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AULA 5: Tumores da pele Lesões melanocíticas: - Melanócitos: células dendríticas localizadas na camadada basal. Função: produzir melanina. a) Nevo melanocítico: proliferação benigna de melanóticos (congênitos ou adquiridos). Pode ser nevo melanocítico juncional, composto ou intradérmico. Juncional= ninhos de melanócitos ao longo da junção dermoepidérmica. Composto= ninhos de melanócitos ao longo da junção dermoepidérmica e derme. Intradérmico= ninhos de melanócitos na derme. Maturação A, B e C sinal de benignidade. Melanoma não tem maturação. b) Nevo azul: pequeno nódulo preto-azulado. Melanócitos fusiformes com grande quantidade de melanina na derme; raramente sofre transformação maligna. c) Nevo displásico: esporádico ou associado a síndromes familiares. Pode ser precursor do melanoma, mas a maioria das lesões é clinicamente estável e não progride; pode surgir em qualquer local. *Critérios obrigatórios de diagnóstico*: *proliferação melanocítica lentiginosa; *atipias melanocíticas focais; fusão das cristas epidérmicas devido a proliferação lentiginosa ou formação de ninhos; fibrose ao redor das cristas epidérmicas; infiltrado linfocítico dérmico. b) Melanoma: neoplasia maligna dos melanócitos. Mais comuns na pele, mas podem surgir em outros locais (globo ocular, TGI). Fatores genéticos; principal fator de risco: exposição à luz ultravioleta. O melanoma pode: associar-se a nevo melanocítico preexistente; aparecer em nevo displásico; raramento origina-se de nevo azul; surgir sem qualquer lesão prévia. Achados clínicos: ABCDE – assimetria, bordas irregulares, cor variável, diâmetro > 6mm, evolução ou mudança ao longo do tempo. Tipos de melanoma: lentigo maligno melanoma; melanoma extensivo superficial; melanoma nodular; melanoma acral lentiginoso. Lentigo maligno melanoma: > 60 anos, fotoexposição crônica, crescimento lento (transformação da lesão in situ para lesão invasiva = 10 a 15 anos). MELHOR PROGNÓSTICO! CRESCIMENTO MAIS LENTO. Lentigo maligno = lesão in situ; proliferação de melanócitos atípicos na junção dermoepidérmica (crescimento horizontal), sem invasão da derme / lentigo maligno melanoma = lesão invasiva; crescimento horizontal + invasão da derme (crescimento vertical). Melanoma extensivo superficial: forma mais comum; sedes mais afetadas: pernas em mulheres e dorso em homens; transformação da lesão in situ para lesão invasiva= 1 ano. Melanoma nodular: maioria não tem lesão precursora. Não tem crescimento horizontal detectável= desde o início tem crescimento vertical. Crescimento rápido= pior prognóstico. Se TTO antes do aparecimento de metástases: sobrevida de 5 anos anos em 50-60% dos casos. Se já tem metástase: sobrevida de 5 meses. Melanoma acral lentiginoso: tipo mais comum em afrodescentes; não está associada a exposição solar; palmas e plantas, áreas ungueais e peringueas; crescimento rápido= metástases precoces. Fatores prognósticos – melanoma: > Espessura tumoral (Breslow) lesões > 1,5mm frequentemente dão metástase. O índice de Breslow é o marcador isolado de prognóstico mais importante. > Níveis de Clarck I- Sobrevida em 100% dos casos. II- Sobrevida em 72-92% dos casos. III- Sobrevida em 46 a 65% dos casos. IV- Sobrevida em 31-54% dos casos. V- Sobrevida em 12-48% dos casos. > Ulceração -> associada a um aumento significativo do risco de metástases. > Infiltração linfocítica, se presente= melhor prognóstico. > regressão tumoral – ausência ou redução do número de melanócitos malignos. Regressão presente= pior prognóstico; lesão saiu da pele e fez metástese. > Lesão satélite microscópica (pior prognótisco). > Índice mitótico, invasão linfática, invasão perineural. - Estadiamento Queratose seborreica: tumor epidérmico benigno; lesão comum que surgem em adultos/idosos; qualquer parte do corpo, exceto palmas e plantas. Sinal de Leser-Trélat: aparecimento de numerosas queratoses seborreicas de forma repetina, associação com neoplasias malignas. Proliferação de células basaloides; padrões histopatológicos: hiperqueratótico, reticulado, acantótico, irritado (faz dx diferencial com CEC). Queratose actínica: lesão epitelial maligna; regiões fotoexpostas; corno cutâneo. Carcinoma espinocelular (carcinoma de células escamosas): proliferação de células espinhosas atípicas com invasão dérmica; pode surgir em qualquer local, mas preferencialmente em áreas fotoexpostas. Etiologia: radiação UV (maioria), infecção por HPV (região anogenital), inflamações crônicas (áreas de queimaduras), xeroderma pigmentoso. Fatores de pior prognóstico: lábio, tumor > 2 cm de diâmetro ou > 0,4 cm de espessura, tumores pouco diferenciados, invasão neural. PLECT: doenças infecciosas que podem apresentar lesões vegetantes/úlceras. Paracoccidioidomicose: Paracoccidioides brasiliensis; inalação do fungo (encontrado principalmente em áreas rurais). Leishmaniose: protozoários do gênero Leishmania; transmissão: picada de mosquitos flebotomíneos. Esporotricose: inoculação traumática do fungo Sporothrix schenkii (escoriações por vegetais ou arranhadura de animais). Cromomicose: inoculação traumática de fungos demáceos (ricos em melanina). Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis, tuberculose miliar (maioria); primo-infecção da pele é raro. Queratoacantoma: subtipo de CEC; áreas fotoexpostas; nódulo com cratera central contendo queratina; cresce em 1 a 3 meses e pode regredir espontaneamente. Depressão central crateriforme preenchida por queratina; a base mostra proliferação de células escamosas com atipias discretas e membrana basal íntegra. Infiltrado linfocítico na derme. Carcinoma basocelular: neoplasia cutânea maligna mais comum. Crescimento lento e raramente sofrem metástase. Fatores de risco: exposição solar, imunossupressão, xeroderma pigmentoso.
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