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Transtornos alimentares

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Transtornos alimentares 
Comumente, acometem mais adolescentes e jovens, 
principalmente, do sexo feminino. 
Impacta a estrutura das refeições, o comportamento 
alimentar e o modo como os indivíduos se alimentam. 
São classificados de acordo com o DSM-V e/ o CID-10. 
Anorexia Nervosa 
 
a. Restritivo: o sujeito, além da restrição 
alimentar em função de dieta/ jejum, ele, 
também, utiliza de exercícios físicos 
extenuantes para a perda de peso; 
b. Purgativo/ compulsivo: o paciente pode ter 
alguns episódios de alimentação excessiva e 
outros purgativos, os quais envolvem a 
utilização de laxantes e diuréticos e até mesmo 
o vômito autoinduzido. 
Características comuns de pacientes com anorexia 
nervosa: 
- Acomete, principalmente, adolescentes, que têm 
como início da doença uma dieta restritiva, iniciada 
com o descontentamento com o peso/ forma corporal. 
A progressão pode levar a um quadro de desnutrição, 
que é comum à anorexia nervosa. 
- Há um medo intenso de ganhar peso; 
- Hábito alimentar com manias secretas durante o 
momento da refeição.; 
- Há a preparação de alimentos de forma separada, 
sem consumir os alimentos da família. Outros, gostam 
muito de fazer comida para a família, mas não comem 
disso; 
- Eles tendem a um comportamento de isolamento, em 
função dessa restrição alimentar. 
- Em relação à estrutura da alimentação e ao 
comportamento alimentar, eles nem sempre têm 
refeições regulares. É comum que diminuam a 
quantidade de refeições e a quantidade ingerida em 
cada uma delas. 
- Ainda, é comum que cortem os alimentos em 
pequenos pedaços e mastigarem muito, para mascarar 
o comportamento alimentar. 
- Dentre as escolhas alimentares, relatam a preferência 
de light, diet, legumes e frutas. Trazem aversões 
alimentares aos carboidratos e doces, carnes 
vermelhas, além das gorduras alimentares, como as 
manteigas. 
- O tratamento para os transtornos alimentares deve 
acontecer com uma equipe multidisciplinar. Envolve, 
portanto, médico psiquiatra, clínico geral, 
nutricionista, terapeuta comportamental, enfermeiro, 
educador físico etc. Podem ser realizados em regime 
ambulatorial e hospitalar, a depender do quadro do 
paciente. 
- A TCC apresenta bons resultados nos tratamentos. 
- Uma anamnese bem detalhada é imprescindível. 
Perguntas muito direcionadas podem atrapalhar o 
tratamento. Deve-se perguntar, inicialmente, como era 
a alimentação do paciente durante a infância, por 
exemplo, ao invés de perguntar, de cara, como o 
paciente começou a desenvolver o transtorno 
alimentar. 
- Deve-se questionar os hábitos diários, para estipular 
os momentos de alimentação e orientar a atuação dos 
profissionais. 
- Deve-se perguntar sobre as atividades físicas, como 
frequência/ duração, e ver a possibilidade de ser um 
método compensatório. 
- Sobre hábito intestinal e diurese, deve-se buscar 
saber se são utilizados métodos compensatórios, como 
remédios. 
- Para saber o hábito alimentar atual, é válido fazer um 
recordatório das últimas 24 horas. 
- O plano alimentar traçado pelo profissional deve ser 
evoluído toda semana. O início dele não deve ser já 
com base em um peso ideal, porque pode acontecer a 
Síndrome de Realimentação. 
- Na avaliação antropométrica, mede-se peso e altura 
(IMC e adição nos valores das curvas de crescimento, 
se forem crianças), além das pregas cutâneas. Deve-se 
saber quais foram os pesos máximo e mínimo e como 
foi toda essa história. 
- O manejo do paciente com anorexia nervosa deve 
avaliar: 
 - Reposição de peso semanal: em acordo com 
toda a equipe. 
 - A combinação de peso semanal é importante 
= paciente se pesa semanalmente. 
 - Estabelecer com os responsáveis + pacientes 
qual é a meta de peso final, o qual, normalmente, está 
dentro do IMC normal. 
- Objetivos: normalização do peso, correção das 
sequelas biológicas e psicológicas da desnutrição, 
cessar as práticas feitas para a perda de peso e tentar 
auxiliar no distúrbio da imagem corporal. 
BULIMIA NERVOSA 
 
