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2- RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

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RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO 
DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
Cyandra Ribeiro da Silva 
 Débora Cristina Kriloff 
Eda Rita Fernandes 
 Tutor Externo: Juliana Vieira Ferreira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso (1783) – Prática interdisciplinar II 
21/11/2017 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo analisar, por meio de revisão bibliográfica, a relação entre 
professor e aluno, e as influências positivas e negativas que este processo tem sobre o ensino-
aprendizado. Também será relatado a importância do professor perceber seus alunos como 
indivíduos únicos, o valor em repensar as práticas docentes em sala de aula para aulas prazerosas 
e a participação ativa dos alunos, e o termo afetividade no ambiente escolar, apresentado por 
vários autores como fundamental na relação professor e aluno. Considerando que, embora o 
professor não seja o único responsável para uma educação de qualidade, ele é um dos principais 
agentes para que essa educação se concretize e faça a diferença, estabelecendo um bom 
relacionamento com seus alunos e possibilitando, assim, um ambiente favorável a aprendizagem. 
 
 
Palavras-chave: Ensino-Aprendizagem. Professor-aluno. Afetividade. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo ressaltar o papel do professor no processo ensino-
aprendizagem como mediador e gerenciador do conhecimento, e não no papel de transmissor de 
informações. 
 
Os conteúdos ministrados em sala de aula devem ser contextualizados, considerando-se a 
experiência de vida do aluno e seu conhecimento do mundo. Conhecer o aluno deve fazer parte da 
prática educativa da escola, respeitando as diferenças e o limite de cada um, baseando-se na 
generosidade e afetividade. 
 
O professor deve atuar de forma que leve o aluno a pensar, criticar e gerar dúvidas para a 
produção do conhecimento. 
 
 
2 
 
2 A IMPOTÂNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM 
 
Quando falamos em trabalho pedagógico devemos pensar nos sujeitos que protagonizam 
essa ação, que são os professores e os alunos. O professor como mediador desse trabalho, deve ter 
em mente que seu modo de agir e realizar a ação educativa poderá influenciar e também receber 
influências positivas ou negativas no cotidiano da sala de aula. 
 
As relações que permeiam o bom andamento do processo de ensinar e aprender, no contexto 
escolar, vão além do simplesmente “passar” o conteúdo e do “adquirir” de forma passiva tais 
conhecimentos. O professor muitas vezes é o estimulador para o despertar sobre um determinado 
assunto. Estimulando sentimentos, instigando a curiosidade e assim ocorre o crescimento desta 
cumplicidade. 
 
Aos alunos, o bom professor, é aquele que tem conhecimento do que está trabalhando sobre 
o conteúdo, é também aquele que organiza suas aulas de forma com que eles se interessem e 
interajam com o assunto que está sendo discutido. Por isso, se destaca em primeiro lugar, a 
importância de uma boa organização e planejamento de aulas, com antecedência, visando a 
motivação dos alunos para o aprendizado. 
 
A motivação dos alunos, para interagir com o estudo, é importante, assim como a forma de 
mediar os conhecimentos com eles, pelos professores. Dessa maneira, professores e alunos são 
responsáveis pelo conjunto do processo de ensino aprendizagem. O processo de ensino, no contexto 
escolar, não é uma ação individual, mas um conjunto que envolve a todos e depende de uma 
interação pessoal. 
 
Embora muitos pensem que o professor é o detentor do saber, e que é ele que ensina aos 
alunos determinando o conhecimento, e isso até certo ponto e sob certo aspecto pode até ser 
verdade, no decorrer do processo da ação educativa o aluno aprende com o educador, mas o 
professor também poderá aprender com seus alunos. O desenvolvimento da aprendizagem de um 
aluno, se torna completa quando acontece uma boa relação professor-aluno, quando existe a troca 
de saberes, fica mais prazeroso aprender e ensinar. 
 Quando o professor se preocupa com uma boa relação dele com seus alunos, ele não apenas 
transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar atenção a eles e 
cuidar para que aprendam a se expressar, a expor opiniões e dar respostas. 
3 
 
 
Não há nada mais inspirador para um professor, do que ver seus alunos entusiasmados 
realizando diversas atividades em classe. Com a ajuda da tecnologia, professores e alunos 
conseguem aproveitar melhor o tempo na escola, sem dúvida nenhuma é um panorama no qual a 
maioria dos educadores se inspira quando imagina um futuro melhor. Muita coisa teve que mudar e 
muita coisa ainda está mudando para que tal cenário pudesse se tornar realidade. 
 
