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ANTIBIÓTICOS É o quimioterápico produzido por organismos (microorganismos, vegetais superiores ou animais) ou cuja a porção fundamental da molécula tenha sido obtida a partir de produtos de organismos vivos. São fármacos ativos no tratamento de infecções, capazes de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos ou destruí-los sem afetar as células do hospedeiro. A bactéria Gram-positiva retém o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de coloração final. GRAM + Parede bacteriana tem apenas 1 camada de peptideoglicano, de espessura 20-80nm Streptococcus sp, Staphylococcus sp, Enterococcus sp, Peptostreptococcus sp, Clostridium sp GRAM - Parede bacteriana tem 2 camadas: uma de peptideoglicano de 1nm, e outra de lipopolissacarídeo, entre as camadas tem o espaço periplasmatico: Haemophilus sp, Moraxella sp, Familia Enterobacteriaceae, E. coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp, Enteroobacter sp, Serratia sp, Citrobacter sp, Pseudomonas sp, Bacteroides sp, Salmonella. Tipos de ação: Efeito bacteriostático: o crescimento é inibido, mas não ocorre morte celular. Os agentes bacteriostáticos são frequentemente inibidores de síntese proteica e actuam por ligação aos ribossomas; Efeito bactericida: ocorre morte das células mas não há lise celular; Espectro: é o percentual de espécies sensíveis ao antibiótico; Pequeno: atuam somente em um grupo; Ampliado ou estendido: são eficazes contra G+ e também contra um nº significativo de G; Amplo espectro: afetam uma ampla variedade de espécies bacterianas. Mecanismos de Resistência: Algumas bactérias são intrinsecamente resistentes a certos antibióticos. As bactérias sensíveis podem adquirir resistência. Ocorre por: mutação de genes residentes ou aquisição de novos genes. Esses genes passam entre as células por plasmídeos. -Modificação Estrutural do Sítio de Ação: Com a mudança estrutural, o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio da bactéria. Alterar a entrada do antibiótico: Diminuição da permeabilidade Antibióticos geralmente entram nas bactérias através de canais protéicos (porinas) da parede celular Alterar a captação de antibióticos aumento do Efluxo: Bombas no interior da bactéria fazem com que assim que o antibiótico entre ele seja “jogado fora”. Inativação do Antibiótico: As enzimas destroem o antibiótico ou impedem que eles se liguem ao sítio de ação AS ENZIMAS DESTROEM O ANTIBIÓTICO OU IMPEDEM QUE ELES SE LIGUEM AO SÍTIO DE AÇÃO: Antibióticos -lactâmicos: Clássicos: Penicilinas e Cefalosporinas; Não-clássicos: monobactâmicos e carbapenens. Polipeptídios: Vancomicina; PENICILINA: Ácido 6-aminopenicilâmico Fundamental para atividade biológica Composta por: grupo amino secundário, Anel - lactâmico, Anel tiazolidínico, Radical R determina atividades farmacológicas das diferentes penicilinas. As penicilinas fazem parte do grupo de betalactâmicos. São antibióticos que possuem em sua composição o anel betalactâmico. Inibem Gram + e – Ação: penicilina se ligam a PBP (proteína ligadora da penicilina) da membrana plasmática, inibindo a produção da parede bacteriana, causando morte celular. Nos gram - tem que atravessar o espaço periplasmático para atingir a MP, por isso existe mais resistência. MECANISMO DE AÇÃO: Essa ação é explicada pela semelhança da penicilina com o substrato D-ALA-D-ALA. Impede a síntese bacteriana bactericida. Penicilina inativa transpeptidase e outras proteinas enzimáticas. As bactérias podem alterar as proteínas que se ligam a penicilina (PLP) Resistência. As enzimas beta-lactamases são PLP que catalisam a hidrólise do anel beta-lactâmico dos antibióticos B-lactâmicos. A inibição da síntese do peptiodioglicano ativa um sistema enzimático autolítico. Penicilina ativa o sistema autolítico ativando com mais intensidade lise e morte. Fenômeno da Tolerância Mutantes bacterianos que não possuem o sistema autolítico, assim a penicilina inibe o crescimento, mas não destrói. Beta-lactâmicos exercem seus efeitos se as bactérias estiverem em crescimento sintetizando a parede celular. CLASSIFICAÇÃO: 1-Penicilina G 2-Penicilina V 3-Penicilina penicilinase-resistente 4- Penicilinas de espectro ampliado 