Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula Embriologia – Placenta É um órgão transitório e traz consequências para o resto da vida, tanto para mãe quanto para a criança. Algumas determinações da parte cardiovascular, da parte hormonal e até mesmo de desenvolvimento cerebral. Algumas pesquisas atuais defendem a existência de um eixo placenta-cérebro. Placenta: órgão fetomaterno; Comer a placenta: tem se tornado uma prática comum. Seria uma autofagia e além, comeria o tecido do bebê. Os pontos positivos seriam o aumento da quantidade de hormônios, fazendo com que a recuperação materna seja maior, prevenção de depressão pós-parto, forneceria mais energia para a mãe, mas não é comprovado. Pontos negativos: nenhuma comprovação cientifica e uma mãe ingeriu a placenta por meio de cápsulas e teve sepsemia, morrendo por isso. Há ainda um risco de contaminação por acúmulo de drogas como anestésicos e antibióticos da cesária. • Porção fetal: a partir do trofoblasto e mesoderma extraembrionário (córion); • Porção materna: a partir do endométrio; O endométrio quando a mulher está gravida chama- se decídua por conta de modificações nesse tecido. • Membranas fetais: córion, âmnio (não tem origem na placenta, mas está aderido a ela), saco vitelino e alantóide, tudo isso se origina a partir do zigoto. • Conformam um microambiente biológico que cumpre funções respiratórias, nutritivas, renais, hepáticas e endócrinas. Não há trocas de gases no pulmão e sim a placenta, há um treinamento para o mundo exterior. Ela configura um ambiente de segurança uma vez que metade dos genes ali não são da mãe, então a placenta protege de respostas imunes. Tudo começa com a formação do blastocisto porque já tem comprometimento da função das células. Diferenciação em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, que vai se expandindo começa a formar lacunas em que o sangue que estava nos vasos preenche. Há também a ruptura de glândulas, fazendo com que as secreções se misturem com o sangue. O primeiro sistema que começa a se formar e funcionar é o sistema cardiovascular, e circulatório justamente para trazer mais nutrientes para o embrião. O blastocisto fica completamente imerso no endométrio e depois com o crescimento do embrião, ele precisa de mais espaço e então sim ele começa a crescer em direção à cavidade uterina. A partir de qual semana podemos considerar a existência de tecido embrionários que serão responsáveis pelo desenvolvimento da parte embrionária/fetal da placenta? A partir da primeira, pois deixa de ser uma mórula e passa a ser um blastocisto, que possui trofoblasto, que já é um tecido comprometido com a formação embrionária Quando existe o parto e fica um pouco do sinciciotrofoblasto, o corpo entende que está ocorrendo uma gestação, então libera hormônios de crescimento - córioncarcinoma. A ocitocina tem papel não só na contração da hora do parto, mas também para a ejeção do leite, então algumas mulheres têm um pouco de cólica quando estão amamentando. O endométrio é liberado por algum tempo depois da gravidez e o miométrio, que ficou super desenvolvido, recebe enzimas que vão degradando. Espaço formado pelas vilosidades é para que haja a troca de nutrientes entre o sangue da mãe e do feto. É uma concha citotrofoblástica. Mas não há contato entre os dois sangues, têm várias camadas de tecidos entre eles, há uma fina camada de sinciciotrofoblasto, uma camada de citotrofoblasto, mesoderma extraembrionário e a parede do capilar. Além das vilosidades de troca, temos as vilosidades de ancoragem – dão forma há concha citotrofoblástica. A superfície de troca, equivale a uma quadra de tênis oficial. As artérias umbilicais levam sangue do coração do embrião em direção aos tecidos, um deles é o tecido placentário. O sangue venoso vai em direção a placenta pelas artérias umbilicais e depois volta rico em oxigênio ao coração do embrião pelas veias umbilicais. Exteriormente, o endométrio tem cotilédones formados por vilosidades. As vilosidades coriônicas ficam ao redor de todo o embrião somente no período em que está longe da cavidade uterina. As vilosidades que ficam próximas do útero têm menor irrigação, então as vilosidades não ficam tão grandes quanto as do outro lado e começam a degradar, passando a ser chamado de córion liso, enquanto que o outro lado é chamado de córion viloso/ frondoso. Córion liso é constituído de revestimento epitelial do útero, decídua capsular, sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e mesoderma extraembrionário. Decídua basal: Onde as vilosidades ficam ancoradas, onde se estabelece as trocas. Decídua capsular: envolve o embrião em crescimento. É onde as vilosidades degeneraram. Decídua parietal: Oposta a decídua basal. Posteriormente acaba se fundindo com a decídua capsular. Todos os tecidos que formam o córion liso, inclusive a membrana amniótica, é conhecida como bolsa. Quando a bolsa estoura, primeiro sai o líquido amniótico, depois sai o bebê, que traciona o cordão umbilical e então sai o córion frondoso. Depois do bebê nascer, o que fica? Fica uma camada bem fina de endométrio, e o miométrio e depois uma camada do tecido epitelial se refaz. A progesterona faz com que haja contração, mas o principal fator é a ocitocina. A partir de qual tecido embrionário forma-se a parte embrionária/fetal da placenta? Trofoblasto e mesoderma extraembrionário. Reação decidual / decidualização – Quando há a gravidez, as células do tecido conjuntivo que formam o endométrio sofrem modificações, principalmente devido alterações hormonais. Começam a acumular material energético, tanto lipídios quanto glicogênio, justamente para que haja uma reserva de energia para o desenvolvimento da placenta. Outra coisa que acontece é o aumento do número de vasos e glândulas. Por último, ocorre migração de células chamadas natural killers uterinas (uNK). Linfócitos possuem um tipo de célula chamada de natural killer que produzem secreções extremamente citotóxicas para tentar destruir células infectadas por vírus. As uterinas não produzem substancias citotóxicas, pelo contrário, produzem células de crescimento, citocinas, quimiocitocinas que fazem uma modulação imune, ou seja, uma região de privilégio imune, onde não haverá reações exacerbadas. Elas são produzidas no sistema linfático também. Miofibroma - proliferação de células de musculatura lisa e pode também ter proliferação da parte fibrosa do tecido conjuntivo, não necessariamente maligno.
Compartilhar