Nos modelos tradicionais, os professores são os mestres e os alunos são subordinados e 
ficam limitados ao conhecimento do professor, sem poder se expressar. Mas ao longo das últimas 
décadas, tal lógica mudou radicalmente, os modelos tradicionais e modernos de ensino, deixam 
algumas diferenças claras, uma das mais importantes é o papel do professor no processo de ensino. 
 
Vivemos em uma sociedade rápida, hiperconectada, onde grandes mudanças acontecem 
numa velocidade acelerada. Tais mudanças eventualmente colidem com o universo da educação,que precisa processar estes estímulos e repensar a maneira como o ensino é realizado. No século 
XXI, o mundo está cada vez mais dinâmico, com muitas mudanças, e para conseguirmos 
compreendê-lo e conviver em harmonia, o papel da escola é cada vez mais importante. 
 
As salas de aula, integram pessoas com as mais variadas histórias de vida, históricos 
familiares, conhecimentos, desejos e sonhos próprios. Cabe aos profissionais que lidam dia-a-dia 
com essa maravilhosa mistura cultural, compreender essa realidade e utilizar seus conhecimentos 
para potencializar os pontos positivos de sua comunidade de alunos e ajudá-los a corrigir seus 
pontos fracos. 
 
Os objetivos dos professores são variados, mas portanto, exigem muita flexibilidade para 
serem alcançados. O foco principal, toda via, é facilitar o processo de ensino, mostrando como é 
que adquire conhecimento e, assim, permitindo que os alunos ganhem confiança para aprender por 
conta própria em um mundo cada vez mais maleável. 
 
O uso da tecnologia é muito importante, pois o emprego de plataformas digitais de ensino, 
por exemplo, auxilia professores e alunos a aproveitar o melhor que o mundo digital oferece para 
enriquecer conhecimentos, explorar novas temáticas e aprimorar o processo de aprendizagem. Além 
disso, elas são ótimas como suporte aos alunos nos momentos em que estão longe dos professores, 
aproximando ainda mais a relação professor-aluno. 
 
4 
 
Seja por meio de envio de mensagens eletrônicas, realização de testes e pesquisas guiadas, 
seja como local de estudos focados e de exploração de conhecimentos, as plataformas digitais 
representam muito bem essa nova concepção de professor: um profissional que sabe equilibrar os 
conceitos tradicionais de ensino, com as inovações constantes que o mundo moderno traz, por meio 
dos alunos, para dentro da sala de aula. 
 
2.2 PERCEBENDO O ALUNO COMO INDIVÍDUO ÚNICO 
 
Dentro de uma sala de aula existe uma diversidade de personalidades, cada aluno com sua 
realidade, portanto, nenhum aluno vai para a sala de aula vazio, ele traz consigo suas experiências, 
vivências, conhecimentos e cabe ao professor ser o administrador, estabelecendo o equilíbrio, 
estimulando um convívio saudável entre os alunos. 
 
No relacionamento professor-aluno, há trocas de conhecimentos e experiências, no qual o 
docente, estando no lugar de que deve ensinar, de transmitir conhecimentos, mas que também 
aprende com a realidade de cada aluno; e o aluno no lugar de quem recebe ensinamentos também 
ensina e aprende mesmo sem intenção. Para Freire (1996, p.52) “saber que ensinar não é transferir 
conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. 
 
