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Estudo de caso

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
 PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA- PPGECIMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
 PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA- PPGECIMA
Fundamentos Do Ensino: Aspectos Históricos E Epistemológicos Das Ciências
 
ESTUDO DE CASO
GIL, Antônio Carlos. Estudo de caso. São Paulo: atlas, 2009.
PROFESSORAS: Dra. Adjane da Costa Tourinho e Silva 
 Dra. Verônica Reis Mariano
 
DISCENTES: Gracineide Barros
 Jamison Barros
 Kaique Botelho
 Tarcísio Bruno
 Vando Soares
Cap. – 01 o que é estudo de caso
A partir da leitura
 Definir;
Comparar;
Identificar razões; 
Definir as competências.
Identificar etapas;
Classificar;
Reconhecer campos;
Reconhecer vantagens e desvantagens;
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1 O que não é estudo de caso;
1.2 O que é estudo de caso;
1.3 Em que os estudos de caso se distinguem dos outros delineamentos de pesquisa; 
1.4 Como evoluíram os estudos de caso;
1.5 O que se pode pesquisar com estudos de caso;
1.6 Quais as vantagens do estudo de caso;
1.7 Quais as limitações dos estudos de caso;
1.8 Por que fazer estudo de caso.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
A expressão estudo de caso tem sido utilizada em contexto muito diferente, nem sempre se referindo exatamente à modalidade de pesquisa que é o objeto deste livro. Por essa razão, torna-se conveniente, antes de definir o que é estudo de caso, definir o que não é.
1.1 O que não é estudo de caso;
1.1.1 Estudo de caso não é uma estratégia de ensino;
Cursos universitários; (Administração, aproxima sala de aula da realidade das organizações)
Métodos de caso;
Análise e discussão de casos reais;
Propósito eminentemente didáticos;
Visa desenvolver a capacidade de análise, síntese e julgamento dos estudantes.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1.2 Estudo de caso não é um estudo exploratório;
Propósito de formulação de um problema para investigação mais aprofundada;
Envolve geralmente a revisão da literatura;
O estudo de experiências pessoais e análise de exemplos que estimulem a compreensão;
Muitos estudos de caso se enquadram na categoria de estudos exploratórios, mas a maioria dos estudos exploratórios não pode ser definida como estudo de caso.
 Levantamentos exploratórios;
 estudos experimentais exploratórios.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1.3 Estudo de caso não é pesquisa qualitativa;
Embora em alguns caso adote uma abordagem qualitativa pode ser identificados eminentemente quantitativos;
A confusão
Muitos procedimentos adotados nos estudos de casos foram “tomados de empréstimo” das pesquisas qualitativas;
Ex: o conceito de amostragem teórica, definido pelos criadores da grounded theory, e a técnica da observação participante, procedimento básico da pesquisa etnográfica;
Há pesquisadores:
Creswell (1998), apresenta estudo de caso como uma das diversas tradições da pesquisa qualitativa;
Merriam (1998) define esta pesquisa como estudo de caso qualitativo.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1.4 Estudo de caso não é análise de caso;
Enquanto método de pesquisa:
Envolve procedimento de planejamento;
Coleta, analise e interpretação de dados.
Na análise de caso:
Conjunto de informações acerca de um grupo;
Organização, comunidade, fato ou fenômeno que podem ser analisados com propósitos diversos.
São adotados como um dos procedimentos fundamentais nos estudos exploratórios.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1.5 Estudo de caso não é relato de caso;
Utilizados por pesquisadores no campo da medicina;
Casos clínicos de interesse para a comunidade científica;
Observação realizadas pelos médicos com seus pacientes;
São elaborados com finalidades de discutir por outros pesquisadores;
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.1.6 Estudo de caso não é “simulacro” de pesquisa;
Longe de se entender como pesquisa científica;
Levantamentos de dados frustrados em que o pesquisador não consegue obter um numero suficientemente grande de sujeitos e acaba transformando seu trabalho num estudo de caso múltiplos;
Estudos realizados no âmbito de uma organização (critérios de acessibilidade);
Estudos constituídos pelo histórico de uma grande organização seguido de informações obtidas em revistas de divulgação comercial;
Exaustivos comentários acerca da utilização de um procedimento;
Detalhamento de uma técnica, método, ou modelo com o objetivo de demonstrar como referido artefato se ajusta ao caso.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.2 O que é estudo de caso;
Âmbito da metodologia de pesquisa científica:
Constitui uma de muitas modalidades de delineamento (design, em inglês). Trata-se de um dos diversos modelos propostos para a produção do conhecimento num campo específico, assim como também o são o experimento e o levantamento.
