Buscar

Instrumentos de gestão em saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ISEC | THAYANNE GUSMÃO, P7
2
INSTRUMENTOS DE GESTÃO, PLANEJAMENTO E FINANCIMENTO EM SAÚDE
Por que estudar gestão? 
· Para fazer escolhas: coordenar nossas atividades / como priorizar / como motivar / escolhas sobre as metas 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE
Pode ser compreendido em três dimensões: 
1) Enquanto prática social, por envolver relações sociais e interesses entre diferentes atores que fazem o SUS. 
2) Como ferramenta técnico-político e operacional, orientadora dos processos de trabalho para desenvolvimento das ações de saúde e organização dos serviços.
3) Como instrumento de gestão governamental, norteador da formulação e condução da Política Pública de Saúde. 
PLANEJAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA
PLANO PLURIANUAL – PPA
Plano que estabelece metas físicas e financeiras quatro anos.
Elaborado no primeiro ano do mandato do chefe do poder executivo para entrar em vigor no ano seguinte, com vigência para 04 anos (art.165, I §1º CF).
Vai cumprir o planejamento de uma gestão anterior para depois cumprir os seus planejamentos (no segundo ano de mandato)
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
Lei anual, que estabelece as metas fiscais e as diretrizes para elaboração do orçamento (art.165,II,§2º, CFe art. 4º, LRF).
Essa lei define o que é mais importante e como o governo deve montar e aplicar o orçamento
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA
Lei anual, que prevê as receitas e fixa as despesas a serem realizadas visando atender as metas contidas na LDO e os projetos e programas contemplados no PPA (art. 165, III, §5º, CF e art. 5º, LRF).
É o orçamento propriamente dito 
CICLO DO PLANEJAMENTO
Obs: o plano de saúde está colado com o PPA e é pensado para 4 anos. 
PAS = programa anual de saúde, levando-se em conta a LDO e a LOA
RAG= relatório anual de gestão, avaliar o que daquela programação anual foi realizada e o que não foi realizada 
PLANEJASUS
Define-se como Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde – PlanejaSUS – a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS.
Objetivo geral: O PlanejaSUS tem por objetivo geral coordenar o processo de planejamento no âmbito do SUS, tendo em conta as diversidades existentes nas três esferas de governo, de modo a contribuir – oportuna e efetivamente – para a sua consolidação e, consequentemente, para a resolutividade e qualidade da gestão e da atenção à saúde.
INSTRUMENTOS BÁSICOS DE GESTÃO E PLANEJAMENTO 
I - Plano de Saúde e as suas respectivas Programações Anuais de Saúde; e
II - Relatório Anual de Gestão
Os instrumentos básicos adotados pelo Sistema de Planejamento do SUS devem ser compatíveis com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, atentando-se para os períodos estabelecidos para a sua formulação em cada esfera de gestão.
PLANO DE SÁUDE
Tem que contemplar todas as áreas da saúde 
§ 1º O Plano de Saúde apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas.
§ 2º O Plano de Saúde, como instrumento referencial no qual devem estar refletidas as necessidades e peculiaridades próprias de cada esfera, configura-se a base para a execução, acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde.
§ 3º O Plano deve, assim, contemplar todas as áreas da atenção à saúde, de modo a garantir a integralidade desta atenção.
§ 4º No Plano devem estar contidas todas as medidas necessárias à execução e cumprimento dos prazos acordados nos Termos de Compromissos de Gestão
Para a elaboração de Plano de Saúde, é necessário:
a) identificar problemas e situações que requerem a implementação de soluções;
b) identificar os fatores que, direta ou indiretamente, determinam a situação considerada insatisfatória;
c) estabelecer as linhas que poderão ser seguidas para solucionar os problemas;
d) definir os procedimentos de monitoramento e avaliação que permitirão saber se as linhas seguidas são adequadas para os fins perseguidos e se os resultados obtidos estão dentro do esperado;
e) utilizar instrumentos pactuados anteriormente, tais como Plano de Saúde, Planos Diretores, Relatórios Anuais de Gestão, relatórios de Conferências, Termo de Compromisso de Gestão, entre outros.
