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2 Equipe Técnica do Departamento de Formação e Disseminação Equipe Técnica do Departamento de Cadastro Único 3 Significado dos ícones da apostila Para facilitar o seu estudo e a compreensão imediata do conteúdo apresentado, ao longo de todas as apostilas, você vai encontrar essas pequenas figuras ao lado do texto. Elas têm o objetivo de chamar a sua atenção para determinados trechos do conteúdo, com uma função específica, como apresentamos a seguir. Texto-destaque: são definições, conceitos ou afirmações importantes às quais você deve estar atento. Glossário: Informações pertinentes ao texto, para situá-lo melhor sobre determinado autor, entidade, fato ou época, que você pode desconhecer. SAIBA MAIS! Se você quiser complementar ou aprofundar o conteúdo apresentado na apostila, tem a opção de links na internet, onde pode obter vídeos, sites ou artigos relacionados ao tema. Quando vir este ícone, você deve refletir sobre os aspectos apontados, relacionando- os com a sua prática profissional e cotidiana. 4 Sumário 6 Apresentação 8 Módulo 1 Introdução ao Cadastro Único 8 Apresentação 9 Introdução ao Cadastro Único 10 O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade? 12 Quais são os dados básicos do Cadastro Único? 14 Qual é o público-alvo do Cadastro Único? 15 Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro Único? 19 Como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE)? 20 Referências Bibliográficas 21 Módulo 2 Conceitos fundamentais 21 Apresentação 22 Conceitos Fundamentais do Cadastro Único 28 Conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE) 33 Atualização cadastral 35 Referências Bibliográficas 36 Módulo 3 Cadastro Único interfederativo 36 Apresentação 37 Caráter interfederativo do Cadastro Único 39 Responsabilidades do governo federal 42 Competências do Distrito Federal e dos municípios 44 Referências Bibliográficas 5 45 Módulo 4 Noções sobre Programas Usuários 45 Apresentação 46 Diferença entre Cadastro Único e Programas Sociais Usuários 48 Principais Programas Usuários 58 Referências Bibliográficas 67 Módulo 5 - Noções dos processos de qualificação do Cadastro Único 67 Apresentação 68 Orientações gerais 70 Averiguação Cadastral 72 Revisão Cadastral 73 Exclusão Lógica 74 Repercussões gerais e nos programas sociais 75 Formas de comunicação 76 Referências Bibliográficas 77 Módulo 6 - Entrando em contato com o Cadastro Único 77 Apresentação 78 Como saber se famílias ou pessoas estão cadastradas e quais as principais informações registradas no Cadastro Único? 82 Como acessar os dados do Cadastro Único 90 Canais de Comunicação e Atendimento 92 Referências Bibliográficas 6 Apresentação Seja bem-vindo ao curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Este curso é destinado ao gestor, técnico, entrevistador social, membros do controle social e demais agentes públicos que atuam nos governos federal, estadual, municipal e Distrito Federal; ou seja, é para todos os profissionais que utilizam, de alguma forma, o Cadastro Único. O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - ou simplesmente Cadastro Único - é um importante instrumento de identificação e caracterização das famílias brasileiras de baixa renda para acessar os principais programas sociais. Com sua base de dados, contribui para a formulação, implementação e avaliação de diferentes políticas públicas. Este curso tem o objetivo de capacitar os profissionais que trabalham com o Cadastro Único, provendo uma base de conhecimentos sobre ele, bem como os conceitos utilizados, os instrumentos e a finalidade dessa base de dados. Assim, auxilia a sua participação nos cursos presenciais para garantir o melhor atendimento às famílias. Para auxiliá-lo em seus estudos, preparamos esta apostila com o conteúdo completo. Assim o curso possui, além desta apostila, aulas narradas de cada módulo, dois tutoriais, exercícios de fixação e duas avaliações. Ao final de cada conteúdo, você encontrará as referências bibliográficas caso queira ou necessite aprofundar os seus estudos. O curso está organizado em seis módulos com o conteúdo distribuído da seguinte forma: Módulo 1: Introdução ao Cadastro Único a. O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade? b. Quais são os dados básicos do Cadastro Único? c. Qual é o público-alvo do Cadastro Único? d. Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro Único? e. Como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE)? Módulo 2: Conceitos fundamentais a. Quais são os conceitos fundamentais do Cadastro Único? b. Como aplicá-los a casos concretos? 7 Módulo 3: Cadastro Único Interfederativo a. O que é o caráter interfederativo do Cadastro Único? b. Quais as competências de cada ente federativo? Módulo 4: Noções sobre programas sociais usuários a. Quais as diferenças entre Cadastro Único e os programas sociais usuários? b. O que são programas sociais usuários? c. Quais são os programas sociais usuários e quais suas regras? Módulo 5: Noções dos processos de qualificação do Cadastro Único a. O que é a Averiguação Cadastral? b. O que é a Revisão Cadastral? c. O que é a Exclusão Lógica? Módulo 6: Entrando em contato com o Cadastro Único: a. Como saber se famílias ou pessoas estão cadastradas e quais as principais informações registradas no Cadastro Único? b. Como acessar os dados do Cadastro Único (ferramentas Cecad, Tabcad, Relcad e Relatórios de Informações Sociais)? c. Quais são os canais de comunicação e atendimento do Cadastro Único? Ao final do curso, você estará preparado para participar, de forma mais efetiva, dos cursos presenciais fornecidos pelo Ministério da Cidadania e pela Coordenação Estadual do Cadastro Único. Além de se qualificar na execução de suas funções, você ampliará o seu conhecimento sobre todo o processo de cadastramento das famílias. Por fim, você poderá perceber a real importância do Cadastro Único na rede de proteção social para a população de baixa renda. Lembre-se: o seu trabalho é de extrema importância e pode fazer a diferença na vida destas famílias. Boa leitura! M inistério do D esenvolvim ento Social / CC BY-SA https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0 8 Introdução ao Cadastro Único Apresentação Este primeiro módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir, tem a finalidade de mostrar, de forma geral, a composição e a importância do Cadastro Único como sendo um dos principais instrumentos que a administração pública possui para identificar e caracterizar as famílias brasileiras de baixa renda. Nesta apostila responderemos as seguintes questões: O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade? Quais são os dados básicos do Cadastro Único? Qual é o público-alvo do Cadastro Único? Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro Único? E, por fim, como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos, os GPTE? Além desta apostila, o módulo possui um tutorial de apresentação dos formulários do Cadastro Único, não deixe de assisti-lo. Bons estudos! Módulo 1 9 Introdução ao Cadastro Único O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal ou, simplesmente, Cadastro Único é um importante instrumento de coleta de dados criado pelo Governo Federal para conhecer quem são e quais são as características das famílias brasileiras de baixa renda. Ministério do Desenvolvimento Social Cadastro Único para Programas Sociais Formulário principal de cadastramento 3 1 .4 4 2 v 0 0 8 MO 31.442 v007 CAPA quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 21:25:24 Capa do Formulário Principal do Cadastro Único Com sua base de dados, o Cadastro Único contribui para a formulação, a implementação e avaliação de diferentes políticas públicas. A família que possuio seu cadastro em dia e se enquadra nas regras dos programas poderá acessar, entre outros, os seguintes programas: • Programa Bolsa Família (PBF); • Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE); • Benefício de Prestação Continuada (BPC); • Isenção de taxa de inscrição em concursos públicos; • Carteira do Idoso. Lembre-se de que a lista dos programas sociais varia ao longo dos anos, pois podem ser modificados ou extintos, seja em níveis federal, estadual e municipal ou no Distrito Federal. Enfim, o Cadastro Único é a porta de entrada para acessar diferentes programas sociais. 10 O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade? O Cadastro Único é um importante instrumento de coleta de dados criado pelo Governo Federal para a identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda. A sua utilização pela administração pública para a seleção de beneficiários é obrigatória e a sua base de dados também permite a integração de diferentes programas sociais do Governo Federal que são direcionados para atender a este público. A lei que regulamenta o Cadastro Único é o Decreto presidencial nº 6.135 de 2007, complementada pela Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011, que define quais são os procedimentos para a gestão do Cadastro Único. Para que o gestor possa realizar um trabalho eficiente, é importante conhecer e consultar sempre que necessário a legislação que rege todos os procedimentos do Cadastro Único. Antes de partirmos para a segunda questão é importante saber, mesmo que brevemente, a definição de alguns conceitos fundamentais para o Cadastro Único, pois serão muito utilizados: Família: é a unidade formada por uma ou mais pessoas que dividem o mesmo domicílio, a mesma residência. Não precisam ser necessariamente parentes, se moram no mesmo domicílio e dividem as rendas e as despesas, são considerados como uma família para o Cadastro Único. Família de baixa renda: aquela que possui renda mensal por pessoa igual ou inferior a meio salário mínimo; ou seja, o total da renda dividida pelo número de moradores do domicílio ou renda familiar, de todos, de até três salários mínimos. Domicílio: é onde a família ou a pessoa sozinha mora; a casa, a residência. Capítulo 1 11 Além desses conceitos e suas variações, também veremos com mais detalhes outros conceitos do Cadastro Único. O importante é que, na hora do cadastro, o profissional preencha os dados do formulário atentamente para não haver problemas nos dados cadastrais, retratando, da melhor forma, a realidade de cada família. 