O professor que busca uma boa educação, sabe que ensinar é respeitar os saberes dos alunos, 
despertar a curiosidade saber escutar e estar disponível para o diálogo. É importante que na relação 
professor/aluno, sejam levadas em consideração tantos os aspectos cognitivos, quanto os aspectos 
afetivos dessa relação. Desta forma, Libâneo (1994, p.250) afirma que: 
 
O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas mas também ouve os 
alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões 
e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As resposta e opiniões mostram 
como eles estão reagindo à atuação do professor, as dificuldades que encontram na 
assimilação dos conhecimentos. Servem também, para diagnosticar as causas que dão 
origem a essas dificuldades. 
 
Quanto mais o professor compreender a dimensão do diálogo como postura necessária em 
suas aulas, estará conquistando maiores avanços em relação aos alunos, pois dessa maneira se 
sentirão mais curiosos e mobilizados para transformarem a realidade. Portanto, para que haja 
conhecimento é necessário compreender que o ato de ensinar requer uma postura pedagógica 
dialética, pois o diálogo pode ser uma fonte de alegria que só acontece quando os professores têm 
voz ativa sem limitar ou impor. 
 
5 
 
É importante que o professor, dentro da relação professor-aluno, estabeleça confiança, 
afetividade e respeito, pertencendo a ele, orientar o educando para o crescimento interno, 
percebendo a individualidade de cada aluno. O docente não deve se importar somente com o 
conhecimento, aquele adquirido apenas por meio da absorção de informações e sim adotar medidas, 
que ultrapassem os elementos da construção do conhecimento como da escrita, da fala, da leitura e 
do ato de pensar mediados pela construção do conceito, sejam capazes de apresentar oportunidades 
para que a aula seja um lugar de ampliação de potencialidades, crescimento intelectual, de 
descoberta de valores e rumos que inspiram no desenvolvimento pessoal do aluno na formação de 
sua cidadania. 
 
2.3 REPENSAR A PRATICA DOCENTE EM SALA DE AULA PARA AULAS PRAZEROSAS 
E A PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS ALUNOS 
 
Um dos principais desafios dos educadores atualmente é proporcionar aos alunos prazeres e 
motivações para estudar, pois se sabe que a indisciplina e o desinteresse dos alunos se expõem 
como um dos grandes problemas que interferem direta ou indiretamente no método de ensino-
aprendizagem. 
 
O docente deve ter principalmente, a intenção em buscar inovação, dar aulas criativas, 
diversificadas e também aprontar projetos que envolvam toda equipe escolar. O professor deve estar 
em constante preparação mas infelizmente, em muitos casos, o professor não tem as ferramentas 
adequadas e muito menos estrutura física para desenvolver com seus alunos o que seria necessário 
para uma aula de qualidade. No entanto o professor não pode desistir, ele deve lutar para que essa 
realidade não seja prolongada por mais tempo e sobretudo que não o impeça de realizar um bom 
trabalho, pois para Alves (2000, p.5) “[...] ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma 
continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossa palavra. 
O professor, assim, não morre jamais.” 
 
É importante que o professor procure ser amigo dos seus alunos pois o bom relacionamento 
facilita o processo de aprendizagem, assim o aluno cria prazer em aprender a cada dia e isso só 
ocorre com o respeito incondicional do professor com o aluno, fazendo com que seja recíproco, e 
aos poucos o aluno vai demostrando confiança e como consequência desse elo a motivação do 
aluno com a aprendizagem. O educador eficiente é aquele que escuta seu aluno, conhece suas 
dificuldades e procura ajudá-lo, comunica-se com ele, é divertido, amigo, legal, criativo e nem por 
isso perde sua autoridade, pois não basta ser um bom professor, é preciso ser um professor 
fascinante. Segundo Cury (2003, p.64) “ Bons professores falam com a voz, professores 
6 
 
fascinantes falam com os olhos. Bons professores são didáticos, professores fascinantes vão além. 
Possuem sensibilidade para falar ao coração de seus alunos.” Para o ator, o professor precisa de 
sensibilidade afetiva, estimular o aluno a pensar antes de agir, a não ter medo do medo, a expressar 
suas opiniões e assim conseguir montar sua própria história. 
 
