Buscar

Apostila Cad Único completa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
Equipe Técnica do Departamento de Formação e Disseminação 
 
Equipe Técnica do Departamento de Cadastro Único
3
Significado dos ícones da 
apostila
Para facilitar o seu estudo e a compreensão imediata do conteúdo apresentado, ao longo de 
todas as apostilas, você vai encontrar essas pequenas figuras ao lado do texto. Elas têm o objetivo de 
chamar a sua atenção para determinados trechos do conteúdo, com uma função específica, como 
apresentamos a seguir.
Texto-destaque: são definições, conceitos ou afirmações importantes às quais você 
deve estar atento.
Glossário: Informações pertinentes ao texto, para situá-lo melhor sobre determinado 
autor, entidade, fato ou época, que você pode desconhecer.
SAIBA MAIS! Se você quiser complementar ou aprofundar o conteúdo apresentado 
na apostila, tem a opção de links na internet, onde pode obter vídeos, sites ou 
artigos relacionados ao tema.
Quando vir este ícone, você deve refletir sobre os aspectos apontados, relacionando-
os com a sua prática profissional e cotidiana.
4
Sumário
6 Apresentação
8 Módulo 1 Introdução ao Cadastro Único 
8 Apresentação
9 Introdução ao Cadastro Único
10 O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade?
12 Quais são os dados básicos do Cadastro Único?
14 Qual é o público-alvo do Cadastro Único?
15 Como se dá o processo de cadastramento e quais são os 
instrumentos do Cadastro Único?
19 Como é o processo de cadastramento diferenciado dos 
Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE)?
20 Referências Bibliográficas
21 Módulo 2 Conceitos fundamentais
21 Apresentação
22 Conceitos Fundamentais do Cadastro Único
28 Conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e 
Específicos (GPTE) 
33 Atualização cadastral 
35 Referências Bibliográficas
36 Módulo 3 Cadastro Único interfederativo
36 Apresentação
37 Caráter interfederativo do Cadastro Único
39 Responsabilidades do governo federal
42 Competências do Distrito Federal e dos municípios
44 Referências Bibliográficas
5
45 Módulo 4 Noções sobre Programas Usuários
45 Apresentação
46 Diferença entre Cadastro Único e Programas Sociais 
Usuários
48 Principais Programas Usuários
58 Referências Bibliográficas
67 Módulo 5 - Noções dos processos de qualificação do 
Cadastro Único
67 Apresentação
68 Orientações gerais
70 Averiguação Cadastral
72 Revisão Cadastral
73 Exclusão Lógica 
74 Repercussões gerais e nos programas sociais
75 Formas de comunicação
76 Referências Bibliográficas
77 Módulo 6 - Entrando em contato com o Cadastro Único
77 Apresentação
78 Como saber se famílias ou pessoas estão cadastradas e 
quais as principais informações registradas no Cadastro Único? 
82 Como acessar os dados do Cadastro Único
90 Canais de Comunicação e Atendimento
92 Referências Bibliográficas
6
Apresentação
Seja bem-vindo ao curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Este curso é destinado ao gestor, 
técnico, entrevistador social, membros do controle social e demais agentes públicos que atuam nos 
governos federal, estadual, municipal e Distrito Federal; ou seja, é para todos os profissionais que 
utilizam, de alguma forma, o Cadastro Único. 
 O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - ou simplesmente 
Cadastro Único - é um importante instrumento de identificação e caracterização 
das famílias brasileiras de baixa renda para acessar os principais programas sociais. 
Com sua base de dados, contribui para a formulação, implementação e avaliação de 
diferentes políticas públicas.
Este curso tem o objetivo de capacitar os profissionais que trabalham com o Cadastro Único, 
provendo uma base de conhecimentos sobre ele, bem como os conceitos utilizados, os instrumentos 
e a finalidade dessa base de dados. Assim, auxilia a sua participação nos cursos presenciais para 
garantir o melhor atendimento às famílias.
Para auxiliá-lo em seus estudos, preparamos esta apostila com o conteúdo completo. Assim o 
curso possui, além desta apostila, aulas narradas de cada módulo, dois tutoriais, exercícios de fixação 
e duas avaliações. Ao final de cada conteúdo, você encontrará as referências bibliográficas caso 
queira ou necessite aprofundar os seus estudos. O curso está organizado em seis módulos com o 
conteúdo distribuído da seguinte forma:
Módulo 1: Introdução ao Cadastro Único
 a. O que é o Cadastro Único e qual a sua finalidade?
 b. Quais são os dados básicos do Cadastro Único?
 c. Qual é o público-alvo do Cadastro Único?
 d. Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro Único?
 e. Como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais Tradicionais 
e Específicos (GPTE)?
 
Módulo 2: Conceitos fundamentais
 a. Quais são os conceitos fundamentais do Cadastro Único?
 b. Como aplicá-los a casos concretos?
7
Módulo 3: Cadastro Único Interfederativo
 a. O que é o caráter interfederativo do Cadastro Único?
 b. Quais as competências de cada ente federativo?
Módulo 4: Noções sobre programas sociais usuários
 a. Quais as diferenças entre Cadastro Único e os programas sociais usuários?
 b. O que são programas sociais usuários?
 c. Quais são os programas sociais usuários e quais suas regras?
Módulo 5: Noções dos processos de qualificação do Cadastro Único
 a. O que é a Averiguação Cadastral?
 b. O que é a Revisão Cadastral?
 c. O que é a Exclusão Lógica?
Módulo 6: Entrando em contato com o Cadastro Único:
 a. Como saber se famílias ou pessoas estão cadastradas e quais as principais informações 
registradas no Cadastro Único? 
 b. Como acessar os dados do Cadastro Único (ferramentas Cecad, Tabcad, Relcad e Relatórios 
de Informações Sociais)?
 c. Quais são os canais de comunicação e atendimento do Cadastro Único?
Ao final do curso, você estará preparado para participar, de forma mais efetiva, dos cursos 
presenciais fornecidos pelo Ministério da Cidadania e pela Coordenação Estadual do Cadastro Único. 
Além de se qualificar na execução de suas funções, você ampliará o seu conhecimento sobre todo 
o processo de cadastramento das famílias. Por fim, você poderá perceber a real importância do 
Cadastro Único na rede de proteção social para a população de baixa renda.
Lembre-se: o seu trabalho é de extrema importância e pode fazer a diferença na vida destas 
famílias. 
Boa leitura!
 
M
inistério do D
esenvolvim
ento Social / CC BY-SA 
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0
8
Introdução ao 
Cadastro Único 
Apresentação
Este primeiro módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir, tem a finalidade de 
mostrar, de forma geral, a composição e a importância do Cadastro Único como sendo um dos 
principais instrumentos que a administração pública possui para identificar e caracterizar as famílias 
brasileiras de baixa renda. Nesta apostila responderemos as seguintes questões: O que é o Cadastro 
Único e qual a sua finalidade? Quais são os dados básicos do Cadastro Único? Qual é o público-alvo do 
Cadastro Único? Como se dá o processo de cadastramento e quais são os instrumentos do Cadastro 
Único? E, por fim, como é o processo de cadastramento diferenciado dos Grupos Populacionais 
Tradicionais e Específicos, os GPTE?
 Além desta apostila, o módulo possui um tutorial de apresentação dos formulários do Cadastro 
Único, não deixe de assisti-lo. 
Bons estudos! 
Módulo 
 1 
9
Introdução ao 
Cadastro Único
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal ou, simplesmente, Cadastro Único 
é um importante instrumento de coleta de dados criado pelo Governo Federal para conhecer quem 
são e quais são as características das famílias brasileiras de baixa renda.
Ministério do Desenvolvimento Social
Cadastro Único
para Programas Sociais
Formulário principal
de cadastramento
3
1
.4
4
2
 v
0
0
8
MO 31.442 v007 CAPA
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 21:25:24
Capa do Formulário Principal do Cadastro Único
Com sua base de dados, o Cadastro Único contribui para a formulação, a implementação e 
avaliação de diferentes políticas públicas. A família que possuio seu cadastro em dia e se enquadra 
nas regras dos programas poderá acessar, entre outros, os seguintes programas: 
• Programa Bolsa Família (PBF);
• Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE);
• Benefício de Prestação Continuada (BPC);
• Isenção de taxa de inscrição em concursos 
públicos;
• Carteira do Idoso.
Lembre-se de que a lista dos programas sociais varia ao longo dos anos, pois 
podem ser modificados ou extintos, seja em níveis federal, estadual e municipal 
ou no Distrito Federal. Enfim, o Cadastro Único é a porta de entrada para acessar 
diferentes programas sociais. 
10
O que é o Cadastro Único 
e qual a sua finalidade?
O Cadastro Único é um importante instrumento de coleta de dados criado pelo Governo 
Federal para a identificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa 
renda. A sua utilização pela administração pública para a seleção de beneficiários é obrigatória e 
a sua base de dados também permite a integração de diferentes programas sociais do Governo 
Federal que são direcionados para atender a este público. 
A lei que regulamenta o Cadastro Único é o Decreto presidencial nº 6.135 de 2007, 
complementada pela Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011, que define quais são os 
procedimentos para a gestão do Cadastro Único. Para que o gestor possa realizar um trabalho 
eficiente, é importante conhecer e consultar sempre que necessário a legislação que rege todos 
os procedimentos do Cadastro Único. 
Antes de partirmos para a segunda questão é importante saber, mesmo que brevemente, a 
definição de alguns conceitos fundamentais para o Cadastro Único, pois serão muito utilizados:
Família: é a unidade formada por uma ou mais pessoas que dividem o mesmo 
domicílio, a mesma residência. Não precisam ser necessariamente parentes, se 
moram no mesmo domicílio e dividem as rendas e as despesas, são considerados 
como uma família para o Cadastro Único.
Família de baixa renda: aquela que possui renda mensal por pessoa igual ou 
inferior a meio salário mínimo; ou seja, o total da renda dividida pelo número de 
moradores do domicílio ou renda familiar, de todos, de até três salários mínimos. 
Domicílio: é onde a família ou a pessoa sozinha mora; a casa, a residência.
Capítulo
 1 
11
 
Além desses conceitos e suas variações, também veremos com mais detalhes outros 
conceitos do Cadastro Único. O importante é que, na hora do cadastro, o profissional 
preencha os dados do formulário atentamente para não haver problemas nos dados 
cadastrais, retratando, da melhor forma, a realidade de cada família. 
12
Quais são os dados básicos 
do Cadastro Único?
 