12 Quais são os dados básicos do Cadastro Único? Os dados básicos que devem compor o Cadastro Único encontram-se no Formulário Principal, que apresenta 10 blocos de informações, divididos em duas partes. A primeira parte refere- se à identificação do domicílio e da família (Blocos 1, 2, 3, 9 e 10). A segunda parte é referente à caracterização de cada pessoa que compõe a família (Blocos de 4 a 8). Blocos 1, 2 e 3 Blocos 4, 5, 6, 7 e 8 Bloco 9 Bloco 10 Identificação do Domícilio e da Família Identificação da Pessoa Responsável pela Unidade Familiar - RF Trabalho Infantil Cada uma das partes dos blocos é explicada a seguir. Bloco 1 - de Identificação e Controle, os quesitos são referentes ao código familiar, questões referentes ao trabalho do entrevistador, endereço da família e dados do entrevistador e assinatura. Bloco 2 - refere-se às Características do Domicílio e conta com as seguintes questões: • Quais são as características do domicílio? • Quais são os serviços públicos que a família tem acesso, como água, saneamento básico (rede de esgoto) e energia elétrica? Bloco 3 - refere-se aos dados gerais da família: • Primeiro, se a família é indígena ou quilombola; se não, passa-se para as questões seguintes; • Quantas pessoas e/ou famílias vivem no domicílio; • Se há algum familiar abrigado ou privado de liberdade; • Lista de nomes de cada morador do domicílio; • Despesas mensais como: energia elétrica, água, transporte, aluguel, entre outros; • Informações sobre o nome do estabelecimento de assistência à saúde, o Cras e o Creas, onde são atendidos quando necessitam. Capítulo 2 13 Blocos 4 ao 8 - dizem respeito à identificação da pessoa, de cada membro da família. Esses blocos repetem-se seis vezes, caso haja seis pessoas que morem no mesmo domicílio. Compreendem as seguintes questões: • Grau de escolaridade; • Situação no mercado de trabalho; • Se possui algum tipo de deficiência; • Documentação civil; • Rendimentos, entre outros. Bloco 9 - é o campo destinado a registrar os contatos do Responsável pela Unidade Familiar (RF), e Bloco 10 - marcação livre para o município identificar a ocorrência de trabalho infantil na família cadastrada. Composição Formulário Principal Visão geral da composição do Formulário Principal. Como podemos observar, os dados básicos do Cadastro Único identificam a pessoa, a família, o local de moradia e suas condições de vida e trabalho. São informações essenciais para saber as reais condições nas quais se encontram as famílias brasileiras de baixa renda que podem acessar uma ou mais políticas públicas. O correto preenchimento do cadastro é fundamental para que o governo identifique quais são as famílias que possuem direito a diferentes políticas públicas e quais precisam acessar serviços que ainda não estão disponíveis a elas. 14 Qual é o público-alvo do Cadastro Único? Como foi dito inicialmente, na descrição de alguns conceitos, o cadastramento é voltado para as famílias de baixa renda, que possuem: • renda mensal por pessoa igual ou inferior a ½ salário-mínimo; ou • renda familiar de até três salários-mínimos. Mas é importante saber que as famílias com renda superior ao estabelecido anteriormente poderão ser incluídas no Cadastro Único. Para isso, é necessário que queiram participar ou já participem de programas sociais implementados nos níveis federal, estadual e municipal e que utilizem o Cadastro Único. Mas a prioridade é fazer o cadastramento das famílias com renda mensal por pessoa de até ½ salário mínimo. Atenção: a atualização cadastral deve ser feita, pelo menos, a cada dois anos. A cada atualização cadastral, deve-se conferir os quesitos de todos os blocos. Capítulo 3 15 Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro Único? O processo de cadastramento envolve a realização de algumas fases, como: • Identificação e localização das famílias a serem cadastradas; • Entrevista e coleta de dados das famílias identificadas; • Inclusão dos dados no Sistema de Cadastro Único. Outra parte importante é a da manutenção das informações existentes na base do Cadastro Único, que são: • Atualização e confirmação dos registros cadastrais, que devem ser feitas a cada dois anos, a partir da data do cadastramento, ou última atualização cadastral. Importante! As famílias devem procurar a gestão municipal para atualizar o cadastro sempre que houver alguma mudança nas características da família. Cabe à gestão municipal atender as famílias que buscarem atualizar o cadastro em um prazo menor do que o de dois anos. Processo de Cadastramento Atualização e confirmação das informações registradas Inclusão dos dados no Sistema do Cadastro Único Entrevista e coleta de dados das famílias identifi- cadas Identificação e locali- zação das famílias O entrevistador é o responsável pela coleta de dados das famílias identificadas. Na entrevista, é realizada a coleta de dados para: Capítulo 4 16 • Inclusão da família no Cadastro Único; e • Atualização dos dados cadastrais das famílias já cadastradas. O papel do entrevistador é de fundamental importância para o correto preenchimento do Cadastro Único. Tanto na inclusão, como na atualização cadastral, a entrevista deve ser completa. Isso quer dizer que o entrevistador deve fazer, ou confirmar com o Responsável pela Unidade Familiar (RF),todas as perguntas existentes nos formulários de cadastramento. Antes de fazer qualquer entrevista, o profissional deve obrigatoriamente participar da capacitação de preenchimento dos formulários do Cadastro Único oferecida pelo Governo Federal ou pelas Coordenações Estaduais do Cadastro Único. A coleta dos dados das famílias pode ser realizada por meio do preenchimento dos formulários impressos ou diretamente no computador, por meio do Sistema de Cadastro Único. Caso a coleta dos dados seja efetuada diretamente no Sistema, é necessário imprimir os formulários preenchidos ou a Folha Resumo, e solicitar a assinatura do Responsável Familiar. Há, nos formulários impressos do Cadastro Único, cinco tipos de formulários de cadastramento. São eles: • Formulário Principal de Cadastramento; • Formulário Avulso 1; • Formulário Avulso 2; • Formulário Suplementar 1; e, • Formulário Suplementar 2. a) Formulário Principal de Cadastramento Este formulário contém informações que dizem respeito à caracterização geral da família e de cada um de seus componentes. Além disso, na contracapa são apresentados alguns conceitos e lembretes importantes para o entrevistador. Na última página, estão o comprovante de prestação de informação e os termos de consentimento para o recebimento de mensagens via celular e e-mail. O Formulário Principal pode ser utilizado para a coleta de dados de novas famílias e para a atualização das informações das famílias que já foram incluídas no Cadastro Único. Ministério do Desenvolvimento Social Cadastro Único para Programas Sociais Formulário principal de cadastramento 3 1 .4 4 2 v 0 0 8 MO 31.442 v007 CAPA quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 21:25:24 17 b) Formulários Avulsos 1 e 2 O Cadastro Único possui dois formulários avulsos, que são utilizados, principalmente, para a atualização cadastral. Um deles é o Formulário Avulso 1, que traz os blocos de questões que identificam as características do domicílio e da família (Blocos 1, 2, 3, 9 e 10). O outro é o Formulário Avulso 2, que contém os blocos que identificam as características de cada pessoa da família (Blocos de 4 ao 8). c) Formulários Suplementares 1 e 2 Os Formulários Suplementares servem para identificar situações específicas que complementam o cadastro da família. O quesito mais importante é o 2.07 do Formulário Suplementar 1, que caracteriza as famílias que pertencem aos Grupos Populacionais Tradicionais ou Específicos (GPTE), como ribeirinhos, ciganos, agricultores familiares, pescadores artesanais e outros. Já o Formulário Suplementar 2 caracteriza as pessoas que vivem em situação de rua. Todos os formulários utilizados na entrevista devem ser assinados pelo Responsável pela Unidade Familiar, pelo entrevistador e pelo representante do órgão responsável pelo cadastramento, e arquivados por um período de, no mínimo, 5 (cinco) anos. Se a entrevista for feita no computador, inserindo diretamente os dados no Sistema de Cadastro Único, o formulário deve ser impresso e também assinado e arquivado. Entrevistas para a coleta de dados E como é feita a entrevista para a coleta de dados? Podemos proceder das seguintes maneiras: • A primeira opção seria o entrevistador fazer uma visita à residência da família; • A segunda alternativa seria a família ir até um posto de cadastramento; • E outra opção seria quando a prefeitura faz campanhas de cadastramento, como mutirões e ações itinerantes, e solicita que as famílias compareçam em locais previamente indicados. 