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Aula 1: Conceitos básicos: ética, moral, caráter, dever moral, dIreitos humanos ÉTICA: Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia. Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as relações entre os diversos membros da sociedade. No berço da cultura ocidental, na Grécia Antiga, nasceu a denominada Ética Socrática. Expressões hoje usadas por todos nós, como “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo”, são de autoria de Sócrates, o pai da filosofia ocidental. Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma humana. A verdade vive oculta no espírito humano. Diluindo os próprios erros, é possível a cada ser descobri-la. A missão do filósofo seria conduzir os homens ao conhecimento. O moralista seria o parteiro da alma. Platão, como discípulo de Sócrates, desenvolveu o pensamento do mestre. A Ética Platônica estabelece uma hierarquia entre as ideias e reserva o lugar supremo ao "bem". A Ética Aristotélica, por sua vez, tem por objetivo descobrir o bem absoluto, denominando-o "felicidade". Aristóteles entendia que a felicidade estaria no exercício firme e constante da virtude. Para ele, o homem virtuoso é aquele que mergulha no desenvolvimento integral das suas faculdades. A virtude é, portanto, o justo meio entre dois vícios extremos. Segundo Thiry-Cherques (2008): • Ética é a parte da filosofia que trata das questões morais, das ideias morais do cotidiano humano. • O papel da Ética é fundamentar a Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com os seus respectivos dogmas. • Assim, podemos concluir que Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom. • O objetivo da Ética é facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize. • Naturalmente, a ética existe em todas as sociedades, respeitando as especificidades de cada cultura. Moral significa a boa conduta, segundo os ditames e princípios normalmente aceitos pela sociedade. ENQUANTO Ética tem por objeto as ideias morais justificadas. Moral é, portanto, a conduta costumeira. Já Ética é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, disciplinam e orientam a conduta humana. Augusto Comte – “A Moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas.” Piaget “A Moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas.” A Moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas. Entende-se por instintos simpáticos aqueles que aproximam o indivíduo dos outros.” (Roux, A. La pensée d´Auguste Comte. Paris: Chiron, 1920. P. 254) Moral é o objeto da Ética. “Toda Moral é um sistema de regras e a essência de toda a moralidade consiste no respeito que o indivíduo sente por tais regras.” Piaget Na prática, quando nos indignamos, por exemplo, ao vermos na televisão nossos semelhantes passando fome, levando uma vida subumana, sentimos responsabilidade e um desejo enorme de contribuir de alguma forma para que esta situação seja revertida. Exatamente em função desse tipo de sentimento participamos de campanhas contra a fome. Isto nos leva a concluir que nossos sentimentos e nossas ações exprimem o nosso senso moral. Quando sentimos remorso por alguma coisa feita no passado e gostaríamos de fazer diferente no presente, exprimimos nosso senso moral. Da mesma forma, quando ficamos admirados com alguém cujas palavras e ações denotam honestidade, integridade, honradez e outros valores, e chegamos mesmo a tentar imitá-las, também exprimimos nosso senso moral. Podemos concluir que a moral diz sempre respeito a valores que temos em relação aos outros. Valor é um bem subjetivo. Logo, é o que desperta interesse ou estima. Protágoras entendia que o homem é a medida de todas as coisas, que os valores são conferidos pelos homens. Platão entendia que o valor deriva de uma apreciação absoluta. Para ele, teria valor o que fosse bom, belo e verdadeiro. Hobbes vaticinou que o valor de um homem é o preço que se paga para ter o poder. Lock foi o primeiro pensador a relacionar valor e trabalho. Tal noção persistiu com Adam Smith e outros economistas da época, destacando o valor da mercadoria, o valor da troca de mercadorias e o valor da utilidade. Kant defendia o valor absoluto: o bem. Para Weber, os valores valem como referência do agir e se concretizam em diversas medidas ao longo da história da humanidade. Weber entendia que o ser humano tem que escolher entre os valores contrastantes. Nietzsche entendia valor como a interpretação da vontade de poder. Declaração dos Direitos Humanos A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das Nações Unidas. Foi assinada em 1948 e enumera os direitos de todos os seres humanos.
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