Buscar

Exame Neurológico do Sistema Motor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Exame Neurológico do Sistema Motor- Força 
muscular, tônus e reflexo 
FORÇA 
Graduação da força: 
• Grau 0: nenhum movimento; 
• Grau 1: esboço de movimento, contrai 
músculo; 
• Grau 2: não vence a gravidade; 
• Grau 3: vence a gravidade, sem vencer a 
resistência; 
• Grau 4-: movimento mínimo contra a 
resistência; 
• Grau 4: movimento moderado contra a 
resistência; 
• Grau 4+: movimento submáximo contra a 
resistência; 
• Grau 5: força normal. 
Grau 0, dizemos que é plegia. Força diminuída é 
paresia. 
- Trajeto da ordem direita 
 
Para pegar um copo com a mão direita, o neurônio 
motor superior no córtex à esquerda emite uma 
ordem. Ela desce via coroa radiada, capsula interna, 
tronco cerebral e cruza na pirâmide bulbar. Chega na 
medula e faz sinapse com segundo neurônio motor, no 
corno anterior. Esse segundo neurônio emite uma raiz 
nervosa motora, que, posteriormente, se junta com a 
raiz nervosa sensitiva, formando um nervo periférico. 
Ele vai até a junção neuromuscular, na placa motora, e 
sinaliza pro músculo, que faz o movimento. 
Em qualquer desses pontos, quando há lesão, há 
fraqueza. Uma lesão no neurônio motor primário, 
teremos uma AVC. 
 
Lesão no corno anterior da medula caracteriza uma 
neuronopatia. Exemplo: Poliomielite. Consequência: 
fraqueza/ astenia. 
Lesão na raiz nervosa/ nervo periférico. Padrão de 
fraqueza ascendente, progressivo: síndrome de 
Guillain-Barré. 
Se o problema for a nível de fibra motora. Pensar na 
miastenia gravis, no botulismo. 
Se a doença for no próprio músculo, teremos miopatia. 
Exemplo: distrofia muscular de Duchenne. 
- Graduação da força: Devo fazer uma manobra de 
oposição, para que o paciente resista contra sua 
própria força. Testo cada grupo muscular 
separadamente. Ex: peço para ele apertar minha mão, 
resisto contra os dedos com a mão aberta. De modo 
geral, para cada grupamento muscular, testo flexão e 
extensão do membro. Em alguns grupamentos 
musculares, peço abdução e adução. Exemplo: nos 
braços e nas coxas. 
Preciso testar face, pescoço, língua...o máximo 
possível. 
- Manobras de oposição de forma (contra resistência) 
- Manobras deficitárias: 
• Mingazzini de membros superiores: braços 
estendidos em posição supina. Manter assim 
por 2 minutos. Quando há déficit, a mão 
normalmente cai pronando. 
• Mingazzini de membros inferiores: paciente 
em decúbito dorsal. Formo ângulo de 90º 
entre quadril e coxa e entre coxa e perna. 
• Barré: paciente em decúbito ventral. Deve 
formar um ângulo de 90º entre perna e coxa. 
 
Serve para confirmar diagnóstico. 
TÔNUS 
 - Definição: tensão no músculo relaxado ou resistência 
a movimento passivo na ausência de contração 
voluntária. 
Portanto, o paciente não pode ajudar na hora do 
exame. 
- Principais manobras: 
• Palpação: de todo o grupamento muscular; 
• Movimentação passiva 
Se for necessário, usar manobras de distração. 
- Achados: 
• Hipotonia: 
o Doença de neurônio motor inferior; 
o Doenças cerebelares; 
• Hipertonia: 
o Hipertonia plástica= Rigidez 
extrapiramidal: rigidez. Típica de 
doença de Parkinson. Rigidez aos 
poucos, por todo o movimento. 
o Hipertonia espástica= Espasticidade. 
Típica de AVC. Sinal do canivete: Força, 
força, força, relaxa. 
• Fenômeno miotônico: é uma alteração no 
relaxamento muscular. Paciente fica 
contraindo por mais tempo. Exemplo: distrofia 
miotônica de Steinert ou canaliculopatias. 
REFLEXOS 
 
 
Um arco reflexo simples- patelar. Bato o martelo no 
tendão muscular, há um impulso aferente que vai até 
a coluna posterior da medula. Esse nervo sensitivo faz 
sinapse com o neurônio motor no corno anterior da 
medula, onde está o neurônio eferente. De lá, segue 
para o músculo, que projeta a perna para frente e para 
cima. 
- Graduação dos reflexos osteotendíneos: 
• Grau 0: ausentes; 
• Grau 1: hipoativos; 
• Grau 2: normoativos; 
• Grau 3: vivos (ainda está dentro do normal); 
• Grau 4: exaltados (patológicos)/ Clônus (ex, ao 
fazer a dorsoflexão do pé, tenho movimentos 
reflexivos que “tendem ao infinito”). Aqui 
também entra o sinal de Babinski. 
 
Sinal de Hoffman 
 
Sei que há hiperreflexia quando a área reflexógena está 
aumentada. 
Caso 1: Lesão de primeiro neurônio motor. O tônus 
está aumentado (rigidez espástica); reflexo 
aumentado/patológico. 
Caso 2: Lesão de segundo neurônio motor, como a 
poliomielite. O tônus está diminuído e os reflexos 
também. 
Caso 3: Síndrome de Guillain-Barré. A força está 
diminuída e o reflexo está muito diminuído, até 
ausente. O tônus está normal ou um pouco diminuído. 
- Seis reflexos mais importantes: 
• Bicipital: no tendão do bíceps, coloco o dedo e 
bato o martelo. Testo o nervo músculo-
cutâneo e a raiz nervosa de C7. 
• Tricipital: Bato o martelo pouco a cima do 
cotovelo do paciente, que está com o braço 
relaxado, porque eu estou apoiando. Testo o 
nervo radial e a raiz nervosa de C6. 
• Estilorradial: Bato no rádio do paciente. Texto 
o nervo radial e a raiz nervosa de C6. 
• Patelar: Bato pouco a baixo do joelho. Texto o 
nervo femural e a raiz nervosa de L2 e L4. 
• Aquileu: Texto no tendão de Aquiles. Avalio o 
nervo isquiático e a raiz nervosa sacral. 
• Reflexos superficiais: cutâneo-abdominais, nas 
regiões superior, média e inferior.

Outros materiais