Definição de problemas
PROBLEMAS DE SÁUDE Refere-se aos riscos à saúde, às formas de adoecimento e morte da população 
Deve-se considerar a contribuição da epidemiologia, implicando a definição do que (problema), de quando, de onde e de quem (grupos sociais) são afetados pelos problemas
PROBLEMAS DO SISTEMA E SERVIÇO DE SAÚDE Refere-se a organização e ao funcionamento do sistema de saúde 
Podem ser descritos considerando sua insuficiência, má utilização ou má distribuição de recursos (físicos, materiais, humanos, informação ou poder), sua inadequação (organizacional) ou insuficiência de capacidade de gestão (de governo) para se garantir o alcance dos objetivos pretendidos pelas políticas de saúde (TEIXEIRA;VILASBÔAS;JESUS,2010)
São condicionantes para elaboração do Plano de Saúde:
· Análise Situacional e 
· Definição dos objetivos, diretrizes e metas
ANÁLISE SITUACIONAL 
· consiste no processo de identificação, formulação e priorização de problemas em uma determinada realidade. 
· Refere-se ao perfil demográfico, socioeconômico e epidemiológico da população
Dados Socioeconômicos:
· a razão de renda;
· a taxa de desemprego;
· os níveis de escolaridade
· a taxa de analfabetismo; e
· o índice de desenvolvimento humano (IDH)
Dados Epidemiológicos:
· a mortalidade por grupo de causas, segundo raça, sexo e faixa etária;
· a morbidade, segundo raça, sexo e faixa etária; 
· e a identificação de grupos vulneráveis ou de necessidades que demandam intervenções específicas (por exemplo, população indígena, grupos assentados, quilombolas, alimentação e nutrição, atividade física, acidentes e violências etc)
Vertentes relacionadas:
· Vigilância em saúde;
· Atenção básica;
· Assistência ambulatorial especializada ;
· Assistência hospitalar;
· Assistência de urgência e emergência;
· Assistência farmacêutica.
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE (PAS) 
· É O INSTRUMENTO QUE OPERACIONALIZA AS METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE EM CADA ANO.
· A PAS DEFINE AS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NO ANO E OS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO
· AS AÇÕES PROGRAMADAS DEVEM TER TAMBÉM COMO PARÂMETRO OS INDICADORES DE SAÚDE A SEREM ALCANÇADOS.
Consolida as intenções expressas no Plano de Saúde, cujo propósito é determinar o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como da gestão do SUS
Deve conter:
I - a definição das ações que, no ano específico, irão garantir o alcance dos objetivos e o cumprimento das metas do Plano de Saúde;
II - o estabelecimento das metas anuais relativas a cada uma das ações definidas;
III - a identificação dos indicadores que serão utilizados para o monitoramento da Programação; e
IV - a definição dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da Programação.
RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO – RAG
É O INSTRUMENTO QUE APRESENTA OS RESULTADOS ALCANÇADOS, APURADOS COM BASE NO CONJUNTO DE INDICADORES, QUE FORAM DEFINIDOS NA PROGRAMAÇÃO PARA ACOMPANHAR O CUMPRIMENTO DAS METAS FÍSICA E FINANCEIRA NELA FIXADAS.
O RAG É ELABORADO QUADRIMESTRAL (relatório parcial) E ANUALMENTE.
· QUADRIMESTRAL: apresentado ao CMS para aprovação nos meses de maio, setembro e janeiro do ano subsequente. Validados posteriormente pela Câmara Municipal.
· RAG ANUAL: apresentado em março do ano subsequente para aprovação do CMS e validação da Câmara Municipal.
· O Relatório Anual de Gestão é responsável pela retroalimentação do sistema de planejamento em saúde e deve indicar as eventuais necessidades de ajustes no Plano de Saúde.
· Em termos de estrutura, o Relatório deve conter:
I - o resultado da apuração dos indicadores;
II - a análise da execução da programação (física e orçamentária/financeira); e
III - as recomendações julgadas necessárias (como revisão de indicadores, reprogramação etc.)
· É também instrumento das ações de auditoria e de controle.AGENDAS DE SAÚDE
· A Agenda de Saúde é um instrumento de gestão pelo qual os governos federal, estaduais e municipais estabelecem, justificam e detalham as prioridades da política de saúde. (ex: outubro rosa)
· O gestor deve destacar e justificar os eixos prioritários de intervenção, os objetivos e os indicadores da política de saúde em cada esfera de governo e em cada exercício. 
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO (PDR)
· O Plano Diretor de Regionalização, estabelecido pela NOAS/01, é parte integrante do Plano de Saúde estadual e tem como função organizar de forma regionalizada e hierarquizada a assistência à saúde, de modo a garantir o acesso da população a todos os níveis de complexidade dos serviços de saúde. 