 Indica princípios e regras a serem observados ao longo de todo o processo de investigação;
Envolvem as etapas de formulação e delimitação do problema, da seleção de amostra, da determinação dos procedimentos para coleta e análise de dados;
Um delineamento que são utilizados diversos métodos ou técnicas de coleta de dados, como por exemplo, a observação, a entrevista e a análise de documentos.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Algumas definições de estudo de caso
O estudo da particularidade e da complexidade de um simples caso. (STAKE, 1995).
Uma análise intensiva de uma unidade individual (como uma pessoa ou uma comunidade) enfatizando desenvolvimento em relação ao ambiente. (Merriam Webtester’s online dictionary, 2008, definição em 1875).
Identificar o estudo de caso como uma técnica particular para obter dados, é um modo de organizar os dados em termos de uma determinada unidade escolhida como a história de vida de um individuo, a história de um grupo, ou um processo social determinado. (GOODE; HATT, 1960).
Estudo profundo de uma simples unidade (ou fenômeno relativamente limitado) em que o objetivo do pesquisador é elucidar características de uma classe mais ampla de fenômenos similares. (GERRING, 2004).
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Algumas definições de estudo de caso
O pesquisador explora uma simples entidade ou fenômeno limitado pelo tempo e atividade (um programa, evento, processo, instituição ou grupo social) e coleta detalhada informação utilizando uma variedade de procedimentos de coleta de dados durante um período de tempo definido. (CRESWELL, 1994).
É a investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto estão claramente definidos. ( YIN, 2005).
Uma intensiva e holística descrição e análise de uma simples entidade, fenômeno ou unidade social. ( MERRIAM, 1998).
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Definindo estudo de caso mediante a identificação de suas características essenciais
É um delineamento de pesquisa;
Não separa o fenômeno do seu contexto;
Preserva o caráter unitário do fenômeno pesquisado;
É um estudo em profundidade;
Investiga um fenômeno contemporâneo;
Requer a utilização de múltiplos procedimentos de coleta de dados.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.3 Em que os estudos de caso se distinguem dos outros delineamentos de pesquisa;
Na área da saúde – Hierarquia de evidência: 
 Revisões sistemáticas e metanálise; 
 Ensaios clínicos randomizados; 
 Estudo de coorte; 
 Estudos de caso controle; 
 Estudos transversais e; 
 Relatos de caso. 
Naárea Ciências Humanas e Sociais – os experimentos são reconhecidos como delineamentos mais poderosos. Os levantamentos são valorizados.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.3 Em que os estudos de caso se distinguem dos outros delineamentos de pesquisa;
O Experimento – Busca reproduzir os fenômenos sob condições controladas. A dificuldade para adoção desse delineamento nas ciências sociais deve-se a diversos fatores:
O elevado número de variáveis a serem consideradas;
O caráter histórico da ação humana;
As implicações éticas.
O levantamento – É o mais sério candidato na disputa pelo titulo de padrão-ouro dentre os delineamentos de pesquisa em ciências sociais.
Estudos do comportamento;
Das opiniões;
Das crenças; dos valores; dos temores; e das expectativas das pessoas.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.3 Em que os estudos de caso se distinguem dos outros delineamentos de pesquisa;
O Estudo de Campo – constitui o modelo clássico de investigação. (Educação, Administração e Saúde Pública).
Observação;
Entrevista em profundidade;
A pesquisa documental – Muito valorizada no campo das Ciências Sociais.
Aplicada praticamente em todos os campos do conhecimento;
Principal procedimento nos estudos de natureza histórica;
Exige competência do pesquisador;
Precisa certificar-se da confiabilidade dos documentos.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.4 Como evoluíram os estudos de caso;
Os estudos de caso tem uma história cujas origens podem ser identificadas em meados do século XIX.