5- Penicilinas anti-pseudomonas PENICILINA G (benzilpenicilina): PENICILINA G CRISTALINA Via EV; uso em infecções graves e em internação hospitalar. PENICILINA G PROCAINA (despacilina) Via IM; uso em infecções de gravidade intermediaria (ex. Erisipela) PENICILINA G BENZATINA (benzetacil) Via IM; penicilina de liberação lenta, efeito durante 10 dias. Uso em faringoamgdalite e impetigo por Estreptococco e sífilis. EFICAZ CONTRA: Coccos gram +, Streptococcus pyogenes grupo A Streptococcus galactie grupo B, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae (pneumococco), Bacilos gram+, Listeria monocytogenes, Coccos gram +, Neisseria meningites, Anaerobios da orofaringeEspiroquetas, Treponema pallidum, Lepstospira interrogans. OBS: A maioria dos gram - são resistentes, pois a penicilina G não atravessa as porinas. PENICILINA G (benzilpenicilina) FARMACOCINÉTICA Pode ser administradas pelas vias oral, intramuscular e intravenosa. As preparações usadas por via oral podem ser inativadas pelo suco gástrico, e sua absorção é imprevisível. A porcentagem de absorção das preparações orais varia de 20 a 30%, ao nível do duodeno. Quando administrada por via oral, a adultos em jejum, 30 a 60 minutos observa-se o nível sérico máximo da droga. Por via intramuscular os níveis sanguíneos máximos da droga são atingidos 15 a 30 minutos após a injeção de penicilina cristalina em solução aquosa. Pela via intravenosa, com essa forma de penicilina os níveis séricos máximos são atingidos imediatamente. Esses níveis são de quatro a cinco vezes maiores do que os obtidos por via oral. FARMACOCINÉTICA A placenta é facilmente atravessada pela benzilpenicilina. A eliminação da benzilpenicilina é muito rápida. Na administração parenteral, a droga é eliminada, na taxa de 60 a 90%, pela urina, 1 hora após sua administração, principalmente pelo mecanismo de secreção tubular. Esse tipo de excreção pode ser retardado da probenecida. Uma pequena parte da droga é excretada pela bile e cerca de 20% são metabolizados, produzindo derivados inativos do ácido penicilóico. PENICILINA V: FARMACOCINÉTICA: A penicilina V foi desenvolvida para obviar a desvantagem da benzilpenicilina ou penicilina G de ser inativada pelo suco gástrico, tendo como vantagem a possibilidade de ser administrada por via oral. É absorvida na taxa de 60%, principalmente ao nível do duodeno. A presença de alimento, ao contrário do que acontece com a benzilpenicilina , não interfere na absorção da penicilina V. A distribuição da penicilina V é ampla. É eliminada rapidamente pelos rins, pelos mecanismos de secreção tubular renal. A probenecida (remédio para gota que inibe a secreção da penicilina V nos túbulos renais e elevando suas concentrações plasmáticas) retarda essa eliminação. A meia-vida da penicilina V dura aproximadamente 30 a 60 minutos É metabolizada na taxa de 55% em derivados do ácido penicilóico. INDICAÇÕES: Faringite estreptocócica por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A, durante 10 dias. Piodermas estreptocócicosbrandos, infecção brandas do trato respiratório superior por Streptococcus pneumoniae. Profilaxia secundária da febre reumática ( deve-se preferir a penicilina G benzatina) e profilaxia, por via oral, em certos pacientes da alto risco, antes de intervenção dentária ou cirúrgica e instrumentação no trato respiratório superior. PENICILINAS PENICILINASES- RESISTENTES Nesta categoria as penicilinas, também chamadas de antiestafilocócicas, caracterizam-se por sua capacidade de resistir a ação de penicilinases, especialmente produzidas por Staphylococcus aureus. São representadas pela Meticilina, Nafcilina, e pelas penicilinas Isoxazolíticas ou Izoxazolilpenicilinas (Oxacilina, Cloxacilina e Dicloxacilina) São B-lactâmicas. Em nosso meio a única droga deste grupo utilizada na pratica é a oxacilina, enquanto a meticilina é importante apenas para os testes de antibiograma. Meticilina tem alta toxicidade, pode causar nefrite intersticial. As penicilinas penicilinase-resistentes têm atividade mínima ou nula contra bactérias Gram -. Atualmente a oxacilina é considerada a droga mais eficaz contra o S.aureus, excluindo-se apenas as cepas MRSA. Por ser mal absorvida pelo trato GI, a oxacilina deve ser administrada por via IV. PENICILINA DE ESPECTRO AMPLIADO: Estão nesse grupo: 1- Penicilinas da segunda geração ou Aminopenicilinas: Ampicilina, Amoxilina, Bacompicilina, Ciclacilina. 