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Aula 4 - 29-08

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Aula 29/08/12 - CHINA
Hoje: Queda da dinastia Qing e o que veio depois e que deu origem ao Kuomintang/Guomindang (partido nacionalista).
2 sistemas de transcrição: wade-giles e o pinyin – muito dos nomes históricos estão em wade-giles pois o pinyin só foi inventado pelos nacionalistas.
Chiang Kai-Shek: líder militar do partido nacionalista.
Mervyn Frost: Regra e estrutura de decisões – Procurar entender como pequenos grupos, desprovidos de recursos econômicos, são capazes de alterar o comportamento das grandes potências – tenta entender pq o EUA respondeu aos ataques do 11/09 de uma maneira tão pesada. – Como uma potência que se diz em prol dos valores liberais, pq agiu dessa forma? O pequeno grupo é o jogador que provoca uma reação que é pior ainda que a própria provocação. A lógica de exceção enfraquece o sist. De valores: se enfraquece as regras, outras países podem criar exceções. Para a potência que altera seu comportamento, isso a enfraquece também: demonstra vulnerabilidade, perde legitimidade perante a comunidade internacional, fica suscetível a ser criticada por todo o sistema. Então, o que os EUA deve fazer?
Japão e China: Um grupo de pessoas consegue instabilizar a política de dois Estados muito poderosos – jogo com regras que são subentendidas que provocaram certo equilíbrio durante um tempo. Provocação de grupos que está alterando o jogo como um todo. 
-- Aula de hoje:
Decadência da dinastia Qing que culminou na revolução.
Fatores externos: o imperialismo ocidental, a inferioridade do poder bélico, estratégico e organizacional chinês, a entrada das potências europeias e do japão.
O pano de fundo: Japão: populações nativas de longa data, de origem não muito conhecida – provavelmente da micronésia e da polinésia – ainu: grupo linguístico diferente do japonês contemporâneo. Sobrepondo-se a essa população, uma série de fluxos que vem da China e da coreia – a pop. japonesa de hoje em dia é uma mistura dessa pop. indígena ainu com a pop. de origem chinesa e coreana. Cultura japonesa tem bastante convergência com esses 2 países: budismo, confucionismo – japão foi uma soc. Extremamente isolada durante mt tempo. Toda a mitologia imperial japonesa tenta se divorciar dessas origens chinesa e coreana – reivindicação de praticamente 1 milênio da parte dos chineses, do arquipélogo japonês. O japão passa por um processo de modernização: era meiji: aceita ideias vindas do ocidente e cultiva a troca de certas ideias, sobretudo no que diz respeito a tecnologias – criação de uma burocracia que vai passar a conviver com o sist. Imperial japonês – há um aparelho burocrático com parlamento e sistema de representação baseado em modelo americano e europeu. Durante séc. XIX: tentativa de criar e modernizar o exército japonês. 
Samurais: nobres guerreiros de um sistema feudal. Ocidente ganha batalha e se impõe o sist.. ocidental.
Criação de exército não mais de samurais, mas com tecnologia de ponta – fomentadas e financiadas pelo ocidente e pela casa imperial. Quando o japão no séc. XIX consegue sair do arquipélogo e busca territórios além do seu – se depara com uma Dinastia Qing já enfraquecida. O Japão quer no continente: a reivindicação primeira é a Coreia – a Coreia é a origem mais recente e é o ponto de partida do budismo e do confucionismo – A Coreia era a versão mais pura dessas vertentes. A Coreia era vista na mitologia japonesa como um dos berços da civilização imperial japonesa – Séc. XIX japoneses tentam conquistar a Coreia - Num contexto em que as potências ocidentais tinham conseguido dividir e depois ocupar territórios ao longo da costa na China. (No japão não houve a resistência que houve na China – o japão era visto como um potencial parceiro comercial)- (Com a 1ª G.M. o jp assina um trat. secreto com as potências ocidentais.) O Jp foi se tornando uma potência imperial – tinha mais em comum com o ocidente nesse aspecto (1ª GM). Voltando a esse período: O jp tinha ainda uma outra razão para tentar conquistar a península coreana: ser um arquipélago sem conexão para o oriente – desenvolve ambições imperialistas: começa a adotar o capitalismo – o capitalismo tem uma tendência de expansão de mercado, busca de mercados de consumo. O imperador do jp era fascinado pelas novas tecnologias e montava exposições de tecnologia ocidental: convidava especialistas europeus para visitarem o jp e trazerem essas tecnologias industrais para o jp. A recepção da presença capitalista foram muito diferentes. 
No jp, isso foi aceito e organizado pelo Estado / a corte imperial – 
O 1º grande confronto entre jp e china: 1894~1895: a corte meiji invade a península coreana que fazia parte do território chinês. Com esse confronto, a dinastia qing já muito enfraquecida foi incapaz de conter a agressão japonesa e assinou um armistício que foi um exemplo claro da falta de modernização bélica e organizacional da dinastia qing. É um marco na hist. Da China: está dentro do século de humilhação da China (guerras do ópio): Após 2000 anos de domínio chinês sobre aquela região do leste asiático, o jp se torna a maior potência regional. Isso tem consequências muito graves internamente para a dinastia qing: a ocupação desse vasto território faz perder a legitimidade internamente – isso desperta o nacionalismo moderno chinês. Nacionalismo se forma como reação a algo externo. Essa a 1ª g. entre a china e jp provoca focos de nacionalismo extremamente fortes – que ressurge ao longo de toda a história que se segue.