1.4.1 A origem médica dos estudos de caso; ( Campo da Medicina)
1.4.2 A escola de Chicago; (décadas de 1920/1930, soluções de problemas concretos na cidade de Chicago)
1.4.3 O declínio de métodos; (Movimento iniciado pelos pesquisadores da Universidade de Columbia, preconizavam maior rigor nas pesquisas sócias; valorização do método quantitativo nas Ciências Sociais);
1.4.4 O ressurgimento dos estudos de caso; (a partir da década de 1960 surgiram questionamentos sobre as bases quantitativas; crescente utilização do método etnográfico; a década de 1970, surgiram importantes trabalhos; em 1985 a mais expressiva publicação.
1.4.5 Panorama atual dos estudos de caso. Utilizados em diversas área, mas é no campo da administração que se encontra atualmente maior concentração.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.5 O que se pode pesquisar com estudos de caso;
São uteis para proporcionar uma visão mais clara acerca de fenômenos poucos conhecidos;
São adequados para a formulação de hipóteses de pesquisa;
Contribuem para a descrição de grupos, organizações e comunidades;
Podem ser utilizados para fornecer explicações acerca de fatos e fenômenos;
Podem servir como propósitos exploratórios quanto descritivos e explicativos;
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.6 Quais as vantagens do estudo de caso;
Possibilitam estudar um caso profundo;
Enfatizam o contexto em que ocorrem os fenômenos;
Garantem a unidade do caso;
São flexíveis;
Estimulam o desenvolvimento de novas pesquisas;
Favorecem a construção de hipóteses;
Possibilitam o aprimoramento, a construção e a rejeição de teorias;
Possibilitam a investigação em áreas inacessíveis por outros procedimentos;
Permitem investigar o caso “lado de dentro”;
Favorecem o entendimento do processo;
Podem ser aplicados sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos.
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.7 Quais as limitações dos estudos de caso;
São de difícil replicação;
Sua execução demanda longo período de tempo;
Não favorecem a generalização;
O processo de analise é complexo;
Exigem múltiplas competências do pesquisador;
Sua validade e fidedignidade são críticas;
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.8 Por que fazer estudo de caso;
Visão de mundo e de Ciência;
Adequação metodológica;
Busca de profundidade;
Conhecimento da realidade do ponto de vista dos sujeitos;
 análise do processo de mudança;
Ênfase na totalidade;
Cap. – 01 o que é estudo de caso
Discussões
1.9 Quais habilidades requeridas do pesquisador empenhado num estudo de caso;
Sensibilidade;
Aceitação da ambiguidade;
Habilidade para entrevistar;
Habilidade para observar;
Empatia;
Capacidade de síntese;
Perseverança e paciências;
Flexibilidade e adaptabilidade;
Abertura teórica e ideológica;
Experiência em pesquisa;
Habilidade para redigir.
Cap. – 03 Como planejar um estudo de caso
Etapas do planejamento segundo Gil (2009):
1. Escolha do tema de pesquisa;
2. Formulação do problema;
3. Definição dos objetivos;
4. Determinação do arcabouço teórico;
5. Classificação dos estudos de caso;
6. Seleção dos casos;
7. Definição das técnicas de coletas de dados;
Cap. – 03 Como planejar um estudo de caso
3.1 Como escolher o tema de pesquisa
Gil (2009) lembra que...
... A escolha do tema precede a definição da modalidade de pesquisa a ser praticada.
e,
é com sua problematização que se pode definir o delineamento adequado.
Para Gil (2009) a tarefa se resume em definir a área de interesse e escolher um dos temas que esta pode ensejar.
Interesses
Científicos 
Interesses
Práticos 
Explorar tema pouco conhecido;
Investigar um fenômeno, já bem estudado, em um contexto específico;
Construir ou aprimorar teorias; etc.
Verificar a necessidade de implantação de um serviço;
Avaliar a qualidade de um serviço ou eficácia de um programa;
Obter informações sobre prováveis consequências de uma ação; etc.
A escolha do tema pode ser determinada por...