2- Penicilinas da terceira geração ou Antipseudomonas: Carbenicilina, Ticarcilina. 3-Penicilinas da quarta geração: Azlocilina, Mezlocilina. Piperazinopenicilina: piperacilina As aminopenicilinas foram às primeiras penicilinas com atividade contra bactérias Gram-negativas. Pertencem a esta classificação a amoxicilina e ampicilina. AMPICILINA: A ampicilina é uma penicilina de amplo espectro, resistente à ação do suco gástrico, porém sensíveis às beta-lactamases. Pertencem a classe das aminopenicilinas Pode ser administrada pelas vias oral, intramuscular e intravenosa ESPECTRO ANTIBACTERIANO É ativa in vitro contra a maioria das bactérias Gram-positivas, estafilococos, estreptococos, com exceção dos estafilococos produtores de beta- lactamases. Além de cocos Gram- positivos, bactérias anaeróbias com exceção de algumas bactérias É ativa contra algumas bactérias Gram- Negativas. A ampicilina é hidrolisada pelas beta- lactamases produzidas por diversas bactérias. INDICAÇÕES É bactericida, possui elevado índice terapêutico. Cistite aguda bacteriana, pielonefrite aguda, epidídimo- orquite aguda, gonorréia não complicada ou disseminada, meningite, pneumonia, infecções cultâneas, otite média aguda, sinusite aguda, entre outros. AMOXICILINA: A amoxicilina é uma penicilina de amplo espectro, porém sensíveis as beta- lactamases. Administradas por via oral. Pertence à classe das aminopenicilinase. ESPECTRO ANTIBACTERIANO Similar à da ampicilina, porém exerce menor atividade contra espécie de Shigella. É inativada pelas beta-lactamases produzidas por diversas bactérias como S. aureus, H. Influenze, N. gonorrhoeae e várias enterobactérias, como E. coli e Salmonella sp. INDICAÇÕES: INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS: Faringite, amigdalite, otite média, sinusite, impetigo, erisipela, pneumonia INFECÇÕES PNEUMOCÓCICAS: Pneumonia INFECÇÕES GONOCÓCICAS SÍFILIS INFECÇÕES ESTAFILOCÓCICAS: Broncopneumonia, septicemia, meningoencefalites, abcessos, osteomielites, furúnculos INFECÇÕES POR BACILOS GRAM- NEGATIVOS INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS OBS: A amoxicilina é usada profilaticamente por dentistas em pacientes de alto risco, para prevenção da endocardite bacteriana. PENICILINAS ANTIPSEUDOMONAS: CARBENICILINA A carbenicilina é uma penicilina semi-sintética, sensível à ação do suco gástrico e das beta- lactamases. Pertence ao grupo das penicilinas antipseudomonas. ESPECTRO ANTIBACTERIANO: Ativa contra a maioria dos cocos Gram- positivos e Gram negativos, mas nessas indicações, é muito menos ativa que a benzilpenicilina e a ampicilina. A maior vantagem clínica da carbenicilina consiste na sua atividade contra diversas raças de Pseudomonas aeruginosa e também ativa contra cepas de Acinetobacter e, entre os anaeróbios, Fusobacteruim e Bacteroides. Como a carbenicilina é sensível à ação de beta-lactamases, o aparecimento de raças resistentes de bacilos Gram-negativos é muito comum. RESISTÊNCIA ÀS PENICILINAS: O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina baseia-se na produção de Beta-lactamases, enzimas que degradam o anel betalactâmico impedindo assim a ação ATB. PBP ou PLP (proteína ligadora de penicilina) com baixa afinidade pelos antibióticos. OBS: As penicilinas exercem sua ação antimicrobiana ao se ligarem e inativarem as proteínas ligadoras de penicilina (PBP). Porinas que dificultam ou impedem a passagem do antibiótico. A produção de betalactamase é o principal mecanismo de resistência dos Gram - aos antibióticos betalactâmicos. Haemophilus influenzae , moraxella catarrhalis , eschechia coli , proteus mirabilis, salmonella sp. Produzem beta lactamase que os tornam resistentes às penicilinas e cefalosporinas de 1 º geração. OBS: A associação de antibióticos betalactâmicos com inibidores da betalactamase (clavulanato, ulbactam, tazobactam) tem ampliado significativamente o espectro desses antibióticos. PENICILINAS + INIBIDORES DE BETALACTAMASE: As duas primeiras associações – AMOXACILINA + CLAVULANATO = CLAVULIN E AMPICILINA + SLBACTAM =UNASYN. Tem eficácia garantida contra gram + (incluindo S.aureus oxacilina sensível) , gram - e anaerobios Sendo excelentes drogas para o tratamento de infecções comunitárias polimicrobianas do tipo pneumonia aspirativa, pé diabético infectado, sinusite crônica. Outras associações do mercado: TICARCILINA + CLAVULANATO (TIMENTIN) E PIPERACILINA + TAZOBACTAM (TAZOCIN) Esses tem um espectro ampliado para P. aeruginosa. São excelentes drogas para o tratamento de infecções nosocomiais (infeções hospitalares) como a pneumonia. EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE DAS PENICILINAS: Hipersensibilidade, Diarréia, Nefrite (meticilina), Neurotoxicidade, Toxicidade hematológica (ticarcilina, carbenicilina), Toxicidade catiônica. CEFALOSPORINAS: São B-lactâmicos muito parecidas estruturalmente e funcionalmente com as penicilinas. Classificação em gerações: Depende do espectro de ação: 1º, 2º, 3º e 4º. Espectro contra Gram positivos e Gram negativos. Não são ativas contra MRSA, Enterococcus spp ou S. Maltophilia e Enterobacter ESBL. Mecanismo ação análogo das penicilinas: Ligação a Proteínas Ligadoras de Penicilina (PLP) inibição da síntese da parede celular através do bloqueio da transpeptidação de peptidioglicano ativação de enzimas autolíticos na parede celular morte. Mecanismo de resistência similar as penicilinas. Ativo contra gram + e gram -. Primeira Geração: Cefalexina, cefadroxil (VO) / cefazolina, cefalotina (IM/IV) Ação Gram+ (ação preferencial), com menos frequência sobre Gram – Ativos contra Estafilococos – S. aureus e Estreptococos não produtores de b- lactamase. Não efetivos contra: Enterococcus, MRSA, Listeria, Proteus e Klebsiella. Enterobactérias nosocomiais são freqüentemente resistentes. Não atravessa a BHE. CEFALOSPORINAS 1º GERAÇÃO: Boa ação G+ e modesta ação G- Cefalexina: Infecções estafilocócicas de pequena e média gravidade, especialmente piodermites e ferimentos infectados (alternativa às penicilinas). Infecções urinárias não-complicadas (E. coli), especialmente na gestação por atingir elevadas concentrações nas vias urinárias. Cefazolina: É a droga de escolha para profilaxia de infecções induzidas em cirurgias ortopédicas.Enterobactérias nosocomiais são freqüentemente resistentes. Não atravessa a BHE. Segunda Geração: cefuroxima, cefoxitina e cefotetano(IM), cefaclor(VO). Melhora espectro para G -, icluindo E. coli, Klebsiella spp, alguns Proteus indol positivos e Providencia spp. Mais resistente a b- lactamases Indicações: Sinusite, otite e infecções das vias respiratórias (H. influenza e M. catarrhalis produtoras de b-lactamases) Infecções por anaeróbios mistos como peritonite e diverticulite. Tratamento de pneumonia por H. influenza e Kleibsiella pneumoniae produtoras de b- lactamase (cefuroxima) Pode causar lesão cutânea (cefaclor). Terceira Geração: Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima e ceftizoxime (IM/IV) Aumenta espectro para G -, mas são menos efetivas contra G +. Infecções GRAVES causadas por diversos microrganismos resistentes a outros fármacos (ex. Pseudomonas, ceftazidima, mas existe resistência) Gonorréia (ceftriaxona) Meningite (pneumococcus, meningococcus, H. influenza, Pseudomonas - cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima) Endocardite (S. viridans) Septicemia de causa desconhecida em imunossuprimidos. Quarta Geração: Antibiótico de reserva Cefepime e cefpiroma Espectro amplo para G-, Incluindo Pseudomonas spp. E melhor espectro para G+. Indicação: no tratamento de pacientes hospitalizados com infecções graves respiratórias, urinárias, pele e tecido subcutâneo e ginecológica causada por enterobactereacea e Pseudomonas. Farmacocinética: Administração: IV, IM e VO (algumas) Distribuição: ampla pelos líquidos corporais, exceção SNC. As de 3º geração atravessam a BHE. Todas atravessam a placenta. Eliminação: Secreção tubular e/ou filtração renal, ajuste de dose na I. renal Excreção biliar (cefamandol, cefoperazona e ceftriaxona). Efeitos adversos Alergias (reação cruzada com penicilina); Distúrbios GI. Toxicidade renal Distúrbios hemorrágicos com cefalosporinas que contém o grupo metiltiotetrazol (cefamandol, cefotétano e cefoperazona) Efeito tipo