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A INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA - CONCEITOS E REFLEXOES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC 
CURSO DE PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL 
 
 
 
LUCIENE OLIVEIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA: 
CONCEITOS E REFLEXÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2019 
 
 
 
LUCIENE OLIVEIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA: 
CONCEITOS E REFLEXÕES 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado ao Colegiado do 
Curso de Psicopedagogia Institucional do Centro 
Universitário - CESMAC como requisito parcial 
para obtenção da nota final do Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC). Sob a orientação da: 
Prf. Dr. Valéria Campos Cavalcante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió 
2019 
 
 
 
LUCIENE OLIVEIRA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA: CONCEITOS 
E REFLEXÕES 
 
 
Artigo Científico apresentado ao Colegiado 
do Curso de Psicopedagogia Institucional do 
Centro Universitário – CESMAC como 
requisito parcial para obtenção da nota final 
do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 
 
 
 
Orientadora: Prof. Dr. Valéria Campos 
Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em:____/____/____. 
 
 
 
 
______________________________________ 
Orientadora Prof. Dr. Valéria Campos Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA: 
CONCEITOS E REFLEXÕES 
 
Luciene Oliveira da Silva 
Orientadora: Prof. Dr. Valéria Campos Cavalcante 
RESUMO 
Este trabalho traz como objetivo discutir sobre o processo de inclusão de 
estudantes diagnosticados com Transtorno do espectro Autismo (TEA) no âmbito 
escolar, da mesma forma busca-se analisar de que maneira ocorre a relação 
professor com os alunos autistas em sala de aula. Para tanto, buscamos a 
abordagem metodológica qualitativa, baseada em revisão bibliográfica, sobre as 
discussões a acerca do processo de Inclusão do estudante com TEA. Entendendo 
que o termo Inclusão tem sido bastante debatido na área da Educação, mas na 
prática educativa não se tem a experiência de incluir, porque poucos profissionais 
tem o conhecimento sobre as deficiências, e mais especificamente sobre o 
Autismo. Essa investigação demonstrou que há avanço legal para a inclusão do 
estudante autista nas escolas brasileiras nas últimas décadas, que permitiu e deu 
visibilidade a esses estudantes, todavia existem ainda muitas dificuldades por 
parte dos educadores de como lidar com esse espectro. Isso se deve, em grande 
parte, a ausência de formação de professores na área. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Autismo. Direitos do autista. Estudante com TEA. Inclusão 
Escolar. 
 
ABSTRACT 
 
 This work aims to discuss about the process of inclusion of students diagnosed 
with Autism Spectrum Disorder (ASD) in the school environment, similarly seeks to 
analyze how the teacher relationship with autistic students occurs in the classroom. 
Therefore, we seek the qualitative methodological approach, based on 
bibliographic review, about the discussions over the process of Inclusion of 
students with ASD. Understanding that the term Inclusion has been widely debated 
in the area of Education, but in educational practice does not have the experience 
of including, because few professionals have knowledge about disabilities, and 
more specifically about Autism. This investigation has shown that there has been a 
legal advance towards the inclusion of autistic students in Brazilian schools on 
recent decades, which has allowed and given visibility to these students, however 
there are still many difficulties of educators on how to deal with this spectrum. This 
is largely due to the lack of education for teachers in the area. 
 
 
KEYWORDS: Autism. Autism Person Rights. Student with ASD. School inclusion. 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
 
