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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Nome: Cláudia Cristina Neves de Sousa Matrícula: 18116080312 Polo: Volta Redonda Geografia na Educação II Coordenação: Prof.ª Juliana Prata APX1 – 2020.2 QUESTÃO 1 (Valor 6,0 pontos) – A reforma agrária é uma questão social emergente no Brasil. Leia o fragmento abaixo para responder a questão: “A luta pela Reforma Agrária deve, sobretudo, pautar-se em questionamentos sobre a modernização agrícola, a qual não é vista como tão bem-sucedida assim, e na criação de alternativas produtivas que sejam mais equilibradas, social, econômica e ambientalmente. Porque a atual lógica produtiva que se segue é ecologicamente insustentável, socialmente perversa e economicamente cara. A reforma agrária deve ser pensada como parte de um conjunto de reformas que abarque os mais diversos setores – financeiro, industrial, tecnológico, educacional etc. – e redirecione o modelo de desenvolvimento, para que este possa ser efetivamente mais democrático, por representar o interesse e a luta dos setores populares” (Material didático CEDERJ – Geografia na Educação 2). a) Comente o porquê da reforma agrária, mesmo sendo uma pauta desde a década de 50 do século XX, ainda não ter tido avanços, apenas retrocessos. A reforma agrária é uma espécie de reorganização ou modificação que atinge de modo direto as bases de uma sociedade, constituindo uma estrutura de sustentação e organização das terras de uma nação. A valorização social da terra firma a noção de que precisa existir o amplo uso das propriedades agrárias para que toda a população seja beneficiada pelos recursos gerados por ela. As políticas de governo, ao longo do tempo, têm resultado na aniquilação dos pequenos produtores familiares e favorecem os grandes produtores, deteriorando as condições de vida dos pequenos produtores e no crescimento da acumulação de latifúndios. Sendo assim, a constituição latifundiária não aproveita a terra da maneira como deveria e suprimi os pequenos produtores, a dita agricultura familiar, aqueles que superiormente se expressam no abastecimento alimentar da nação, mais geram postos de trabalho e distribuição de riquezas no país. Infelizmente, o que vemos em nosso país, é uma reforma agrária inadequada e totalmente mal estruturada que resulta no prolongamento das desigualdades sociais, quando gera artifícios que impedem aos agricultores familiares aquisição de pequenos pedaços de terra. É imprescindível e fundamental que o Estado realize efetivamente e de forma concreta a reforma agrária, iniciando pelo acesso a terra e constitua uma infraestrutura essencial ao assentamento dos pequenos produtores, para que os mesmos possam se manter, efetuando políticas de crédito agrícola, acesso à energia elétrica e a boas estradas e condições de acesso à saúde e educação. QUESTÃO 2 (Valor 4,0 pontos) – Sobre a migração no território brasileiro: “Migrar, antes de tudo, significa deslocar grandes contingentes populacionais de um lugar para outro. Devemos sempre procurar o motivo de tal deslocamento que, no caso do Brasil, tem sido econômico. Populações geralmente se deslocaram de áreas estagnadas economicamente, que se tornaram repulsoras, para áreas nas quais se implantou um novo atrativo econômico que passou a gerar emprego e renda” (Material didático CEDERJ – Geografia na Educação 2). a) Na sua família houve esse processo de imigração, emigração ou migração das gerações anteriores? Comente relacionando com o motivo do processo. Caso não exista esse fenômeno na sua família, escreva o relato do discurso geral sobre mobilidade territorial no Brasil com base no material didático. Por que as pessoas saem de seus locais de origem, em geral? Na minha família houve o processo de migração. Meu pai nasceu no município de Mamanguape no Estado da Paraíba em 1940. Meu avô era proprietário de terras no município, mas na década de 1950 decretou falência e seus filhos foram, aos poucos, migrando para o sudeste do país em busca de emprego e boas oportunidades. Com meu pai não foi diferente. Ele é o caçula de uma família de treze filhos e, aos dezenove anos de idade, decide se juntar aos irmão mais velhos em busca de uma vida melhor. Em 1959 ele chega ao Rio de Janeiro e se emprega na construção civil como ajudante de carpintaria, depois de algum tempo passa a carpinteiro, chefe de turma e se aposenta como Mestre de Obras no ano de 2002. Mamanguape foi uma abastada vila nas cercanias de João Pessoa e é considerada uma cidade histórica. É marcada pela exploração do pau-brasil e, depois, pelo cultivo de cana-de-açúcar em uma região que compreendia todo o Vale de Mamanguape. Localizada próximo ao litoral, a cidade é tida como berço de pessoas ilustres. Foi agraciada com a visita do Imperador D. Pedro II e sua comitiva, ao qual condecorou o Dr. Flávio Clementino da Silva Freire com o título de Barão de Mamanguape no ano de 1859. Sua decadência se inicia após a abolição da Escravatura e a grande derrocada se deu com o assoreamento do rio Mamanguape, que impediu o acesso ao porto da cidade.
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