- Comportamentos comuns: 
a. Incômodo de comer na frente de outras pessoas, 
fora de casa, justamente, por conta da compulsão; 
b. Gastam muito tempo pensando no período de 
compulsão; 
c. Relatam que a escolha dos alimentos que comporão 
os episódios de compulsão é aquela que eles têm mais 
restrição no cotidiano. 
d. Podem estabelecer uma relação de tudo ou nada: 
muita restrição e, depois, compulsão. 
e. Há episódios de compulsão feitos para lidar com 
problemas emocionais do sujeito. Então, também é 
recomendado o tratamento psicoterápico juntamente 
com o acompanhamento nutricional. 
f. Podem ser observadas dificuldades para a seleção 
dos alimentos que irão consumir. Os critérios variam 
entre paladar, calorias, desejo ou se o alimento tem 
fácil purgação. 
g. CICLO: Restrição, compulsão e purgação. 
- Uma das funções dos trabalhos da equipe profissional 
é tentar minimizar os períodos de restrição, porque, se 
ele ficar mais saciado, diminuirão os episódios de 
compulsão e purgação. 
- Quando o método compensatório for o vômito 
autoinduzido, os profissionais de saúde poderão 
avaliar: 
a. Sinal de Russel (são lesões no dorso da mão, 
calos ou cicatrizes nas articulações 
metacarpo-falângicas, como consequência de 
introduzir a mão na boca para induzir o 
vômito repetidas vezes); 
 
b. Aumento das glândulas parótidas; 
c. Erosão do esmalte dentário (dentista observa 
mais); 
- Em alguns casos é necessário o uso de medicações 
além da psicoterapia. 
- Na avaliação nutricional, é necessário investigar o 
hábito alimentar, as atividades diárias, como exercícios 
físicos, hábito intestinal e diurese. 
- O manejo do comportamento alimentar pode ser 
feito a partir do uso do diário, que deve ser feito pelo 
paciente durante alguns dias. Serve para o paciente 
como um instrumento de auto monitoramento e, para 
os profissionais da saúde, para desmistificar crenças 
errôneas quanto ao consumo alimentar e o peso. O 
paciente deve ser orientado para relatar sentimentos 
no comento da alimentação. 
- Tratamento: diminuir/ as restrições autoimpostas e, 
portanto, as compulsões. Deve-se trabalhar a 
variedade alimentar e a estrutura das refeições. 
Auxiliar no TGI, que, por conta das más escolhas 
alimentares, pode estar prejudicado. Trabalhar a 
imagem corporal do sujeito. 
TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR 
PERIÓDICA (TCA) 
 
- Não são presentes métodos compensatórios no 
intuito de perda de peso. 
- Comportamentos tipicos: 
a. Comem em grandes quantidades de comida em 
alguns episódios, sem saborear os alimentos. 
b. Saem de casa para comprar os alimentos da 
compulsão; 
c. Os episódios são interrompidos pela finalização do 
alimento ou pelo desconforto físico. 
d. Se sentem muito deprimidos após episódios de 
superalimentação; 
e. Os episódios de compulsão têm consumo calórico de 
até 15 calorias- excessivo! 
- A avaliaçaõ nutricional é de grande valia. Observar a 
história alimentar, comportamentos alimentares 
típicos, hábitos diários, tipo de atividade física. 
- Quando cursa com sobrepeso e obesidade, deve-se 
avaliar as comorbidades; 
- Tratamento precisa de equipe interdisciplinas e 
psicoterapia, além da possibilidade de necessidade de 
fármacos. 
- Manejos: organizar os alimentos a serem ingeridos 
em cada refeição e orientar para que o paciente se 
sirva de uma vez só; orientar que o paciente se sente à 
mesa para comer e esteja acompanhado; mastigue 
bem, para aumentar a saciedade; não vá ao 
supermercado/ faça compras com fome; incentivar 
que ele não pule refeições, ainda que tenha tido algum 
episódio de compulsão. 
TRANSTORNOS ALIMENTRES/ DA ALIMENTAÇÃO 
- Surgiram no DSM-V; 
- Têm formas atípicas das doenças. O tratamento deve 
ser direcionado para as doenças com as quais mais se 
assemelham. 
- Pode acontecer a troca de diagnóstico: cross over.

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