1 
INTRODUÇÃO.........................................................................................................0
6 
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INCLUSÃO NO BRASIL – 
REFLEXÕES............07 
2.1 Legalidade e Direito a inclusão no 
Brasil.........................................................08 
3 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA TRANSTORNO DO ESPECTRO 
AUTISTA (TEA): Características e 
definições........................................................14 
4 INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA – UM LONGO CAMINHO AINDA A 
SEGUIR......................................................................................................................
18 
5 CONSIDERAÇÕES 
................................................................................................26 
6 REFERÊNCIAS 
.....................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O interesse pelo tema Inclusão do estudante com Transtorno do Espectro 
Autista (TEA) surgiu a partir das observações de nossa prática pedagógica em 
sala de aula. A escolha do tema veio ao encontro também das necessidades do 
aluno que acompanhamos, em relação a aceitação e inclusão por parte do 
professor e alunos em sala de aula. Bem como, necessidade de concluir o curso 
de Especialização em Psicopedagogia no CESMAC – Centro Universitário de 
Maceió, onde através da disciplina Modelagem da Aprendizagem nos fez refletir 
sobre como as tendências pedagógicas influenciam no processo ensino-
aprendizagem. 
O termo Inclusão tem sido bastante debatido na área da Educação, mas na 
prática educativa não se tem a experiência de incluir, porque poucos profissionais 
tem o conhecimento sobre as deficiências, e mais especificamente sobre o 
Autismo. Isso deve-se a ausência de formação de professores que necessitam de 
formação tanto na educação inicial quanto na continuada, pois muitos se baseiam 
na pedagogia tradicional, onde assemelham Todos como se fossem iguais, 
relacionando sua prática pedagógica no ensino em vez de acertar na 
aprendizagem. 
Este trabalho traz como objetivo discutir sobre o processo de inclusão de 
estudantes diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no âmbito 
escolar, da mesma forma busca-se analisar de que maneira ocorre a relação 
professor-aluno em sala de aula, entendendo que a proposta da educação 
inclusiva é remover barreiras, centrando na aprendizagem do estudante que é 
capaz de aprender. 
A literatura na área nos aponta que o Transtorno do Espectro Autista se 
apresenta de diversas maneiras em cada indivíduo, e requer que a escola, o 
professor possa reconhecê-los como iguais no que se concerne aos direitos da 
pessoa com deficiência, conforme está previsto nas Leis de nº 12,764 de 2012, Lei 
do Autismo, e Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Lei nº 13146 
de 2015, diretamente naquilo em que cada ser se diferencia. 
Segundo Léo Kanner, 1943 o TEA é um transtorno que se caracteriza por 
prejuízos na Interação social, atraso na aquisição da linguagem e 
Comportamentos estereotipados e repetitivos. Diversos estudos apontam que 
 
 
 
13 
 
fatores genéticos estão relacionados à causa do transtorno, mais não existe um 
diagnostico especifico do distúrbio, consequentemente existe o atraso para se 
identificar e realizar uma intervenção. 
Diante da ausência e atrasos nos diagnósticos há toda uma dificuldade em 
se incluir os estudantes com TEA nas escolas, sobretudo na escola pública, sendo 
assim, de maneira geral no âmbito educacional, ainda que esteja crescente a 
consciência para a necessidade da inclusão de alunos com deficiência a 
segregação, ou a exclusão, no Brasil ainda está acontecendo a passos lentos. 
Neste sentido, é essencial assegurar a entrada de estudantes com TEA na escola, 
mais ainda é, dar condições para que eles permaneçam (GALVÃO FILHO, 2009). 
Considerando essa realidade, a trajetória da inclusão do estudante autista 
no Brasil está em processo, pois muitos documentos já foram elaborados para 
garantir a inclusão, a iniciar pela Constituição Federal de 1988 que declara no Art.205: “A educação é um direito de todos (...)”, posteriormente a Lei nº 9.394/1996 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Lei nº 12.764/2012 Lei do Autismo; 
Lei nº 13.146/2015 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (estatuto 
da Pessoa com Deficiência). 
A metodologia utilizada neste trabalho foi baseada na revisão bibliográfica 
de livros, artigos e publicações, na busca de ideias de autores que dissertaram 
sobre o assunto, portanto podem nos auxiliar a nortear a prática da inclusão do 
estudante autista. 
 
2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INCLUSÃO NO BRASIL – REFLEXÕES 
 
Ninguém dos teus descendentes, nas suas gerações, em quem houver 
algum defeito se chegará para oferecer o pão do seu Deus. Pois 
nenhum homem em que houver defeito se chegará: como homem 
cego, ou coxo, ou de rosto mutilado, ou desproporcionado...” 
(LEVÍTICO 21:17-18) 
 
 
 
A exclusão da pessoa com deficiência na história da humanidade é bem 
antes dos tempos de Moisés. Em sua época, aqueles que apresentassem uma 
deficiência eram vistos como impuros indignos de participar dos serviços, não 
somente no Santuário, mas, de toda a sociedade, por serem considerados 
inválidos, inúteis. 
 