Quando se fala em despertar o interesse dos alunos, os professores devem buscar inovar e 
muitas vezes abrir mão do tradicional. É interessante quando o professor surpreende seus alunos 
com algo que chame a atenção, que desperte para o conteúdo que está sendo trabalhado, assim eles 
se sentem mais valorizados e interessados. O ideal é que o professor não se prenda a rotina, utilize 
materiais diferenciados que despertem a atenção do aluno, use de dinâmica, músicas, jogos 
educativos, filmes, jornais, revistas e atividades lúdicas em sala de aula, motivação para o 
aprendizado através de uma aula significativa, tornando o aprendizado um momento feliz e 
divertido. Sempre lembrando que a criatividade é uma característica ideal e imprescindível para 
todoeducador que prese por uma aula de qualidade. 
 
As atividades dinâmicas são importantes de serem abordadas pois atualmente são 
disponibilizados, quase que gratuitamente, para essa geração, muitas possibilidades de atração, 
como: jogos, uso da internet e das redes sociais, que é uma febre entre as crianças, adolescentes e 
jovens, que o despertam muito mais do que as aulas ditas por eles como “chatas”. Pensando nisso o 
professor precisa planejar atividades dinâmicas e desafiadoras que tragam interação e motivação aos 
alunos, aproveitando oportunidades que surgem durante o processo. A ideia é utilizar ou criar jogos 
e dinâmicas desafiadoras, desde que esteja interligados com o conteúdo trabalhado e que possam ser 
feitas em grupos, pois o trabalho em equipe exige a atenção e participação de todos envolvidos. 
 
Quando falamos em “sala de aula”, na maioria das pessoas vem a imagem daquela sala com 
cadeiras enfileiradas e o professor passando longos textos no quadro e explicando quase que de 
forma maçante os conteúdos ali apresentados, para muitos é cansativo até mesmo pensar nisso. Para 
que isso não aconteça é importante que o educador procure realizar aulas práticas pois, a teoria 
constante em sala de aula tem contribuído, demasiadamente, com indisciplina, visto que os alunos, 
principalmente crianças e adolescentes não são atraídos pelo conteúdo em si. Cabe ao professor 
trabalhar o conteúdo de forma atrativa e prática, para que desperte o interesse dos alunos em 
aprender. Se pararmos para pensar, nós mesmo, enquanto adultos, nos incomodamos em ficar 
sentado em uma cadeira o tempo todo ouvindo alguém falar, é realmente muito entediante. 
Portanto, uma das formas de resolver a mesmice em sala de aula é não abusar dos conhecimentos 
teóricos mas leva-lo a prática, para assegurar a relação conhecimento-prática. Fazendo com que o 
7 
 
aluno perceba que os conteúdos, as experiências e os problemas da vida prática estão vinculados, 
pois para Libâneo (1994, p.99), o educador está ensinado quando: 
 
Estimula o desejo e gosto pelo estudo, mostrar a importância dos conhecimentos para a 
vida e para o trabalho, exige atenção e força de vontade para realizar as tarefas; criar 
situações estimulantes de pensar, analisar, relacionar aspectos da realidade estudada nas 
matérias; preocupa-se com solidez dos conhecimentos e como desenvolvimento do 
pensamento independente; propõem exercícios de consolidação do aprendizado e das 
aplicações dos conhecimento. 
 
Cabe ao professor, em sala de aula ou em outros ambientes, estimular e dirigir o processo de 
ensino-aprendizagem, utilizando um conjunto de ações, passos e procedimentos de acordo com o 
nível do grupo de alunos. 
 
A verdade é que não existe uma “receita pronta” de como se deve ensinar, ou um método de 
aprender único e totalmente eficaz para todos. E é importante que o professor, mostre aos alunos, 
que ele já foi e sempre será um eterno aluno que está disposto a aprender com seus discentes. 
 
