Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL (SUA) DISFUNCIONAL x ORGÂNICO DISFUNCIONAL ORGÂNICO EXCLUSÃO (descontrole do eixo hipotálamo-hipófise-ovário) CAUSA ORGÂNICA ... AVALIAR FAIXA ETÁRIA NEONATAL Privação de estrogênio materno INFÂNCIA Corpo estranho/ infecção Excluir: trauma/ abuso sexual ADOLESCÊNCIA Disfuncional Excluir: gravidez, infecção (neste caso podemos ter infecções específicas), SOP, coagulopatia (ex.: PTI, DvWB) – exemplo clássico de coagulopatia: sangramento intenso, mas com ciclos regulares ADULTAS Disfuncional/ Anormalidades da gestação Excluir: neoplasias hormônio-dependentes / infecção PÓS-MENOPAUSA Atrofia/ terapia hormonal Excluir: câncer de endométrio CONTINUANDO A INVESTIGAÇÃO: PRIMEIRO EXAME: ESPECULAR Sangramento pós-coito Cervicite Ca de colo Lesão vaginal Menacme Se sexualmente ativa .. e sem contraceptivo eficaz = pedir -HCG Medicamento Escape do contraceptivo Terapia hormonal na pós-menopausa Intrauterino Avaliar USG-TV USG-TV Endométrio suspeito após a menopausa >4mm sem terapia hormonal >8 mm com terapia hormonal Avaliação endometrial + Biópsia HISTEROSCOPIA É O PADRÃO OURO EXCLUÍDAS CAUSAS ORGÂNICAS DISFUNCIONAL Especialmente nos extremos de vida reprodutiva TRATAMENTO Intenso ACO 8/8 horas durante 7 dias Estrogênio conjugado (Premarim) 0,625 3x/dia 48h Leve a moderado AINES, antifibrinolítico, ACO ou progesterona Obs.: quem faz parar o sangramento: estrogênio. PÓLIPO Cervical: assintomático ou sinusorragia (sangramento pós-coito) Endometrial: maioria assintomáticos Tratamento: polipectomia histeroscópica MIOMAS Maioria é assintomático Subseroso: não causa SUA Intramural e submucoso: podem ser causa de SUA – dificultam a contração do útero para contenção do sangramento. Além disso, como há abaulamento da cavidade (ex.: submucoso), há um aumento da extensão endometrial. Os miomas podem ser pediculados ou não – nos pediculados não se pode fazer embolização. Tratamento: sintoma x desejo de gestação Assintomático: não tratar Sintomático Leve/moderado pequeno Clínico (ACHO) Intenso e nulípara Miomectomia Intenso e multípara Histerectomia Obs.: no caso de poucos miomas submucosos = retirar o mioma por histeroscopia (mesmo se for multípara) Remédio trata mioma? NÃO Análogo de GnRH: tumor e anemia antes de operar Quando usar a embolização? Múltiplos miomas Não pediculados Quer filhos (obs.: para nulíparas, a embolização é polêmica; geralmente se indica para aquelas que já têm filhos mas ainda querem mais) Degeneração Mais comum: HIALINA Gestante: RUBRA (ou necrose asséptica) Obs.: no USG – mioma = hipoecoico/ pólipo = hiperecoica DISMENORREIA PRIMÁRIA É aquela que a paciente apresenta desde a primeira ovulação. Não necessita de investigação ou tratamento DISMENORREIA SECUNDÁRIA Dismenorreia secundária progressiva: ADENOMIOSE x ENDOMETRIOSE ADENOMIOSE Tecido endometrial no miométrio Sangue irritando o miométrio => causa de dor Clínica: SUA, dismenorreia secundária progressiva, aumento uterino (aumento total do útero) Exame: USG (na maioria das vezes o laudo é normal)/ RNM (medida da zona juncional mioendometrial: se > 12mm muito sugestivo de adenomiose) Biópsia é o padrão ouro Tratamento: definitivo é a histerectomia Obs.: antes da histerectomia é possível tentar tratamento com ACO ENDOMETRIOSE Endométrio (glândulas e estroma) fora do útero Local mais comum: ovário Clínica: dismenorreia secundária, dispareunia (de profundidade), infertilidade Diagnóstico: Clínico: história clínica Exame físico: nódulo ao toque vaginal/ retal, útero fixo, doloroso e massa anexial USG simples: endometrioma (aspecto de tumor regular, cístico) *USG com preparo intestinal: melhora muito a sensibilidade Ressonância: limitação: não mostra implantes pequenos (não se deve descartar endometriose diante de uma RNM normal) Laparoscopia: PADRÃO-OURO! Atividade das lesões: (+ativa) vermelha>preta>branca (- ativa) NÃO HÁ CORRELAÇÃO DIRETA ENTRE: extensão das lesões x intensidade da dor Tratamento: DOR: inicialmente clínico - Pílula combinada/ progesterona - Análogo do GnRH/ inibidores da aromatase ENDOMETRIOMA: melhor é a cistectomia (tumorectomia) - Se o conteúdo for apenas aspirado, irá recidivar - Não