Os dados básicos que devem compor o Cadastro Único encontram-se no Formulário Principal, 
que apresenta 10 blocos de informações, divididos em duas partes. A primeira parte refere-
se à identificação do domicílio e da família (Blocos 1, 2, 3, 9 e 10). A segunda parte é referente à 
caracterização de cada pessoa que compõe a família (Blocos de 4 a 8). 
Blocos 1, 2 e 3
Blocos 4, 5, 6, 7 e 8
Bloco 9
Bloco 10
Identificação do Domícilio e da Família
Identificação da Pessoa
Responsável pela Unidade 
Familiar - RF
Trabalho Infantil
Cada uma das partes dos blocos é explicada a seguir.
Bloco 1 - de Identificação e Controle, os quesitos são referentes ao código familiar, questões 
referentes ao trabalho do entrevistador, endereço da família e dados do entrevistador e assinatura. 
Bloco 2 - refere-se às Características do Domicílio e conta com as seguintes questões:
• Quais são as características do domicílio?
• Quais são os serviços públicos que a família tem acesso, como água, saneamento básico 
(rede de esgoto) e energia elétrica?
Bloco 3 - refere-se aos dados gerais da família:
• Primeiro, se a família é indígena ou quilombola; se não, passa-se para as questões seguintes;
• Quantas pessoas e/ou famílias vivem no domicílio;
• Se há algum familiar abrigado ou privado de liberdade;
• Lista de nomes de cada morador do domicílio;
• Despesas mensais como: energia elétrica, água, transporte, aluguel, entre outros;
• Informações sobre o nome do estabelecimento de assistência à saúde, o Cras e o Creas, onde 
são atendidos quando necessitam. 
Capítulo
 2 
13
Blocos 4 ao 8 - dizem respeito à identificação da pessoa, de cada membro da família. Esses blocos 
repetem-se seis vezes, caso haja seis pessoas que morem no mesmo domicílio. Compreendem as 
seguintes questões:
• Grau de escolaridade;
• Situação no mercado de trabalho;
• Se possui algum tipo de deficiência;
• Documentação civil;
• Rendimentos, entre outros. 
Bloco 9 - é o campo destinado a registrar os contatos do Responsável pela Unidade Familiar (RF), e
Bloco 10 - marcação livre para o município identificar a ocorrência de trabalho infantil na família 
cadastrada.
Composição Formulário Principal
Visão geral da composição do Formulário Principal.
Como podemos observar, os dados básicos do Cadastro Único identificam a pessoa, a família, o 
local de moradia e suas condições de vida e trabalho. São informações essenciais para saber as reais 
condições nas quais se encontram as famílias brasileiras de baixa renda que podem acessar uma ou 
mais políticas públicas. O correto preenchimento do cadastro é fundamental para que o governo 
identifique quais são as famílias que possuem direito a diferentes políticas públicas e quais precisam 
acessar serviços que ainda não estão disponíveis a elas. 
14
Qual é o público-alvo 
do Cadastro Único?
 
Como foi dito inicialmente, na descrição de alguns conceitos, o cadastramento é voltado para as 
famílias de baixa renda, que possuem:
• renda mensal por pessoa igual ou inferior a ½ salário-mínimo; ou
• renda familiar de até três salários-mínimos.
 
 Mas é importante saber que as famílias com renda superior ao estabelecido anteriormente 
poderão ser incluídas no Cadastro Único. Para isso, é necessário que queiram participar ou já 
participem de programas sociais implementados nos níveis federal, estadual e municipal e que 
utilizem o Cadastro Único. Mas a prioridade é fazer o cadastramento das famílias com renda mensal 
por pessoa de até ½ salário mínimo.
 
Atenção: a atualização cadastral deve ser feita, pelo menos, a cada dois anos. A cada 
atualização cadastral, deve-se conferir os quesitos de todos os blocos. 
Capítulo
 3 
15
Como se dá o processo de cadastramento 
e quais são os instrumentos do Cadastro 
Único?
O processo de cadastramento envolve a realização de algumas fases, como:
• Identificação e localização das famílias a serem cadastradas;
• Entrevista e coleta de dados das famílias identificadas;
• Inclusão dos dados no Sistema de Cadastro Único.
Outra parte importante é a da manutenção das informações existentes na base do Cadastro 
Único, que são:
• Atualização e confirmação dos registros cadastrais, que devem ser feitas a cada dois anos, a 
partir da data do cadastramento, ou última atualização cadastral.
Importante! As famílias devem procurar a gestão municipal para atualizar o 
cadastro sempre que houver alguma mudança nas características da família. Cabe 
à gestão municipal atender as famílias que buscarem atualizar o cadastro em um 
prazo menor do que o de dois anos.
Processo de Cadastramento
Atualização e 
confirmação das 
informações registradas
Inclusão dos dados no 
Sistema do Cadastro 
Único
Entrevista e coleta de 
dados das famílias identifi-
cadas
Identificação e locali-
zação das famílias
O entrevistador é o responsável pela coleta de dados das famílias identificadas. Na entrevista, é 
realizada a coleta de dados para:
Capítulo
 4 
16
• Inclusão da família no Cadastro Único; e 
• Atualização dos dados cadastrais das famílias já cadastradas.
 O papel do entrevistador é de fundamental importância para o correto preenchimento do 
Cadastro Único. Tanto na inclusão, como na atualização cadastral, a entrevista deve ser completa. Isso 
quer dizer que o entrevistador deve fazer, ou confirmar com o Responsável pela Unidade Familiar 
(RF),todas as perguntas existentes nos formulários de cadastramento. 
Antes de fazer qualquer entrevista, o profissional deve obrigatoriamente participar 
da capacitação de preenchimento dos formulários do Cadastro Único oferecida 
pelo Governo Federal ou pelas Coordenações Estaduais do Cadastro Único. 
A coleta dos dados das famílias pode ser realizada por meio do preenchimento 
dos formulários impressos ou diretamente no computador, por meio do Sistema 
de Cadastro Único. Caso a coleta dos dados seja efetuada diretamente no Sistema, 
é necessário imprimir os formulários preenchidos ou a Folha Resumo, e solicitar a 
assinatura do Responsável Familiar. 
Há, nos formulários impressos do Cadastro Único, cinco tipos de formulários de cadastramento.
São eles:
• Formulário Principal de Cadastramento; 
• Formulário Avulso 1;
• Formulário Avulso 2;
• Formulário Suplementar 1; e,
• Formulário Suplementar 2. 
a) Formulário Principal de Cadastramento
 Este formulário contém informações que dizem 
respeito à caracterização geral da família e de cada um 
de seus componentes. Além disso, na contracapa são 
apresentados alguns conceitos e lembretes importantes para 
o entrevistador. 
Na última página, estão o comprovante de prestação de 
informação e os termos de consentimento para o recebimento 
de mensagens via celular e e-mail. O Formulário Principal 
pode ser utilizado para a coleta de dados de novas famílias e 
para a atualização das informações das famílias que já foram 
incluídas no Cadastro Único.
Ministério do Desenvolvimento Social
Cadastro Único
para Programas Sociais
Formulário principal
de cadastramento
3
1
.4
4
2
 v
0
0
8
MO 31.442 v007 CAPA
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017 21:25:24
17
 