Explorar tema pouco conhecido;
Investigar um fenômeno, já bem estudado, em um contexto específico;
Construir ou aprimorar teorias; etc.
Verificar a necessidade de implantação de um serviço;
Avaliar a qualidade de um serviço ou eficácia de um programa;
Obter informações sobre prováveis consequências de uma ação; etc.
Perguntas que auxiliam na escolha do tema:
Quais os campos de sua especialidade que mais lhe interessam? 
Quais os temas que mais o instigam?
O que lhe dá mais vontade de se aprofundar e de pesquisar?
Como formular o problema
Consideremos um levantamento visando a identificar a expectativa de voto de um segmento populacional num período definido.
Qual a expectativa de voto da região norte para as eleições presidenciais de 2018?
O problema está implícito na própria proposta de pesquisa:
Ensaio clínico multicêntrico da pravastatina em pacientes com hipercolesterolmia e múltiplos fatores de risco (BARRETTO et al., 1997.)
Consideremos, também, um ensaio clínico, em que o problema tende a ser apresentado no próprio título:
No estudo de caso (EC), a formulação do problema é mais complexa.
No lugar de problema, alguns autores (MILES; HUBERMAN, 1994; YIN, 2005; CRESWELL, 2007) preferem indicar questões de pesquisa.
Alegam que ...
1. O termo problema é mais adequado aos estudos quantitativos, que conduzem à definição de metas ou objetivos específicos ou à construção de hipóteses.
2. Os problemas de pesquisa são, em geral, apresentados com interrogações iniciando-se com “POR QUE”, sugerindo o teste de verificação de relações causa-efeito.
Creswell (2007) sugere que as questões de pesquisa se iniciem por o que ou como.
Yin(2005), embora reconheça a adequação de questões do tipo por que aos estudos de caso, NÃO considera adequado à formulações de questões do tipo “quem”, “onde”, “quanto” e “ quantos”.
Para Gil, os termos problema e questões podem ser entendidos como sinônimos. Mas o que se verifica é a tendência para iniciar as pesquisas quantitativas com a formulação de um problema e as qualitativas com a apresentação de questões de pesquisa.
Os EC’s podem iniciar 
Com um único problema
Por exemplo, como na pesquisa de Serafim (2008):
Como as organizações religiosas incentivam o empreendedorismo e apoiam o empreendedor adepto?
Com duas ou mais questões de pesquisa
Por exemplo, o estudo de caso de Machado Filho (2002) em empresas que atuam em negócios agroindustriais:
O que incentiva asempresas a se engajarem em práticas socialmente responsáveis?
Como as empresas se estruturam em termos organizacionais para lidar com as atividades de responsabilidade social?
Como definir os objetivos
Nas pesquisas qualitativas, “é preferível apresentar uma questão bem geral para não limitar a investigação (CRESWELL, 2007)
Perspectiva interpretativista
EC
Delineamento interparadigmático
Os objetivos devem...
Cobrir os diferentes aspectos do problema ou das questões de pesquisa;
Ser expressos em termos operacionais;
Se realistas;
Ser expressos com verbos de ação, como verificar, comparar, descrever, estabelecer, analisar e avaliar;
Evitar palavras como causa, impacto, relação, o quanto e em que medida.
Exemplos...
Problema: Como bares e restaurantes estão se ajustando à legislação que busca impedir o consumo de álcool por motoristas?
Objetivo: Identificar medidas tomadas por proprietários de bares e restaurantes para se ajustar à legislação que busca impedir o consumo de álcool por motoristas. 
Questões de pesquisa: Tomemos novamente o exemplo anterior de Machado Filho (2002)
O que incentiva as empresas a se engajarem em práticas socialmente responsáveis?
Como as empresas se estruturam em termos organizacionais para lidar com as atividades de responsabilidade social?
Objetivos:
Identificar fatores de incentivo que levam as empresas a se engajarem em práticas socialmente responsáveis.
Comparar as estruturas organizacionais utilizadas pelas empresas para lidar com as atividades de responsabilidade social.