18 Visitar as famílias ainda é a forma mais recomendada para a entrevista de cadastramento, pois permite a verificação das condições socioeconômicas da família no seu domicílio. 19 Como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE)? De modo geral, os procedimentos usados para a coleta de dados são iguais para todas as famílias. No entanto, para alguns grupos ou segmentos populacionais, devem ser conduzidas abordagens específicas para a realização do cadastro. Esse cadastramento diferenciado é direcionado às famílias com características específicas ou em situações críticas de vulnerabilidade social. São 16 grupos identificados pelo Cadastro Único e esses grupos são classificados quanto à origem étnica, às relações com o meio ambiente e o meio rural e à situação conjuntural no qual se encontram. Os Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE) são os seguintes: Classificação Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos Origem étnica São famílias quilombolas; indígenas; ciganas e famílias pertencentes a comunidades de terreiro. Relação com o meio ambiente São famílias extrativistas; pescadores artesanais e ribeirinhos. Relação com o meio rural São os agricultores familiares; os beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC); e as famílias acampadas e assentadas pela Reforma Agrária. Situações conjunturais Pessoas ou famílias que estão em uma determinada condição, que pode ser alterada em determinado momento: são pessoas em situação de rua; pessoas resgatadas do trabalho análogo ao de escravo; atingidos por empreendimentos de infraestrutura; presos do sistema carcerário e os catadores de material reciclável. Os Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos serão abordados com mais detalhes no módulo 2. Mas se você quiser saber mais sobre algum grupo específico, consulte o Manual do Entrevistador nas páginas 157 e 158, nelas você encontrará a descrição de cada grupo específico e os seus respectivos códigos. Chegamos ao fim do primeiro módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Esperamos que tenha gostado. Não deixe de assistir à aula narrada referente a este módulo e fazer os exercícios de fixação. Bons estudos e até o próximo módulo! Capítulo 5 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. DECRETO Nº 6.135, DE 26 DE JUNHO DE 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm> Acesso em: 19 fev. 2020 BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds. gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 2020 MINISTÉRIO DA CIDADANIA. Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. CECAD 2.0 - Consulta, Seleção e Extração de Informações do CadÚnico. 2019. Disponível em: <https://aplicacoes. mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php>. Acesso em: 19 fev. 2020 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria Nacional de Renda de Cidadania. Manual do Entrevistador. 4ª edição. Brasília, 2017. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Secretaria Nacional de Renda de Cidadania. Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 3ª edição. Brasília, 2017. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php 21 Conceitos fundamentais Apresentação Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 2 do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Neste módulo, abordaremos com mais detalhes os conceitos fundamentais do Cadastro Único, que incluem os conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE) e Atualização Cadastral. Para o Cadastro Único, conceito diz respeito ao modo como o cadastro define certos termos que são importantes na hora de fazer o cadastramento.Isso significa saber qual é a ideia que determinado conceito quer expressar. Por exemplo, o conceito de família pode ser amplo; o de domicílio, embora seja um, se desdobra em algumas variações. Por isso, é importante que o agente público saiba o real significado de cada um desses conceitos para melhor exercer a sua função. Para complementar os estudos, assista às aulas narradas, faça os exercícios que foram propostos e consulte esta apostila sempre que precisar. Se, mesmo assim, ainda tiver dúvidas e precisar de mais informações, consulte o Manual do Entrevistador, o Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e as leis referentes ao Cadastro Único Bons estudos! Módulo 2 22 Conceitos Fundamentais do Cadastro Único 1.1 Autodeclaração O primeiro conceito importante que você deve saber é o de Autodeclaração. O Cadastro Único é autodeclaratório, o que significa que o entrevistador deve respeitar as respostas fornecidas pelo Responsável Familiar, o que ele afirma, sem que seja necessária comprovação. Entretanto, alguns documentos precisam ser fornecidos pelo entrevistado para a conclusão do cadastro: Responsável Familiar: é necessário o CPF ou o Título de Eleitor. Demais pessoas da família: qualquer um dos documentos previstos no Bloco 5 do formulário principal, que são: Certidão de nascimento ou casamento; RG; CPF, Carteira de Trabalho ou Título de Eleitor. Mas, de todos esses documentos, a preferência é do CPF. Antes de iniciar o preenchimento do formulário, o Responsável Familiar deve ser alertado de que será o responsável pelos dados registrados no cadastro da família e deverá assinar ao final. Assim, poderá ser responsabilizado e penalizado pela omissão ou prestação de informações falsas. 1.2 Família O conceito de família possui algumas variações que podem confundir o entrevistador na hora de fazer o cadastro. Por isso, é bom ficar atento às diferentes situações que podem surgir. Veremos as variações a seguir. Família é a unidade formada por um ou mais indivíduos e pode ser ampliada por outros que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por essa unidade familiar. Por exemplo, podemos imaginar uma família de cinco pessoas: a mãe, a avó, duas crianças e uma tia. Se todos habitam o mesmo domicílio, dividem a renda e as despesas, então, constituem uma família. Um casal sem filhos também é considerado uma família. Ambos os exemplos são considerados uma família para o Cadastro Único e devem estar em um mesmo cadastro. Capítulo 1 23 • Família de baixa renda: a família que possui renda mensal por pessoa igual ou inferior a meio salário-mínimo; ou cuja renda familiar, de todos os membros da família, não ultrapasse três salários-mínimos. • Família unipessoal: é a pessoa que mora sozinha no domicílio. A pessoa que mora sozinha e quer se cadastrar deve possuir no mínimo 16 anos de idade, pois será a Responsável pela Unidade Familiar (RF). • Famílias conviventes: são famílias compostas por duas ou mais unidades básicas, mas separadas entre si, sejam parentes ou não, que habitam um mesmo domicílio e podem compartilhar um ou mais cômodos da casa. No entanto, não compartilham a renda e a despesa; ou seja, cada unidade tem renda e despesas próprias. Por exemplo, uma república de estudantes, eles podem dividir as despesas da casa como aluguel, conta de água e energia elétrica, mas não compartilham ou dividem outros gastos e rendimentos. 1.3. Responsável pela Unidade Familiar (RF) Consiste em qualquer membro da família que habite o domicílio, preferencialmente do sexo feminino e com idade superior a 16 anos. Essa pessoa será responsável por fornecer as informações referentes à sua família nas entrevistas de cadastramento e atualizações cadastrais. 24 1.4. Nome social É o nome atribuído a pessoas cuja identificação civil não reflete adequadamente sua identidade de gênero; ou seja, é o nome pelo qual a pessoa prefere ser chamada, diferente do nome registrado oficialmente. Normalmente, o nome social é utilizado por travestis e transexuais. Deve ser respeitado e preenchido no formulário sempre que for solicitado pelo entrevistado. 1.5. Domicílio Um conceito que pode causar confusão é o de domicílio, que pode ser o mesmo que habitação, moradia, residência, lar, entre outros. Por isso, a importância de sabermos seu significado e apresentar outras três definições utilizadas para o Cadastro Único. O termo domicílio também possui variações, que serão apresentadas a seguir. Domicílio é o local que serve de moradia à família, seja uma pessoa, um casal ou mais pessoas. É uma residência, uma unidade limitada por paredes, muros, cercas e coberto por um teto. • Domicílio Particular Permanente: constitui moradia permanente ou duradoura e contém, ao menos, um cômodo. Em geral, tem acesso a serviços básicos como água potável, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo. • Domicílio Particular Improvisado: é o local precário que serve de moradia no momento da entrevista, cujo número de cômodos é de difícil identificação. Tem pouco ou nenhum acesso aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo. Caracteriza uma situação de extrema vulnerabilidade da família que ali habita. 