Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * * Rinite Alérgica Samia Marques * * * A Rinite Alérgica - RA - é uma inflamação tecidual que acomete o nariz e estruturas adjacentes, decorrente da exposição a alérgenos, caracterizada clinicamente por um ou mais dos seguintes sintomas: rinorréia, espirros, prurido e congestão nasal. Esses sintomas podem ser episódicos ou perenes e apresentam um caráter hereditário, sem preferência por sexo ou raça. Podem iniciar em qualquer faixa etária, com um pico de incidência na infância e adolescência. * * * No Brasil, a RA perene é a forma mais comum, onde os sintomas ocorrem durante todo o ano devido à hipersensibilidade a ácaros da poeira doméstica. Quando os sintomas são episódicos, com manifestação em certos meses do ano, denomina-se RA sazonal ou episódica e é, geralmente, relacionada à hipersensibilidade a pólens. Ocorre em países onde as estações do ano são bem definidas e é, também, denominada febre do feno ou resfriado de verão. * * * * * * ARIA * * * an educational program of: Revised guidelines June 2003 * * * A RA é clinicamente definida como um distúrbio sintomático do nariz , induzido após exposição alergênica, e causada por uma inflamação IgE mediada das membranas nasais. Conceito * * * Muitos pacientes com asma têm rinite; Muitos pacientes com rinite têm asma; Rinite alérgica é associada com e constitui um fator de risco para a asma; Muitos pacientes com rinite alérgica têm um aumento da hiperresponsividade brônquica não específica; - Muitos pacientes com asma têm um aumento da hiperresponsividade nasal inespecífica. Associações - ARIA * * * Há forte associação (>50%) entre rinite alérgica e sinusite alérgica tanto em crianças como em adultos; Otite média é uma co-morbidade comum. * * * Os sintomas maiores da rinite alérgica são: - Rinorréia - Obstrução nasal - Prurido nasal - Espirros * * * Fisiopatologia Os mecanismos fisiopatológicos que ocorrem na RA são decorrentes da reação de hipersensibilidade do tipo I, mediados por IgE e incluem uma fase imediata e uma tardia. * * * * * * A histamina é o mediador mais importante da resposta imediata na mucosa nasal. Sua liberação estimula os nervos sensoriais, e está associada com o prurido nasal, em palato e em conjuntivas. As cininas e calicreínas plasmáticas estimulam os nervos aferentes, causando a rinorréia aquosa devido à vasodilatação, edema e exsudação plasmática. * * * A inflamação crônica causada pela exposição repetida aos alérgenos diminui o limiar para outras reações. Como resultado, o indivíduo alérgico reage cada vez mais intensamente a baixas concentrações do alérgeno, a outros alérgenos que causavam reações leves e, ainda, a desencadeantes não específicos, como ar frio, fumaça de cigarro, comidas condimentadas e odores químicos ativos. * * * Classificação da rinite alérgica - Intermitente: aguda / sazonal / ocasional sintomas durando menos que 4 dias na semana e menos que 4 semanas - Persistente: crônica / perene / longa duração sintomas durando mais que 4 dias na semana e mais que 4 semanas * * * - Leve sono normal atividades diárias normais trabalho e escola normais - Moderada / Severa sono anormal prejuízo das atividades diárias trabalho e escola prejudicados * * * Epidemiologia - É a doença crônica mais comum do mundo. - No Brasil, atinge cerca de 20% da população. * * * Cerca de 40% dos pacientes têm rinite alérgica Cerca de 25% dos pacientes têm rinite não-alérgica Cerca de 35% dos pacientes têm uma rinite mista * * * Diagnóstico Detalhada história alérgica pessoal e familiar História dos sintomas oculares Exame intranasal – rinoscopia anterior * * * * * * Citograma nasal Dosagem de IgE sérica total e específica Testes cutâneos Prick test Resultado positivo * * * Lembrar da forte associação entre RA e sinusite (>50%) em crianças e adultos. Se história de sinusite presente – dor de cabeça, febre, dor nos seios da face, descarga nasal mucopurulenta, tosse e fadiga – considerar tomografia dos seios da face. * * * Rinite versus Sinusite * * * Desencadeantes * * * Diagnóstico diferencial Alérgica Infecciosa: viral, bacteriana, fúngica Não infecciosa: rinite não-alérgica Induzida por drogas: ex. aspirina Ocupacional: pode ser alérgica ou não Hormonal: puberdade, gravidez, menstruação, distúrbios endócrinos Outras: gustatória, irritantes, emocional, RGE, NARES * * * -Hipertrofia de adenóides Clínica: obstrução nasal, apnéias, roncos, salivação, tosse, halitose, infecções de repetição, OME Diagnóstico: RX * * * Atresia de coanas Placa óssea ou membranosa Unilateral em 85% dos casos Clínica: RN e lactentes - grande desconforto respiratório. Apnéias prolongadas, cianose, engasgo, aspiração de alimentos, infecções de repetição * * * Desvio de septo Causas: defeitos congênitos, luxação no parto, traumas Clínica: obstrução nasal uni ou bilateral Tumores Raros na infância Clínica: obstrução nasal, sangramento, rinorréia, deformidades faciais * * * Corpo estranho Clínica: assintomáticos - 38% obstrução unilateral, dor, rinorréia espessa, purulenta sanguinolenta, fétida, infecções Pólipos Aspecto: gelatinoso, pálido, semitranslúcido Crescimento anômalo da mucosa nasal Localização: meatos médio e inferior Clínica: obstrução nasal, rinorréia, hiposmia * * * Hipertrofia de amigdalas palatinas Obstrução do rinofaringe * * * Manejo da Rinite Alérgica Degrau 1 Degrau 2 Degrau 3 Evitar alérgenos e Controle ambiental Farmacoterapia Imunoterapia * * * higienização ambiental anti-H1 descongestionantes sistêmicos cromoglicato dissódico corticóides tópicos brometo de ipratrópio imunoterapia específica Vasoconstrictores tópicos são de uso restrito! * * * O Respirador Bucal * * * * * * * * * -Apnéia noturna -Deformidades faciais -Deformidades torácicas -Hipertensão pulmonar e Cor pulmonale -Sinusites recidivantes ou crônicas -Otite média com efusão -Hipoacusia SEQÜELAS DA SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL * * * Tratamento das patologias específicas Fonoaudiologia Ortodontia Ortopedia, Fisiatria e Fisioterapia Cardiologia Otorrinolaringologia Alergia Amamentação Imunizações Higienização ambiental Tratamento precoce e vigoroso das patologias obstrutivas básicas TRATAMENTO PROFILAXIA
Compartilhar