Como estabelecer um arcabouço teórico
Se estabelece pela revisão da literatura, que
Consiste
na identificação, localização e análise de publicações que contêm informação relacionada ao tema da investigação, e
Contribui para
 Centrar e refinar o problema;
 Indicar o estágio atual de conhecimentos em relação ao tema;
 Proporcionar o estabelecimento de um sistema conceitual coerente;
 Identificar contribuições teóricas aplicáveis ao estudo;
 Verificar os métodos de investigação utilizados por outros pesquisadores para investigar o tema;
 Identificar possíveis resultados contraditórios na investigação prévia.
Como classificar os estudos de caso
Os EC são classificados de acordo com o(s)
ENFOQUE DISCIPLINAR
NÚMERO DE CASOS
OBJETIVOS
Segundo seus objetivos:
Exploratórios
Descritivos
Explicativos
Avaliativos
Visa obter uma visão mais acurada do problema para uma pesquisa posterior mais aprofundada.
Procuram identificar as múltiplas manifestações do fenômeno e descrevê-lo de formas diversas e pontos de vista diferentes.
Visam identificar a multiplicidade de fatores capazes de influenciar o fenômeno e construir teorias que o expliquem dentro de um contexto.
Proporcionam informações para produzir julgamentos.
Segundo o enfoque disciplinar:
Etnográficos
Históricos
Psicológicos
Sociológicos
Enfatizam a cultura de grupos e organizações.
Estudam a evolução ao longo do tempo de grupos, organizações e comunidades; Analisam o contexto histórico em que se manifestam os fenômenos.
Enfatizam indivíduos.
Enfatizam processos sociais como socialização, aculturação, competição e conflito no âmbito das diferentes instituições sociais.
Segundo a quantidade de casos
Estudo de caso único
Estudo de casos múltiplos
Referem-se a um indivíduo, um grupo, uma organização, um fenômeno etc.
São aqueles em que o pesquisador estuda conjuntamente mais de um caso para investigar determinado fenômeno
Estudo de casos múltiplos
Múltiplas unidades de análise
NÃO CONFUNDIR COM
Caso raro
Caso decisivo
Caso revelador
Estudos de síndromes raras, na medicina; condutas sociais exóticas, organizações atípicas, atividades profissionais incomuns.
Constitui um caso único que reúna todas as condições para testar uma teoria.
O fenômeno se mostra acessível apenas ao pesquisador.
Justificam a realização de estudo de caso único:
Justificam a realização tanto de caso único como de casos múltiplos
Caso típico
Caso extremo
Caso discrepante
Caso exploratório
Caso piloto
Explora ou descreve objetos que melhor expressam o tipo ideal da categoria.
Oferece uma ideia da situação limite em que o fenômeno pode se manifestar.
“passam dos limites” e, permite conhecer as características dos “casos normais”, possibilitando identificar as possíveis causas dos desvios.
Pretende obter informações básicas para proporcionar um estudo mais aprofundado.
Almeja aprimorar o processo de coleta de dados.
Como selecionar os casos
A experiência com pesquisa qualitativa vem proporcionando a definição de muitos tipos de seleção de casos. Consideremos alguns tipos de amostragem indicadas por Patton (1990):
Amostragem de casos intensivos
Os casos indicam intensa manifestação do fenômeno. Por exemplo: estudantes carentes e profissionais bem-sucedidos 
Amostragem por critério
Seleciona casos com base em algum critério prévio. Por exemplo, verificar a situação psicológica de pacientes de um hospital que nele permanecem durante um período superior à média.
Amostragem de casos propositadamente estratificada
Focaliza as características de um subgrupo particular para facilitar sua comparação com outros subgrupos.
Amostragem fundamentada em teorias
Os casos são manifestações de um construto teórico, podendo ser utilizados para reelaborá-lo, confirmá-lo ou rejeitá-lo.
Amostragem de casos oportunísticos
São casos que emergem ao longo do trabalho de pesquisa
Como definir as técnicas de coleta de dados
Os EC requerem a utilização de múltiplas técnicas de coletas de dados.
Os EC requerem profundidade, preservação do caráter unitário do caso e a não separação de seu contexto
Identificar, descrever e analisar:
LOCAL
EVENTOS
ATORES
PROCESSOS
Fenômeno
Considere o exemplo baseado em Miles e Huberman (1994)
Problema do EC: Como os policiais interpretam as leis quando detêm e indiciam suspeitos?
