Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Marcel� Cavalcant� Hipertensã� arteria� sistêmic� Pressão arterial: debito cardíaco x resistência vascular periférica Entidade clinica multifatorial caracterizada por: ✔ Níveis tensionais elevados PA>= 140x90 ✔ Alterações metabólicas e hormonais dislipidemia, intolerância a glicose, diabetes, obesidade, aterosclerose, microalbuminuria, hipercoagulabilidade ✔ Fenômenos tróficos hiperplasia e hipertrofia vascular e miocárdica (fazer exame de fundo de olho – retinopatia hipertensiva) Prevalência na população brasileira Fatores de risco para a HAS ✔ Idade ✔ Gênero e etnia ✔ Genética (ausência de padrão genético especifico no brasil) ✔ Excesso de peso e obesidade ✔ Ingestão de sal ✔ Sedentarismo ✔ Fatores socioeconômicos ✔ Resistência insulínica ✔ Dislipidemia Etiologia e Patogênese HAS primária ou essencial (85 a 90%) ✔ Hereditariedade x fatores ambientais ✔ Sistema nervoso e SRAA -> ambos aumentam o DC e a RVS ✔ Transporte iônico -> modificando o estado intracelular Aumento do tono contrátil Hipertrofia das paredes arteriolares ✔ Disfunção endotelial Menor influência do NO no relaxamento vascular Aumento do perfil vasoconstritor da endotelina ✔ Resistência insulínica Obs: em cenários bons, nos países mais ricos, apenas 40% dos pacientes possuem a HAS controlada, no Brasil é cerca de 10% apenas. Sistema renina-angiotensina-aldosterona Angiotensina II ✔ Efeito metabólico: hiperinsulinemia/ resistência a insulina, aumento da oxidação e captação do colesterol LDL, aumento da coagulação -> diabetes, obesidade, dislipidemia, fenômenos trombóticos -> aterosclerose ✔ Efeito trófico: hipertrofia e hiperplasia -> alterações estruturais -> HVE vasculopatia ✔ Efeito pressor: vasocosntrição, ativação simpática ... ✔ A angiotensina II também reduz a atividade do NO, por reduzir sua produção e aumentar sua inativação -> aumento da vasoconstrição Resistência insulínica: ✔ Leva a hiperinsulinemia que ativa o sistema simpático levando a HAS ✔ Aumenta VLDLC e TG e diminui HDLC levando a aterosclerose ✔ Aumenta PAI1 gerando fibrose ✔ Aumenta ácido úrico – não existe relação causa-efeito muito bem descrita ainda, deve sempre dosar em hipertensos Marcel� Cavalcant� Hipertensão secundária Prevalência = 3-5% ✔ Feocromocitoma e paragliomas ✔ Síndrome de cushing ✔ Hiperaldosteronismo primário ✔ Hiper e hipotireoidismo ✔ Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono – stress gerado pela baixa saturação de oxigênio ✔ Coartação da aorta ✔ Hipertensão renovascular ✔ Doença renal crônica ✔ Acromegalia ✔ Medicamentos e drogas – anticoncepcional, AINE, Deve-se excluir: ✔ Medida inadequada da PA ✔ HAS do avental branco ✔ Não adesão ao tratamento ✔ Progressão das lesões de órgão alvo da hipertensão ✔ Presença de comorbidades ✔ Interação com medicamentos Classificação da pressão arterial para adultos (medida casual) Pré-hipertensão: 121-139 x 81-89 HAS estágio 1: 140-159 x 81-89 HAS estágio 2: 160-179 x 100-109 HAS estágio 3: >=180 x >=110 Obs: a maioria dos pré-hipertensos não precisa de medicação, porém alguns sim Diagnóstico ✔ Confirmar diagnóstico de HAS ✔ Estratificar o risco Fatores de risco para doenças cardiovasculares Lesões de órgãos-alvos (nesse caso, subclínicas) Presença de doença cardiovascular ✔ Diagnosticar HAS secundária se for o caso Historia clinica + exame físico + exames complementares História clínica HDA: tempo do diagnóstico, evolução e tratamento prévio O paciente deve ser interrogado sobre: ✔ FR específicos para DCV, comorbidades, aspectos socioeconômicos e estilo de vida , uso prévio e atual de medicamentos ou outras substancias que possam interferir na medição da PA e no tratamento, pesquisar indícios que surgiram uma causa secundária ... Exame físico Medição da PA nos dois braços ✔ Peso, altura, IMC e FC ✔ Sinais de LOA: Cérebro: deficiências motoras ou sensoriais Retina: lesões a fundoscopia Marcel� Cavalcant� Coração: desvio do ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema periférico, crepitações pulmonares ✔ Sinais que sugerem causa secundária Características cushingoides Palpação abdominal: rins aumentados (policísticos) Sopros abdominais ou torácicos ✔ Índice tornozelo-braquial Medição da PAS no braço e no tornozelo em ambos os lados Normal: PAS tornozelo/PAS braquial 0,9 Medida da pressão arterial (requisitos básicos) ✔ Local