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Principal: ADENOCARCINOMA DE CÓLON Sequência ADENOMA > CARCINOMA: ocorre em 95% dos pacientes que têm câncer colorretal > célula > vira pólipo > adenoma que foi acumulando mutações ao longo da vida > até finalmente se transformar em carcinoma. Mutação: gene APC > evita que se formem pólipos adenomatosos. Quando ele não está funcionando normalmente (mutação), propicia a formação de pólipos adenomatosos. Lembrar que quanto mais idosos, maior a quantidade de erros genéticos e maior a chance de formação de câncer. Não é hereditário! É uma mutação adquirida ao longo da vida através das mutações > esporádico (80% dos casos). Mas, existe sim a possibilidade de ser hereditário, então estamos falando de POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) > tem muitos pólipos que seguem a sequência adenoma-carcinoma, levando ao câncer. POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (PAF) • Mutação hereditária do gene APC > milhares de pólipos em todas as regiões do cólon; • Colonoscopia: a partir de 100 pólipos pode-se dizer que o paciente é portador de PAF; • Mesmo sem teste genético, com mais de 100, já pode fechar o diagnóstico; • 100% de risco de desenvolver câncer colorretal até os 50 anos > nesses casos o paciente não tem mais nenhuma apresentação além dos pólipos; • PAF variante: o Variante de GARDNER: pólipos + dentes supranumerários + osteomas de mandíbula e maxila, principalmente + tumores desmoides (do tecido celular subcutêno > normalmente são benignos, mas, precisa operar); o Variante de TURCOT: pólipos + TUMORES DE SNC. SÍNDROME NÃO POLIPOIDE HEREDITÁRIA (SÍNDROME DE LYNCH) • Não segue a sequência adenoma-carcinoma (gene APC); • Doença autossômica dominante; • CRITÉRIOS DE AMSTERDAM: a. Câncer em menos de 50 anos; b. Maior ou igual a 3 familiares (um de 1º grau); c. 2 gerações • LYNCH 1: COLORRETAL; • LYNCH 2: COLORRETAL + outros (pâncres, endométrio, ovário (principalmente esses 3), estômago e trato urinário superior); SÍNDROME DE PEUTZ-JEGHERS • Fenótipo muito característico > não tem risco aumentado de câncer colorretal > é uma síndrome polipoide não adenomatosa; • Pólipos hamartomatosos > pode virar um adenomatoso, mas, não direto para câncer; • Manchas melanocíticas em lábios, mãos e pés; • Pólipos no intestino delgado: complicação com intussuscepção (dor), melena e anemia; • RISCO BAIXO PARA CA DE CÓLON! FATORES DE RISCO PARA CA COLORRETAL: idade, HF, S. hereditárias, DII (Crohn e RCU); CLÍNICA: depende da posição do tumor: • CÓLON D: diâmetro aumentado e fezes líquidas > mais difícil de causas obstrução intestinal > demora mais para aparecer os sinais > crescem mais e necrosam mais > melena, anemia e massa palpável quando cresce muito o tumor; • CÓLON E: diâmetro menor e fezes mais rígidas > obstrui mais > alteração do hábito intestina; • RETO: ampola retal > ato de evacuar força as fezes contra o tumor > fezes em fita > laceração com sangramento vivo em hematoquezia. DIAGNÓSTICO: • Investigar se teve clínica: COLONOSCOPIA COM BIÓPSIA; • Pedir CEA: não fecha diagnóstico > é para acompanhar o paciente. Não são todos os CA de cólon que produzem CEA > se dosar no PréOp e tiver com CEA alto = é um tumor que produz CEA > operar o paciente e dosar novamente e solicitar CEA de 3 em 3 meses para avaliar a recidiva. Se estiver baixo no PréOp, não adianta solicitar no PO para acompanhar. • FORMAS DE FECHAR O DIAGNÓSTICO: a. Paciente com clínica + colonoscopia; b. Rastreamento: o CA de cólon é um dos 3 que têm indicação de rastreamento no Brasil (além de mama e colo de útero). Começar com 50 anos (CA esporádico) e o melhor exame é a colonoscopia. Considerar que um paciente com histórico familiar ou APC positivo, precisa começar a partir dos 10 anos de idade (PAF > pode fazer acompanhamento só com retoscopia > já que os pólipos são mais concentrados à esquerda do que direita e é uma criança ou adolescente, fazer essa exame que é mais fácil de ser realizado (não precisa de preparo anterior). Se o indivíduo tem uma história familiar apenas, começar com 10 anos menos que o esporádico (40 anos) ou até mesmo baseado no caso índex (por exemplo, se teve avô ou pai com CA diagnosticado aos 46 anos de idade, começar o rastreio do filho aos 36 anos de idade). Para pacientes com Lynch 1 e 2: começar aos 20 anos de idade o rastreio. ▪ RESUMO do rastreio: • Esporádico: aos 50 anos; • HF: 40 anos; • LYNCHs: 20 anos; • PAF: 10 anos. TRATAMENTO • Doença hereditária (Lynch e PAF) > não adianta tirar só um segmento do cólon > risco está em todas as células do corpo > FAZER COLECTOMIA TOTAL; • Se for esporádico (e familiar) > FAZER COLECTOMIA SEGMENTAR. • CÓLON: inicial ou padrão ou avançado = COLECTOMIA + LINFADENECTOMIA. No caso do avançado, mesmo que seja incurável, faz-se para evitar a obstrução, é o único tumor que mesmo que tenha doença metastática para o fígado, tem chance de cura. • RETO: mais difícil o acesso cirúrgico > oco pélvico (cercado pelo sacro e plexo sacral (continência fecal e impotência sexual); Ao lado tem os ureteres, que, se lesados, paciente fica com ureterostomia para o resto da vida; Na frente tem a bexiga, que pode levar a uma restrição vesical; Para baixo tem o esfincter anal, que pode levar à incontinência fecal e colostomia para o resto da vida. o INICIAL: USG transrretal > procurar a lesão retal > T1 (sem subdivisão aqui): EXCISÃO ENDOSCÓPICA > nem sempre é tão profundo, é mais fácil de ver e de fácil acesso cirúrgico. Então, a excisão endoscópica usa-se mais para tumores mais altos e para os mais baixos usa-se uma excisão direta LOCAL; o PADRÃO: a partir de T2 > QT + RT neoadjuvante > Já que é difícil de operar e está em uma região fora do abdome > FAZER POR 6 SEMANAS > fazer estadiamento após > avaliar a distância da margem anal (após QT e RT costuma diminuir e distanciar do reto) > é importante avaliar a distância para preservar o esfincter anal e evitar colostomia (5 cm é o limiar. Se estiver a mais, faz-se anastomose colo-anal + ostomia de proteção (pode ou não ser feita) + RAB (ressecção abdominal baixa + excisão total do mesorreto (mesma coisa que linfadenectomia). Se estiver a menos de 5 cm > paciente perde o ânus = colostomia definitiva). ▪ LEMBRETE: na colostomia, se tiver duas “bocas” é de proteção, se tiver só uma, é definitiva.
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