dissulfiram. Outros antibióticos β-lactâmicos: Monobactâmicos Aztreonam Espectro: Atividade apenas contra G-. Nenhuma atividade contra G+ e anaeróbios (ação intermediária para Pseudomonas). Bastonetes aeróbios Gram–: Pseudomonas aeruginosa, Neisséria meningitidis, Hæmophilus influenzae Resistência bacteriana: Natural Todos os microrganismos Gram+ e anaeróbios Via de administração: IM ou IV (t1/2=2 horas) Usos clínicos: Infecções graves por aeróbios Gram- de qualquer localização Reações adversas Como para os demais -lactâmicos (sem reação cruzada com as penicilinas), não nefrotóxico, pouco imunogênico. Imipenem: Espectro: Aeróbios e anaeróbios Gram+ e Gram- Resistência bacteriana: Produção de -lactamases afinidade pelas PBPs da permeabilidade (porinas) Farmacocinética: Vias de administração parenterais Inativação pela deidropeptidase renal (cilastatina) Usos clínicos: Tratamento empírico das infecções polimicrobianas intra-abdominais, ginecológicas e obstétricas Infecções graves por germes multi-resistentes (infecção hospitalar) de quaisquer localizações Septicemias e endocardites MRSA menos sensíveis e resistência de Pseudomonas Reações adversas Semelhante aos demais -lactâmicos Náuseas e vômitos mais freqüentes Neurotoxicidade (convulsões) Colite pseudomembranosa ( supra-infecção) Meropenem (carbapenem): Seu espectro de ação é similar ao imipenem, melhor atuando sobre gram negativos e anaeróbios. Efeito pós-antibiótico. Usos Infecções do trato respiratório inferior; ITU; infecções intra-abdominais; infecções ginecológicas, incluindo puerperais; infecções de pele; meningite; septicemia; tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos; infecções polimicrobianas; fibrose cística, tanto como monoterapia quanto em associação com outros agentes antibacterianos. Inibidores da -lactamase (ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam): Protegem as penicilinas contra a inativação por -lactamase. O espectro antimicrobiano da associação é determinado pelo tipo de penicilina. Consistem em terapia empírica para infecções causadas por ampla variedade de patógenos, infecções aeróbias e anaeróbicas mistas Inefetivos contra a maioria de P. aeruginosa, Enterobacter, Citrobacter e Serratia marcescens. Excreção renal: necessita de reajuste na IR. POLIPEPTÍDIOS: VANCOMICINA Inibe a síntese da parede bacteriana ao ligar- se ao terminal D-ala-D-ala, formando complexos com as unidades de N- acetilglicosamina e N-acetilmurâmico, impedindo a ligação cruzada entre as cadeias de peptidoglicano. Infecções graves. Bactericida para cocos e bacilos G+ aeróbios e anaeróbios particularmente estafilococos produtores de b-lactamases. Farmacocinética: Pouco absorvida por VO – Enterocolite por Clostridium difficile. IV lenta – 1g durante 1h. Excreção renal: corrigir na Insuficiência renal. Indicações: Sepse e endocardite por MRSA. Endocardite enterocócica em pacientes alérgicos a penicilina (+ gentamicina). Meningite por pneumococcus resistente a penicilina (+ cefotaxima, ceftriaxona). Pneumonias, osteomielites, celulites, abscessos e meningoencefalites. Endocardites por S. aureus. Efeitos adversos: Calafrios e febre. Flebite no local de injeção. Síndrome do homem vermelho – eritema, congestão e angioedema do pescoço e tórax e hipotensão mediada por histamina. Erupção cutânea. Ototoxicidade (rara) e nefrotoxicidade. Resistência Resistência adquirida em Enterococcus faecalis e E. faecium Resistência em S. haemolyticus, S. epidermidis e S. aureus (VRSA). Bactérias resistentes à Vancomicina apresentam resitência também às penicilinas, eritromicina, clindamicina, clotrimazol e rifampicina. Polimixinas – B e E (colestina) Peptídeo cíclico com uma longa cauda hidrofóbica. Elas quebram a estrutura da membrana celular bacteriana ao interagir com seus fosfolípidos. São seletivamente tóxicas a bactérias Gram- negativas (exceto Proteus sp) devido à sua especificidade pelas moléculas de lipopolissacarídeo que existem nas membranas externas das Gram-negativas. Elevada neurotoxididade e NEFROTOXICIDADE. Indicados para infecções por Pseudomonas multi-ressitente e Entebacteriaceae produtoras de carbapenemases. Não absorvidos por V.O
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