b) Formulários Avulsos 1 e 2
O Cadastro Único possui dois formulários avulsos, que 
são utilizados, principalmente, para a atualização cadastral. 
Um deles é o Formulário Avulso 1, que traz os blocos de 
questões que identificam as características do domicílio e da 
família (Blocos 1, 2, 3, 9 e 10). O outro é o Formulário Avulso 
2, que contém os blocos que identificam as características de 
cada pessoa da família (Blocos de 4 ao 8).
c) Formulários Suplementares 1 e 2
 Os Formulários Suplementares servem para 
identificar situações específicas que complementam o 
cadastro da família. O quesito mais importante é o 2.07 
do Formulário Suplementar 1, que caracteriza as famílias 
que pertencem aos Grupos Populacionais Tradicionais ou 
Específicos (GPTE), como ribeirinhos, ciganos, agricultores 
familiares, pescadores artesanais e outros. Já o Formulário 
Suplementar 2 caracteriza as pessoas que vivem em situação 
de rua. 
Todos os formulários utilizados na entrevista devem ser assinados pelo 
Responsável pela Unidade Familiar, pelo entrevistador e pelo representante 
do órgão responsável pelo cadastramento, e arquivados por um período de, 
no mínimo, 5 (cinco) anos. Se a entrevista for feita no computador, inserindo 
diretamente os dados no Sistema de Cadastro Único, o formulário deve ser 
impresso e também assinado e arquivado. 
Entrevistas para a coleta de dados
E como é feita a entrevista para a coleta de dados? Podemos proceder das seguintes maneiras: 
• A primeira opção seria o entrevistador fazer uma visita à residência da família; 
• A segunda alternativa seria a família ir até um posto de cadastramento; 
• E outra opção seria quando a prefeitura faz campanhas de cadastramento, como mutirões 
e ações itinerantes, e solicita que as famílias compareçam em locais previamente indicados.
18
Visitar as famílias ainda é a forma mais recomendada para a entrevista de cadastramento, pois 
permite a verificação das condições socioeconômicas da família no seu domicílio.
19
Como é o processo de cadastramento 
diferenciado dos Grupos Populacionais 
Tradicionais e Específicos (GPTE)?
De modo geral, os procedimentos usados para a coleta de dados são iguais para todas as famílias. 
No entanto, para alguns grupos ou segmentos populacionais, devem ser conduzidas abordagens 
específicas para a realização do cadastro. Esse cadastramento diferenciado é direcionado às famílias 
com características específicas ou em situações críticas de vulnerabilidade social. 
São 16 grupos identificados pelo Cadastro Único e esses grupos são classificados quanto à 
origem étnica, às relações com o meio ambiente e o meio rural e à situação conjuntural no qual se 
encontram. Os Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE) são os seguintes:
Classificação Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos
Origem étnica
São famílias quilombolas; indígenas; ciganas e famílias 
pertencentes a comunidades de terreiro.
Relação com o meio ambiente
São famílias extrativistas; pescadores artesanais e 
ribeirinhos. 
Relação com o meio rural
São os agricultores familiares; os beneficiários do Programa 
Nacional de Crédito Fundiário (PNFC); e as famílias 
acampadas e assentadas pela Reforma Agrária.
Situações conjunturais
Pessoas ou famílias que estão em uma determinada 
condição, que pode ser alterada em determinado 
momento: são pessoas em situação de rua; pessoas 
resgatadas do trabalho análogo ao de escravo; atingidos 
por empreendimentos de infraestrutura; presos do sistema 
carcerário e os catadores de material reciclável.
Os Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos serão abordados com mais detalhes no 
módulo 2. Mas se você quiser saber mais sobre algum grupo específico, consulte o Manual do 
Entrevistador nas páginas 157 e 158, nelas você encontrará a descrição de cada grupo específico e 
os seus respectivos códigos.
 Chegamos ao fim do primeiro módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. 
Esperamos que tenha gostado. Não deixe de assistir à aula narrada referente a este módulo e fazer 
os exercícios de fixação.
Bons estudos e até o próximo módulo!
Capítulo
 5 
20
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. DECRETO Nº 6.135, DE 26 DE JUNHO DE 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2007. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm> Acesso em: 19 
fev. 2020
 
BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011.  Define procedimentos para a gestão do 
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de 
outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds.
gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 
2020
MINISTÉRIO DA CIDADANIA. Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. CECAD 2.0 - 
Consulta, Seleção e Extração de Informações do CadÚnico. 2019. Disponível em: <https://aplicacoes.
mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php>. Acesso em: 19 fev. 2020
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria Nacional de Renda de 
Cidadania. Manual do Entrevistador. 4ª edição. Brasília, 2017.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Secretaria Nacional de Renda de Cidadania. Manual 
de Gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 3ª edição. Brasília, 2017.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad20/painel03.php
21
Conceitos 
fundamentais
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 2 do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Neste módulo, 
abordaremos com mais detalhes os conceitos fundamentais do Cadastro Único, que incluem 
os conceitos dos Grupos Populacionais, Tradicionais e Específicos (GPTE) e Atualização Cadastral. 
 Para o Cadastro Único, conceito diz respeito ao modo como o cadastro define certos 
termos que são importantes na hora de fazer o cadastramento.Isso significa saber qual é a ideia 
que determinado conceito quer expressar. Por exemplo, o conceito de família pode ser amplo; o de 
domicílio, embora seja um, se desdobra em algumas variações. Por isso, é importante que o agente 
público saiba o real significado de cada um desses conceitos para melhor exercer a sua função. 
 Para complementar os estudos, assista às aulas narradas, faça os exercícios que foram 
propostos e consulte esta apostila sempre que precisar. Se, mesmo assim, ainda tiver dúvidas e 
precisar de mais informações, consulte o Manual do Entrevistador, o Manual de Gestão do Cadastro 
Único para Programas Sociais do Governo Federal e as leis referentes ao Cadastro Único 
Bons estudos!
Módulo 
 2 
22
Conceitos 
Fundamentais do 
Cadastro Único
1.1 Autodeclaração
O primeiro conceito importante que você deve saber é o de Autodeclaração. O Cadastro Único 
é autodeclaratório, o que significa que o entrevistador deve respeitar as respostas fornecidas pelo 
Responsável Familiar, o que ele afirma, sem que seja necessária comprovação. Entretanto, alguns 
documentos precisam ser fornecidos pelo entrevistado para a conclusão do cadastro: 
Responsável Familiar: é necessário o CPF ou o Título de Eleitor.
Demais pessoas da família: qualquer um dos documentos previstos no Bloco 5 do 
formulário principal, que são: Certidão de nascimento ou casamento; RG; CPF, Carteira de 
Trabalho ou Título de Eleitor. Mas, de todos esses documentos, a preferência é do CPF. 
 
