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Jenneph Félix - @med_por_opção Medicina UFPE CAA Introdução → Trata-se de transtornos disruptivos de conduta e impulsividade. Difere dos transtornos de neurodesenvolvimento que se manifesta em idade precoce e afeta áreas do funcionamento social, pessoal, acadêmico ou profissional. → Exemplos de Transtorno de comportamento: Transtorno de Oposição desafiante; Transtorno explosivo intermitente; Transtorno de conduta; Transtorno de personalidade antissocial (o indivíduo tem menos de 18 anos), piromania e cleptomania. → O Transtorno de comportamento apresenta tendência de crescimento, principalmente em centros urbanos. → O Transtorno explosivo é mais prevalente em jovens de nível educacional médio ou inferior. → O Transtorno de conduta é mais comum em indivíduos do sexo masculino. → Piromania e cleptomania são raras, sendo essa última mais comum em mulheres e a primeira aparece normalmente associada a outros transtornos psiquiátricos. Quadro clínico → Dificuldade de autocontrole e comportamento. → Baixo controle de impulsos e emoções mal controladas. → Normalmente transtornos de comportamentos sinalizam outros problemas psiquiátricos. Transtorno de oposição desafiante - TOD → Comportamento desafiador, hostil e humor irritável. Bastante confundido com o Transtorno de Conduta, porém NÃO apresenta quebra de regras sociais. → Duração dos sintomas por pelo menos 06 meses. → Sintomas: perda de paciência, não aceita ordens de adultos e discute com frequência, culpabiliza os outros e deliberadamente perturba as pessoas. Transtorno explosivo intermitente → Ocorrem explosões recorrentes - representam uma falha de controlar impulsos agressivos -, que prejudicam o funcionamento interpessoal e social da criança. Pode ter diagnóstico associado ao TOD. Inicio com pelo menos 06 anos de idade. Transtorno de Conduta → Inclui quebra de regras sociais condizentes com a idade, violação dos direitos dos outros. → Para caracterizar o distúrbio: 3 sintomas nos últimos 12 meses ou um sintoma nos últimos 6 meses. Início dos sintomas entre 5-6 anos de idade → Caracterização de acordo com os sintomas: - Agressividade e crueldade com animais ou pessoas, além dos sintomas opositivos e desafiantes. - Falta de empatia e preocupação - Sem sentimentos adequados à situação, como remorso ou culpa. Ou simulação para manipulação dos indivíduos. - Calculismo e frieza - Baixa tolerância à frustração - Histórico de evasão escolar - História comum de abuso de drogas e início precoce de atividade sexual. - Pode ocorrer com outros distúrbios, o que dificulta o diagnóstico, ex: TOD, TDAH, transtorno explosivo intermitente, transtorno do humor bipolar com ou sem sintomas psicóticos. Transtorno de Personalidade antissocial → Padrão difuso de indiferença e violação do direito dos outros. Piromania → Provocação deliberada de causar incêndios. Pode ser um sintoma de outra categoria Cleptomania → Falha em resistir aos impulsos de roubar algo que não é necessário. Diagnóstico → Fazer uso da semiologia aplicada: entrevistar pessoas próximas à criança (pais, tios, avós) → Procurar sinais e sintomas de que algo não vai bem com a criança, como baixo desempenho escolar, dificuldade em manter relações sociais, reações inapropriadas, sintomas físicos recorrentes sem causa orgânica. → Também é necessário identificar fatores de risco e proteção, história do desenvolvimento → Não existe nenhum marcador biológico demonstrável. → Exames complementares servem para afastar outros diagnósticos, como lesões expansivas no sistema nervoso central e síndrome do X frágil. → Instrumento de triagem de disfunção psicossocial: Pediatric Symptom Checklist. O questionário é para os cuidadores e pode ser aplicado na sala de espera, com o tempo de aplicação entre 10 a 20 minutos. A ferramenta já é validada em português e é de baixo custo. Tratamento → Psicoterapias → Atendimento familiar → Uso de psicofármacos para atuar na diminuição da impulsividade, agressividade, alterações do humor, esquizofrenia, transtornos psicóticos e outros. → Ambientoterapia - serve para a internalização de regras, disciplina e autoestima. Prognóstico → Variável → Fatores importantes: idade do aparecimento dos sintomas, tempo entre o início do diagnóstico e o tratamento. → Os transtornos psiquiátricos devem ser diferenciais dos transtornos comportamentais. Prevenção → Intervenção nos fatores de risco: violência no ambiente familiar e escolar, negligência psicológica, física e sexual. Reações inadequadas diante de um “não”, regras e limites podem ser sinal de sofrimento psíquico.
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