Cap. – 04 COMO coletar dados
4.1 Como entrevistar;
4.1.2 Quais são as diferentes modalidades de entrevista
Entrevistas estruturadas;
Entrevistas abertas;
Entrevistas guiadas;
Entrevistas por pautas;
Entrevistas informais.
4.1.1 Vantagens e Limitações da entrevista;
4.1.3 O que motiva as pessoas a participar das entrevistas
A relação que se estabelece entre entrevistador e entrevistado
4.1.4 Como preparar as entrevistas
 
Decisões importantes
 Quantas entrevistas fazer?
Quem deve ser entrevistado?
Como negociar a entrevista?
4.1.5 Como criar condições para o início da entrevista
Falar amistosamente;
Finalidade da pesquisa;
Importância da colaboração.
 Como se preparar para a gravação da entrevista ( objeto de negociação,( BEAUD; WEBER, 2007).
4.1.7 Que perguntas podem ser feitas para estimular os entrevistados?
 Strauss et al. (1981) apresentam quatro grandes categorias úteis:
Hipotéticas;
Advogado do diabo;
Situação ideal;
Interpretativas.
 4.1.8 Como formular as perguntas
 Não existe regras fixas;
 Experiência do pesquisador.
 4.1.9 Como estimular respostas a questões complexas
Respostas incompletas ou obscuras
 neutralidade
 4.1.10 Como manter o foco da entrevista
 Ser conduzida pelo entrevistador;
 Evitar discussão acerca de política, religião ou qualquer outro assunto estranho aos objetivos da pesquisa.
4.1.11 Que atitudes podem ser tomadas perante 
Questões delicadas
 Evitar que pode solucionar os problemas do entrevistado;
Exclusivamente como pesquisador.
4.2 Como observar
4.2.1 Observação espontânea;
4.2.2 Observação sistemática;( Lofland,1971), sugere seis categorias: Atos, Atividades, significados, participação, relacionamentos e situações;
4.2.3 Observação participante.
4.3 Como utilizar a documentação
 4.3.1 Quais os tipos de documentos
 É arbitrária qualquer tentativa de classificação, mas para os fins pretendidos, pode- se estabelecer a seguinte classificação:
Documentos pessoais;
Documentos administrativos;
 Material publicado em jornais e revistas;
 Publicaçõesde organizações;
Documentos disponibilizados pela internet;
Registros cursivos;
Artefatos físicos e vestígios.
4.3.2 Como utilizar histórias de vida
4.4.1 Conceituação
 História de vida é uma técnica de pesquisa que pode ser definida como “ o relato de um narrador sobre sua existência através do tempo, tentando reconstruir os acontecimentos que vivenciou e transmitir a experiência que adquiriu” ( QUEIROZ, 1988, p. 20).
4.5 Como utilizar o focus group
4.5.1 O que é focus group
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
A partir da leitura
 Definir o público alvo;
Determinar o foco;
Definir a estrutura redacional;
Estruturar as partes;
Utilizar um estilo adequado de redação;
Inserir as falas dos entrevistados no texto.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.1 Como se preparar para redigir o relatório;
6.2 Como estruturar o relatório;
6.3 Como definir um estilo de redação;
6.4 Como inserir as falas dos entrevistados;
6.5 Como combinar as falas dos informantes com comentários do pesquisador.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.1 Como se preparar para redigir o relatório;
6.1.1 Como definir o público alvo;
Variação do público quanto:
À sua forma;
Ao seu conteúdo;
À ênfase colocada em um ou outro aspecto.
É possível estabelecer suposições acerca do que este deseja conhecer em relação ao estudo realizado e, consequentemente, aprimorar o relatório tanto na relação ao seu conteúdo quanto ao estilo da redação.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.1.2 Como definir o foco;
Deve levar em consideração o objetivo original do estudo, bem como o nível de abstração obtido durante a análise dos dados.