 
 
14 
 
Segundo Galindo (2009, p.35): 
 
Na Idade Antiga, surgiram os homens denominados de Senhores, 
seguidores da filosofia da eugenia, baseada na perfeição individual. E, 
por isso, quando as pessoas portadoras de deficiências eram 
descobertas, recebiam rotulações, como seres degenerativos da raça 
humana, sendo assim, perseguidos e sacrificados, porque não teriam 
nenhuma utilidade para os familiares e a sociedade vigente.(2009) 
 
Essa visão de perfeição persiste na Idade Média e, aqueles que não se 
enquadrassem no perfil, de normalidade, eram temidos e vistos como “monstros” 
por contrariedade divina, (RESENDE apud GALINDO, 2009). A partir do século 
XVII houve avanços na área da Medicina e as pessoas passaram a serem 
tratadas a partir da perspectiva médica, a deficiência como processo natural. 
(ARANHA, 2005, p. 13). Somente no século XX, essa visão começa se modificar 
devido a movimentos sociais no mundo ocidental, porém todo esse período da 
história a pessoa com deficiência não tinham acesso à educação. (GALINDO, 
2009, p. 37) 
Muitas concepções antigas perduram até os dias atuais, mas as leis visam 
garantir o direito para todos. A seguir haverá pontuações das leis, ainda que 
muitas conquistas não componham a realidade em sala de aula. No Brasil a 
inclusão escolar está regulamentada por um conjunto de documentos legais 
internacionais e nacionais, que a fundamentam esse processo, no entanto, para 
se chegar à conjuntura atual foram séculos, décadas, para serem reconhecidos os 
direitos da pessoa com deficiência. 
 
2.1 Legalidade e Direito a inclusão no Brasil 
 
No Brasil, o atendimento a pessoas com deficiência teve início na época do 
Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos 
Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos 
Mudos, em 1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação dos Surdos – 
INES, ambos no Rio de Janeiro. 
No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição 
especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é 
fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 
 
 
 
15 
 
1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com 
superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada e proclamada em 
Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, declara que 
“todas a pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, considerando 
que o reconhecimento da dignidade humana e seus direitos sejam protegidos em 
todos os lugares, ressalta-se que este documento foi utilizado no Brasil. 
Em 1961, o atendimento educacional a pessoas com deficiência passa a 
ser fundamentado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional – LDBEN, Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à 
educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. 
A Lei nº 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir “tratamento 
especial” para os estudantes com “deficiências físicas, mentais, aos que se 
encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os 
superdotados”, não promoveu a organização de um sistema de ensino capaz de 
atender aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades/superdotação e acaba reforçando o encaminhamento dos 
estudantes para as classes e escolas especiais. 
Em 1973, o MEC cria o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, 
responsável pela gerência da educação especial no Brasil, que, sob a égide 
integracionista, impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com 
deficiência e às pessoas com superdotação, mas ainda configuradas por 
campanhas assistenciais e iniciativas isoladas do Estado. 
A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) aborda os direitos 
das pessoas com deficiência, proibindo toda e qualquer discriminação, afirmando 
que, “todos são iguais perante a lei” e, consta do inciso III do Art. 208 a 
recomendação que “o atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, e sendo o Ensino 
baseado na igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, 
assim, garantindo a Todos a participação efetiva na educação como cidadão 
Brasileiro. 
Assim, o referido documento traz alterações relevantes para a pessoa com 
deficiência quanto ao acesso à educação, pois anteriormente o atendimento era 
somente em clinicas especializadas, sendo tratados como “especiais”, assim era 
 
 
 
16 
 
reforçado o preconceito para com essas pessoas. 
E reivindicar o cumprimento do principio da igualdade, da maneira que é, 
constitucionalmente assegurada na nossa Carta Magna é dever de todos 
promover ações que valorizem os direitos humanos e combater toda e qualquer 
maneira de discriminação a pessoa que apresente alguma deficiência. 
A Politica Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – 
Lei nº 7.853/1989 reforça assegurar os direitos individuais e sociais da pessoa 
com deficiência e a sua efetiva integração social. E, estabelece na área educação 
“a inclusão, no sistema educacional da Educação Especial como modalidade 
educativa” em todos os níveis, priorizando a atuação no ensino regular. 
Em 09 de março de 1990 em Jomtien na Tailândia, foi aprovada a 
Declaração Mundial de Educação para Todos, destacando a necessidade dos 
Estados tomarem medidas para garantir a igualdade de acesso à educação. Em 
seu Art. 3, inciso V, afirma que: 
“As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de 
deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que 
garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e 
qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema 
educativo.” 
 
