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abordagem familiar

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BEATRIZ PAZZINI – MED 103 AULA 1 SF 4 
ABORDAGEM FAMILLIAR NO PROCESSO DE TRABALHO, FUNDAMENTOS E PRINCÍIOS NA SAÚDE 
DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. 
Temos uma via de mão dupla: SAÚDE <-----> domicílio/família. 
Ou seja, para que possamos de fato trazer saúde para um indivíduo precisamos trabalhar muito bem família, 
domicílio. A família é o ponto de partida para o trabalho na comunidade. Por isso, é preciso identificar e 
compreender a formação e funcionamento das famílias na área de abrangência da unidade de saúde. 
Temos vários tipos de família, de várias organizações diferentes. Não cabe julgamento, mas sim constatação, 
entendimento e ajuda. Não culpabilizar a vítima. 
Justificativas para cuidar da família: 
• É o primeiro grupo do qual o indivíduo participa e que continua a influencia-lo diretamente durante toda a 
vida. 
• Sede das primeiras trocas afetivo-emocionais e da construção da identidade 
• O envolvimento da família multiplica recursos 
• Informações colhidas de vários familiares torna o diagnóstico mais fidedigno 
• A construção de um plano terapêutico envolvendo a família torna a intervenção mais efetiva. 
Exemplo: um diabético que tem uma família que colabora com a dieta, exercício, isso tudo ajuda no tratamento da 
família. É um conjunto, o paciente precisa colaborar com o médico, a família, é um conjunto. 
Gestão no cuidado 
• Abordar famílias constitui-se em um elemento de gestão do cuidado em AD, e também em um elemnto de 
prática diagnóstica e terapêutica. 
• A abordagem familiar domiciliar permite o conhecimento da família e das possíveis disfuncionalidades que 
prejudicam o bem estar biopsicossocial de seus membros. 
• O médio de SF precisa saber abordar as famílias, ter organização. 
Abordagem familiar no processo de trabalho na APS: conhecendo a família 
Família do Sr. José clemente da Silva. 
 
Tanto o genograma quanto o ecomapa trazem informações extremamente importantes e rápidas. Até para saber 
com quem podemos contar no auxílio do atendimento, etc. 
 
A classe popular não vivencia o problema do ninho vazio, na grande maioria é a classe média. 
Para abordagem familiar: 
→ Registro da família: 
− Estrutura familiar – genograma 
− Relacionamento na comunidade (dinâmica social) - ecomapa 
− Satisfação de cada membro da família - A.P.G.A.R. familiar 
− Funcionamento da família - P.R.A.C.T.I.C.E. (focado no problema) 
− Relações interpessoais – F.I.R.O 
− Ciclo de vida – ciclo vital 
− Tipo – tipologia familiar. 
Para abordagem individual dos membros da família 
→ Registro dos problemas – SOAP 
Existem outras fixas para atendimento a família: 
 Às vezes eu preciso saber do domicilio da pessoa, eu tenho um 
cadastro do domicilio. Consigo saber questões ligadas a 
saneamento, animais de estimação. É importante que elas estejam 
bem preenchidas. 
O médico de SF tem atribuições. Das atribuições: 
1. Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a 
microárea; 
2. Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros 
atualizados; 
3. Orientar as famílias quanto a utilização dos serviços de saúde 
disponíveis.; 
4. Realizar atividades programadas e de atenção à demanda 
espontânea; 
5. Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e 
indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os 
critérios de risco e vulnerabilidade, de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, 
mantendo como referência a média de 1 visita/mês/família. 
Como conseguiríamos enxergar uma família que precisa de visita domiciliar como prioridade? Escala de coelho e 
savassi. 
Princípios da saúde de família e comunidade 
• A medicina de família e comunidade (MFC) é definida como a especialidade que presta assistência à saúde, de forma continuada, integral e abrangente, 
às pessoas, às suas famílias e à comunidade. 
• A aplicação, na prática, dos conhecimentos do médico de família e comunidade é o resultado de seus valores e atitudes, sendo orientada por princípios 
que governam suas ações diante das necessidades das pessoas, das famílias e das comunidades. 
• O médico de família e comunidade deve ser um clínico qualificado. Sua prática sofre influência da comunidade em que atua, porque ele é o recurso de 
uma população definida e tem na relação médico-pessoa um aspecto essencial à sua prática profissional. 
O médico de saúde de família deve compreender sobre os detalhes da família, é um clínico que tem que sofrer interferencias 
da comunidade em que ele atua. Cada localidade tem uma realidade única, exemplo, aqui nós não temos malária, já no norte 
o atendimento de pacientes com malária é recorrente. 
<---- Características desejadas para o médico de saúde 
da família. 
As vezes o baixo registro de determinada doença não 
significa que ela não existe, pode ser que esteja faltando 
capacitação da equipe para isso. 
As obrigações e os objetivos da prática 
Todos os médicos de família e comunidade em suas 
atividades desenvolvem dois elementos conflitantes, 
porém essenciais: identificar e resolver os problemas de 
saúde de cada pessoa individualmente e prestar um 
cuidado médico efetivo para a comunidade como um 
todo. 
 A gente trabalha família e comunidade, mas o indivíduo 
é sempre nosso foco. Tratamos a pessoa e não a doença. Tratamos o indivíduo, mas esse tratamento precisa de 
uma continuidade. Para passar um remédio por exemplo, precisa saber se aquele individuo tem condições de usar 
aquele remédio, de seguir uma dieta, de fazer um exame. 
 