25 • Domicílio Coletivo: é o estabelecimento ou instituição que estabelece normas para seus moradores e possui alguma forma de administração ou coordenação. São exemplos de domicílio coletivo: abrigos, campings, hotéis, pensões, quartéis, postos militares, asilos, conventos, alojamento de trabalhadores, etc. 1.6. Área urbana e rural Dois conceitos importantes para o Cadastro Único são os de área urbana e área rural, pois os domicílios podem estar situados em uma ou outra área. • Área Urbana: aquela situada em cidades ou vilas, ou seja, dentro do perímetro urbano legal. • Área Rural: é aquela situada fora da cidade ou vila, compreendendo fazendas, sítios, povoados, “arraiás”, etc. 1.7. Morador Embora seja outro, o conceito de morador está estritamente relacionado ao de domicílio. Morador é a pessoa que mora no domicílio, mesmo que esteja ausente no momento da entrevista. Se a pessoa ausente estiver internada ou abrigada em estabelecimentos de saúde, instituições de longa permanência para idosos, locais que prestam Serviços de Acolhimento, instituições de privação de liberdade, ou similares, por um período igual ou inferior a 12 meses, tendo como referência a data da entrevista, ela poderá ser registrada como membro da família e moradora do domicílio. 26 1.8. Renda É o que a família ou o indivíduo recebe como pagamento pelo trabalho fixo ou prestação de serviço temporário, trabalho artesanal, pensão, dentre outros proventos. Pode ser categorizada de dois modos: renda familiar mensal e renda por pessoa. Importante! Não devem ser incluídos no cálculo os rendimentos dos seguintes programas: • Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; • Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano; • Programa Bolsa Família dele remanescentes e unificados, além de programas complementares, como Brasil Carinhoso, Bolsa Verde, entre outros; • Programa Nacional de Inclusão do Jovem – PROJOVEM; • Auxílio Emergencial Financeiro e outros programas de transferência de renda destinados à população atingida por desastres, residente em Municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência; e • Outros programas de transferência condicionada de renda, implementados por estados, Distrito Federal ou municípios. • Renda familiar mensal: é a soma dos rendimentos de todos os componentes da família, ou seja, o que todos que moram na residência recebem. No cálculo da renda familiar são considerados os seguintes rendimentos: trabalho; aposentadoria; pensão; seguro- desemprego; auxílio-doença; Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), e outros rendimentos recebidos regularmente pelos membrosda família. • Renda mensal por pessoa: ou renda per capita, é a soma de todos os rendimentos da família dividido pelo número de pessoas da família. 27 O Sistema do Cadastro Único calcula a renda automaticamente; o entrevistador ou qualquer outro agente público não interfere nesse cálculo. 28 Conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE) As famílias ou indivíduos que fazem parte dos GPTE pertencem a grupos com características específicas ou em situações críticas de vulnerabilidade social. Alguns destes grupos estão previstos na Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011. As famílias pertencentes a esses grupos devem ter atendimento diferenciado para inclusão no Cadastro Único. São 16 grupos populacionais tradicionais ou específicos (GPTE) identificados pelo Cadastro Único. Os grupos estão organizados em quatro agregados e são eles: os de origem étnica, os que têm estreita relação com o meio ambiente, os que têm relação com o meio rural e os que são acometidos por situações conjunturais. 2.1. Origem étnica O agregado de origem étnica é formado por famílias que possuem costumes, tradições e modo de vida comunitários, transmitidos de geração para geração, fruto de sua origem e de diferentes processos civilizatórios. Pertencem a estes grupos as famílias: • Indígenas: são descendentes de populações que habitavam o Brasil na época da colonização e conservam, em total ou em parte, as suas características sociais, econômicas, culturais e políticas. Estão presentes em todas as regiões do Brasil. A pessoa ou família tem a noção clara de pertencimento étnico a algum povo indígena. Assim, ela saberá informar a origem da família. Mais uma vez, a marcação deste quesito é autodeclaratória e considera apenas povos indígenas brasileiros. O Cadastro Único permite que as famílias indígenas identifiquem o povo indígena a que pertence e se residem em terra indígena. • Quilombolas: são grupos étnicos de origem negra, com histórico relacionado a processos de resistência e opressão que foram submetidos pela escravidão no Brasil. O território é central na identidade desses grupos e a terra pode ter sido obtida por origens diversas, como doações, compra, troca por prestação de serviços ou áreas ocupadas no processo de resistência ao sistema escravista. As famílias desse grupo podem informar no Cadastro Único em que comunidade quilombola residem. • Ciganas: os povos ciganos formam um grupo heterogêneo e subdividem-se em algumas etnias, sendo as principais: rom, calon e sinti. Têm padrão próprio de fixação e deslocamento; podem ser nômades (não se fixam), seminômades (se deslocam e se fixam temporariamente) ou sedentários (fixos). Algumas características do povo cigano são: o sentimento de não Capítulo 2 29 pertencer a um único lugar; noção particular de propriedade; possuem leis e regras próprias; a comunidade é estruturada em torno da unidade familiar e geralmente possuem como liderança comunitária uma figura masculina. • Pertencentes às comunidades e povos de terreiro: são comunidades tradicionais que utilizam espaços nos quais se perpetuam valores e símbolos, elementos culturais de tradição de matriz africana. O terreiro se constitui em patrimônio imaterial, em que práticas, conhecimentos e técnicas, expressões, instrumentos, objetos e artefatos são reconhecidos pela comunidade como parte integrante do patrimônio cultural transmitido de geração a geração, com sentimento de identidade e continuidade. 2.2. Grupos com estreita relação com o meio ambiente São comunidades tradicionais que têm como fonte principal de subsistência o extrativismo de recursos oferecidos pela natureza, que pode ser das florestas, rios, manguezais, mar e outros ambientes similares. Pertencem a esse grupo: • Extrativistas: são comunidades tradicionais que têm como base de sua subsistência a extração dos recursos naturais renováveis; ou seja, retiram da natureza a maior parte do seu sustento, realizam uma agricultura de subsistência e criação de pequenos animais. Fazem parte dessa categoria os grupos familiares de seringueiros, que extraem o látex para a fabricação da borracha; as quebradeiras de coco babaçu, muito utilizado na indústria de cosméticos; as exploradoras de andirobeiras, árvore da floresta que oferece insumos, como óleo; catadoras de mangaba, fruta da caatinga usada para fazer doces e sucos; e castanheiros, açaizeiros, piaçabeiros, que comercializam produtos comuns no mercado, como a castanha do pará, o açaí e a vassoura. 30 • Pescadores artesanais: utilizam recursos pesqueiros extraídos, coletados, apreendidos ou capturados em água doce ou salgada para fins comerciais ou de subsistência (consumo doméstico). A atividade pode ser realizada com uso de embarcação de pequeno porte, motorizada ou não, ou sem embarcação (quando há coleta manual nas praias ou mangues). • Ribeirinhos: residem em pequenas comunidades ou isolados, às margens ou nas proximidades dos rios. Caracterizam-se por ter como principal atividade de subsistência a pesca e por praticar agricultura também de subsistência, com a criação de animais de pequeno porte e extrativismo vegetal. 2.3. Grupos que têm relação com o meio rural São grupos que buscam o acesso, a permanência e o uso sustentável da terra. Em geral são os agricultores familiares que possuem pouca ou nenhuma terra e exploram o imóvel rural para a criação de animais, produção e processamento de artigos agrícolas para consumo da unidade familiar e comercialização. Alguns já possuem regularização fundiária por meio do processo de reforma agrária. Podem estar organizados em movimentos sociais ou não. • Assentados da reforma agrária: são famílias contempladas em Projetos da Reforma Agrária. Tem contrato de concessão de uso da terra com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, conhecido como Incra, e receberam o Título de Domínio inegociável pelo prazo de dez anos. 31 • Acampados rurais: são famílias ou indivíduos, organizados em movimentos sociais que lutam por acesso à terra e à moradia, tanto na cidade quanto no campo. Estão acampados até que tenham a sua situação regularizada. • Agricultores familiares: sua fonte de sobrevivência vincula-se à atividade agropecuária com força de trabalho predominantemente familiar, em âmbito doméstico, na produção para autoconsumo e comercialização do excedente. A propriedade familiar não pode ser maior do que quatro módulos fiscais, em termos de hectares, essa medida pode variar em cada município. • Beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário: são beneficiários de um programa que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra adquiram um imóvel rural por meio de financiamento e permite o acesso a investimentos básicos e produtivos para o desenvolvimento da propriedade. 2.4. Grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais Os grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais, ou seja, são formados por famílias que estão momentaneamente em vulnerabilidade, mas podem mudar de situação. Pertencem a esse grupo: • Atingidos por empreendimentos de infraestrutura: são pessoas removidas de sua residência devido à construção de barragens, estradas, portos, aeroportos e outros empreendimentos de infraestrutura. Não se incluem nessa categoria: deslocados para construção de empreendimentos privados, como shopping centers e supermercados; e atingidos por catástrofes naturais, como deslizamentos e enchentes. 