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Téc. Manejo e Contenção Curso Técnico em Veterinária Viviane Ribeiro CRMV – SP 22.166 MANEJO DE RÉPTEIS • 4 ESPÉCIES TARTARUGAS JACARÉS LAGARTOS SERPENTES • Vertebrados inferiores: o cérebro controla predominantemente as funções dos órgãos sensoriais • Função: controle de pragas como insetos e roedores. • Ocupação: quase todos os ambientes, com exceção de regiões gélidas. – Animais Ectotérmicos: seres que necessitam de fontes externas para conseguir manter sua temperatura. Isso quer dizer que eles precisam ficar expostos ao sol ou ficarem em algum local aquecido, como rocha • Cativeiro: aceitam bem, desde que atendidos as necessidades básicas – temperatura, umidade, higiene e nutrição Higiene = essencial para o processo de reprodução, evitando proliferação de microrganismos. Temperatura + umidade = ligados ao metabolismo de medicamentos, apetite, digestão e ecdise. • Expetativa de vida: Crocodilo – 70 anos Tartaruga – 100 anos Jiboia – 22 anos Lagarto – 13 anos Tartaruga-das-galápagos - 170 anos Classe Reptilia → Ordem Squamata - Ophidia - Lacertilia Ordem Quelonia Ordem Crocodylia Ordem Ryncocephalia • Ordem Squamata - Ophidia: Cobras - Lacertilia: Lagartos • Ordem Quelonia: tartarugas, cágados e jabutis. • Ordem Crocodylia: aligator, jacaré, gavial e crocodilo. • Ordem Ryncocephalia: Monstro de gila (Tuatara). Diferenças Fisiológicas • Cobras não apresentam meato acústicos diferentes dos quelônios, crocodilianos e lagartos; ok 1 • Cobras são ápodas ok • Olfação das cobras ocorre através do orgão de Jacobson localizado entre cavidade nasal e oral, auxiliando os receptores captados no ambiente pela língua bífida; 2 • Realizam Mimetismo Ambiental Diferenças Fisiológicas • Lagartos, quelônios, crocodilianos apresentam pálpebras, membranas nictantes, glândula lacrimal ao contrário das serpentes; • Lagartos apresentam as glândulas femurais que secretam ferôrmonios utilizados na atividade reprodutiva e olho parietal localizado no dorso mediano da cabeça apresentando células fotossensíveis contribuindo com o fotoperíodo e a atividade reprodutiva; Diferenças Fisiológicas • Os lagartos apresentam o fenômeno de autotomia caudal, ou seja, como defesa eles perdem suas caudas e regeram Diferenças Fisiológicas • São Ovíparos ( embrião se desenvolve dentro de um ovo) ou Vivíparos (embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe, numa placenta); Diferenças Fisiológicas • Machos de cobras e lagartos apresentam Hemipênis Diferenças Fisiológicas • O órgão da excreção sólida e líquida e da cópula é a cloaca; Diferenças Fisiológicas • Não apresentam vesícula urinária; 6 • Não apresentam diafrágma, sendo sua respiração facilitada pelos movimentos das patas toráxicas; 8 • Apresentam o sistema porta localizado no membro pélvico o que dificulta e incapacita uma administração medicamentosa em membros pélvicos; 7 Diferenças Fisiológicas • Apresentam coração tricavitário ( 2 átrios e 1 Ventrículo) com exceção os crocodilianos com 4 cavidades (2 átrios e 2 ventrículos); • Pulmões compostos por sacos aéreos, sendo que algumas espécies possuem um dos pulmões mais ou menos ativos; • Capacidade de protelar gestações por vários anos após a cópula( cobras); Diferenças Fisiológicas • Crocodilianos: dentição constante; estômago dividido em duas cavidades • Sistema reprodutor: oviduto e ovário, oviduto dividido em: infundíbulo (Fertilização), magnum ( formação de albumina, contribuindo com a formação do ovo), istimo ( glândula da casca); Diferenças Fisiológicas • Os ovos dos répteis apresentam pouco depósito de carbonato de cálcio sendo de constituição mais flexível se comparado ao das aves; Diferenças Fisiológicas Animal peçonhento: aquele que a presenta a capacidade de inocular seu veneno • Os venenos das cobras são produzidos pelas glândulas