Garantindo princípios do SUS como integralidade e longitudinalidade do cuidado 
-> ele trata o paciente de forma integral em todos os seus problemas e garante e longitudinalidade do tratamento. 
Essa continuidade do cuidado é sustentada com conceitos 
que vem do médico de SF. Ele gera hipóteses e testes de 
acordo com ambiente onde aquele indivíduo esteja 
inserido. As vezes a queixa do paciente é pouco especifica 
naquele momento e quando o médico colhe uma história, 
uma anamnese, acaba se tornando mais especifica. 
 
PRINCÍPIO 1 
O médico de família e comunidade é um clínico qualificado. 
Sr. Alfredo, 59 anos, vem buscar atendimento na unidade de saúde por estar com “ferida” no nariz. Apresenta-se à recepção da unidade 
demonstrando ansiedade e preocupação, desejando ser atendimento logo. Já é conhecido da equipe, pois vem com frequência à unidade de 
saúde acompanhar sua mãe, Dona Rosa, 80 anos, viúva, diabética e hipertensa, que realiza curativos por úlcera nos membros inferiores, 
com quem está morando. 
O que pode ser essa ferida? Avaliando assim poderia ser uma leishmaniose, um câncer de pele, existem vários 
diagnósticos. O médico de SF tem que estar bem qualificado em termos técnicos para sugerir esse diagnóstico. Ele 
precisa ter essa visão ampla de outros especialistas. 
PRINCÍPIO 2 
A atuação do médico de família e comunidade é influenciada pela comunidade. 
A prática do médico de família e comunidade é influenciada por fatores da comunidade em que atua, o que determina que deva ser capaz de responder às 
necessidades das pessoas, corresponder às mudanças, adaptando-se às alterações na situação de saúde, e referenciá-las para os recursos apropriados quando 
necessário. 
As condições de saúde da população de abrangência (tais como problemas de saúde mais frequentes, condições de meio ambiente ou contexto do local de 
trabalho) influenciam a demanda que procura o médico de família e comunidade. 
Esse médico deve ser capaz de se adaptar para promover um cenário que favoreça a promoção de saúde. Exemplo: 
conheço pouco sobre malária, mas vou trabalhar em uma área endêmica, devo aprimorar meus estudos sobre malária 
para poder favorecer a promoção de saúde de forma mais ampla. 
Quando ele se candidata a assumir a responsabilidade daquela unidade ele precisa entender quais os problemas desaúde mais frequentes naquela área. 
O ambiente que você trabalha deve influenciar sua forma de conduta também. 
O que precisamos dominar, hoje, em termos de doença. 
Um bom médico da família encaminha poucas pessoas, 
porque ele domina bem sobre os assuntos de diversas 
áreas. É claro que existem situações em que o 
encaminhamento é necessário mas quando o médico 
domina esses assuntos a frequência com que isso ocorre é 
muito menor. 
“Muitas vezes, as pessoas fazem com seus médicos ou membros 
da equipe o que Balint chamou de Conluio do Anonimato: 
consultam diversos profissionais, motivadas por pequenas 
queixas, que podem passar a assumir uma importância indevida, 
sem que nenhum deles as conheça profundamente, e levando-as a 
realizar tratamentos diversos, imaginando que estão recebendo o 
melhor cuidado, mas faltando, nesses casos, a orientação de um 
profissional de características gerais.” 
 Essa coordenação é atribuição do médico de família e 
comunidade, que assumirá a responsabilidade pela coordenação 
do cuidado das pessoas que atende, por ser quem tem a qualificação clínica mais ampla e detém maior conhecimento sobre aquela 
pessoa especificamente. 
Exemplo: paciente tem uma dormência no pé, vai no médico da família e sai de lá com uma prescrição. A dormência 
contínua e ao invés dele retornar ao mesmo médico ele procura outro médico e sai com outra prescrição, e depois 
mais um e mais um. Ele fica migrando por vários médicos sem que ninguém monte uma história completa da 
dormência dele. 
PRINCÍPIO 3 
O médico de família e comunidade é o recurso de uma população definida 
O médico da família e comunidade é o acesso das pessoas ao sistema de saúde, devendo ter uma população adequada, 
sob seus cuidados, da qual possa “dar conta”. Não existe consenso sobre qual é o número ideal, mas estima-se que 
deva ficar entre 1.800 e 2.200 pessoas, o que lhe permitiria manter sua resolubilidade e disponibilidade idealmente 
com as pessoas. 
Como todo recurso de uma população precisa ser gerenciado baseado sempre em outro princípio de SUS que é a 
EQUIDADE. 
• Agendas com consultas programadas de forma organizada. 
• Horários para reuniões de equipe. 
• Momentos para trabalho em comunidade. 
• Absorver a demanda espontânea do dia em casos de urgências. 
Tem que ter espaço para atender a demanda espontânea na agenda, para reuniões de equipe. 
PRINCÍPIO 4 
A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do médico de família e comunidade. 
A relação do médico de família com cada pessoa sob seus cuidados deve ser caraterizada pela compaixão, 
compreensão e paciência, associada a uma elevada honestidade intelectual. 
Pensemos! O que é para vocês Honestidade Intelectual. 
O autor deixa livre no texto para reflexão. 
Para mim é a prática médica baseada em evidências! 
A equipe precisa prezar por trabalhar de uma forma a estar mais próximo de todos os pacientes. 
 
 
O médico morar no mesmo local que trabalha pode ser ruim e levar a um afastamento da comunidade, alguem 
pode conhece-lo e ficar com vergonha de ser sincero. 
(rever esse slide na aula)

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