Antes de iniciar o preenchimento do formulário, o Responsável Familiar deve 
ser alertado de que será o responsável pelos dados registrados no cadastro da 
família e deverá assinar ao final. Assim, poderá ser responsabilizado e penalizado 
pela omissão ou prestação de informações falsas. 
1.2 Família
O conceito de família possui algumas variações que podem confundir o entrevistador na hora 
de fazer o cadastro. Por isso, é bom ficar atento às diferentes situações que podem surgir. Veremos 
as variações a seguir.
 Família é a unidade formada por um ou mais indivíduos e pode ser ampliada por 
outros que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas 
por essa unidade familiar. Por exemplo, podemos imaginar uma família de cinco 
pessoas: a mãe, a avó, duas crianças e uma tia. Se todos habitam o mesmo domicílio, 
dividem a renda e as despesas, então, constituem uma família. Um casal sem filhos 
também é considerado uma família. Ambos os exemplos são considerados uma 
família para o Cadastro Único e devem estar em um mesmo cadastro. 
Capítulo 
 1 
23
• Família de baixa renda: a família que possui renda mensal por pessoa igual ou inferior a 
meio salário-mínimo; ou cuja renda familiar, de todos os membros da família, não ultrapasse 
três salários-mínimos. 
• Família unipessoal: é a pessoa que mora sozinha no domicílio. A pessoa que mora sozinha 
e quer se cadastrar deve possuir no mínimo 16 anos de idade, pois será a Responsável pela 
Unidade Familiar (RF). 
• Famílias conviventes: são famílias compostas por duas ou mais unidades básicas, mas 
separadas entre si, sejam parentes ou não, que habitam um mesmo domicílio e podem 
compartilhar um ou mais cômodos da casa. No entanto, não compartilham a renda e a 
despesa; ou seja, cada unidade tem renda e despesas próprias. Por exemplo, uma república 
de estudantes, eles podem dividir as despesas da casa como aluguel, conta de água e energia 
elétrica, mas não compartilham ou dividem outros gastos e rendimentos. 
1.3. Responsável pela Unidade Familiar (RF)
Consiste em qualquer membro da família que habite o domicílio, preferencialmente do sexo 
feminino e com idade superior a 16 anos. Essa pessoa será responsável por fornecer as informações 
referentes à sua família nas entrevistas de cadastramento e atualizações cadastrais.
24
1.4. Nome social
 É o nome atribuído a pessoas cuja identificação civil não reflete adequadamente sua 
identidade de gênero; ou seja, é o nome pelo qual a pessoa prefere ser chamada, diferente do nome 
registrado oficialmente. Normalmente, o nome social é utilizado por travestis e transexuais. Deve ser 
respeitado e preenchido no formulário sempre que for solicitado pelo entrevistado.
1.5. Domicílio
 Um conceito que pode causar confusão é o de domicílio, que pode ser o mesmo que 
habitação, moradia, residência, lar, entre outros. Por isso, a importância de sabermos seu significado 
e apresentar outras três definições utilizadas para o Cadastro Único. O termo domicílio também 
possui variações, que serão apresentadas a seguir.
 Domicílio é o local que serve de moradia à família, seja uma pessoa, um casal ou 
mais pessoas. É uma residência, uma unidade limitada por paredes, muros, cercas e 
coberto por um teto. 
• Domicílio Particular Permanente: constitui moradia permanente ou duradoura e contém, 
ao menos, um cômodo. Em geral, tem acesso a serviços básicos como água potável, energia 
elétrica, saneamento ou coleta de lixo. 
• Domicílio Particular Improvisado: é o local precário que serve de moradia no momento da 
entrevista, cujo número de cômodos é de difícil identificação. Tem pouco ou nenhum acesso 
aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de 
lixo. Caracteriza uma situação de extrema vulnerabilidade da família que ali habita. 
25
• Domicílio Coletivo: é o estabelecimento ou instituição que estabelece normas para seus 
moradores e possui alguma forma de administração ou coordenação. São exemplos de 
domicílio coletivo: abrigos, campings, hotéis, pensões, quartéis, postos militares, asilos, 
conventos, alojamento de trabalhadores, etc.
1.6. Área urbana e rural
Dois conceitos importantes para o Cadastro Único são os de área urbana e área rural, pois os 
domicílios podem estar situados em uma ou outra área. 
• Área Urbana: aquela situada em cidades ou vilas, ou seja, dentro do perímetro urbano legal.
• Área Rural: é aquela situada fora da cidade ou vila, compreendendo fazendas, sítios, 
povoados, “arraiás”, etc.
1.7. Morador
Embora seja outro, o conceito de morador está estritamente relacionado ao de domicílio. 
Morador é a pessoa que mora no domicílio, mesmo que esteja ausente no momento da entrevista. 
Se a pessoa ausente estiver internada ou abrigada em estabelecimentos de saúde, instituições de 
longa permanência para idosos, locais que prestam Serviços de Acolhimento, instituições de privação 
de liberdade, ou similares, por um período igual ou inferior a 12 meses, tendo como referência a data 
da entrevista, ela poderá ser registrada como membro da família e moradora do domicílio. 
26
1.8. Renda
É o que a família ou o indivíduo recebe como pagamento pelo trabalho fixo ou prestação de 
serviço temporário, trabalho artesanal, pensão, dentre outros proventos. Pode ser categorizada de 
dois modos: renda familiar mensal e renda por pessoa.
Importante! Não devem ser incluídos no cálculo os rendimentos dos seguintes 
programas:
• Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI;
• Programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano;
• Programa Bolsa Família dele remanescentes e unificados, além de 
programas complementares, como Brasil Carinhoso, Bolsa Verde, entre 
outros;
• Programa Nacional de Inclusão do Jovem – PROJOVEM;
• Auxílio Emergencial Financeiro e outros programas de transferência 
de renda destinados à população atingida por desastres, residente em 
Municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência; e
• Outros programas de transferência condicionada de renda, 
implementados por estados, Distrito Federal ou municípios.
• Renda familiar mensal: é a soma dos rendimentos de todos os componentes da família, 
ou seja, o que todos que moram na residência recebem. No cálculo da renda familiar 
são considerados os seguintes rendimentos: trabalho; aposentadoria; pensão; seguro-
desemprego; auxílio-doença; Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), 
e outros rendimentos recebidos regularmente pelos membrosda família. 
• Renda mensal por pessoa: ou renda per capita, é a soma de todos os rendimentos da família 
dividido pelo número de pessoas da família. 
27
O Sistema do Cadastro Único calcula a renda automaticamente; o 
entrevistador ou qualquer outro agente público não interfere nesse cálculo.
28
Conceitos dos Grupos 
Populacionais, Tradicionais e 
Específicos (GPTE) 
As famílias ou indivíduos que fazem parte dos GPTE pertencem a grupos com características 
específicas ou em situações críticas de vulnerabilidade social. Alguns destes grupos estão previstos 
na Portaria nº 177, de 16 de junho de 2011. As famílias pertencentes a esses grupos devem ter 
atendimento diferenciado para inclusão no Cadastro Único. São 16 grupos populacionais tradicionais 
ou específicos (GPTE) identificados pelo Cadastro Único. Os grupos estão organizados em quatro 
agregados e são eles: os de origem étnica, os que têm estreita relação com o meio ambiente, os que 
têm relação com o meio rural e os que são acometidos por situações conjunturais.
2.1. Origem étnica
O agregado de origem étnica é formado por famílias que possuem costumes, tradições e modo 
de vida comunitários, transmitidos de geração para geração, fruto de sua origem e de diferentes 
processos civilizatórios. Pertencem a estes grupos as famílias: 
• Indígenas: são descendentes de populações que habitavam o Brasil na época da colonização 
e conservam, em total ou em parte, as suas características sociais, econômicas, culturais e 
políticas. Estão presentes em todas as regiões do Brasil. A pessoa ou família tem a noção clara 
de pertencimento étnico a algum povo indígena. Assim, ela saberá informar a origem da 
família. Mais uma vez, a marcação deste quesito é autodeclaratória e considera apenas povos 
indígenas brasileiros. O Cadastro Único permite que as famílias indígenas identifiquem o 
povo indígena a que pertence e se residem em terra indígena.
• Quilombolas: são grupos étnicos de origem negra, com histórico relacionado a processos 
de resistência e opressão que foram submetidos pela escravidão no Brasil. O território 