retirar o ovário! INFERTILIDADE: clínico não resolve! - Endometriose mínima/leve: laparoscopia - Endometriose severa: FIV Obs.: CA-125: controle pós-tratamento O CA-125 pode estar alterado: gestação, adenomiose, DIP, tumor ovariano RESUMO: Miomatose SUA Adenomiose SUA + dismenorreia Endometriose Dismenorreia + infertilidade ANTICONCEPÇÃO COMPORTAMENTAIS Tabelinha, curva térmica, muco cervical Período fértil: ciclo mais curta – 18/ ciclo mais longo - 11 DESACONSELHAR! BARREIRA Condon e diafragma: alta taxa de falha Proteção para DSTs (parcial HPV e herpes) Feminina: confere maior área de proteção CLÁSSICO DE PROVA: Mecanismo de ação e Contraindicações Categoria 1 Pode usar Categoria 2 Pode usar com cautela Categoria 3 Contraindicação relativa Categoria 4 Contraindicação absoluta DIU Mecanismo de ação COBRE Duração de 10 anos Ação irritativa, inflamatória e espermicida (mulheres com cólicas/ sangramento intenso = não utilizar) PROGESTERONA Duração de 5 anos Atrofia endométrio e torna o muco hostil NÃO SÃO ANOVULATÓRIOS A proteção contraceptiva é próxima da laqueadura (muito melhor do que a pílula, mesmo não sendo anovulatórios) Contraindicações Alterações intrauterinas: suspeita de gravidez, distorção da cavidade, sangramento uterino anormal inexplicado, câncer ginecológico, infecção Obs.: paciente usuária de DIU e é feito diagnóstico de DIP – a conduta iniciar é iniciar ATB e reavaliar 48h, caso o processo esteja melhorando: não retirar o DIU, caso contrário, retirar. Entre 48 horas e 4 semanas pós-parto Mudança 2015: <48h qualquer DIU, mesmo se amamentando PROGESTERONA Mecanismo de ação MINIPÍLULA Altera muco cervical e atrofia endométrio Ideal: amamentando ou peri-menopausa (pois a falha é muito grande – geralmente é utilizada em situações em que a mulher não ovula normalmente) INJETÁVEL TRIMESTRAL E IMPLANTE SUBDÉRMICO Altera muco, endométrio e anovulação Obs.: problemas: ganho de peso, aumento da pilificação, osteoporose (se uso prolongado principalmente do injetável trimestral) Contraindicações Categoria 3: gravidez, tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP e TEP aguda Categoria 4: CA de mama atual Mudança 2015: APÓS O PARTO - AMAMENTANDO? Sim: minipílula e implante (categoria 2) Não: toda progesterona é categoria 1 COMBINADO (ESTROGÊNIO + PROGESTERONA) Mecanismo de ação ORAL ADESIVO ANEL VAGINAL INJEÇÃO MENSAL Alteram motilidade tubária Alteram endométrio Alteram muco cervical Anovulação Estrogênio Inibe FSH Progesterona Inibe LH Contraindicações Categoria 4: amamentação <6 semanas pós-parto, câncer de mama atual, fumo (≥15 cigarros) após 35 anos, IAM, TVP, TEP e AVE atual ou prévio, enxaqueca com aura EMERGENCIAL Mecanismo de ação LEVONORGESTREL 1 cp 1,5 mg dose única 1 cp 0,75mg 12/12h Altera ovulação e muco fica espesso LAQUEADURA TUBÁRIA >25 ANOS OU ≥ 2 FILHOS VIVOS *Com capacidade civil plena Fora do parto Consentimento do casal Mais de 60 dias entre a vontade e a cirurgia Pode fazer na cesárea? Se alto risco ou cesariana de repetição CLIMATÉRIO PRIMEIROS INDÍCIOS DE FALHA OVARIANA ATÉ 65 ANOS Pré-menopausa Folículos e folículos envelhecidos Inibina (baixa inibição sobre o FSH) FSH Menopausa Ovário não produz estrogênio e progesterona Continua a produzir androgênios – estrogênio circulante por aromatização (estrona é o principal estrogênio após a menopausa, fruto da aromatização periférica) COMO COFIRMARMENOPAUSA Clínico: >1 ano da última menstruação Laboratório: FSH > 35 diagnóstico diferencial INDICAÇÕES DE TERAPIA HORMONAL FOGACHOS: indicação mais comum Qual terapia escolher: Com útero: sempre ESTROGÊNIO + PROGESTERONA Sem útero: APENAS ESTROGÊNIO – exceção: pacientes com endometriose Qual via escolher: Estrogênio oral, adesivo, gel ou implante Patologias em geral: parenteral *DM, HAS, fumo, risco de trombose, hipertrigliceridemia, doenças hepáticas Colesterol alto: comprimido Contraindicações: Câncer de mama ou endométrio (prévio ou atual) Tromboembolismo atual Sangramento vaginal indeterminado Doença hepática ativa grave Porfiria (?) – não é unanimidade; a maioria dos autores a coloca como contraindicação absoluta. OPÇÕES NÃO HORMONAIS Clonidina / Metildopa/ Fluoxetina
Compartilhar