Entendendo que a educação é de importância fundamental para o 
desenvolvimento pessoal e social do ser humano. No Brasil em 1990 o 
Congresso Nacional sanciona a Lei nº 8.069, O Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), onde define os direitos fundamentais às crianças e 
adolescentes assegurando-lhes todas as oportunidades para o seu 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de 
liberdade e de dignidade. Incluindo em seu Art. 54, inciso III o “atendimento 
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na 
rede regular de ensino”; 
Neste mesmo período, em uma Conferência Mundial realizada pela 
UNESCO na Espanha, no período de 07 a 10 de junho do ano 1994 foi discutido e 
reafirmado o compromisso para com a Educação para Todos.A Declaração de 
Salamanca resultou em um documento que propõe Regras Padrões sobre 
Equalização de Oportunidades para Pessoas com Deficiência. 
Trata-se da elaboração de princípios, politicas e práticas das necessidades 
educativas que estimulem ações governamentais para garantir a oferta de uma 
 
 
 
17 
 
educação de qualidade, dando condições de oportunidades de acesso e 
permanência no sistema regular de ensino, pois “toda criança tem direito 
fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o 
nível adequado de aprendizagem”, acrescentando ainda que “as características, 
interesses, habilidades e as necessidades de aprendizagens são únicas” em cada 
individuo. 
O documento de Salamanca é uma referência para inclusão das pessoas 
com deficiência na Educação, sendo a partir dessa declaração que surgiu o 
conceito educação inclusiva. 
(...) adotem o principio de educação inclusiva em forma de lei ou de 
politica, matriculando todas as crianças em escolas regulares(...) 
(Declaração de Salamanca). 
 
 A declaração de Salamanca elaborou com solidez que as crianças com 
deficiência devem ser incluídas no contexto mais abrangente da Educação para 
Todos e que a escola deve seguir o conceito da educação inclusiva promovendo 
o convívio entre alunos ditos como normais e alunos que apresentam alguma 
deficiênciade maneira harmoniosa. 
 
As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de 
suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou 
outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; 
crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações 
distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou 
culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou 
marginalizadas (Declaração de Salamanca, 1994, p. 17-18). 
 
Conforme este documento aqueles que apresentarem alguma deficiência 
deverão frequentar escolas regulares, que possuam orientação inclusiva, 
devendo assumir a responsabilidade de combater atitudes discriminatórias, 
acomodando o aluno com deficiência numa pedagogia centrada na criança, e não 
na sua limitação, capaz de satisfazer a suas necessidades, oferecendo uma 
educação de qualidade e assim, alcançando a educação para todos. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei nº 
9.394/96 trata das normas gerais e condições mínimas do ensino em nosso país. 
E capitulo V nos artigos de 58 a 60 refere-se à Educação Especial, onde 
assegura e estabelece critérios no atendimento aos educandos com deficiência. 
No seu artigo 58 afirma que a “Educação Especial” é uma modalidade de ensino 
 
 
 
18 
 
e que deve ser oferecida de preferência na rede regular de ensino. 
Essa lei também compõe sobre a qualificação do professor que atua na 
Educação, sobre currículos e recursos específicos para atender aqueles que 
apresentem alguma deficiência conforme está descrito no seu artigo 59, quando 
afirma que: 
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação: 
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e 
organização específicos, para atender às suas necessidades; 
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir 
o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de 
suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o 
programa escolar para os superdotados; 
III – professores com especialização adequada em nível médio ou 
superior, para atendimento especializado, bem como professores do 
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas 
classes comuns. 
 
A inclusão de alunos com deficiência no sistema de ensino regular tem 
como pilar o desenvolvimento integral do educando, onde o currículo deve atender 
as suas necessidades de acordo com as suas especificidades, sendo necessário 
que a educação tenha mudanças nas práticas educacionais que muitas vezes são 
discriminatórias por tratar todos os alunos de maneira homogênea, esquecendo-se 
da diversidade do ser humano. Portanto, é fundamental que a escola, o professor 
busque adequar suas práticas educacionais conforme as premissas de uma 
sociedade plural. 
A LBD como os documentos até aqui elaborados na proposta da educação 
inclusiva busca romper as barreira e preconceitos dentro e fora da sala de aula 
preparando o aluno com ou sem deficiência para o pleno exercício da cidadania. 
Em 1999, mais um documento surge no cenário internacional, a Declaração 
de Guatemala, Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas 
de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência, que posteriormente foi 
promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956 de 2001. Afirmando que as pessoas 
com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que 
outras pessoas e que estes direitos, inclusive o direito de não ser submetidas à 
discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que 
são inerentes a todo ser humano. 
A Resolução CNE/CEB nº2/2001 institui Diretrizes Nacionais para a 
 