2.4 A IMPORTANCIA DE APRENDER COM AFETO 
 
 A afetividade é um fator importante na formação de um sujeito, pois até mesmo nos 
primeiros anos de vida, ocorre uma interação melhor com o outro quando se utiliza afeto. Um 
exemplo disso é citado por Salla (2011) “Quando uma mãe abre os braços para receber um bebê que 
dá seus primeiros passos, expressa com gestos a intenção de acolhê-lo e ele reage caminhando em 
sua direção. Com isso esse movimento, a criança amplia seu conhecimento e é estimulado a 
aprender a andar.” 
 
O mesmo ocorre no ambiente escolar, pois muitas vezes as crianças não estão preparadas 
para inserir-se na escola, por ser um local diferente, com pessoas desconhecidas, longe do conforto 
familiar, fazendo com que se sintam acuadas. Diante disso, podemos afirmar que o afeto é um 
grande aliado no auxílio ao professor, pois sendo desenvolvido em sala de aula para alcançar a 
atenção do aluno, consequentemente pode provocar por parte do aluno uma boa receptiva do 
mesmo, em querer aprender e ao mesmo tempo torna-se participativo. 
Sobretudo, o afeto tem a capacidade de romper bloqueios psicológicos, de derrubar 
muralhas emocionais, e também de gerar o bem estar do aluno. Cunha (2008, p.51) compartilha 
dessa opinião ao afirmar que: 
 
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do aprendiz é o 
afeto. Ele é o meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares que, em muitas vezes 
8 
 
estão fechadas as possibilidades acadêmicas. Considerando o nível de dispersão, conflitos 
familiares e pessoais e até comportamentos agressivo na escola hoje em dia seria difícil 
encontrar algum outro mecanismo de auxílio ao professor mais eficaz. 
 
 As múltiplas manifestações de afeto, devem ser utilizadas a favor da aprendizagem, para 
conseguir envolver o aluno no processo de produção de conhecimento, fazendo da sala de aula um 
ambiente de formação, harmonia, onde o afeto e o intelectual são faces de uma mesma realidade, o 
desenvolvimento do ser humano. Segundo Chalita (2001, p.12) “Há muitas maneiras de transmitir 
conhecimento, mas o ato de educar só pode ser feito com afeto, está ação só pode se concretizar 
com amor.” 
 
A afetividade é capaz de despertar motivação e interesse nos alunos, desempenhando um 
papel incontestável na educação para o desenvolvimento da inteligência e deve estar totalmente 
inserida no ambiente escolar, pois não é menos importante que a educação do corpo e da mente. 
 
Faz-se necessário, portanto, um método pedagógico estruturado na afetividade e no diálogo, 
formando relações que possibilitem a interação e o envolvimento dos estudantes de forma ativa. 
Relacionando a razão com a emoção, fazendo com que a aprendizagem seja satisfatória e 
condicionada para a preparação da criança, proporcionando percepção crítica acerca dos conteúdos 
de ensino, e não somente sendo conformado com o que lhe é apresentado, entendendo-o numa visão 
de totalidade na qual está implicada na formação de opiniões que funcionam como lentes na 
percepção do mundo e ferramenta nos estágios sociais. 
 
Existe diferença em transmitir o conhecimento e educar. Educar é uma tarefa para os 
professores que se preocupam com a formação do ser humano de forma global e não parcial, é mais 
do que passar informações sem se importar se o aluno está de fato aprendendo algo. A respeito das 
dificuldades e responsabilidades de educar, Werneck (1996, p.61) elucida que: 
 
Educar é difícil, trabalhoso, exige dedicação, sobretudo aos que mais necessitam. Transferir 
problemas é fugir da verdadeira educação, é uma espécie de médico que transfere o doente 
de hospital, lava as suas mãos e não se sente comprometido com o caso quando da morte do 
paciente, porque aconteceu em outro hospital e em outras mãos. 
 
 O professor que demonstra carinho, afetividade nas palavras ditas, que expressa um olhar 
acolhedor, mostra para o aluno, que ele está disposto a ajuda-lo, fazendo o educando sentir-se 
confortado, quando este necessitar acomodar as informações recebidas, sem que haja rejeição ou 
aversão ao conteúdo apresentado, ou até mesmo ao próprio ato de aprender algo desconhecido. 
 
