridas. Na hora de traçar a meta, idealizar uma pergunta que tenha resposta. Vamos pensar no paciente com fraqueza muscular... Para este tipo de fraqueza a minha meta é fortalecer a musculatura e o plano de tratamento será com peso resistido. Este fortalecimento precisa ser adequado para o paciente ganhar força. Você faz tudo certinho, porém não dá certo. O que houve de errado?
Quando não está dando certo, temos duas possibilidades:
1 – O paciente não se adaptou aquilo que foi passado para ele; ou...
2 – O profissional não está sabendo dosar o tratamento correto para aquele paciente. 
É errado isso? Não. Porque o paciente modifica muito. Nem sempre ele está do mesmo jeito. Caso isso aconteça, o paciente deve ser avaliado novamente para descobrir onde está acontecendo o erro. Onde está errando é onde eu não consigo ser objetivo no meu plano de tratamento. 
Avaliação tem que acontecer na consulta, porém temos que refazer todos os dias que o paciente chegar para as sessões. 
A palavra de ordem é reavaliar! REAVALIAR TODAS AS VEZES SE ESTE TRATAMENTO ESTÁ SENDO EFETIVO OU NÃO. 
Este então é um modelo simples de decisão clínica:
Cada um merece um tratamento diferenciado. Avaliar bem e ofertar o melhor tratamento sempre.
COMPONENTES IMPORTANTES:
· Conhecimento é a base teórica da faculdade;
· Habilidades se ganha com o tempo;
· Habilidades para tomada de decisões: dominar a teoria, as técnicas e conhecer os tratamentos disponíveis.
· Documentação: pode ser a ficha de avaliação, prontuário, artigo científico, protocolo. Vão nortear o tratamento e já foram testados em um grande grupo de pessoas e já deu resultado. Existem muitos questionários de avaliação e eles também são documentação acurada.
A minha meta pode ser diferente da meta da equipe. Portanto, discutir em equipe o que pode ser melhorado para atender melhor o paciente e a comunicação deve ser feita de forma clara e precisa.
Paciente não é mais paciente.... Ele é ativo na decisão de escolha do tratamento. Ele tem direito de participar. Ele tem direito de escolher quais exercícios e quais terapêuticas. Ele tem poder de escolha.
Mais um modelo de processo de tomada de decisões:
Termos 1 e 2 variam muito de autor para autor. Podem ter ordem alterada.
- Exame: ficha de avaliação, conhecimentos, conferir os sinais vitais.
- Avaliação: leva em consideração todas as informações acerca do paciente.
- Diagnóstico: é aquilo que encontro em relação a função e disfunção do paciente.
- Prognóstico: é falar para o paciente o que a gente espera o que ele vai melhorar ou não melhorar. No que vai evoluir. Por exemplo, prognóstico de uma pessoa com câncer e metástase: prognóstico é morte. Não o que eu queira. Mas O QUE SE ESPERA RELACIONADO À CLÍNICA DO PACIENTE. Necessário demonstrar isso ao paciente.
- Intervenção é a conduta. O que eu fiz com o paciente. Por exemplo: 3 series de 10 repetições. Caminhada na esteira por dez minutos.
- Resultado: é o que foi conquistado com a intervenção. 
Fisioterapeuta dá diagnóstico de disfunção e não de doença. Doença pode gerar várias disfunções.
Por exemplo, o Covid-19 que, para o fisioterapeuta, a doença não é tão importante porque o fisio trata das disfunções.
Avaliação dos atuais níveis de função e disfunção do paciente;
Organização, análise e interpretação dos dados da avaliação;
Estabelecimento das metas a curto e longo prazos;
Desenvolvimento de um plano terapêutico apropriado para que estas metas sejam alcançadas;
Tratamento efetivo do paciente;
Reavaliação do paciente e dos resultados do tratamento. 
Conhecimentos apropriados e habilidades clínicas
Habilidades específicas para tomada de decisão
Documentação 
acurada
Efetiva comunicação com o paciente e outros membros da equipe de saúde
- Conhecimento;
- Habilidades de tomada de decisões;
- Habilidades de comunicação;
- Documentação.
1- 
Exame
2- 
Avaliação
5-
Intervenção
6-
Resultados3- Diagnóstico
4- Pognóstico
Envolve uma série de etapas inter-relacionadas.
Capacita o fisioterapeuta a planejar um tratamento efetivo.
É compatível com as necessidades e as metas do paciente e membros da equipe de saúde.

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