Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 Os distúrbios monogênicos (causados por um único gene) são caracterizados por seus padrões de transmissão nas famílias Para definir o tipo de transmissão, o primeiro passo comumente utilizado é obter informações sobre a história familiar do paciente e resumir os detalhes na forma de um HEREDOGRAMA Representação gráfica da árvore familiar, usando símbolos padronizados 3 Casamento com descendente Casamento consanguíneo com descendente 4 Examinar um heredograma é o primeiro passo para determinar o padrão de herança de um distúrbio genético em uma família O sexo da pessoa influencia nos cálculos de probabilidade? A anomalia é causada por alelos recessivos ou dominantes? 5 • Quando o distúrbio está presente em um cromossomo autossômico (não sexual) • Afeta homens e mulheres de forma igual, portanto, o sexo do paciente não fará diferença na análise • Quando o distúrbio está presente em um cromossomo sexual • Afeta homens e mulheres de forma diferente, portanto, o sexo do paciente fará diferença na análise 6 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica • Afetam um cromossomo autossômico (não importa o sexo do paciente) • Se manifesta somente em indivíduos homozigotos (que possuem dois alelos iguais e recessivos- aa) • Indivíduos AA ou Aa serão normais 7 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica • Afeta 1 a cada 10.000 pessoas • Causada pela deficiência da enzima hepática hidroxilase de fenilalanina, que catalisa a transformação da fenilalanina em tirosina (outro aminoácido essencial, não sintetizado no organismo) • A fenilalanina e seus metabólitos (principalmente ácido fenilcetopirúvico) se acumulam em grande quantidade no sangue e no líquido céfalo- raquidiano. • Os efeitos só tem início após o nascimento. • O diagnóstico é feito pelo teste do pezinho Fenilcetonúria (PKU) 8 Sintomas: desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. 9 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica • Afeta 1 a cada10.000.000 pessoas. • Superfície cutânea coberta por uma carapaça queratinizada, que impede todos os movimentos, (inclusive respiratórios e digestivos) e aumenta o risco de infecções. Ictiose Arlequin 10 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica • Deficiência de uma enzima lisossômica, a hexosaminidase, que degrada um tipo de lipídeo do sistema nervoso, causando seu acúmulo. • Causa retardamento do desenvolvimento, demência, cegueira, paralisia. Doença de Tay-Sachs 11 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica • Deficiência no mecanismo de correção da DNA polimerase necessário para corrigir os efeitos da radiação ultravioleta. • Presença de sardas na pele, áreas de cornificação e atrofia, sensibilidade ao sol e maior susceptibilidade a tumores. Xerodermia pigmentar 12 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica Albinismo • Deficiência da enzima tirosinase, que deposita melanina nas células. • Os afetados são altamente suscetíveis aos danos causados pelo sol. 13 14 Herança autossômica recessiva monogênica Fator RH sanguíneo • Nas hemácias de algumas pessoas existem proteínas (antígenos) , chamados de Rh (Rh+) , e em outras esses antígenos estão ausentes (Rh-). • Nas pessoas Rh-, ocorre a produção de anticorpos quando elas são expostas às hemácias com antígeno Rh+. • Esses anticorpos reagem e aglutinam (destroem) as hemácias Rh+ rr 15 Herança autossômica recessiva monogênica 16 Herança autossômica recessiva monogênica – Fator Rh sanguíneo RR ou Rr rr 17 Doença Hemolítica do Recém-nascido (Dhr) - Eritroblastose Fetal: um problema genético Mulheres Rh- (rr) que se casam com homens Rh+ (RR ou Rr) podem dar origem a crianças Rh+. Como existe a possibilidade de o sangue materno ser transferido para o feto, em razão de um defeito na placenta ou hemorragias durante a gestação e o parto, é possível que se formem, no organismo materno, anticorpos anti-Rh na primeira gestação. Com isso, as crianças de partos subsequentes, que forem do grupo Rh+ podem apresentar sérios problemas. Os anticorpos produzidos pela mãe na gestação anterior poderão atingir o sangue do feto e provocar a destruição de suas hemácias, resultando nos seguintes problemas para o bebê: morte intrauterina; morte logo após o parto; anemia grave; crianças surdas ou deficientes mentais; icterícia (coloração amarela anormal devido ao derrame da bile no corpo e no sangue, devido às bilirrubinas) e insuficiência hepática. 18 Hemácias Rh+ do feto passam para a mãe Mãe passa a produzir anticorpos anti-Rh Xxxxxxxxxxx xxxxx X X X X Anticorpos anti-Rh passam da mãe para o feto e podem destruir as hemácias fetais Mãe Rh- Pai Rh+ 19 Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica Indivíduos A_ (AA ou Aa) = normais Indivíduos aa = afetados 20 Nos heredogramas, os indivíduos anômalos, representados por pessoas de ambos os sexos, na mesma proporção, em média, quase sempre são filhos de pessoas sem a anomalia em estudo e, por isso, denominadas normais. Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica 21 Uma outra característica importante a ser analisada nas genealogias com heredopatias autossômicas recessivas é a existência de casamentos consangüíneos (entre primos, por exemplo), pois isto aumenta consideravelmente a chance de ocorrer a homozigose do alelo recessivo presente na família. Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica 22 1. O pai e a mãe dos indivíduos anômalos quase nunca manifestam a anomalia presente nos filhos. 2. A anomalia afeta os indivíduos de ambos os sexos, na mesma proporção. 3. Os genitores de um indivíduo anômalo têm probabilidade igual a 25% de gerar outro filho anômalo. 4. De um casal de anômalos nascem apenas filhos anômalos, enquanto que de casais constituídos por um indivíduo anômalo e outro normal nascem, mais provavelmente, indivíduos normais. 5. A proporção de casais consangüíneos entre os genitores de anômalos é alta Distúrbios com herança autossômica recessiva monogênica Resumindo as principais características: 23 Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica • Um único gene é responsável pelo distúrbio • O alelo mutado ocorre em cromossomos autossômicos (não sexuais). • Basta um alelo mutado para a característica se manifestar • Portanto, AA ou Aa serão afetados, e aa serão normais 24 Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica Eliptocitose • Alteração hematológica • Surgem hemácias que se apresentam como ovalócitos • Anemia, icterícia... 25 Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica Neurofibromatose múltipla (Doença de von Recklinghausen) • Afeta 1 a cada 3.000 pessoas • Aparecimento de nódulos e tumores na pele • Manchas “café com leite” • Tumores no sistema nervoso central, alterações ósseas, musculares e auditivas podem estar presentes. 26 Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica Neurofibromatose múltipla (Doença de von Recklinghausen) 27 Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica Epilóia (Esclerose Tuberculosa) • Afeta 1 a cada 100.000 pessoas • É uma anomalia nos genes responsáveis pela codificação das proteínas tuberina e hamartina. Estas proteínas são supressores da divisão celular, assim a mutação determina uma perda do controle da divisão celular e predispõe à formação de tumores pelo corpo, causando sintomas variados. 28 Nos heredogramas de distúrbios dominantes pode-se verificar que: 1. os indivíduos afetados são filhos de pai ou de mãe com a mesma anomalia, havendo, pois, uma passagem da doença de uma geração a outra, segundo a linha reta de consangüinidade; 2. os indivíduos anômalos geram filhos normais e filhos anômalosna mesma proporção, em média; 3. tanto os indivíduos anômalos do sexo masculino quanto os do sexo feminino geram filhos anômalos de ambos os sexos e na mesma proporção, em média; 4. os indivíduos normais gerados por um anômalo não transmitem a anomalia a seus descendentes. Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica 29 Indivíduos A_ (AA ou Aa) = afetados Indivíduos aa = normais Distúrbios com herança autossômica dominante monogênica 30 a) Numere os indivíduos em relação às gerações e aos indivíduos b) Quantos homens estão representados nessa genealogia? c) Quantas mulheres estão representadas? d) Quantos indivíduos estão aí representados? e) Quantos afetados? f) Qual casal possui maior número de descendentes? g) Faça uma seta indicando o indivíduo III.6 31 Analisando o heredograma de uma família com caso de afetados, podemos concluir que a AME é uma característica autossômica com padrão de herança dominante ou recessivo? Por quê? A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. O medicamento Nusinersena (Spinraza) é o único medicamento registrado no Brasil para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). Diversos estudos apontam a eficácia do medicamento na interrupção da evolução da AME para quadros mais graves, que são prevalentes na maioria dos pacientes. 32 O heredograma abaixo representa uma família com alguns indivíduos portadores de Atrofia Muscular Espinhal (AME) a) Qual o tipo de herança envolvida? b) Quais os indivíduos seguramente homozigotos do heredograma? c) Quais os genótipos dos indivíduos III 2, III 3 , III 5 e III 5 ? d) Qual a probabilidade do casal de primos IV 6 e IV 7 ter um filho afetado? I II III IV V 1 1 1 1 2 2 2 2 1 2 3 3 3 4 4 4 5 5 5 6 76 6 7 7 8 8 9 10 33 Durante uma aula de genética, um aluno perguntou se seria possível uma pessoa com Rh negativo ser filha de pais com Rh positivo. A professora disse que seria possível sim, desde que os pais possuíssem o genótipo: a) Rr e Rr. b) RR e rr. c) Rr e rr. d) RR e Rr. 34 Para que ocorra a possibilidade da eritroblastose fetal (doença hemolítica do recém-nascido) é preciso que o pai, a mãe e o filho tenham respectivamente, os tipos sanguíneos: a) Rh+, Rh-, Rh+ b) Rh+, Rh-, Rh- c) Rh+, Rh+, Rh+ d) Rh+, Rh+, Rh- 35 Uma mulher pretende ter um filho e teme que seu filho tenha a doença hemolítica do recém-nascido. Essa mulher fez os exames necessários para descobrir qual seu tipo sanguíneo e descobriu que era O+. Qual a probabilidade do filho dessa mulher ter a doença? a) A probabilidade dependerá do fator Rh do pai da criança. b) 50% de chance de ter a doença, pois a mulher é Rh positiva. c) Nenhuma, pois o sangue dessa mulher é O, o que impossibilita a doença. d) Nenhuma, pois a eritroblastose fetal só ocorre em mulheres com Rh-.
Compartilhar