2.2.1 A Afetividade Na Relação Professor-Aluno 
9 
 
 
No universo escolar, o bom relacionamento com todos que estão ali inseridos é fundamental, 
pois podem interferir de forma direta com o modo que o aluno aprende, e para que isso ocorra é 
indispensável existir afetividade, pois a mesma possibilita de forma significativa que ambas as 
partes sintam prazer em querer se relacionar. Não sendo diferente com a relação entre professor e 
aluno, que deve ser fundamentada na afetividade para desejar vivenciar essa realidade no dia-a-dia 
escolar. 
 
A interação professor-aluno ultrapassa os limites profissionais e escolares, pois é uma 
relação que envolve sentimento e deixa marcas para toda a vida. Percebe-se que a relação professor-aluno, deve sempre buscar a afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de 
construção do conhecimento e do aspecto emocional. 
 
O fato de um professor proporcionar uma relação baseada no afeto com seus alunos, não 
quer dizer que o mesmo crie um ambiente de total tolerância, não deve confundir-se afeto com 
permissividade. Pelo contrário, o professor deve impor limites e possibilidades aos alunos, fazendo 
com que estes entendam o educador como alguém que, transmite conhecimentos e que também se 
preocupa com a apropriação dos mesmos, alguém que enxerga o aluno como um ser importante, 
dotado de sentimentos, expressões, ideias e emoções. 
 
Como prática estreitamente humana jamais pude entender a educação como experiência 
fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser 
reprimidos por uma espécie de ditadura racionalista. Nem tampouco jamais compreendi a 
prática educativa como uma experiência a que faltasse rigor em que se gera necessária a 
disciplina intelectual. (FREIRE, 1996, p.146) 
 
 
Um professor quando procura se aprofundar sobre a importância da afetividade na escola, 
busca, na verdade, entender tanto da relação humana, quanto de conteúdos e métodos educacionais. 
Torna-se necessário, quebrar paradigmas, pensando na criança como um todo, formado de emoções, 
sensações e amor, cabendo ao educador integrar o que amamos com o que pensamos, trabalhando 
com a razão e a emoção de uma só vez. E o professor que se baseia na afetividade, utiliza diversas 
vezes, nos momentos diários em sala de aula o abraço em forma de carinho, não apenas para 
parabenizar seu aluno, más também como forma de consolá-lo quando for necessário, através dessa 
relação afetiva se trabalha valores primordiais na turma como, honestidade, generosidade, respeito 
em porções diárias. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
10 
 
 
Ao fim desta trabalho podemos concluir que é fundamental que o professor saiba se 
posicionar como um mediador, coordenador de tempo, espaço, limites, atividades, das certezas e até 
incertezas do cotidiano do educando em seu processo de construção de conhecimento. Dessa forma 
percebemos que para ensinar é fundamental haver amor, dedicação, bom relacionamento com o 
outro e vontade de dividir conhecimento com quem busca o saber. 
 
Pela observação dos aspectos analisados entendemos que a afetividade manifestada na 
relação entre professor-aluno é indispensável para que o estudante se sinta acolhido, uma vez que a 
qualidade de sua interação depende da mesma. Sendo assim, julgamos que os professores deveriam 
investir mais nas relações do que nas produções. 
 
A postura que se sugere ao professor com este trabalho, é que ele possa encontrar em seus 
alunos, motivação e determinação para educar com entusiasmo apesar das dificuldades que se 
encontram no processo de aprendizagem e que ao mesmo tempo esteja aberto para também 
aprender com seus alunos. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ALVES, Rubem. A alegra de ensinar. Campinas: Papirus, 2000 
 
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001. 
 
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e aprendizagem, relação de amorosidade e saber na proposta 
pedagógica. Rio de Janeiro: Wake, 2008. 
 
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 18. ed. São 
Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 1994. 
 
SALLA, Fernanda. O conceito de afetividade de Henri Wallon. Nova escola, 01 Out. 2011. 
 
WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 
1999.

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