salivares. • Classificadas pelo tipo de dentição: Áglifas: Não possuem dentes de veneno, todos os dentes são iguais, de mesmo tamanho. Exemplos: sucuri Diferenças Fisiológicas Opistóglifas: Os dentes de veneno estão localizados na parte posterior da boca. Possuem um sulco por onde o veneno corre. Dificilmente conseguem inocular o veneno com eficiência. Exemplo: Falsa coral Proteróglifas: Os dentes de veneno estão localizados na parte posterior anterior da boca e possuem um sulco por onde o veneno corre. Exemplo: coral verdadeira Diferenças Fisiológicas • Solenóglifas: Os dentes de veneno estão localizados na parte posterior anterior da boca e o veneno corre por um canal do dente. Terrarios • Local onde se criam os répteis. • É importante observar as exigências e os hábitos para montar o habitat ideal para cada tipo de réptil. • Tamanho do terrário – crescimento do animal. Terrário • Quente e Seco ou Desérticos: Decorações rochosas; Substrato de areia; Não possui vegetação, mas podem conter alguns cactos; Presença de aquecedores: Dia = sim Noite = não Água fornecida em pequenas quantidades. Serpentes e lagartos do Deserto. Terrário • Tropical Úmido: Condições próximas as florestas tropicais úmidas; Animais arborícolas e trepadores; Presença de troncos e bastante vegetação – flores. Temperatura elevada = 25 a 30ºC Umidade Alta; Alguma incidência de luz Serpentes, Iguanas e Camaleões. Terrário • Aquaterrário: Misto de aquário e terrário; Parte seca apresenta troncos, pedras e vegetação; Água à vontade; Substrato não abrasivo; Ampla área terrestre para descanso, ovopostura, banho de sol e caminhadas. Cágados, crocodilianos, serpentes tropicais. • Vidro pode-se usar aquários tradicionais, cobertos com tampa de tela de náilon. Telas de arame fino também podem ser usadas, desferir botes contra a tela quando excitadas, e há a possibilidade de o animal vir a sofrer lesões graves na boca, podendo começar aí um problema sério, como a estomatite, por exemplo. • Úteis para manter animais de regiões desérticas, visto que estes não precisam ser borrifados com água e, portanto, não comprometem a madeira. • A madeira empregada na construção do terrário deve ser previamente impermeabilizada com tinta ou verniz • tinta para a impermeabilização da parte interna, recomenda-se o uso de cores discretas, que não contrastem com a cor do animal. Esse artifício permite que o animal possa se camuflar dentro do terrário, de modo que se sinta protegido, o que contribui em muito com seu bem-estar psicológico, evitando que entre em estresse. O verde, em diferentes tonalidades, apresenta resultados bastante positivos. A cor branca é completamente desaconselhado. • O verniz, apesar de ser um ótimo impermeabilizante, tem a desvantagem de ser brilhante, o que limita seu uso, pois confere ao interior do terrário aspecto bastante artificial e indesejado. Para impermeabilizações externas não existem restrições. • Plástico Várias vantagens Impermeável Paredes lisas, animais não consegue escalar Cama de maravalha Fácil higienização Adapta facilmente a qualquer espécie que se queira criar Iluminação • Fonte de energia para os répteis vitamina D Instinto reprodutivo • Lâmpadas frias UVA e UVB • Lâmpadas quentes Aquecimento Iluminação e Temperatura • Animais ectodérmicos; • Precisam ser aquecidos para se alimentarem e se reproduzirem; • Como se adaptam: Variam a quantidade da pele exposta ao sol; Atrasam o ganho de calor através da ofegação; Aceleram o ganho de calor através de vasodilatação periférica Batimentos cardíacos mais rápido durante o aquecimento favorecendo o ganho de calor. Umidade Espécies originárias da Selva= umidade alta (50% a 70%); Espécies originárias de zonas desérticas= umidade baixa (10%); Água a vontade para beberem e para se banharem - muda • Como manter Borrifador Cascata artificial Piscinas para terrários