· O processo para a aprovação do Plano Diretor de Regionalização é baseado no pacto entre os gestores, sendo que a iniciativa do mesmo cabe às secretarias estaduais de saúde. 
· Ex: todo município não tem um hospital geral, mas em toda região deve ter um hospital geral.
PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA (PPI)
· A Programação Pactuada e Integrada (PPI) é o instrumento de gestão por meio do qual, com base no Plano Diretor de Regionalização, se programam as ações que serão realizadas, uma vez que as prioridades já foram estabelecidas nas Agendas de Saúde e planejadas quando da elaboração dos Planos de Saúde. 
· Foca nos aspectos e questões de interesse ou de responsabilidade compartida, que envolvem a fixação de critérios de alocação de recursos do SUS. 
· O estado tem a responsabilidade de coordenar todo o processo, definindo diretrizes, parâmetros e critérios de distribuição dos recursos. 
PLANEJAMENTO: Como instrumento de gestão pressupõe a participação dos atores responsáveis no movimento de reflexão/decisão/ação
FINANCIAMENTO DO SUS
ASPECTOS LEGAIS
· Constituição de 1988 
· Financiado pelas três esferas de governo
· Federal
· Estadual 
· Municipal 
· EC 29/2000
· Estabelece valores mínimos que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de Saúde. 
· Objetivo da EX 29/2000
· Estabelecer parâmetro legal que induza os estados, o Distrito Federal e os municípios a destinar recursos para a área de Saúde
· Reduzir os impactos da instabilidade dos investimentos associada a ciclos econômicos e à concorrência com outras políticas públicas 
· Superar a natureza emergencial e provisória de medidas recorrentemente adotadas para fazer frente à falta de recursos para o setor. 
A regra para a UNIÃO
· A definição da participação da União no financiamento do SUS foi contemplada no artigo 5º da Lei 141/12, que diz: A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual 
· Diretrizes da aplicação dos RECURSOS
· Sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito
· Estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação
· Sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que incidentes sobre as condições de saúde da população. 
· Deverão ser financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos fundos de saúde. 
· São consideradas despesas com ações e serviços públicos de saúde:
· Vigilância em saúde
· Atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, 
· Capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)
· Desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualidade promovidos por instituições do SUS
· Produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemoderivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos
· Saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nesta Lei Complementar
· Saneamento básico dos distritos sanitários especiais indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos
· Manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de vetores de doenças
· Investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimentos públicos de saúde
· Remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais
· Ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições públicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos de saúde
· Gestão do sistema público de saúde e operação de unidades prestadoras de serviços públicos de saúde. 
· Não constituem despesas com ações e serviços públicos de saúde:
· Pagamento de aposentadorias e pensões, 
· Pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à referida área
· Assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso universal
· Merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda que executados em unidades do SUS
· Saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade
· Limpeza urbana e remoção de resíduos
· Preservação e correção do meio ambiente
· Ações de assistência social
· Obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede de saúde
· ASPS custeados com recursos distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei Complementar ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde. 
PORTARIA GM N. 3.992, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2017
“Art. 3º Os recursos do Fundo Nacional de Saúde, destinados a despesas com ações e serviços públicos de saúde, a serem repassados na modalidade fundo a fundo aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios serão organizados e transferidos na forma dos seguintes blocos de financiamento: I – Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde; e II – Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde.
· Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde; 
· Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde.
FINANCIAMENTO TRIPARTITE
· Municípios : 15% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159 (Emenda 29/2000).
· Estados : 12% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios (Emenda 29/2000).
· União: o montante aplicado deve corresponder ao valor empenhado no exercício financeiro anterior, acrescido do percentual relativo à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano antecedente ao da lei orçamentária anual
ATENÇÃO: A Emenda do Teto dos Gastos Públicos (PEC 241/2016), instituiu o Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União com vigência de 20 anos. Com isso, a regra de investimento em saúde pela União mudou. Em 2018, a União aplicou o montante de execução financeira do exercício de 2017, corrigido apenas pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). E assim será pelos próximos 20 anos.
PRINCIPAIS DESAFIOS
· Sub financiamento crônico;
· Desvalorização profissional;
· Ações superpostas e improviso;
· Visão mercadológica da saúde;
· Fragmentação do trabalho;
· Baixa capacidade gerencial.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes