Buscar

Resumo Deficiência Mental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Jenneph Félix - @med_por_opção
Medicina UFPE CAA
→Indivíduo que possui
limitações na capacidade
intelectual e capacidade
adaptativa. Trata-se de um
conceito que leva mais em
consideração as consequências
em diversas áreas, como familiar e pessoal, do que
apenas a descoberta de uma alteração genética. Essa
incapacidade funcional leva o indivíduo a não
apresentar um desempenho esperado para a idade.
→A função intelectual avalia as capacidades
cognitivas enquanto que a função adaptativa avalia a
competência do desempenho social, compreensão
das normas sociais, desempenho nas tarefas
cotidianas. É o desempenho adaptativo que
determina o nível de suporte social e não o QI.
→ A determinação da gravidade de DI inclui a
avaliação de desempenho em um domínio conceitual
(habilidades acadêmicas), um domínio social
(relacionamentos), um domínio prático (higiene
pessoal). Obs: Todos esses 3 domínios fazem parte do
funcionamento adaptativo.
Critérios de Diagnóstico
→Déficits no desempenho intelectual + adaptativo e
que esses déficits tenham começado no período de
desenvolvimento.
→ Independe de distúrbios físicos ou comorbidades
psiquiátricas existentes.
Níveis de Gravidade
→Leve, moderado, grave ou profundo
→ Leve
- 85% dos indivíduos;
- Não identificada até a 1ª ou 2ª série quando o
indivíduo passa a ter mais demandas
acadêmicas;
- As causas específicas não chegam a ser
identificadas neste grupo;
→Moderada
- 10% dos indivíduos com deficiência mental
- Desafio acadêmico grande, mas conseguem se
comunicar;
→Grave
- 4% das pessoas
- A causa da deficiência é mais facilmente
identificada;
- Boa adaptação a uma vida supervisionada e
conseguem realizar algumas atividades
laborais;
→Profunda
- 1 a 2% das pessoas;
- Apresenta causas identificáveis dessa
condição.
Epidemiologia
→Atinge mais frequentemente homens
→Sociedade ocidental: 1 a 3% da população.
Comorbidades
→Até ⅔ das crianças com deficiência intelectual
apresentam algum transtorno psiquiátrico
comórbido.
→Quanto mais grave a deficiência, maior o risco
→Transtorno de conduta e transtorno disruptivo
mais são as comorbidades mais frequentes no grau
leve; no grave, maior probabilidade de autismo e
sintomas de autoestimulação e automutilação.
→Aproximadamente 50% dos indivíduos com DI
apresentam critérios para o transtorno de humor.
→Transtornos convulsivos são mais comuns que na
população em geral
→Indivíduos com DI leve entendem que possuem
dificuldade comparado a outros indivíduos e por isso
se apresentam com mais autoimagem negativa e
autoestima baixa.
Etiologia
→ Fatores genéticos, evolutivos, ambientais ou em
combinação.
→ Genéticos: Causas de gene único (síndrome do X
frágil). Obs.: as aberrações nos cromossomos sexuais
podem resultar em síndromes que não possuem DI,
como a Síndrome de Turner X0); Causas
cromossômicas visíveis e submicroscópicas de DI (ex.:
síndrome de Down)
→Obs.: Alguns comportamentos específicos e
previsíveis são vinculados e determinados por DI de
base genética (Ex.: Síndrome do X frágil apresentam
altas taxas de TDAH; síndrome de Prader-willi está
associada a transtornos de compulsão alimentar,
hiperfagia e obesidade).
→ Fatores adquiridos e evolutivos: Período pré -
natal (diabetes, anemia, enfisema, consumo de
bebidas alcoólicas, narcóticos, infecções como
sarampo, citomegalovirose, sífilis, toxoplasmose,
herpes simples, HIV; Período perinatal (bebês
prematuros e com baixo peso ao nascer, hemorragias
intracranianas)
→ Fatores adquiridos na infância: Infecção
(encefalite e meningite), traumatismo craniano
(maus-tratos), asfixia (afogamento), exposições de
longo prazo (quimioterapia);
→ Fatores ambientais e socioculturais: mulheres
grávidas na adolescência, negligência infantil e
outros.
Diagnóstico
→História + medições padronizadas do desempenho
adaptativo que indicam que a criança está abaixo do
nível esperado.
→ História: gestação da mãe, parto e trabalho de
parto; história familiar de deficiência,
consanguinidade dos pais.
→ Observar tolerância a impulsos e comportamento
motor sexual; informações sobre autoimagem, área
de autoconfiança.
→Instrumentos estruturados para avaliação:
- 6 a 16 anos: Wechsler Intelligence Test for
Children;
- 3 a 6 anos: Wechsler Intelligence Test for
Children- Revised.;
- Primeira infância até 18 anos: Vineland
Adaptative Behavior Scales
- Para detectar DI: Bender Gestalt test e Benton
Visual Retention Test.
Exame Físico
→ Dimensões da cabeça, ponte nasal achatada,
implantação das orelhas, hipertelorismo.
→ No exame neurológico pode ocorrer alterações
sensoriais. Ver: complicações auditivas, visuais,
episódios convulsivos e perturbação nas áreas
motoras.
Características Clínicas
→Leve: a DI pode não ser reconhecida até que a
escola desafie as habilidades sociais e comunicativas
da criança. Déficits de comunicação e baixa
autoestima. Déficits cognitivos: baixa capacidade
abstrata e pensamentos egocêntricos.
→Moderadas: Tem consciência de seus déficits e se
sentem alienadas e frustradas.
→ Graves: óbvias nos anos pré-escolares, fala mínima
e desenvolvimento motor prejudicado.
→ Profundas: habilidade comunicativa e motora
limitada, exigem supervisão constante.
Exames laboratoriais
→ Urina e sangue para erros do metabolismo, análise
cromossômica (ex. amniocentese), estudos de
neuroimagem (TC e RM)
→ Avaliação da fala e da audição: o desenvolvimento
da fala é um dos critérios mais confiáveis, porém, não
em pessoas com deficiências graves.
Diagnóstico diferencial
→ As DI devem iniciar antes dos 18 anos;
→ Deficiências sensoriais, em especial surdez e
cegueira;
→Transtornos na fala
→ Paralisia cerebral
→ Síndromes orgânicas específicas, como agrafia,
alexia, afasia.
→ Transtornos de aprendizagem.
Tratamento
→Prevenção primária: triagem de bebês com
fenilcetonúria, educação sobre uso do álcool na
gestação, aconselhamento genético; assistência
médica ideal para mães e as crianças;
→Prevenção secundária e terciária: atendimento
imediato das complicações clínicas e psiquiátricas,
intervenções educacionais, intervenções
comportamentais e cognitivos comportamentais,
educação familiar, intervenção social (ex.: esporte
recreativos para essa população específica),
intervenções psicofarmacológicas.
→ Sintomas: Risperidona para irritabilidade em
crianças com TEA; Antipsicóticos atípicos para
comportamento automutilador (CAM)
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA).
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014
SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ,
Pedro. Compêndio de Psiquiatria-: Ciência do
Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11 ed. Artmed
Editora, 2017.

Outros materiais