32 • Presos do sistema carcerário: são famílias que possuem componente recolhido a estabelecimento penal, preso provisoriamente, condenado ou submetido alguma medida de segurança. Não fazem parte desse grupo, famílias com jovens submetidos a regime socioeducativo. • Catadores de material reciclável: são famílias que possuem ao menos um membro cuja atividade econômica consiste na coleta de material reciclável e reaproveitável como papel, papelãoe vidro, materiais ferrosos e não ferrosos. • População em situação de rua: é um grupo heterogêneo e tem em comum a pobreza extrema. Possui vínculos familiares fragilizados ou interrompidos, não tem moradia convencional regular e utiliza espaços públicos - ruas, praças, jardins, canteiros, marquises e viadutos - e áreas degradadas (construções e carros abandonados, ruínas e cemitérios) como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente. Também utiliza as unidades de acolhimento (abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias provisórias, sejam ou não pertencentes ao SUAS) para pernoite temporário ou como moradia provisória. • Trabalho em condição análoga à de escravo: Em nossa sociedade atual, ainda existem formas de escravidão. O trabalho em condição análoga à de escravo acontece quando o trabalhador é sujeitado a situações de trabalho forçado, servidão por dívida, jornada exaustiva e trabalho degradante. Os trabalhadores podem ser encontrados em uma ou em todas essas condições. Quando pessoas nessas situações são identificadas e libertadas por órgão do governo, como a Secretaria de Inspeção do Trabalho ou a Polícia Federal, seus direitos são regularizados e elas passam a receber o seguro-desemprego. Como possuem alto grau de vulnerabilidade, as famílias com algum componente resgatado podem ser incluídas e identificadas no Cadastro Único, se assim o desejarem. 33 Atualização cadastral A atualização cadastral da família ocorre quando informações específicas foram alteradas ou revalidadas nos últimos 24 meses, contados a partir da data de inclusão ou da última atualização. Algumas informações específicas são utilizadas para identificar a atualização cadastral: • endereço domiciliar; • renda familiar; • composição familiar, com inclusão ou exclusão de membros na família; • número do CPF ou do Título de Eleitor para o Responsável Familiar; • em relação às famílias quilombolas e indígenas, qualquer outro documento de identificação previsto no Formulário Principal, inclusive o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (Rani); • substituição do Responsável Familiar; • código Inep - mas o que é o código Inep? Para cada instituição de ensino brasileira, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), atribui um código de identificação, denominado “código Inep”. Ou seja, é o código de identificação do estabelecimento de ensino onde a pessoa está matriculada; e, • ano ou série escolar. Os cadastros que não se enquadram nessa situação são considerados desatualizados. A revalidação cadastral ocorre quando se faz uma nova entrevista e não há alteração nas informações cadastradas. O entrevistador deve revalidar as informações no Sistema do Cadastro Único, utilizando uma funcionalidade chamada de Confirmar Cadastro Familiar, e só assim o cadastro será considerado atualizado. Nessa funcionalidade, o operador deverá registrar a nova data de entrevista com a família. Capítulo 3 34 Resumindo: a atualização cadastral ocorre quando são alteradas ou revalidadas informações específicas dos cadastros das famílias. Chegamos ao final deste módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. No módulo 5, iremos ver, com mais detalhes, todo o processo de atualização cadastral. Agora, assistia às aulas narradas e faça os exercícios de fixação. Bons estudos e até o próximo módulo! 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. DECRETO Nº 6.135, DE 26 DE JUNHO DE 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm> Acesso em: 19 fev. 2020. BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds. gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 2020. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 3a edição, Brasília, 2017. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria Nacional de Renda e Cidadania. Manual do Entrevistador. 4ª edição. Brasília, 2017. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view 36 Cadastro Único interfederativo Apresentação Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 3 do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Neste módulo, vamos responder às seguintes questões: O que é o caráter interfederativo do Cadastro Único? Quais são as competências de cada ente federativo? Boa leitura! Módulo 3 37 Caráter interfederativo do Cadastro Único Primeiramente, é importante saber que o Estado brasileiro é federativo. Isso significa que ele é composto por vários entes federados, que são a União, os estados-membros, os municípios e o Distrito Federal. O federalismo brasileiro é caracterizado como cooperativo, ou seja, há competências exclusivas, comuns e concorrentes, mas com frequência há uma atuação conjunta entre a União, os estados e os municípios. Com a Constituição Federal de 1988, o país passou por um processo maior de descentralização administrativa, que previa mais participação dos entes federativos na implementação de políticas públicas e programas sociais. Os artigos 1º ao 18º da Constituição Federal dizem respeito à organização político-administrativa do Brasil; já nos artigos 21º a 30º, estão as competências de cada ente que compõe o Estado brasileiro. SAIBA MAIS: Para consultar a Constituição, acesse o link: https://www2.senado. leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf É nesse contexto que surge o Pacto Federativo. E você sabe o que é isso? Pacto Federativo é o conjunto de dispositivos constitucionais que representam a estrutura jurídica, quais são: as obrigações financeiras, a forma de arrecadação de recursos e os campos de atuação de cada ente da federação, ou seja, da União, dos estados, municípios e do Distrito Federal. Saiba mais: Para saber mais sobre o Pacto Federativo, acesse: https://www12.senado. leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo) Capítulo 1 https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo) https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo) 38 É dentro desse contexto que o Cadastro Único tem papel importante como principal fonte de informações para o direcionamento das ações do Estado na redução da pobreza e das desigualdades sociais. Nesse desenho federativo, a União e os estados exercem funções estratégicas de coordenação do Cadastro Único. Os municípios estão mais próximos da população e, com isso, podem melhor identificar as suas reais necessidades. O Distritro Federal acumula tanto as funções de estados como as de municípios. Este é o caráter interfederativo do Cadastro Único. A seguir, você conhecerá, com mais detalhes, as competências e responsabilidades de cada ente federativo perante a gestão do cadastro. 39 Responsabilidades do governo federal No âmbito do governo federal, dois órgãos da administração pública têm competências e responsabilidades bem definidas na gestão do Cadastro Único: o Ministério da Cidadania e a Caixa Econômica Federal. Dentro do Ministério da Cidadania, a Secretaria Nacional do Cadastro Único é o órgão responsável por representar o governo federalna execução das atividades relacionadas ao Cadastro Único. A Secretaria Nacional do Cadastro Único tem como principais funções: • Coordenar, acompanhar e supervisionar a implantação e a execução do Cadastro Único; • Realizar avaliação contínua da qualidade de suas informações; • Definir estratégias para seu aperfeiçoamento. Cabe ao Ministério da Cidadania, por sua vez, a elaboração de regulamentos e instruções para orientar o trabalho dos estados, municípios e Distrito Federal. Além disso, o governo federal apoia financeiramente, por meio dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada do Município (IGD-M), os municípios e o Distrito Federal para a realização das atividades de cadastramento, atualização cadastral e manutenção da qualidade dos dados. O governo federal também repassa recursos financeiros aos estados para que prestem suporte técnico para os municípios na gestão do Cadastro Único, por meio do Índice de Gestão Descentralizada Estadual (IGD-E). Saiba mais: Para saber mais sobre esses dois índices, acesse os respectivos links: IGD-M: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_ Manuais/ManualIGD.pdf IGD-E: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao- do-programa-1/igd-e Capítulo 2 http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_Manuais/ManualIGD.