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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA UROGENITAL
O sistema urogenital é constituído pelos sistemas urinário e genital que estão intimamente associados. Ambos desenvolvem-se a partir do mesoderma intermediário, que se estende ao longo de toda a parede dorsal do corpo do embrião.
O dobramento do embrião no plano horizontal leva o mesoderma intermediário a posição ventral. A crista longitudinal de mesoderma, de cada lado da aorta primitiva, na região do tronco, é denominada saliência urogenital que dá origem a partes do sistema urinário e genital. A porção que origina o sistema urinário é denominada de cordão nefrogênico e a parte que dá origem ao sistema genital é conhecida como saliência gonadal ou genital.
1. Desenvolvimento dos rins
O sistema urogenital se desenvolve a partir do:
• Mesoderma intermediário;
• Mesotélio que reveste a cavidade abdominal;
• Endoderma do seio urogenital;
O sistema urinário começa a se desenvolver cerca de 3 semanas antes do sistema genital ficar evidente. Três renais sucessivos se desenvolvem:
• O pronefro, que é vestigial e não funcional;
• O mesonefro, que serve como um órgão excretor temporário;
• O metanefro, que se torna o rim permanente;
O metanefro, ou rim permanente, se desenvolve a partir de duas fontes:
• O divertículo metanéfrico, ou broto uretérico, que dá origem ao ureter, pelve renal, cálices e túbulos coletores;
• A massa metanéfrica de mesoderma intermediário, que dá origem aos nefrons.
No início, os rins estão localizados na pelve, mas, gradualmente, ascendem para o abdome. Esta migração aparente resulta do crescimento desproporcional das regiões lombra e sacra do feto. As anormalidades do desenvolvimento dos rins e ureteres são comuns. A divisão incompleta do rim metanéfrico resulta em ureter duplo e rim supranumerário. A não ascensão do rim de sua posição embrionária na pelve resulta em um rim ectópico, com rotação anormal.
2. Desenvolvimento da Bexiga
A bexiga urinária se desenvolve do seio urogenital e do mesênquima esplâncnico circundante. A uretra feminina e quase toda uretra masculina têm origem semelhante. A extrofia da bexiga resulta de um defeito raro da parede ventral do corpo, através do qual a parede posterior da bexiga urinária faz protrusão pela parede abdominal. Nos homens, a epispádia é uma anomalia associada comum.
OBS: O sistema genital se desenvolve em íntima associação com o sistema urinário ou excretor.
3. Desenvolvimento das gônadas, genitálias e órgãos reprodutores
O sexo genético é estabelecido na fertilização, mas as gônadas só começam a ter características sexuais na sétima semana. As células germinativas primordiais formam-se na parede do saco vitelínico, durante a quarta semana e migram para as gônadas em desenvolvimento, onde se diferenciam em células germinativas (ovogônias/ espermatogônias). A genitália externa não adquire características masculinas ou femininas distintas até a décima segunda semana. Os órgãos reprodutores se desenvolvem a partir de primórdios, que são idênticos em ambos os sexos. Durante o estágio indiferenciado, um embrião tem potencial para se desenvolver tanto como homem quanto como mulher.
O sexo gonadal é determinado pelo fator determinante do testículo (FDT) do cromossomo Y. O FDT localiza-se na região determinante do sexo (SRY) do braço curto do cromossoma Y. O FDT direciona a diferenciação testicular.
•
Desenvolvimento dos ductos genitais
As células intersticiais (Leydig) produzem testosterona, que estimula o desenvolvimento dos ductos mesonéfricos em ductos genitais masculinos. Estes androgênios também estimulam o desenvolvimento da genitália externa indiferenciada em pênis e escroto. A substância inibidora de Muller, produzida pelas células de Sertoli do testículo, inibe o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos (primórdios dos ductos genitais femininos).
Na ausência do cromossomo Y e na presença de dois cromossomos X, os ovários se desenvolvem, os ductos mesonéfricos regridem, os ductos paramesonéfricos transformam-se no útero e nas tubas uterinas, a vagina se desenvolve a partir da placa vaginal, derivada do seio urogenital, e a genitália externa indiferenciada se diferencia em clitóris e lábios (grandes e pequenos).

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