Ex: obtenção do grau de mestre e de doutor em diferentes áreas do conhecimento;
Problematizar o tema;
Justificar a relevância da pesquisa;
Demonstrar a adequação dos procedimentos metodológicos na solução dos problemas e;
Discutir os resultados;
Cuidar para que o estilo da redação e os componentes gráficos do texto estejam conforme as boas normas de redação científica. 
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.1.3 Como definir a estrutura redacional do relatório;
Estrutura Clássica
Estrutura Narrativa
Estrutura Descritiva
Estrutura de construção de teoria
Estrutura de Suspense
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.2 Como estruturar o relatório;
6.2.1 Como estruturar a Introdução;
consta a definição do problema;
Questões de pesquisa;
As razões para sua realização;
Contexto em que se realizou a pesquisa.
Sua estrutura fica facilitada mediante a procura de resposta como: O que levou o pesquisador a escolher este tópico e não outro? Que questões a pesquisa procura solucionar? Qual (quais) a(s) unidade (s) –caso considerada (s)? Em que contexto o trabalho foi realizado? Quais os potenciais beneficiários de seus resultados?
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.2.2 Como estruturar a revisão bibliográfica;
A principal finalidade de um capítulo dessa natureza é a de proporcionar a apresentação sumarizada do arcabouço teórico que fundamentou o estudo de caso.
Informar ao leitor acerca do quanto já se investigou a respeito do assunto;
Quais indagações que ainda permanecem;
Demonstrar a competência do pesquisador para investigar o tópico.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.2.3 Como estruturar o capítulo referente à metodologia;
O pesquisador pode conduzir a pesquisa com muito mais flexibilidade e não existe um procedimento padrão a ser seguido.
Precisa descrever de maneira bem detalhada os procedimentos adotados;
Justificar a modalidade de entrevista, por que esta foi preferida em relação às outras modalidades;
Proporcionar outras informações; (circunstâncias em que foi realizada);
Discutir as limitações que cercaram sua utilização, incluindo, possíveis resistências do entrevistado, antes e durante a entrevista.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.2.4 Como estruturar o capítulo referente à descrição e interpretação dos dados;
A descrição e a interpretação dos dados constituem a parte mais importante do relatório do estudo de caso.
Recomenda-se o estabelecimento prévios do sumário com seções secundárias e se possível, terciárias e, possua familiaridade com os dados que lhe permita ter visão global de seu conjunto;
Selecionar matrizes e diagramas capazes de proporcionar a melhor visualização dos resultados;
Três componentes no processo de análise dos dados devem ser destacados: descrição particular, descrição geral e comentário interpretativo.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.2.5 Como estruturar o conclusão.
São comuns as confusões relativas ao que deve ser inserido no capítulo referente à conclusão.
Estabelecer a relação entre o problema ou questões de pesquisa, os tópicos da revisão bibliográfica e os resultados obtidos;
Proporcionar ao leitor informação acerca do alcance dos objetivos definidos no estudo.
Explanar acerca dos potenciais benefícios práticos da pesquisa;
Apresentar sugestões para pesquisas futuras.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.3 Como definir um estilo de redação;
É possível definir diferentes estilos de redação para o estudo de caso.
Clássico
Impressionista
Crítico
Formal
Literário
Confessional
Jointly told
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.4 Como inserir as falas dos entrevistados.
Os estudos de caso geram uma quantidade muito grande dos dados.
Espera-se que o pesquisador proceda ao tratamento analítico desses dados e reduza significativamente a quantidade de informações a serem apresentadas no relatório;
Proporcionar o conhecimento da realidade mediante as próprias formas de expressão das pessoas;
O pesquisador precisa ter habilidade suficiente para reduzir e parafrasear os textos obtidos;
A seleção das falas deve ser feita com cuidado suficiente para representar com fidedignidade os pensamentos , as sensações e as ações dos sujeitos da pesquisa.
Cap. – 06 COMO REDIGIR O RELATÓRIO
Discussões
6.5 Como combinar as falas dos informantes com os comentários do pesquisador
O grande dilema na redação do relatório de um estudo rico em relação aos dados obtidos é o de combinar as falas dos informantes com os comentários do pesquisador.
Os relatórios mais atraentes e que apresentam maior chance de serem lidos são aqueles em que as falas são exibidas e os comentários são feitos em sequência.

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