é central na identidade desses grupos e a terra pode ter sido obtida por origens diversas, 
como doações, compra, troca por prestação de serviços ou áreas ocupadas no processo de 
resistência ao sistema escravista. As famílias desse grupo podem informar no Cadastro Único 
em que comunidade quilombola residem.
• Ciganas: os povos ciganos formam um grupo heterogêneo e subdividem-se em algumas 
etnias, sendo as principais: rom, calon e sinti. Têm padrão próprio de fixação e deslocamento; 
podem ser nômades (não se fixam), seminômades (se deslocam e se fixam temporariamente) 
ou sedentários (fixos). Algumas características do povo cigano são: o sentimento de não 
Capítulo 
 2 
29
pertencer a um único lugar; noção particular de propriedade; possuem leis e regras próprias; 
a comunidade é estruturada em torno da unidade familiar e geralmente possuem como 
liderança comunitária uma figura masculina.
• Pertencentes às comunidades e povos de terreiro: são comunidades tradicionais 
que utilizam espaços nos quais se perpetuam valores e símbolos, elementos culturais de 
tradição de matriz africana. O terreiro se constitui em patrimônio imaterial, em que práticas, 
conhecimentos e técnicas, expressões, instrumentos, objetos e artefatos são reconhecidos 
pela comunidade como parte integrante do patrimônio cultural transmitido de geração a 
geração, com sentimento de identidade e continuidade.
2.2. Grupos com estreita relação com o meio ambiente 
São comunidades tradicionais que têm como fonte principal de subsistência o extrativismo 
de recursos oferecidos pela natureza, que pode ser das florestas, rios, manguezais, mar e outros 
ambientes similares. Pertencem a esse grupo:
• Extrativistas: são comunidades tradicionais que têm como base de sua subsistência a 
extração dos recursos naturais renováveis; ou seja, retiram da natureza a maior parte do 
seu sustento, realizam uma agricultura de subsistência e criação de pequenos animais.  
Fazem parte dessa categoria os grupos familiares de seringueiros, que extraem o látex para 
a fabricação da borracha; as quebradeiras de coco babaçu, muito utilizado na indústria de 
cosméticos; as exploradoras de andirobeiras, árvore da floresta que oferece insumos, como 
óleo; catadoras de mangaba, fruta da caatinga usada para fazer doces e sucos; e castanheiros, 
açaizeiros, piaçabeiros, que comercializam produtos comuns no mercado, como  a castanha 
do pará, o açaí e a vassoura. 
30
• Pescadores artesanais: utilizam recursos pesqueiros extraídos, coletados, apreendidos 
ou capturados em água doce ou salgada para fins comerciais ou de subsistência (consumo 
doméstico). A atividade pode ser realizada com uso de embarcação de pequeno porte, 
motorizada ou não, ou sem embarcação (quando há coleta manual nas praias ou mangues).
• Ribeirinhos: residem em pequenas comunidades ou isolados, às margens ou nas 
proximidades dos rios. Caracterizam-se por ter como principal atividade de subsistência 
a pesca e por praticar agricultura também de subsistência, com a criação de animais de 
pequeno porte e extrativismo vegetal.
2.3. Grupos que têm relação com o meio rural
 São grupos que buscam o acesso, a permanência e o uso sustentável da terra. Em geral são 
os agricultores familiares que possuem pouca ou nenhuma terra e exploram o imóvel rural para 
a criação de animais, produção e processamento de artigos agrícolas para consumo da unidade 
familiar e comercialização. Alguns já possuem regularização fundiária por meio do processo de 
reforma agrária. Podem estar organizados em movimentos sociais ou não.
• Assentados da reforma agrária: são famílias contempladas em Projetos da Reforma 
Agrária. Tem contrato de concessão de uso da terra com o Instituto Nacional de Colonização 
e Reforma Agrária, conhecido como Incra, e receberam o Título de Domínio inegociável pelo 
prazo de dez anos.
31
• Acampados rurais: são famílias ou indivíduos, organizados em movimentos sociais que 
lutam por acesso à terra e à moradia, tanto na cidade quanto no campo. Estão acampados 
até que tenham a sua situação regularizada. 
• Agricultores familiares: sua fonte de sobrevivência vincula-se à atividade agropecuária com 
força de trabalho predominantemente familiar, em âmbito doméstico, na produção para 
autoconsumo e comercialização do excedente. A propriedade familiar não pode ser maior do 
que quatro módulos fiscais, em termos de hectares, essa medida pode variar em cada município. 
• Beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário: são beneficiários de um 
programa que oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca 
terra adquiram um imóvel rural por meio de financiamento e permite o acesso a investimentos 
básicos e produtivos para o desenvolvimento da propriedade. 
2.4. Grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais
Os grupos de pessoas que são acometidos por situações conjunturais, ou seja, são formados 
por famílias que estão momentaneamente em vulnerabilidade, mas podem mudar de situação. 
Pertencem a esse grupo:
• Atingidos por empreendimentos de infraestrutura: são pessoas removidas de sua 
residência devido à construção de barragens, estradas, portos, aeroportos e outros 
empreendimentos de infraestrutura. Não se incluem nessa categoria: deslocados para 
construção de empreendimentos privados, como shopping centers e supermercados;  e 
atingidos por catástrofes naturais, como deslizamentos e enchentes.
32
• Presos do sistema carcerário: são famílias que possuem componente recolhido a 
estabelecimento penal, preso provisoriamente, condenado ou submetido alguma medida 
de segurança. Não fazem parte desse grupo, famílias com jovens submetidos a regime 
socioeducativo. 
• Catadores de material reciclável: são famílias que possuem ao menos um membro cuja 
atividade econômica consiste na coleta de material reciclável e reaproveitável como papel, 
papelãoe vidro, materiais ferrosos e não ferrosos.
• População em situação de rua: é um grupo heterogêneo e tem em comum a pobreza 
extrema. Possui vínculos familiares fragilizados ou interrompidos, não tem moradia 
convencional regular e utiliza espaços públicos - ruas, praças, jardins, canteiros, marquises e 
viadutos - e áreas degradadas (construções e carros abandonados, ruínas e cemitérios) como 
espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente. Também utiliza as 
unidades de acolhimento (abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias provisórias, 
sejam ou não pertencentes ao SUAS) para pernoite temporário ou como moradia provisória. 
• Trabalho em condição análoga à de escravo: Em nossa sociedade atual, ainda existem 
formas de escravidão. O trabalho em condição análoga à de escravo acontece quando 
o trabalhador é sujeitado a situações de trabalho forçado, servidão por dívida, jornada 
exaustiva e trabalho degradante. Os trabalhadores podem ser encontrados em uma ou em 
todas essas condições. Quando pessoas nessas situações são identificadas e libertadas por 
órgão do governo, como a Secretaria de Inspeção do Trabalho ou a Polícia Federal, seus 
direitos são regularizados e elas passam a receber o seguro-desemprego. Como possuem 
alto grau de vulnerabilidade, as famílias com algum componente resgatado podem ser 
incluídas e identificadas no Cadastro Único, se assim o desejarem.
33
Atualização 
cadastral 
A atualização cadastral da família ocorre quando informações específicas foram alteradas ou 
revalidadas nos últimos 24 meses, contados a partir da data de inclusão ou da última atualização.
 Algumas informações específicas são utilizadas para identificar a atualização cadastral:
• endereço domiciliar;
• renda familiar;
• composição familiar, com inclusão ou exclusão de membros na família;
• número do CPF ou do Título de Eleitor para o Responsável Familiar;
• em relação às famílias quilombolas e indígenas, qualquer outro documento de identificação 
previsto no Formulário Principal, inclusive o Registro Administrativo de Nascimento de 
Indígena (Rani);
• substituição do Responsável Familiar;
• código Inep - mas o que é o código Inep? Para cada instituição de ensino brasileira, o Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao 
Ministério da Educação (MEC), atribui um código de identificação, denominado “código 
Inep”. Ou seja, é o código de identificação do estabelecimento de ensino onde a pessoa está 
matriculada; e, 
• ano ou série escolar.
Os cadastros que não se enquadram nessa situação são considerados 
desatualizados. 
 