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_Manuais/ManualIGD.pdf https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao-do-programa-1/igd-e https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao-do-programa-1/igd-e 40 Além dessas responsabilidades, a Secretaria Nacional do Cadastro Único possui as seguintes atribuições relativas ao Cadastro Único: • Articular cursos de capacitação para os profissionais envolvidos com o Cadastro Único, como o de Preenchimento dos Formulários do Cadastro Único, de Gestão do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família; • Autorizar o envio dos formulários pela Caixa aos municípios, quando solicitado; • Promover o uso do Cadastro Único como ferramenta de integração de políticas públicas voltadas à população de baixa renda; • Disponibilizar atendimento aos governos locais para esclarecimentos de dúvidas; • Promover o aperfeiçoamento do formulário e do sistema de informações do Cadastro Único; • Autorizar e disponibilizar acesso às bases de dados do Cadastro Único em âmbito federal, respeitando o sigilo de acordo com a legislação; • Adotar medidas de controle e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais; e, • Disponibilizar canais para o recebimento de denúncias. 2.1. O papel da Caixa Econômica Federal O Agente Operador do Cadastro Único é a Caixa Econômica Federal. A função da Caixa como agente operador é definida pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, são suas atribuições: 41 Competências dos governos estaduais As competências dos governos estaduais são relacionadas ao apoio técnico aos municípios na gestão do Cadastro Único. Esse apoio ocorre em várias dimensões: • Desenvolvimento de estratégias de acesso à documentação civil, com prioridade ao Registro de Nascimento; • Oferta de atividades de capacitação que auxiliem o trabalho dos municípios na gestão e na operacionalização do Cadastro Único; • Apoio à melhoria da infraestrutura municipal; • Identificação, acompanhamento e apoio na resolução dos problemas relacionados à gestão do Cadastro Único no município; • Auxílio à condução de ações de cadastramento dos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE); e, • Apoio na identificação e no cadastramento da população extremamente pobre no âmbito da estratégia busca ativa. Capítulo 3 42 Competências do Distrito Federal e dos municípios As competências das administrações municipais e do Distrito Federal são fundamentais na gestão do Cadastro Único. Cabe aos municípios: identificar as famílias de baixa renda; realizar seu cadastramento; registrar os dados na base nacional do Cadastro Único; manter as informações atualizadas e analisar possíveis inconsistências. As principais atividades da gestão municipal são: • Identificar as áreas onde residem as famílias de baixa renda; • Solicitar formulários de cadastramento à Secretaria Nacional do Cadastro Único; • Capacitar os entrevistadores, digitadores e todos os profissionais envolvidos na gestão do Cadastro Único, em parceria com os governos estaduais; • Coletar as informações das famílias, por meio de entrevista em domicílio, em mutirões ou em postos fixos de atendimento; • Incluir e atualizar os dados das famílias no Sistema de Cadastro Único; • Estabelecer rotinas de atualização das informações e manter comunicação com as famílias cadastradas; • Disponibilizar infraestrutura e quantitativo de profissionais adequados à gestão do Cadastro Único e ao processo de cadastramento das famílias em sua área de abrangência; • Divulgar o Cadastro Único e os programas sociais às famílias de baixa renda; • Adotar medidas para o controle e a prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais, disponibilizando, ainda, canais para o recebimento de denúncias; • Adotar procedimentos que certifiquem a veracidade dos dados cadastrados; • Zelar pela guarda e pelo sigilo das informações coletadas; • Disponibilizar para as instâncias de Controle Social o acesso aos dados cadastrais, formulários arquivados e documentos referentes às ações de verificação de inconsistências cadastrais; e • Autorizar e disponibilizar acesso à base de dados cadastrais do município, observando sigilo previstos na legislação. 4.1 A importância do gestor municipal O profissional indicado como gestor municipal do Cadastro Único é o principal responsável por garantir a realização dessas ações. Ele é a pessoa que organiza e coordena toda equipe envolvida nas atividades do Cadastro Único, de acordo com a legislação e as orientações do Ministério da Cidadania. Capítulo 4 43 O trabalho de planejamento das ações de cadastramento é essencial para atingir bons resultados na gestão do Cadastro Único. Cabe ao gestor municipal exercer o papel de liderança da equipe de trabalho e de articulação com os órgãos responsáveis pelas políticas sociais e também com as comunidades que devem ser cadastradas e atendidas pelos programas. Assim, esse profissional é o responsável pelo gerenciamento do Cadastro Único no município. Cabe a ele a interlocução com os governos estaduais, com o Ministério da Cidadania e com os diferentes órgãos municipais que utilizam suas informações para implementar os programas sociais. Além disso, ainda são responsabilidades do gestor municipal: • Coordenar a identificação das famílias que compõem o público-alvo do Cadastro Único; • Coordenar a coleta de dados nos formulários de cadastramento; • Coordenar a digitação dos dados dos formulários no Sistema de Cadastro Único; • Coordenar a atualização dos registros cadastrais; • Promover a utilização dos dados do Cadastro Único para o planejamento e a gestão de programas sociais voltados à população de baixa renda e que são executados pelo governo local; • Fazer a interlocução permanente com os órgãos ou entidades responsáveis pela gestão ou operacionalização de programas usuários do Cadastro Único; e, • Zelar pela aplicação correta dos conceitos e critérios de cadastramento pela correta utilização do Cadastro Único e de sua base de dados. O gestor municipal também contribui para a construção de uma base de dados nacional que retrata a realidade das famílias brasileiras de baixa renda. Então, chegamos ao final deste módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Em caso de dúvidas, consulte o Manual de Gestão do Cadastro Único e a Portaria nº 177/2011, nos seus artigos 25, 26 e 27, que dispõe sobre as responsabilidades de cada ente federado. Não deixe de fazer a avaliação do conteúdo acumulado para testar os seus conhecimentos. Bons estudos eaté breve! 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. LEI Nº 10.836, DE JANEIRO DE 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências. Brasília, DF, jan. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/ L10.836.htm > Acesso em: 06 abr. 2020 BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds. gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 2020. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_ EC91_2016.pdf> Acesso em: 20 mar. 2020. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Manual de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 3a edição, Brasília, 2017. PALUDO, Agostinho. Administração Pública. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013, p. 1-13. http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf 45 Noções sobre Programas Usuários Apresentação Seja bem-vindo (a) ao quarto módulo do curso Cadastro Único: Conhecer para Incluir. Nesta apostila, você vai aprender a diferença entre Cadastro Único e Programas Sociais Usuários, conhecer quais são os principais Programas Usuários, as regras e a legislação de cada programa. É importante deixar claro que existem inúmeros programas sociais nos diferentes níveis da federação (municipais, estaduais e do Distrito Federal), que não serão apresentados neste módulo. Vamos nos dedicar aos principais, para que você tenha noção do que são Programas Usuários e saber a diferença em relação ao Cadastro Único. Nesta apostila, serão apresentados 20 Programas Sociais Usuários e a legislação correspondente a cada programa. Além desta apostila, o Módulo 4 conta com uma aula narrada e exercícios de fixação. Não deixe de fazê-los. Boa leitura! Foto: Sandro Barros / Prefeitura de Olinda Módulo 4 46 Diferença entre Cadastro Único e Programas Sociais Usuários Como você deve se lembrar, no primeiro módulo do curso sobre o que é o Cadastro Único e quais são seus objetivos, foram citados, rapidamente, alguns dos principais programas sociais usuários, como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social de Energia Elétrica, Carteira do Idoso. Mas o Cadastro Único e os Programas Sociais Usuários, embora tenham uma conexão, não podem ser considerados a mesma coisa, pois existe uma grande diferença entre eles. E você sabe qual é a diferença? O Cadastro Único mostra quais e como são as famílias em situação de maior vulnerabilidade social. Funciona como um mapa de identificação da parcela mais pobre e vulnerável da população brasileira: as famílias de baixa renda. Ao identificar a população em maior situação de vulnerabilidade, o Cadastro Único serve de instrumento para órgãos e entidades federais para a seleção de famílias de baixa renda poderem acessar programas sociais. Além disso, contribui para o planejamento, implementação e avaliação de diferentes programas e políticas públicas. A Portaria nº 501, de 29 de novembro de 2017, instituiu o Termo de Uso do Cadastro Único e regulamentou a utilização da base de dados do Cadastro Único pelas políticas e programas sociais. Esta portaria, de forma geral, reúne todos os compromissos entre o órgão ou a entidade em relação às regras de utilização do Cadastro Único e exige assinatura obrigatória para a utilização da base de dados. Programas sociais