confortável/braço apoiado/repouso prévio ✔ Manômetro bem calibrado, de fácil visualização e de tamanho adequado ✔ Inflar rapidamente até 30mmHg acima do desaparecimento do pulso arterial distal e desinflá-lo a uma velocidade de 2-4mmHg por segundo ✔ Realizar 2 medidas em cada consulta Avaliação complementar Rotina ✔ Sumário de urina ✔ Potássio plasmático ✔ Creatinina plasmática + estimativa da TFG ✔ Glicemia de jejum e HbA1c ✔ Colesterol total, HDL e TG plasmático ✔ Ácido úrico plasmático ✔ Eletrocardiograma Casos específicos ✔ TX tórax ✔ Ecocardiograma – mais sensível e específico – hipertrofia ventricular esquerda ✔ Microalbuminuria ✔ US carótidas ✔ Teste ergométrico ✔ HB glicada/TOTG ✔ MAPA MRPA Tratamento Fatores de risco adicionais ✔ Sexo masculina ✔ Homem maior que 55 anos ou mulher maior que 65 ✔ Historia previa de DCV prematura ✔ Tabagismo ✔ Dislipidemis Avaliação de lesão de órgão alvo ✔ Hipertrofia ventricular esquerda ✔ EMI da carótida Marcel� Cavalcant� ... Doença CV e Renal estabelecida ✔ Doença cerebrovascular ✔ Deonça da artéria coronária ✔ Insuficiência cardíaca ✔ Doença arterial periférica sintomática dos MMII ✔ Doença renal crônica estágio 4 ou albuminúria >300mg/24h ✔ Retinopatia avançada: hemorragias, exsudatos, papiledema Avaliação do risco cardiovascular adicional no hipertenso Mudanças de estilo de vida Tratamento medicamentoso da HAS ✔ A decisão terapêutica deve-se basear na estratificação de risco cardiovascular e não apenas no nível tensional ✔ A escolha do anti-hipertensivo deve levar em conta seus efeitos sobre as alterações metabólicas e tróficas ✔ A adesão do paciente ao tratamento é imprescindível para a obtenção dos benefícios Características importantes do anti-hipertensivo ✔ Não deve ser prescrito em farmácia de manipulação ✔ Ter demonstrado a capacidade de reduzir a morbimortalidade CV ✔ Ser eficaz via oral ✔ Ser bem tolerado ✔ Poder ser utilizado no menor numero de tomadas por dia ✔ Ser iniciado com as menores doses efetivas Diuréticos Mecanismo: ✔ 1 fase -> redução de volume ✔ Após 4 a 6 semanas -> reduçõ da RVS Exemplos: ✔ Tiazídicos: preferidos (hidroclorotiazida, clortalidona, indapamida SR)(a indapamida é metabolicamente inativo) ✔ De alça: na HAS associada a IR e ICC (furosemida – não tem ação de 24h) ✔ Poupadores de potássio: espironolactona (não é tão efetiva sozinha, utilizada mais em associações e em caso de IC), amilorida (em associação) Obs: existe associação de clortalidona e amilorida Betabloqueadores Mecanismo Marcel� Cavalcant� ✔ Diminuição incial do DC ✔ Reduz secreção de renina ✔ Diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas ✔ 1 opção na HAS associada a doença arterial coronária ou arritmias Exemplos: ✔ propranolol, atenolol, metoprolol ✔ Bisoprolol, carvedilol, nebivolol O mais cardiosseletivo é o bisoprolol Os principais efeitos colaterais são os bloqueios Propranolol e atenolol são contraindicados em pacientes diabéticos insulinodependentes – reduzem os sinais de alerta Nebivolol estimula liberação de NO Carvedilol também é alfa 1 bloqueador, reduzindo a rv de membros inferiores? Não são bons do ponto de vista metabólico, menos do metoprolol em diante Bloqueadores dos canais de cálcio Mecanismo ✔ Diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares ✔ Reduzem morbidade e mortalidade cardiovasculares em idosos Exemplos: nifedipino retard e oros, anlodipino, manidipino, nitrendipino Sistema renina angiotensina IECA BRA – bloqueia o receptor AT1 (vasoconstrição periférica) IDR: bloqueador direto da renina – não é tão potente quanto IECA e BRA IECA BRA ✔ Reduzem mortalidadee morbidade cardiovascular: nos hipertensos, pacientes com ICC, IAM, pacientes de alto risco para uma doença aterosclerótica ✔ Uteis na prevenção secundária do AVC ✔ Retardam declínio da função renal Exemplos: IECA: captopril (não tem ação 24 horas, a melhor posologia é a cada 8H), enalapril, benazepril BRA: losartana Marcel� Cavalcant� IDR: alisquireno Atenção: ✔ Ação metabólica ✔ Contra-indicações ✔ Efeitos colaterais ✔ Interações medicamentosas Associação medicamentosa – potenciais benefícios ✔ Complementação de ações ✔ Maior eficácia anti-hipertensiva ✔ Menor quantidade de comprimidos ✔ Minimização dos custos ✔ Maior facilidade posológica ✔ Melhor aderência ao tratamento Fluxograma do tratamento o quarto fármaco, se necessário devera ser a espironolactona
Compartilhar