A revalidação cadastral ocorre quando se faz uma nova entrevista e não há alteração nas 
informações cadastradas. O entrevistador deve revalidar as informações no Sistema do Cadastro 
Único, utilizando uma funcionalidade chamada de Confirmar Cadastro Familiar, e só assim o cadastro 
será considerado atualizado. Nessa funcionalidade, o operador deverá registrar a nova data de 
entrevista com a família.
Capítulo 
 3 
34
Resumindo: a atualização cadastral ocorre quando são alteradas ou revalidadas 
informações específicas dos cadastros das famílias. 
Chegamos ao final deste módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. No módulo 
5, iremos ver, com mais detalhes, todo o processo de atualização cadastral. Agora, assistia às aulas 
narradas e faça os exercícios de fixação.
Bons estudos e até o próximo módulo!
35
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. DECRETO Nº 6.135, DE 26 DE JUNHO DE 2007. Dispõe sobre o Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2007. Disponível 
em:  <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm> Acesso em: 19 
fev. 2020.
BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do 
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de 
outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds.
gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 
2020. 
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Manual de Gestão do Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal. 3a edição, Brasília, 2017.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E AGRÁRIO. Secretaria Nacional de Renda e 
Cidadania. Manual do Entrevistador. 4ª edição. Brasília, 2017. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6135.htm
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
36
Cadastro Único 
interfederativo
Apresentação
Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 3 do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Neste módulo, 
vamos responder às seguintes questões: O que é o caráter interfederativo do Cadastro Único? Quais 
são as competências de cada ente federativo? 
 
Boa leitura!
Módulo 
 3 
37
Caráter interfederativo do 
Cadastro Único
Primeiramente, é importante saber que o Estado brasileiro é federativo. Isso significa que ele 
é composto por vários entes federados, que são a União, os estados-membros, os municípios e o 
Distrito Federal. O federalismo brasileiro é caracterizado como cooperativo, ou seja, há competências 
exclusivas, comuns e concorrentes, mas com frequência há uma atuação conjunta entre a União, os 
estados e os municípios. 
Com a Constituição Federal de 1988, o país passou por um processo maior de descentralização 
administrativa, que previa mais participação dos entes federativos na implementação de políticas 
públicas e programas sociais. Os artigos 1º ao 18º da Constituição Federal dizem respeito à 
organização político-administrativa do Brasil; já nos artigos 21º a 30º, estão as competências de cada 
ente que compõe o Estado brasileiro.
SAIBA MAIS: Para consultar a Constituição, acesse o link: https://www2.senado.
leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
É nesse contexto que surge o Pacto Federativo. E você sabe o que é isso?
Pacto Federativo é o conjunto de dispositivos constitucionais que representam a 
estrutura jurídica, quais são: as obrigações financeiras, a forma de arrecadação de 
recursos e os campos de atuação de cada ente da federação, ou seja, da União, dos 
estados, municípios e do Distrito Federal. 
Saiba mais: Para saber mais sobre o Pacto Federativo, acesse: https://www12.senado.
leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo)
Capítulo
 1 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo)
https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/pacto-federativo)
38
É dentro desse contexto que o Cadastro Único tem papel importante como principal fonte de 
informações para o direcionamento das ações do Estado na redução da pobreza e das desigualdades 
sociais.
Nesse desenho federativo, a União e os estados exercem funções estratégicas de coordenação 
do Cadastro Único. Os municípios estão mais próximos da população e, com isso, podem melhor 
identificar as suas reais necessidades. O Distritro Federal acumula tanto as funções de estados como 
as de municípios.
Este é o caráter interfederativo do Cadastro Único. A seguir, você conhecerá, com mais detalhes, 
as competências e responsabilidades de cada ente federativo perante a gestão do cadastro. 
39
Responsabilidades do 
governo federal
No âmbito do governo federal, dois órgãos da administração pública têm competências e 
responsabilidades bem definidas na gestão do Cadastro Único: o Ministério da Cidadania e a Caixa 
Econômica Federal.
Dentro do Ministério da Cidadania, a Secretaria Nacional do Cadastro Único é o órgão responsável 
por representar o governo federalna execução das atividades relacionadas ao Cadastro Único. 
A Secretaria Nacional do Cadastro Único tem como principais funções:
• Coordenar, acompanhar e supervisionar a implantação e a execução do 
Cadastro Único;
• Realizar avaliação contínua da qualidade de suas informações;
• Definir estratégias para seu aperfeiçoamento.
Cabe ao Ministério da Cidadania, por sua vez, a elaboração de regulamentos e instruções para 
orientar o trabalho dos estados, municípios e Distrito Federal. Além disso, o governo federal apoia 
financeiramente, por meio dos recursos do Índice de Gestão Descentralizada do Município (IGD-M), 
os municípios e o Distrito Federal para a realização das atividades de cadastramento, atualização 
cadastral e manutenção da qualidade dos dados. 
O governo federal também repassa recursos financeiros aos estados para que prestem suporte 
técnico para os municípios na gestão do Cadastro Único, por meio do Índice de Gestão Descentralizada 
Estadual (IGD-E). 
Saiba mais: Para saber mais sobre esses dois índices, acesse os respectivos links:
 IGD-M: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_
Manuais/ManualIGD.pdf
IGD-E: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao-
do-programa-1/igd-e
 