Umidade • Erro Problema respiratório Problema com a muda Desprendimento de escudos córneosAlimentação • Hábito alimentar: Carnívoro; Vegetarianos; Onívoros; Muçuranas – ofiófagas Alimentação • A grande maioria necessita de alimentos vivos como: Grilos; Baratas; Camundongos; Cobaias; Minhocas; Tenébrios; Alimentação Forçada • Utilizada em casos específicos como: Anorexia; Quarentenas; Doenças Infecto contagiosas ou não. Ex: Serpentes – contém o animal verticalmente, introduz a sonda no esôfago até o estômago e com uma seringa de 20ml introduzir o alimento triturado ( Ovo, carne triturada e complexos vitamínicos). Colocar a serpente em posição normal rapidamente para não haver regurgitação. • Vermifugação - Répteis: Ivermectina (100 mg/kg) 1 vez ao ano. • Exame de fezes - Coletar as fezes, colocar numa saco plástico e identificar, em seguida levar a um laboratório. Caso haja demora no envio deixar em geladeira. • CONTROLE DE AMEBÍASE E COCCÍDIOS - Amebíase: protozoário de serpentes e lagartos que leva a um quadro de enterite, hepatite e nefrite. * SC: regurgitação de comida não digerida, diarréia sanguinolenta ou pedaços de mucosa intestinal. * Microscópicamente: erosão intestinal, inflamação e ulcerações. Controle: manuseio de equipamentos deve ser desinfetado com um sanitizante como solução de hipoclorito de sódio. todos os compartimentos de água devem ser lavados rotineiramente com o mesmo agente. qualquer animal a ser predado (alimento) que não foi consumido, não deve ser reutilizado para outra animal. Coccídios: protozoário * SC: diarréia podendo ser sanguinolenta, desnutrição, perda de peso, podendo ou não levar a óbito. * Controle: evitar a ingestão de água e alimentos contaminados, evitar o contato com fezes de outros animais com suspeita da doença, limpeza e desinfecção do ambiente. • MANEJO SANITÁRIO - Observação dos principais sintomas: Anorexia e perda de peso: condições do ambiente, manuseio constante, não adaptação, stress, doenças. O que fazer??? - Mudar a alimentação para estimular, exame físico com auxílio da pesagem periódica para não agravamento do caso. - Auxílio de exames complementares Apatia: Animal muito quieto apresenta um quadro não favorável. EX: Não se levanta, não come no horário de fornecimento de comida, olhar distante, podendo ou não apresentar febre. O que fazer??? Avaliação clínica, aferir os parâmetros fisiológicos. Diarréia: Fezes amolecidas, odor não característico, presença de sangue ou não, desidratação, podendo levar a óbito. O que fazer??? Exames de fezes para confirmação de parasitas intestinais, em casos severos – fluidoterapia. Vômito: temperatura corpórea não está normal para o processo de digestão, infecções gastrointestinais, obstrução gastrointestinal. EX: Cobras alimentadas e manuseadas nos primeiros 5 dias após alimentação. O que fazer??? Cuidados com a alimentação, cuidados para que o animal não desidrate, cuidados com stress ambiental. Constipação: tempo e frequência com que o animal defeca. O que fazer?? - estar atento sempre a presença de fezes na baia e a quantidade de fezes, cuidados com alimentação e observação de outros possíveis sinais clínicos. Desidratação: O nível de hidratação do organismo é avaliado pela elasticidade da pele e posição do globo ocular. O que fazer??? Hidratar o animal, observar se está bebendo água e se não existe outro sinal clinico presente como diarréia e vômito. Olhar Opaco: Muito comum na troca de pele das cobras onde os olhos ficam esbranquiçados, pois ocorre também a substituição da lente ocular. Caso a troca da lente não seja completa é necessário auxílio para remoção. - Olhos opacos também ocorrem quando o animal está desidratado, por isso é importante estar sempre observando o comportamento de cada espécie para poder pegar o problema no início.
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