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CIRURGIA - CÂNCER DE ESTÔMAGO

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AQUI o principal é o ADENOCARCINOMA! 
 
FATORES DE RISCO: 
1. Ou tem a ver com dieta: tóxica > fumaça, defumado, conservado, nitrogenado; Tabagismo. 
2. Ou tem a ver com H. pylori: gastrite crônica atrófica, gastrectomia prévia > remetem a H. pylori. 
 
CLÍNICA: 
• Síndrome dispéptica > associada a sinais de alarme; 
• Exame físico é muito importante para conseguir saber se a lesão é avançada (tratamento paliativo) ou se tem 
perspectiva de cura; 
• Sinais de doença avançada: 
o Linfonodo ou Sinal de Virchow: localizado na região supraclavicular esquerda; Curiosidade: se for 
linfonodo supraclavicular à direita, fala mais a favor de neoplasia torácica; 
o Linfonodo de Irish: região axilar esquerda; 
o Sinal de Mary Joseph: Umbilical. Não existem linfonodos no umbigo, esse sinal é uma infiltração 
umbilical. Lembrar que o câncer de estômago possui 3 formas de disseminação: linfática, 
hematogênica e transcelômica (tumor no estômago se apresenta como uma úlcera, perfura os tecidos, 
joga célula na cavidade peritoneal que aderem ao ligamento falciforme do fígado, que vai infiltrando, 
chegando no úraco e umbigo, formando o nódulo tumoral com sinal de Mary Joseph; 
o Sinal de Blumer: assim como as células que implantam no ligamento falciforme, aqui se implantam no 
fundo de saco uterino; 
o Sinal de Krukenberg: implante de célula tumoral no ovário (que é muito vascularizado e cresce muito, 
sendo muitas vezes confundido com tumor de ovário. 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Endoscopia + biópsia > histopatológico > confirmado: tratamento. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
• MACRO (BORRMANN): 
o Tipo 1: lesão polipoide > não ulcerada; 
o Tipo 2: ulcerada > com bordas elevadas e nítidas; 
o Tipo 3: úlcero infiltrativo > bordas não nítidas; 
o Tipo 4: Infiltrante > linite plástica (inflamação tumoral crônica, que espessa as paredes do estômago, 
tornando aspecto de linho e plástico porque modifica o seu tamanho, se dilata. Estômago em garrafa 
de couro (tipo aquelas para carregar bebida alcoólica em viagens). 
• MICRO (LAUREN): 
o INTESTINAL: é o clássico, no paciente com fatores de risco clássicos > HOMEM, ESPORÁDICO, IDOSOS, 
GASTRITE ATRÓFICA, H. PYLORI, DIFERENCIADO (PARECE CÉLULA INTESTINAL), BOM PROGNÓSTICO; 
o DIFUSO: MULHER, HEREDITÁRIO, JOVEM, SANGUE TIPO A, INDIFERENCIADO, MAU PROGNÓSTICO. 
• Célula em anel de sinete: RELACIONADO DIRETAMENTE COM CARCINOMA DIFUSO DE LAUREN! 
 
ESTADIAMENTO: 
Igual ao estadiamento do câncer de esôfago, mas, aqui, ao invés da camada adventícia, há a serosa. 
 
• T1: Submucosa; T1a: mucosa; T1b: submucosa; T2: muscular; T3: subserosa; T4: serosa ou adjacentes. 
• Câncer gástrico precoce: é diferente de inicial! Inicial é o T1a: tratar de forma endoscópica. Precoce é sempre 
o T1, independente se a ou b ou se tem úlcera ou não; 
• N0: sem metástase para linfonodos; N1: metástases em 1 a 2 linfonodos; N2: metástases em 3 a 6 linfonodos; 
N3: metástases em igual ou maior que 7 linfonodos; N3a: metástases em 7 a 15 linfonodos; N3b: em mais de 
15 linfonodos. TEMOS QUE TIRAR NO MÍNIMO 16 LINFONODOS PARA SABERMOS EXATAMENTE A 
QUANTIDADE DE ACOMETIDOS; 
• MELHOR EXAME PARA AVALIAR O T: USG endoscópico; 
• MELHOR EXAME PARA AVALIAR N: USG endoscópico com PAAF + TC de abdome; 
• MELHOR EXAME PARA AVALIAR M: TC de tórax e abdome; 
• Para avaliar disseminação transcelômica: não são bem avaliados por TC. Necessário fazer laparoscopia. 
 
TRATAMENTO: 
• REGRA: para todos do TGI > PADRÃO = CIRURGIA > sempre “-ectomia + linfadenec” (nesse caso: gastrectomia 
+ linfadenectomia a D2 (D1: tirar linfonodos colados no estômago > deixa linfonodos; D2: tirar linfonodos 
colados no estômago e próximos a ele (menos mórbido que D3 e mais resolutivo que D1); D3: tirar todos os 
linfonodos na cavidade peritoneal (baço, pâncreas, aorta…) > proscrita!). 
o Gastrectomia: se o tumor for proximal no estômago: TOTAL. Se for distal (antro e próximo ao piloro): 
SUBTOTAL. Sempre tem que tirar o antro (produz ácido > úlcera > anastomosos > situação piora); 
• EXCEÇÃO: pacientes extremos > super inicial e super avançado. 
o INICIAL (T1a): Inicial em Bormann (polipóide), inicial em Lauren (intestinal, não pode ser difusa), tumor 
menor que 2 cm e sem linfonodos acometidos > FAZER MUCOSECTOMIA EDA; 
o AVANÇADO (M1. Aqui não tem T4b, já que o estômago não possui muitas regiões irressecáveis no 
entorno, como no esôfago): lesão muito avançada > não tem como ressecar > fazer paliação. 
 
ASSOCIAÇÃO: 
Dermatomiosite: pode se associar a neoplasia de duas formas diferentes: 1) Ela tem uma associação aumentada com 
neoplasias sólidas (qualquer uma, menos as hematológicas) > fator de risco então, quem tem dermatomiosite tem 
maior risco de câncer; 2) Ela pode ser uma síndrome paraneoplásica > ou seja, o paciente pode ter câncer e venha a 
desenvolver uma dermatomiosite feita por uma síndrome paraneoplásica.

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