Capítulo
 2 
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_Manuais/ManualIGD.pdf
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/bolsa_familia/Guias_Manuais/ManualIGD.pdf
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao-do-programa-1/igd-e 
https://www.gov.br/cidadania/pt-br/acoes-e-programas/bolsa-familia/gestao-do-programa-1/igd-e 
40
Além dessas responsabilidades, a Secretaria Nacional do Cadastro Único possui as seguintes 
atribuições relativas ao Cadastro Único:
• Articular cursos de capacitação para os profissionais envolvidos com o Cadastro Único, como 
o de Preenchimento dos Formulários do Cadastro Único, de Gestão do Cadastro Único e do 
Programa Bolsa Família; 
• Autorizar o envio dos formulários pela Caixa aos municípios, quando solicitado; 
• Promover o uso do Cadastro Único como ferramenta de integração de políticas públicas 
voltadas à população de baixa renda; 
• Disponibilizar atendimento aos governos locais para esclarecimentos de dúvidas; 
• Promover o aperfeiçoamento do formulário e do sistema de informações do Cadastro Único;
• Autorizar e disponibilizar acesso às bases de dados do Cadastro Único em âmbito federal, 
respeitando o sigilo de acordo com a legislação; 
• Adotar medidas de controle e prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais; e,
• Disponibilizar canais para o recebimento de denúncias. 
2.1. O papel da Caixa Econômica Federal
O Agente Operador do Cadastro Único é a Caixa Econômica Federal. A função da Caixa como 
agente operador é definida pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, são suas atribuições: 
41
Competências dos 
governos estaduais
As competências dos governos estaduais são relacionadas ao apoio técnico aos municípios na 
gestão do Cadastro Único. Esse apoio ocorre em várias dimensões:
• Desenvolvimento de estratégias de acesso à documentação civil, com prioridade ao Registro 
de Nascimento; 
• Oferta de atividades de capacitação que auxiliem o trabalho dos municípios na gestão e na 
operacionalização do Cadastro Único;
• Apoio à melhoria da infraestrutura municipal; 
• Identificação, acompanhamento e apoio na resolução dos problemas relacionados à gestão 
do Cadastro Único no município;
• Auxílio à condução de ações de cadastramento dos Grupos Populacionais Tradicionais e 
Específicos (GPTE); e,
• Apoio na identificação e no cadastramento da população extremamente pobre no âmbito 
da estratégia busca ativa.
Capítulo
 3 
42
Competências do Distrito 
Federal e dos municípios
As competências das administrações municipais e do Distrito Federal são fundamentais na 
gestão do Cadastro Único. Cabe aos municípios: identificar as famílias de baixa renda; realizar seu 
cadastramento; registrar os dados na base nacional do Cadastro Único; manter as informações 
atualizadas e analisar possíveis inconsistências.
 As principais atividades da gestão municipal são: 
• Identificar as áreas onde residem as famílias de baixa renda;
• Solicitar formulários de cadastramento à Secretaria Nacional do Cadastro Único;
• Capacitar os entrevistadores, digitadores e todos os profissionais envolvidos na gestão do 
Cadastro Único, em parceria com os governos estaduais;
• Coletar as informações das famílias, por meio de entrevista em domicílio, em mutirões ou em 
postos fixos de atendimento;
• Incluir e atualizar os dados das famílias no Sistema de Cadastro Único;
• Estabelecer rotinas de atualização das informações e manter comunicação com as famílias 
cadastradas;
• Disponibilizar infraestrutura e quantitativo de profissionais adequados à gestão do Cadastro 
Único e ao processo de cadastramento das famílias em sua área de abrangência; 
• Divulgar o Cadastro Único e os programas sociais às famílias de baixa renda;
• Adotar medidas para o controle e a prevenção de fraudes ou inconsistências cadastrais, 
disponibilizando, ainda, canais para o recebimento de denúncias;
• Adotar procedimentos que certifiquem a veracidade dos dados cadastrados;
• Zelar pela guarda e pelo sigilo das informações coletadas; 
• Disponibilizar para as instâncias de Controle Social o acesso aos dados cadastrais, formulários 
arquivados e documentos referentes às ações de verificação de inconsistências cadastrais; e
• Autorizar e disponibilizar acesso à base de dados cadastrais do município, observando sigilo 
previstos na legislação.
4.1 A importância do gestor municipal
 O profissional indicado como gestor municipal do Cadastro Único é o principal responsável 
por garantir a realização dessas ações. Ele é a pessoa que organiza e coordena toda equipe envolvida 
nas atividades do Cadastro Único, de acordo com a legislação e as orientações do Ministério da 
Cidadania. 
Capítulo
 4 
43
O trabalho de planejamento das ações de cadastramento é essencial para atingir 
bons resultados na gestão do Cadastro Único. Cabe ao gestor municipal exercer 
o papel de liderança da equipe de trabalho e de articulação com os órgãos 
responsáveis pelas políticas sociais e também com as comunidades que devem ser 
cadastradas e atendidas pelos programas. 
 Assim, esse profissional é o responsável pelo gerenciamento do Cadastro Único no município. 
Cabe a ele a interlocução com os governos estaduais, com o Ministério da Cidadania e com os 
diferentes órgãos municipais que utilizam suas informações para implementar os programas sociais. 
 Além disso, ainda são responsabilidades do gestor municipal:
• Coordenar a identificação das famílias que compõem o público-alvo do Cadastro Único;
• Coordenar a coleta de dados nos formulários de cadastramento;
• Coordenar a digitação dos dados dos formulários no Sistema de Cadastro Único;
• Coordenar a atualização dos registros cadastrais;
• Promover a utilização dos dados do Cadastro Único para o planejamento e a gestão de 
programas sociais voltados à população de baixa renda e que são executados pelo governo 
local;
• Fazer a interlocução permanente com os órgãos ou entidades responsáveis pela gestão ou 
operacionalização de programas usuários do Cadastro Único; e,
• Zelar pela aplicação correta dos conceitos e critérios de cadastramento pela correta utilização 
do Cadastro Único e de sua base de dados.
 O gestor municipal também contribui para a construção de uma base de dados nacional que 
retrata a realidade das famílias brasileiras de baixa renda. 
 Então, chegamos ao final deste módulo do curso Cadastro Único: conhecer para incluir. Em 
caso de dúvidas, consulte o Manual de Gestão do Cadastro Único e a Portaria nº 177/2011, nos seus 
artigos 25, 26 e 27, que dispõe sobre as responsabilidades de cada ente federado. 
Não deixe de fazer a avaliação do conteúdo acumulado para testar os seus conhecimentos. 
Bons estudos eaté breve!
44
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. LEI Nº 10.836, DE JANEIRO DE 2004. Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências. 
Brasília, DF, jan. 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/
L10.836.htm > Acesso em: 06 abr. 2020
BRASIL. PORTARIA Nº 177, DE 16 DE JUNHO DE 2011. Define procedimentos para a gestão do 
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, revoga a Portaria nº 376, de 16 de 
outubro de 2008, e dá outras providências. Brasília, DF, jun 2011. Disponível em: <http://www.mds.
gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view> Acesso em: 19 fev. 
2020. 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. 
Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_
EC91_2016.pdf> Acesso em: 20 mar. 2020.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, Manual de Gestão do Cadastro Único para 
Programas Sociais do Governo Federal. 3a edição, Brasília, 2017.
PALUDO, Agostinho. Administração Pública. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013, p. 1-13.
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/portarias/portarias/2011-06-16-06-2011-mds-177.pdf/view
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf
45
Noções sobre 
Programas Usuários
Apresentação
Seja bem-vindo (a) ao quarto módulo do curso Cadastro Único: Conhecer para Incluir. 
Nesta apostila, você vai aprender a diferença entre Cadastro Único e Programas Sociais Usuários, 
conhecer quais são os principais Programas Usuários, as regras e a legislação de cada programa.
É importante deixar claro que existem inúmeros programas sociais nos diferentes níveis da 
federação (municipais, estaduais e do Distrito Federal), que não serão apresentados neste módulo. 
Vamos nos dedicar aos principais, para que você tenha noção do que são Programas Usuários e saber 
a diferença em relação ao Cadastro Único. 
Nesta apostila, serão apresentados 20 Programas Sociais Usuários e a legislação correspondente 
a cada programa. Além desta apostila, o Módulo 4 conta com uma aula narrada e exercícios de 
fixação. Não deixe de fazê-los. 
Boa leitura!
 Foto: Sandro Barros / Prefeitura de Olinda
Módulo
 4 
46
Diferença entre Cadastro 
Único e Programas Sociais 
Usuários
Como você deve se lembrar, no primeiro módulo do curso sobre o que é o Cadastro Único e quais 
são seus objetivos, foram citados, rapidamente, alguns dos principais programas sociais usuários, 
como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Tarifa Social de Energia Elétrica, 
Carteira do Idoso. 
Mas o Cadastro Único e os Programas Sociais Usuários, embora tenham uma conexão, não podem 
ser considerados a mesma coisa, pois existe uma grande diferença entre eles.
E você sabe qual é a diferença?
 O Cadastro Único mostra quais e como são as famílias em situação de maior 
vulnerabilidade social. Funciona como um mapa de identificação da parcela mais 
pobre e vulnerável da população brasileira: as famílias de baixa renda. 
Ao identificar a população em maior situação de vulnerabilidade, o Cadastro Único serve de 
instrumento para órgãos e entidades federais para a seleção de famílias de baixa renda poderem 
acessar programas sociais. Além disso, contribui para o planejamento, implementação e avaliação 
de diferentes programas e políticas públicas. 
A Portaria nº 501, de 29 de novembro de 2017, instituiu o Termo de Uso do Cadastro Único e 
regulamentou a utilização da base de dados do Cadastro Único pelas políticas e programas sociais. 
Esta portaria, de forma geral, reúne todos os compromissos entre o órgão ou a entidade em relação 
às regras de utilização do Cadastro Único e exige assinatura obrigatória para a utilização da base de 
dados.
Programas sociais são políticas públicas que se traduzem em ações governamentais, que buscam 
melhorar as condições de vida da população. Os Programas Sociais Usuários são aqueles programas 
sociais que têm o Cadastro Único como requisito obrigatório para a seleção ou acompanhamento 
de beneficiários, ou seja, os programas sociais usuários buscam melhorar as condições de vida das 
famílias que foram incluídas no Cadastro Único. Eles podem ser ofertados na forma de benefícios 
monetários ou em serviços sociais.
Assim, o Cadastro Único foi uma forma eficaz que a administração pública 
encontrou para reunir, em uma única base de dados, informações sobre as 
famílias de baixa renda, que podem ser utilizadas por diferentes programas e 
nas esferas estadual, municipal e do Distrito Federal. 
Capítulo
 1 
47
 É importante saber que os Programas Sociais Usuários têm o Cadastro Único como requisito 
obrigatório para participação ou permanência, mas cada programa também tem requisitos 
específicos. Assim, além de ter feito o cadastro, a família precisa estar dentro das regras do programa 
que deseja acessar.
Agora, vamos ver quais são os principais programas sociais usuários do governo federal e um 
resumo das regras de cada um. Lembrando que a lista dos programas sociais varia ao longo dos anos, 
pois podem ser modificados ou extintos, seja em níveis federal, estadual e municipal ou no Distrito 
Federal.
A maior parte dos programas sociais que serão vistos, a seguir, tem como critério de renda o 
mesmo que o Cadastro Único; ou seja, são famílias que possuem renda por pessoa (per capita) de até 
meio salário mínimo ou de até 3 salários mínimos total por família. Outros critérios, porém, serão 
descritos em cada programa. 
48
Principais Programas 
Usuários
Programa Bolsa Família - é um programa de transferência de renda com condicionalidades. Isto 
quer dizer que o programa garante renda para famílias que estão em situação de pobreza e extrema 
pobreza. É bom ressaltar que, além de se enquadrar nos critérios de renda, a família deve manter as 
crianças e adolescentes na escola e com o cartão de vacinas em dia, e as gestantes devem realizar o 
acompanhamento do pré-natal.
Quem pode participar?
• Famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00;
• Famílias com crianças, adolescente e gestantes podem ter renda mensal 
por pessoa de R$ 89,01 a R$ 178,00.
A principal legislação do Bolsa Família é a Lei nº 10.836 , de 9 de janeiro de 2004, regulamentada 
pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004.
 Senado Federal / CC
Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) - este programa garante o 
pagamento de um salário mínimo mensal para pessoas com 65 anos ou mais e/ou com deficiência. 
Nos dois casos, para receber o benefício, a renda mensal bruta da família por pessoa deve ser inferior 
a um quarto do salário mínimo vigente.
Capítulo
 2 
49
O BPC é regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742 , de 7 de 
dezembro de 1993, e pelo Decreto nº 6.214 , de 26 de setembro de 2007, alterado pelo Decreto nº 
8.808, de 15 de julho de 2016.
Tarifa Social de Energia Elétrica - Concede desconto na conta de luz a famílias inscritas no 
Cadastro Único ou que possuam algum integrante com acesso ao Benefício de Prestação Continuada 
da Assistência Social (BPC). Também podem receber o benefício famílias com portadores de doença 
ou patologia, cujo tratamento médico requeira o uso continuado de aparelhos dependentes de 
energia elétrica para o seu funcionamento. As famílias identificadas como indígenas ou quilombolas 
no Cadastro Único e que possuem renda per capita de até meio salário terão direito ao desconto de 
100% na conta de energia elétrica, até o limite de consumo de 50 KWh/mês.
Tem como legislação a Lei nº 12.212, de 20 de janeiro de 2010; Decreto nº 7.583, de 13 de outubro 
de 2011, e a Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010. 
Carteira do Idoso - garante gratuidade ou descontos em passagens para viagens 
interestaduais.As viagens podem ser por ônibus, trem ou barco. Possuem direito a esse benefício 
pessoas com 60 anos ou mais e renda mensal individual de até dois salários mínimos, mas que 
não tenham como comprová-la.
Tem como legislação a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003; Decreto nº 5.934 , de 18 de 
outubro de 2006; Decreto nº 9.921, de 18 de julho de 2019; Resolução CIT nº 4, de 18 de abril de 2007.
50
Facultativo de Baixa Renda - é um programa para pessoas que não possuem renda própria 
e se dedicam exclusivamente ao trabalho doméstico de sua residência, ou seja, para as donas de 
casa, mas também serve para homens que exercem esta função. O programa concede benefícios 
da Previdência Social mediante contribuição reduzida de 5% do salário mínimo às pessoas sem 
nenhuma renda pessoal e pertencentes a famílias com renda familiar total de até 2 salários mínimos. 
O Bolsa Família não entra neste cálculo.
 
