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SOCIEDADE POLITICA

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FORMAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
PROF ALVARO MELO 
Rio de Janeiro, 07 de Agosto de 2011
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AULA 04:
PRIMEIRO REINADO: 
A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO, A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA E O PERÍODO DE REGÊNCIA. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	Após a Independência, D. Pedro deparou-se com revoltas militares, ocorridas em todo país, que causaram sérios problemas ao seu governo. Desses conflitos, os mais relevantes ocorreram no Sul e na Bahia. Por não possuir, ainda, um exército organizado, contratou experientes militares estrangeiros, reestruturou as milícias e adquiriu navios.
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	Em 1823, no Sul, expulsamos os portugueses da Província Cisplatina para, depois, sermos expulsos de lá por seus habitantes, na Independência do Uruguai, com reconhecimento de D. Pedro I em 1828. Nesse mesmo ano, na Bahia, a vitória das forças brasileiras contou com o apoio de vários senhores de engenho do Recôncavo e por uma frota comandada pelo inglês Almirante Cochrane. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	A Independência consolidou-se em poucos anos. Naquela época, contrariando uma tendência republicana, o Brasil adotara o regime monárquico. Hoje, é certo pensar que a escolha de um governo com aquelas características, forte e centralizador, era de fundamental importância para que se conseguisse a manutenção de nossa unidade territorial
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	Em maio de 1823, foi eleita uma Assembléia Constituinte encarregada de elaborar a Constituição. Como demonstração de poder absolutista D. Pedro I, na fala de abertura, usou a expressão de Luis XVIII: “Juro defender a Constituição se ela for digna do Brasil e de mim”. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	Antes de sua implantação, D. Pedro dissolveu a Assembléia Constituinte por entender que era excessivamente liberal. Alguns radicais que haviam lutado pela Independência foram presos, inclusive José Bonifácio. Em 25 de março de 1824, foi outorgada a primeira Constituição brasileira.
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	A Constituição definiu o governo como monárquico, hereditário e constitucional. O país foi dividido em províncias cujos presidentes seriam nomeados pelo Imperador. Os Poderes de Estado representavam-se pelo Conselho de Estado, Parlamento, Corte Suprema e Poder Moderador, que era sempre utilizado pelo Imperador como voto de minerva. Na prática, esse era o mais relevante deles. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	No plano econômico, os mercados externos dos principais produtos do Nordeste, açúcar e algodão, apresentavam dificuldades à época. A produção de açúcar passou a sofrer concorrência de Cuba e do açúcar de beterraba da Europa, e o algodão, da produção norte-americana. Assim, a economia nordestina do primeiro reinado caracterizou-se pela crise do setor agrícola de exportação.
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
	
	De um modo geral as províncias do Norte/Nordeste, pelas suas produções eram contra a centralização do poder. Um reflexo desse descontentamento foi a Confederação do Equador, importante revolução republicana, surgida em Pernambuco no ano de 1824, da qual participaram, também, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, e que teve em Frei Caneca um de seus principais líderes. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA 
	Para reprimir e vencer a rebelião, D. Pedro I enviou tropas à região lideradas por Francisco de Lima e Silva e contratou, mais uma vez, navios comandados pelo inglês Almirante Cochrane. A pressão pela autonomia das províncias levou D. Pedro I a abdicar, em 1831, partindo para Portugal, na esperança de recuperar o trono ocupado por seu irmão D. Miguel. 
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A CONSOLIDAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA 
	O destaque da abdicação de Pedro I foi a escolha de José Bonifácio de Andrada e Silva para tutor de Pedro II que, na época, tinha apenas 5 anos de idade. Pela primeira vez o Brasil teria a oportunidade de sagrar um rei nascido no país.
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
	O período de regência caracterizou-se pela tomada de uma série de medidas importantes tais como a manutenção da nossa unidade territorial, a determinação da autonomia de cada província, a organização das Forças Armadas e a fixação dos limites entre a centralização ou descentralização do poder.
 
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
	Inicialmente, três foram os regentes, predominando Francisco de Lima e Silva – Chico Regente. A partir de 1834, a Regência se tornou una, com Padre Antonio Diogo Feijó e, depois, Araújo Lima, sofrendo pressão restauradora de José Bonifácio de Andrada e Silva.
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	É dessa época o surgimento do Código de Processo Criminal, dando mais poderes aos Juízes de Paz que passaram a poder prender e julgar pessoas por pequenos delitos, ajudando na manutenção da ordem nas localidades. Apesar dos presidentes das províncias continuarem a ser designados pelo governo central, ocorreu uma certa descentralização.
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
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	Foram criadas Assembléias Provinciais que passaram a ter importantes poderes, dentre eles o de repartir a renda entre o governo central, as províncias e os municípios e a competência para fixar as despesas municipais e das províncias.
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840 
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
Durante o período de Regência ocorreram importantes revoltas. Foram elas:
Farroupilha (Rio Grande do Sul, 1835 -45)
Cabanagem (Pará, 1835 - 40)
Balaiada (Maranhão, 1838 - 41)
Sabinada (Bahia, 1837 - 38)
Praieira (Pernambuco, 1848 – 50)
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
	Essas rebeliões estavam principalmente ligadas à autonomia, idéias republicanas de liberdade, disputa pelo poder nas Províncias, escravidão, carga tributária e o desejo de uma vida melhor. A mais longa revolta foi a Farroupilha, iniciando-se no período de Regência e terminando no Segundo Reinado. 
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
	Fato internacional relevante foi a tomada, por pouco tempo, da Província Cisplatina pelo exército brasileiro. Após a Guerra dos Farrapos, as tropas brasileiras, em conjunto com a facção dos “colorados” no Uruguai, garantiram que os argentinos não ocupassem a outra margem do Rio da Prata. A conquista foi de fundamental importância para as definições geopolíticas da América do Sul.
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
	No período da Regência surgiram os dois principais partidos políticos do Império: o Partido Conservador e o Partido Liberal. 
	Ao Partido Conservador, cujas bases estavam localizadas principalmente no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, estavam ligados aqueles que defendiam a centralização do poder.
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O PERÍODO DE REGÊNCIA: 1831 – 1840
O Partido Liberal, mais fortalecido em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, tinha seus simpatizantes na classe média e nos que argumentavam em favor da descentralização e o conseqüente aumento na autonomia das províncias.
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