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Doenças e Neoplasias de Glândulas Salivares Glândulas salivares 1) Menores: localizadas no palato duro e produzem 10% da quantidade total de saliva 2) Maiores: divididas em 3 pares (parótidas, submandibulares e sublinguais) e produzem 90% do volume salivar total a. Parótida · Desemboca pelo ducto de Stensen na altura do 2º molar · Ducto sobre o músculo masseter · Percorrida em seu interior pelo N. facial · A. Facial é anterior b. Glds. Submandibulares · Desembocam no soalho da boca · Entre os ventres anterior e posterior do músculo digástrico 3) Saliva a. Umidificam os alimentos, mantém o pH da cavidade oral e protegem os dentes por impedirem a proliferação bacteriana Lesões não-neoplásicas 1) Sialoadenites: dor e aumento da glândula a. Bacteriana (S. aureus), viral (caxumba) b. Sialolitíase c. Estenose de ductos 2) Sialoadenite Linfoepitelial a. Sd. de Sjögren: atrofia de parênquima glandular, bilateral, com presença de linfócitos – Geralmente “ataca” glds. exócrinas b. HIV: doença policística c. Linfomas de células B 3) Sialoadenose: aumento não tumoral de glândulas salivares a. Etiologia: mal definida (associação com alcoolismo, DM, desnutrição, obesidade, anorexia nervosa, doença celíaca, hepatopatia) b. Faixa etária: 40-50 anos c. Diagnósticos diferenciais: · Carcinoma · Doença de Graves · Sd. Sjögren Neoplasias benignas 1) Adenoma pleomórfico: neoplasia salivar mais comum, com importante apresentação na parótida – Nódulo de crescimento lento e indolor a. Tratamento: ressecção com margem de segurança e cápsula fibrosa 2) Tumor de Warthin: 2ª neoplasia benigna mais comum, com forte associação com o tabagismo e HIV – Nódulo de crescimento lento e indolor a. Exclusivo de parótidas b. Produção líquida no interior do tumor c. Arredondados e indolores 3) Adenoma monomórfico a. Preferência pelas glândulas parótida e submandibular 4) Oncocitoma a. Comum em pacientes entre 60-80 anos b. Importante correlação com história de irradiação de cabeça e pescoço Neoplasias malignas 1) Carcinoma mucoepidermoide: a neoplasia maligna mais comum de glândula salivar a. Clínica: nódulos fibroelásticos, indolores, com aspecto de tumor vascular (avermelhado) b. Melhor sobrevida 2) Carcinoma adenoide-cistico a. Não tem preferência por sexo b. Clínica: neoplasia de alto grau, com nódulo sólido, indolor, de crescimento lento com metástase a distância, padrão cribriforme e invasão perineural 3) Carcinoma de células acinares a. Segunda neoplasia mais frequente na infância b. Clínica: dor intermitente e paralisia facial 4) Tumor misto maligno/Tumor ex-adenoma a. Origem da transformação maligna do adenoma pleomórfico com mais de 15 anos de duração b. Clínica: invasivo, crescimento rápido e doloroso c. Pior sobrevida Obs.: quanto maior a glândula, menor a chance de malignidade (o contrário também é verdadeiro) Diagnóstico 1) US 2) TC (para avaliar invasão óssea e de estruturas adjacentes) 3) PET CT (para avaliação de metástase à distância) 4) PAAF Tratamento 1) Sialoendoscopia Sialoadenite com cálculos, obstruções e estenoses 2) Cirurgia aberta com dissecção e preservação do nervo facial a. Esvaziamento cervical Na presença de linfonodos positivos; tumor > 4 cm; paralisia de N. Facial 3) Tratamento adjuvante (nos estádios III e IV) RT e QT Daniel Lucio Willing – Escola Paulista de Medicina/Unifesp @danielwilling.med
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