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Redação Cultura do cancelamento

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Desde os primórdios, nota-se que os humanos são seres gregários, vivem em bandos, sendo cada vez mais cruel a cultura de cancelamento na atualidade pois a mesma isola, exclui os membros de grupos por discordância. Nesse sentido, dentre as causas dessa problemática, podemos citar a coisificação das pessoas bem como a radicalização do pensamento cartesiano. Com isso, é necessário analisar tal quadro intrinsecamente ligado à aspectos sociais e educacionais, para assim reduzir a cultura de cancelamento.
É importante ressaltar, em primeiro plano, que a potencialização do entrave advém da tendência de minimizar o outro, o reduzir a coisa. Nessa lógica, desumanizamos o ser, se torna descartável quando o mesmo diverge das opiniões da grande massa,pois o mesmo não é visto como um indivíduo único e com valor, a cultura de cancelamento expulsa bem como desvaloriza o ser. Dessa forma, tal ato não serve para educar e sim para gerar visibilidade sobre o erro em busca de uma pseudo justiça social, promovendo um tipo de linchamento virtual, no qual usuários buscam fazer justiça “com as próprias mãos” e agem de forma autoritária tal como punitiva. Logo, essa cultura coloca em risco a integridade moral e a dignidade da pessoa que é alvo passando a ser uma manifestação de intolerância.
Cabe mencionar, em segundo plano, que a presença de extremismo junto com atitudes coercitivas fomentam o pensamento cartesiano. Acerca disso, a ideia de Descartes perpetua a intolerância pois defende a possibilidade de uma verdade absoluta- ou isso ou aquilo- acarretando o extremismo e a polarização. Com base nisso, vale ressaltar que as atitudes coercivas oprimem ao invés de civilizar visto que vivemos numa era marcada pela vigilância e punição, no qual o poder está atrelado ao discurso. Por fim, percebe-se que a hostilidade presente no mundo virtual é reflexo de uma sociedade ofensiva que aproveita da anonimidade da rede para disseminar ódio.
Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para evitar a propagação da cultura do cancelamento no Brasil. Para tanto, é responsabilidade do Ministério da Educação juntamente com as instituições de ensino propor oficinas, criar projetos pedagógicos com a finalidade de alertar sobre as consequências psicológicas e emocionais causadas pelo cancelamento. Além disso, cabe a mídia unida ao corpo social alertar,exemplificar os resultados da mentalidade individualista e do extremismo ideológico, por meio da criação de vídeos, documentários e séries, com o fito de conter a exclusão social.

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