É regido pela Lei nº 12.470 , de 31 de agosto de 2011 (altera Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991).
Identidade Jovem (ID Jovem) - é um documento digital que comprova a condição de jovem de 
baixa renda para acesso aos benefícios da meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos. 
Também prevê a reserva de vagas nos veículos do sistema de transporte coletivo interestadual. 
Podem se inscrever jovens com idade entre 15 e 29 anos, integrantes de famílias com renda mensal 
de até dois salários mínimos e com renda familiar total de até dois salários mínimos. 
Tem como legislação o Decreto nº 8.537, de 5 de outubro de 2015; Lei nº 12.852, de 5 de agosto 
de 2013 (Estatuto da Juventude) e a Lei nº 12.933, de 26 de dezembro de 2013 (meia-entrada).
51
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais - destina-se ao estímulo a atividades 
produtivas sustentáveis, com vistas à inclusão produtiva e promoção da segurança alimentar e 
nutricional, ou seja, o financiamento para a produção agrícola de famílias agricultoras. Podem 
participar agricultores familiares e outros Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTE) em 
situação de extrema pobreza (Lei nº 12.512) e pobreza (Lei nº 12.844/2013). Devem possuir renda 
familiar per capita até R$ 89,00. 
É regido pela Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011; Decreto nº 9.221 de 6 de dezembro de 
2017 e o Decreto nº 7.644, de 16 de dezembro de 2011.
Plano Progredir - Programa Nacional do Microcrédito Produtivo Orientado - este programa 
visa incentivar a geração de trabalho e renda entre microempreendedores populares, por meio da 
disponibilização de recursos para o microcrédito produtivo orientado. Isso significa que oferece 
crédito para incentivar a produção. Tem como principal critério uma renda de até meio salário mínimo 
por pessoa ou renda familiar total de até três salários mínimos. Além disso, o programa também 
segue aqueles critérios definidos pela Resolução nº 4.000/2011, art. 2º, que considera população de 
baixa renda (abaixo da linha de pobreza não definida ou detentores de contas especiais de depósitos 
ou com saldo médio mensal inferior a R$ 3 mil), ou microempreendedores com renda bruta anual de 
até R$ 120 mil.
O Plano Progredir é regido, além da Resolução nº 4.000 , de 25 de agosto de 2011, pela Lei nº 
11.110, de 25 de abril de 2005.
52
Programa Cisternas - Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e Outras 
Tecnologias Sociais de Acesso à Água - tem como objetivo a promoção do acesso autônomo 
e sustentável à água para consumo humano e para a produção de alimentos. É direcionado 
às famílias de baixa renda que residem na zona rural e sofrem com a seca ou constante falta de 
água, por meio da construção de cisternas caseiras ou outras tecnologias sociais, que permitam o 
armazenamento da água de chuva. Famílias enquadradas nos critérios de elegibilidade do Programa 
Bolsa Família (PBF) possuem prioridade de acesso ao Programa Cisternas.
Regem o programa a Lei nº 12.873, de 24 de outubro de 2013; Decreto nº 8.038, de 4 de julho de 
2013, e o Decreto nº 9.606, de dezembro de 2018.
Programa Criança Feliz - visa à promoção do desenvolvimento infantil integral, por meio de 
visitas domiciliares para orientações e acompanhamento das famílias. Podem participar famílias 
beneficiárias do Programa Bolsa Família ou inscritas no Cadastro Único integradas por gestantes ou 
crianças de até 72 meses, priorizando:
• Gestantes, crianças de até 36 meses e suas famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; 
• Gestantes e crianças de até 36 meses inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal; 
• Famílias beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada com crianças de até seis anos; e,
• Crianças de até seis anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida de 
proteção.
Além disso, para aderirem ao programa, as famílias devem residir em municípios com pelo 
menos um Centro de Referência de Assistência Social (Cras); comprovar, no mínimo, 140 pessoas 
que atendam aos critérios para participação no programa. Atendendo esses requisitos, ainda é 
necessário que o gestor da assistência social acesse o sistema Rede SUAS com seu CPF e senha. Isto 
feito, basta preencher o Termo de Adesão ao programa Criança Feliz e encaminhá-lo para aprovação 
do Conselho Municipal de Assistência Social. Este conselho deverá inserir a sua aprovação no sistema 
Rede SUAS no site do Ministério da Cidadania. 
53
O programa é regido pela Portaria MDS nº 956, de 22 de março de 2018, e pela Portaria nº 1.217 
e de 1º de julho de 2019.
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) - visa à retirada de crianças e 
adolescentes da prática precoce do trabalho. Para tanto, tem como ações a transferência de renda, 
trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos, atuando de forma articulada com 
estados, municípios e sociedade civil. Podem participar crianças e adolescentes com idade inferior 
a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 
(quatorze) anos. O beneficiário deve possuir renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou 
renda familiar total de até três salários mínimos.
A legislação que rege o programa 
é a Lei nº 12.435, de 6 de julho de 
2011.
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - consiste em um conjunto de serviços 
destinados à superação de situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza ou da falta de 
acesso a serviços públicos e a direitos sociais. Podem acessar o programa famílias ou pessoas em 
situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, do acesso precário ou inexistente serviço 
público. Também podem acessar pessoas que vivenciam violações de direitos de todo tipo, sejam 
elas física, psicológica, abandono, tráfico de pessoas, mendicância, idosos, pessoas com deficiência, 
entre outros. Pessoas atingidas por situações de emergência e calamidade pública ou removidas por 
54
precaução de áreas de risco. Também podem acessar os serviços deste programa quem tem renda 
per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até três salários mínimos.
É regido pela Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro de 2009 (tipificação dos serviços 
socioassistenciais).
Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) - é destinado ao desenvolvimento 
independente e autônomo de trabalhadores rurais sem terra ou que tenham pouca terra. O programa 
concede financiamentos para a compra de imóvel rural (aquisição de terra), investimentos em 
infraestrutura para a produção e/ou contratação de assistência técnica. Podem aderir ao programa 
trabalhadores rurais sem terra e agricultores com cinco anos de experiência com agricultura nos 
últimos 15 anos.
As leis que regem o programa são o Decreto nº 6.672, de 2 de dezembro de 2008 Decreto nº 
4.892, de 25 de novembro de 2003, e a Lei Complementar nº 93, de 4 de fevereiro de 1998.
Programa Nacional de Reforma Agrária - visa à melhor distribuição da terra, mediante 
modificações no regimede posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, 
desenvolvimento rural sustentável e produção. Podem participar agricultores sem terra inscritos no 
Cadastro Único e com renda familiar total de até três salários mínimos. 
Orientam o programa: Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993; Decreto nº 9.311, de 15 de março 
de 2018; Instrução Normativa nº 98, de 30 de dezembro de 2019; Instrução Normativa nº 99, de 30 
de dezembro de 2019.
Créditos Instalação do Programa Nacional de Reforma Agrária - são empréstimos para 
instalação e estruturação de sistemas produtivos para famílias assentadas da Reforma Agrária. Visam 
à promoção da segurança alimentar e nutricional e à geração de trabalho e renda dessas famílias. 
Famílias assentadas podem contrair crédito para comprar produtos de primeira necessidade, bens 
duráveis de uso doméstico e equipamentos para começar a produção agrícola, entre outros. Podem 
participar famílias de baixa renda assentadas pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) 
e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até três salários 
mínimos.
O programa é regido pela seguinte legislação: Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 (inciso V 
do caput do art. 17); Decreto nº 9.428, de 28 de junho de 2018 e Decreto nº 8.256, de 26 de maio 
de 2014 revogado pelo Decreto nº 9.066, de 31 de maio de 2017 e revogado posteriormente pelo 
Decreto nº 9.424, de 26 de junho de 2018.
55
Ação de Distribuição de Alimentos (ADA) - consiste na distribuição gratuita de alimentos para 
complementar outras estratégias de acesso à alimentação, promovidas pelos órgãos responsáveis 
pelos públicos específicos atendidos pela ADA. Podem acessar esse programa famílias acampadas, 
povos indígenas, comunidades remanescentes de quilombos e outros povos e comunidades 
tradicionais. O critério de renda per capita é de até meio salário mínimo ou renda familiar total até 
três salários mínimos
É regido pela Portaria MDS n° 527, de 26 de dezembro de 2017.
Programa Minha Casa Minha Vida - fornece crédito para a construção, aquisição de moradia já 
pronta, reforma de imóveis urbanos e produção ou reforma de habitações rurais para famílias com 
renda mensal bruta de até R$ 5.000,00. Existem outras faixas de critério de renda, mas somente para 
a Faixa I, de até R$1.800,00 por família é obrigatório estar inscrito no Cadastro Único. A família ou 
pessoa não pode possuir imóvel. A legislação pertinente ao programa é: Lei nº 1.1977 , de 7 de julho 
de 2009; Lei nº 12.424, de 16 de junho de 2011, e Decreto nº 7.499, de 16 de junho de 2011.
56
Isenção de pagamento de taxa de inscrição de concursos públicos - candidatos de baixa 
renda que estão incluídos no Cadastro Único, com renda familiar per capita de até meio salário 
mínimo ou renda familiar total até 3 salários mínimos, têm direito à isenção da taxa de inscrição 
em concursos públicos. O candidato deve solicitar a isenção da taxa ao organizador do concurso, 
conforme orientações do edital. 
 A legislação principal do programa é o Decreto nº 6.593, de 2 de outubro de 2008.
Sistema de Seleção Unificada - Sisu/Lei de cotas - este programa reserva vagas à população 
de baixa renda em instituições federais de ensino. Podem se inscrever estudantes com renda familiar 
per capita de até 1,5 salário mínimo e que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública. 
Para o público do Cadastro Único, o estudante deve ter renda familiar per capita de até meio salário 
mínimo ou renda familiar total até 3 salários mínimos.Tem como legislação orientadora a Lei nº 
12.711, de 29 de agosto de 2012 (Lei de Cotas); Portaria Normativa MEC nº 19, de 7 de novembro de 
2014, e Portaria Normativa MEC nº 18, de 15 de outubro de 2012.
Isenções na taxa de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - garante 
isenção da taxa de inscrição do Enem para participantes membros de famílias cadastradas no 
Cadastro Único com renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar total até 3 
salários mínimos. Os estudantes que não estão inscritos no Cadastro Único e que tenham cursado o 
ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, sejam membros 
de família de baixa renda de até um salário mínimo per capita, também têm direito à isenção.
Legislação: Portaria MEC nº 807 de 18 de junho de 2010; Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013.
57
Estes são os 20 principais programas sociais usuários do Cadastro Único. Chegamos ao final 
de mais um módulo do nosso curso. É importante ressaltar que somente os principais programas 
usuários foram citados. Isso porque a lista de programas usuários é dinâmica; ou seja, muda ao longo 
do tempo, uma vez que eles podem se modificar, ser extintos e, ainda, novos programas podem ser 
criados. 
E para finalizar este módulo não deixe de assistir à aula narrada e fazer os exercícios de fixação. 
Bom estudo e até o próximo módulo!
58
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 414, DE 9 DE SETEMBRO 
DE 2010. Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e 
consolidada. Brasília, DF, set. 2010. Disponível em: < https://www.aneel.gov.br/ren-414> Acesso em: 
07 abr. 2020
BANCO CENTRAL DO BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011. Altera e consolida 
as normas que dispõem sobre a realização de operações de microcrédito destinadas à população de 
baixa renda e a microempreendedores. Brasília, DF, ago. 2011. Disponível em: <https://www.bcb.gov.
br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/
Res_4000_v1_O.pdf> Acesso em: 06 abr. 2020
BRASIL. COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE. RESOLUÇÃO Nº4, DE 18 DE ABRIL DE 2007. 
Pactua os procedimentos a serem adotados para a emissão da Carteira do Idoso. Brasília, DF, abr. 
2007. Disponível em: < http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/> 
Acesso em: 06 abr. 2020
 
BRASIL. DECRETO Nº 9.424, DE 26 DE JUNHO DE 2018. Regulamenta o inciso V do caput do art. 17 
da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, que dispõe sobre a concessão de créditos de instalação 
de projetos de assentamento aos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária. Brasília, 
DF, jun. 2018. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/
d9424.htm> Acesso em: 07 abr. 2020
BRASIL. DECRETO Nº 4.892, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2003. Regulamenta a Lei Complementar nº 93, 
de 4 de fevereiro de 1998, que criou o Fundo de Terras e da Reforma Agrária, e dá outras providências. 
Brasília, DF, nov. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892.
htm> Acesso em: 07 abr. 2020
BRASIL. DECRETO Nº 5.209 DE 17 DE SETEMBRO DE 2004. Regulamenta a Lei no 10.836, de 9 de 
janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, e dá outras providências. Brasília, DF, set. 2004. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5209.htm> 
Acesso em: 06 abr. 2020
https://www.aneel.gov.br/ren-414
https://www.aneel.gov.br/ren-414
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49342/Res_4000_v1_O.pdf
http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/
http://blog.mds.gov.br/redesuas/resolucao-no-4-de-18-de-abril-de-2007/
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9424.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9424.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4892.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5209.htm

Outros materiais