são políticas públicas que se traduzem em ações governamentais, que buscam melhorar as condições de vida da população. Os Programas Sociais Usuários são aqueles programas sociais que têm o Cadastro Único como requisito obrigatório para a seleção ou acompanhamento de beneficiários, ou seja, os programas sociais usuários buscam melhorar as condições de vida das famílias que foram incluídas no Cadastro Único. Eles podem ser ofertados na forma de benefícios monetários ou em serviços sociais. Assim, o Cadastro Único foi uma forma eficaz que a administração pública encontrou para reunir, em uma única base de dados, informações sobre as famílias de baixa renda, que podem ser utilizadas por diferentes programas e nas esferas estadual, municipal e do Distrito Federal. Capítulo 1 47 É importante saber que os Programas Sociais Usuários têm o Cadastro Único como requisito obrigatório para participação ou permanência, mas cada programa também tem requisitos específicos. Assim, além de ter feito o cadastro, a família precisa estar dentro das regras do programa que deseja acessar. Agora, vamos ver quais são os principais programas sociais usuários do governo federal e um resumo das regras de cada um. Lembrando que a lista dos programas sociais varia ao longo dos anos, pois podem ser modificados ou extintos, seja em níveis federal, estadual e municipal ou no Distrito Federal. A maior parte dos programas sociais que serão vistos, a seguir, tem como critério de renda o mesmo que o Cadastro Único; ou seja, são famílias que possuem renda por pessoa (per capita) de até meio salário mínimo ou de até 3 salários mínimos total por família. Outros critérios, porém, serão descritos em cada programa. 48 Principais Programas Usuários Programa Bolsa Família - é um programa de transferência de renda com condicionalidades. Isto quer dizer que o programa garante renda para famílias que estão em situação de pobreza e extrema pobreza. É bom ressaltar que, além de se enquadrar nos critérios de renda, a família deve manter as crianças e adolescentes na escola e com o cartão de vacinas em dia, e as gestantes devem realizar o acompanhamento do pré-natal. Quem pode participar? • Famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00; • Famílias com crianças, adolescente e gestantes podem ter renda mensal por pessoa de R$ 89,01 a R$ 178,00. A principal legislação do Bolsa Família é a Lei nº 10.836 , de 9 de janeiro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. Senado Federal / CC Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) - este programa garante o pagamento de um salário mínimo mensal para pessoas com 65 anos ou mais e/ou com deficiência. Nos dois casos, para receber o benefício, a renda mensal bruta da família por pessoa deve ser inferior a um quarto do salário mínimo vigente. Capítulo 2 49 O BPC é regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742 , de 7 de dezembro de 1993, e pelo Decreto nº 6.214 , de 26 de setembro de 2007, alterado pelo Decreto nº 8.808, de 15 de julho de 2016. Tarifa Social de Energia Elétrica - Concede desconto na conta de luz a famílias inscritas no Cadastro Único ou que possuam algum integrante com acesso ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Também podem receber o benefício famílias com portadores de doença ou patologia, cujo tratamento médico requeira o uso continuado de aparelhos dependentes de energia elétrica para o seu funcionamento. As famílias identificadas como indígenas ou quilombolas no Cadastro Único e que possuem renda per capita de até meio salário terão direito ao desconto de 100% na conta de energia elétrica, até o limite de consumo de 50 KWh/mês. Tem como legislação a Lei nº 12.212, de 20 de janeiro de 2010; Decreto nº 7.583, de 13 de outubro de 2011, e a Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010. Carteira do Idoso - garante gratuidade ou descontos em passagens para viagens interestaduais.As viagens podem ser por ônibus, trem ou barco. Possuem direito a esse benefício pessoas com 60 anos ou mais e renda mensal individual de até dois salários mínimos, mas que não tenham como comprová-la. Tem como legislação a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003; Decreto nº 5.934 , de 18 de outubro de 2006; Decreto nº 9.921, de 18 de julho de 2019; Resolução CIT nº 4, de 18 de abril de 2007. 50 Facultativo de Baixa Renda - é um programa para pessoas que não possuem renda própria e se dedicam exclusivamente ao trabalho doméstico de sua residência, ou seja, para as donas de casa, mas também serve para homens que exercem esta função. O programa concede benefícios da Previdência Social mediante contribuição reduzida de 5% do salário mínimo às pessoas sem nenhuma renda pessoal e pertencentes a famílias com renda familiar total de até 2 salários mínimos. O Bolsa Família não entra neste cálculo. É regido pela Lei nº 12.470 , de 31 de agosto de 2011 (altera Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991). Identidade Jovem (ID Jovem) - é um documento digital que comprova a condição de jovem de baixa renda para acesso aos benefícios da meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos. Também prevê a reserva de vagas nos veículos do sistema de transporte coletivo interestadual. Podem se inscrever jovens com idade entre 15 e 29 anos, integrantes de famílias com renda mensal de até dois salários mínimos e com renda familiar total de até dois salários mínimos. Tem como legislação o Decreto nº 8.537, de 5 de outubro de 2015; Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013 (Estatuto da Juventude) e a Lei nº 12.933, de 26 de dezembro de 2013 (meia-entrada). 51 Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais - destina-se ao estímulo a atividades produtivas sustentáveis, com vistas à inclusão produtiva e promoção da segurança alimentar e nutricional, ou seja, o financiamento para a produção agrícola de famílias agricultoras. Podem participar agricultores familiares e outros Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE) em situação de extrema pobreza (Lei nº 12.512) e pobreza (Lei nº 12.844/2013). Devem possuir renda familiar per capita até R$ 89,00. É regido pela Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011; Decreto nº 9.221 de 6 de dezembro de 2017 e o Decreto nº 7.644, de 16 de dezembro de 2011. Plano Progredir - Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado - este programa visa incentivar a geração de trabalho e renda entre microempreendedores populares, por meio da disponibilização de recursos para o microcrédito produtivo orientado. Isso significa que oferece crédito para incentivar a produção. Tem como principal critério uma renda de até meio salário mínimo por pessoa ou renda familiar total de até três salários mínimos. Além disso, o programa também segue aqueles critérios definidos pela Resolução nº 4.000/2011, art. 2º, que considera população de baixa renda (abaixo da linha de pobreza não definida ou detentores de contas especiais de depósitos ou com saldo médio mensal inferior a R$ 3 mil), ou microempreendedores com renda bruta anual de até R$ 120 mil. O Plano Progredir é regido, além da Resolução nº 4.000 , de 25 de agosto de 2011, pela Lei nº 11.110, de 25 de abril de 2005. 52 Programa Cisternas - Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias Sociais de Acesso à Água - tem como objetivo a promoção do acesso autônomo e sustentável à água para consumo humano e para a produção de alimentos. É direcionado às famílias de baixa renda que residem na zona rural e sofrem com a seca ou constante falta de água, por meio da construção de cisternas caseiras ou outras tecnologias sociais, que permitam o armazenamento da água de chuva. Famílias enquadradas nos critérios de elegibilidade do Programa Bolsa Família (PBF) possuem prioridade de acesso ao Programa Cisternas. Regem o programa a Lei nº 12.873, de 24 de outubro de 2013; Decreto nº 8.038, de 4 de julho de 2013, e o Decreto nº 9.606, de dezembro de 2018. Programa Criança Feliz - visa à promoção do desenvolvimento infantil integral, por meio de visitas domiciliares para orientações e acompanhamento das famílias. Podem participar famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família ou inscritas no Cadastro Único integradas por gestantes ou crianças de até 72 meses, priorizando: • Gestantes, crianças de até 36 meses e suas famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; • Gestantes e crianças de até 36 meses inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal; • Famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada com crianças de até seis anos; e, • Crianças de até seis anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida de proteção. Além disso, para aderirem ao programa, as famílias devem residir em municípios com pelo menos um Centro de Referência de Assistência Social (Cras); comprovar, no mínimo, 140 pessoas que atendam aos critérios para participação no programa. Atendendo esses requisitos, ainda é necessário que o gestor da assistência social acesse o sistema Rede SUAS com seu CPF e senha. Isto feito, basta preencher o Termo de Adesão ao programa Criança Feliz e encaminhá-lo para aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social. Este conselho deverá inserir a sua aprovação no sistema Rede SUAS no site do Ministério da Cidadania. 53 O programa é regido pela Portaria MDS nº 956, de 22 de março de 2018, e pela Portaria nº 1.217 e de 1º de julho de 2019. Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) - visa à retirada de crianças e adolescentes da prática precoce do trabalho. Para tanto, tem como ações a transferência de renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos, atuando de forma articulada com estados, municípios e sociedade civil. Podem participar crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. O beneficiário deve possuir renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total de até três salários mínimos. A legislação que rege o programa é a Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - consiste em um conjunto de serviços destinados à superação de situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza ou da falta de acesso a serviços públicos e a direitos sociais. Podem acessar o programa famílias ou pessoas em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do acesso precário ou inexistente serviço público. Também podem acessar pessoas que vivenciam violações de direitos de todo tipo, sejam elas física, psicológica, abandono, tráfico de pessoas, mendicância, idosos, pessoas com deficiência, entre outros. Pessoas atingidas por situações de emergência e calamidade pública ou removidas por 54 precaução de áreas de risco. Também podem acessar os serviços deste programa quem tem renda per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até três salários mínimos. É regido pela Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009 (tipificação dos serviços socioassistenciais). Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) - é destinado ao desenvolvimento independente e autônomo de trabalhadores rurais sem terra ou que tenham pouca terra. O programa concede financiamentos para a compra de imóvel rural (aquisição de terra), investimentos em infraestrutura para a produção e/ou contratação de assistência técnica. Podem aderir ao programa trabalhadores rurais sem terra e agricultores com cinco anos de experiência com agricultura nos últimos 15 anos. As leis que regem o programa são o Decreto nº 6.672, de 2 de dezembro de 2008 Decreto nº 4.892, de 25 de novembro de 2003, e a Lei Complementar nº 93, de 4 de fevereiro de 1998. Programa Nacional de Reforma Agrária - visa à melhor distribuição da terra, mediante modificações no regimede posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e produção. Podem participar agricultores sem terra inscritos no Cadastro Único e com renda familiar total de até três salários mínimos. Orientam o programa: Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993; Decreto nº 9.311, de 15 de março de 2018; Instrução Normativa nº 98, de 30 de dezembro de 2019; Instrução Normativa nº 99, de 30 de dezembro de 2019. Créditos Instalação do Programa Nacional de Reforma Agrária - são empréstimos para instalação e estruturação de sistemas produtivos para famílias assentadas da Reforma Agrária. Visam à promoção da segurança alimentar e nutricional e à geração de trabalho e renda dessas famílias. Famílias assentadas podem contrair crédito para comprar produtos de primeira necessidade, bens duráveis de uso doméstico e equipamentos para começar a produção agrícola, entre outros. Podem participar famílias de baixa renda assentadas pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até três salários mínimos. O programa é regido pela seguinte legislação: Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 (inciso V do caput do art. 17); Decreto nº 9.428, de 28 de junho de 2018 e Decreto nº 8.256, de 26 de maio de 2014 revogado pelo Decreto nº 9.066, de 31 de maio de 2017 e revogado posteriormente pelo Decreto nº 9.424, de 26 de junho de 2018. 55 Ação de Distribuição de Alimentos (ADA) - consiste na distribuição gratuita de alimentos para complementar outras estratégias de acesso à alimentação, promovidas pelos órgãos responsáveis pelos públicos específicos atendidos pela ADA. Podem acessar esse programa famílias acampadas, povos indígenas, comunidades remanescentes de quilombos e outros povos e comunidades tradicionais. O critério de renda per capita é de até meio salário mínimo ou renda familiar total até três salários mínimos É regido pela Portaria MDS n° 527, de 26 de dezembro de 2017. Programa Minha Casa Minha Vida - fornece crédito para a construção, aquisição de moradia já pronta, reforma de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações rurais para famílias com renda mensal bruta de até R$ 5.000,00. Existem outras faixas de critério de renda, mas somente para a Faixa I, de até R$1.800,00 por família é obrigatório estar inscrito no Cadastro Único. A família ou pessoa não pode possuir imóvel. A legislação pertinente ao programa é: Lei nº 1.1977 , de 7 de julho de 2009; Lei nº 12.424, de 16 de junho de 2011, e Decreto nº 7.499, de 16 de junho de 2011. 56 Isenção de pagamento de taxa de inscrição de concursos públicos - candidatos de baixa renda que estão incluídos no Cadastro Único, com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até 3 salários mínimos, têm direito à isenção da taxa de inscrição em concursos públicos. O candidato deve solicitar a isenção da taxa ao organizador do concurso, conforme orientações do edital. A legislação principal do programa é o Decreto nº 6.593, de 2 de outubro de 2008. Sistema de Seleção Unificada - Sisu/Lei de cotas - este programa reserva vagas à população de baixa renda em instituições federais de ensino. Podem se inscrever estudantes com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo e que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública. Para o público do Cadastro Único, o estudante deve ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até 3 salários mínimos.Tem como legislação orientadora a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 (Lei de Cotas); Portaria Normativa MEC nº 19, de 7 de novembro de 2014, e Portaria Normativa MEC nº 18, de 15 de outubro de 2012. Isenções na taxa de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - garante isenção da taxa de inscrição do Enem para participantes membros de famílias cadastradas no Cadastro Único com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até 3 salários mínimos. Os estudantes que não estão inscritos no Cadastro Único e que tenham cursado o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, sejam membros de família de baixa renda de até um salário mínimo per capita, também têm direito à isenção. Legislação: Portaria MEC nº 807 de 18 de junho de 2010; Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013. 57 Estes são os 20 principais programas sociais usuários do Cadastro Único. Chegamos ao final de mais um módulo do nosso curso. É importante ressaltar que somente os principais programas usuários foram citados. Isso porque a lista de programas usuários é dinâmica; ou seja, muda ao longo do tempo, uma vez que eles podem se modificar, ser extintos e, ainda, novos programas podem ser criados. E para finalizar este módulo não deixe de assistir à aula narrada e fazer os exercícios de fixação. Bom estudo e até o próximo módulo! 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 414, DE 9 DE SETEMBRO DE 2010. Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada. Brasília, DF, set. 2010. Disponível em: < https://www.aneel.gov.br/ren-414> Acesso em: 07 abr. 2020 BANCO CENTRAL DO BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011. Altera e consolida as normas que dispõem sobre a realização de operações de microcrédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores. Brasília, DF, ago. 2011. Disponível em: <https://www.bcb.gov. br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/ Res_4000_v1_O.pdf> Acesso em: 06 abr. 2020 BRASIL. COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE. RESOLUÇÃO Nº4, DE 18 DE ABRIL DE 2007. Pactua os procedimentos a serem adotados para a emissão da Carteira do Idoso. Brasília, DF, abr. 2007. Disponível em: < http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/> Acesso em: 06 abr. 2020 BRASIL. DECRETO Nº 9.424, DE 26 DE JUNHO DE 2018. Regulamenta o inciso V do caput do art. 17 da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que dispõe sobre a concessão de créditos de instalação de projetos de assentamento aos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária. Brasília, DF, jun. 2018. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/ d9424.htm> Acesso em: 07 abr. 2020 BRASIL. DECRETO Nº 4.892, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003. Regulamenta a Lei Complementar nº 93, de 4 de fevereiro de 1998, que criou o Fundo de Terras e da Reforma Agrária, e dá outras providências. Brasília, DF, nov. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892. htm> Acesso em: 07 abr. 2020 BRASIL. DECRETO Nº 5.209 DE 17 DE SETEMBRO DE 2004. Regulamenta a Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, e dá outras providências. Brasília, DF, set. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5209.htm> Acesso em: 06 abr. 2020 https://www.aneel.gov.br/ren-414 https://www.aneel.gov.br/ren-414 https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/ http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/ https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9424.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9424.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5209.htm
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