Início do sentimento nacionalista vai culminar com a criação do partido nacionalista (+-1918) – marco nas relações internacionais a nível regional – O Sun Yat-sen começou a mobilizar de forma organizada alguns desses nacionalistas e foi ele quem formulou a justificativa intelectual para um nacionalismo não apenas voltado para o jp mas para uma república na china continental. Começou como um grupo rebelde intelectual. Era um projeto de república, adapta a noção de república a realidade chinesa – fez intercâmbio e queria trazer noções de E moderno como alternativa ao sist. Dinástico. As grandes questões não tinham apenas haver com a questão japonesa, o que era a china e o que deveria ser dado que a dinastia qing estava em declínio. De 1911-1912 houve uma rev. “Zinhai” - Não no sentido da de 49, foi uma série de rebeliões que rapidamente levaram ao final da dinastia. 
Duas novas ideias: pra onde deve ir a China: 1) A ideia nacionalista 2) A ideia comunista: Mao Tse-tung. 
A revolução soviética tem um grande impacto sobre alguns grupos na China (principalmente estudantes)– a nova URSS exporta alguns especialistas em rev. Para a China – tentativa de formação de grupos e mais adiante do partido comunista. 
O mapa da China fica recortado, há os generais (coroneis), a tentativa de fundação de uma república e essas Comunas. – o papel de Mao tsé-tung foi vincular essas comunas.
Esse período de efervescência ainda contava com os ocidentais no território. E há ainda, no final da 1ª G.M. o trat. de Versalhes: que foi outro golpe no estômago dos chineses. O que foi feito com a China? Cláusula: a província de Shandong (extremamente importante simbolicamente e culturalmente – onde nasceu Confúcio) – aliança secreta entre as potências europeias e o japão: que cedia esse território ao Japão. Nesse território, havia já forças japoneses e europeias ali. Houve esse acerto e como a China estava enfraquecida, caótica e dividida: era china republicana mas não havia coesão territorial ou burocrática – foram 3 décadas de lutas internas que culminaram na vitória dos comunistas. A China, durante a 1ª G.M. apoiavam os Aliados, na condição de que a Alemanha saísse de Shandong. – quando o trat. de Versalhes foi assinado e Shandong foi cedido – foi mais um golpe de humilhação que ajudou a fulminar o nacionalismo (não apenas os grupos nacionalistas, mas também no sentimento nacionalista dos comunistas – isso vai explicar a aliança temporária entre esses 2 grupos – aliança vai se romper quando os japoneses saem da China. Esses grupos eram unidos contra a ameaçaexterior, quando ela deixa de existir, essa aliança se rompe.)
O Chiang Kai-Shek foi responsável tanto pela aliança tanto pelo antagonismo que surgiu depois.
Como explicar a vitória dos comunistas? Qual a base dos comunistas territorialmente? Começou no sul da china e a longa marcha atravessou boa parte do território – A base comunista era basicamente rural e os nacionalistas estavam principalmente nas cidades. Os comunistas conseguiram se aproveitar das grandes desigualdades que surgiam entre cidade e campo. Descontentamento crescente nas zonas rurais: os camponeses chineses que haviam vivido há 4000 anos dentro de um status quo hierárquico milenar: encontravam jovens comunistas que explicavam um novo sist.. que já tinha versão concreta na revolução soviética: sist. de governo no qual os camponeses e os trabalhadores serão o grupo dominante. – Grupo que sofre com todo esse caos político: isso tem um apelo muito grande entre essa população. Part. Comunista assume um ponto crítico enfraquecendo a base industrial e o exército do partido nacionalista, que vai para Taiwan – Os que foram líderes, o partido inteiro, se desloca para uma ilha: fundam um pequeno Estado que vai se modernizar com trajetória completamente diferente do Estado comunista. – Marca o final das 3 décadas de crise: coexistência de diversos grupos políticos e falta de coesão com vários golpes. 
Novo antagonismo que tem uma exposição geográfica sucinta: Taiwan e o continente. (disputa por quem é a verdadeira China).
- Vale ressaltar o papel que estudantes e jovens tiveram nessa história: dentro do sistema dinástico, os estudantes eram apenas aqueles que faziam os concursos públicos que faziam mandarins – o estudo era uma atividade solitária, sem correntes políticas. No final da dinastia Qing, você tem grupos estudantis que vão se formando e se alinhando com ideologias nacionalistas, proto-comunistas. O papel que a inteligência e os estudantes tiveram nessas décadas foi mudando bastante . Importância dos jovens na pol. Ext. das rel. int: movimento do 4 de maio (1919): precursor da rev. Cultural: 1º grande movimento estudantil da china – liderado por estudantes universitários. Foi uma manifestação contra a resposta fraca, pelo que se passava como gov. chinês da época, em relação ao trat. de Versalhes e principalmente em relação à Shandong. – ajuda a explicar essa tradição importante da juventude chinesa – o estudo formal era fragmentado, não havia grandes instituições. Através dessas grandes movimentações, que a ideia do nacionalismo e mais adiante do comunismo vão se propagar. 
O gov. comunista deve muito aos Dazibao (tradição de cartazes de denúncia) – mas tenta repeli-los, são entendidos como fonte de revolução e questionamento político.

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