 
 
19 
 
Educação Especial na Educação Básica, e propõe para os sistemas de ensino a 
organização para incluir os estudantes nas suas peculiaridades educacionais, 
conforme está previsto no artigo 7º que: “O atendimento aos alunos com 
necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do 
ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica”. 
É de fundamental importância que o estudante com deficiências e matricule 
na escola desde a educação infantil para que o mesmo se desenvolva na 
construção do conhecimento fazendo usufruto dos seus direitos. 
Esta resolução acrescenta no artigo 8º que: 
 
As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na 
organização de suas classes comuns: 
I – professores das classes comuns e da educação especial capacitados e 
especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades 
educacionais dos alunos; 
II – distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais 
pelas várias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo 
que essas classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem 
positivamente as experiências de todos os alunos, dentro do princípio de 
educar para a diversidade; 
III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado 
prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e 
recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao 
desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais 
especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, 
 
 
É imprescindível para a inclusão escolar que a escola e aqueles que fazem 
parte dela, reconheçam e valorizem as diferenças do estudante com deficiência, 
para assim oferecer condições necessárias promover o desenvolvimento das suas 
habilidades e potencialidades. 
Essas diretrizes para Educação Especial vêm sendo um avanço na visão da 
universalização do ensino e um marco fundamental quanto à atenção a 
diversidade na educação brasileira, sendo mais um aparato legal para que se faça 
do espaço escolar um ambiente para Todos, sem segregação e assim possamos 
conviver em uma sociedade democrática que respeita as diferenças. 
Em 30 de março de 2007 foi promulgada a Convenção Internacional sobre 
os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo assinado em 
Nova York. Os países que participaram dessa convenção assumiram 
compromisso de assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitos 
humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência, sem 
 
 
 
20 
 
qualquer tipo de discriminação por causa de sua deficiência. 
O Brasil foi um deles, a promulgar por meio do Decreto 6.949 de 25 de 
agosto de 2009. Os Estados-Partes reconhecemo direito à educação das 
pessoas com deficiência. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base 
na igualdade de oportunidades, as medidas de apoio individualizadas e efetivas 
precisam ser adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento 
acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena. 
Sendo essa convenção um marco para os Direitos Humanos que surgiu 
para fomentar, resguardar e garantir condições de vida com dignidade para 
aqueles que apresentam alguma deficiência. 
A Lei nº12. 764, de 27 de dezembro de 2012 institui a Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece 
diretrizes para sua obtenção. E declara no art. 1º que é considerada um pessoa 
com TEA aquela que apresenta características conforme está no descrito nos 
incisos I ou II: 
 
I – deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e 
da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de 
comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência 
de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações 
apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 
II – padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e 
atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais 
estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva 
aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses 
restritos e fixos. 
 
Sendo considerada deficiente a pessoa que apresente essas 
características, sabendo que ela se manifesta de maneiras diferentes em cada 
individuo. 
A legislação favorece ao estudante com TEA a inclusão nas salas comuns 
do ensino regular e o direito a um acompanhante especializado, assim, cabe à 
escola dar condições e prover adaptações pedagógicas para atender as 
necessidades educacionais deste publico. 
Seguindo esse caminho, houve mais uma conquista da sociedade através 
da lei 12.764 houve um crescimento considerável de crianças e jovens com TEA 
nas escolas comuns, e a necessidade de formação e capacitação dos 
profissionais no atendimento a pessoa com TEA, é de fundamental relevância 
 
 
 
21 
 
para se fazer valer o direito à pessoa com o transtorno. No seu artigo 2º, inciso VII 
diz:: “o incentivo à formação e à capacitação de profissionais especializados no 
atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista, bem como a pais e 
responsáveis”; 
A inclusão escolar do estudante com TEA é possível, desde que os 
envolvidos tenham conhecimento das suas diferentes dificuldades e capacidades, 
para assim oferecer recursos alternativos e necessários para ensinar esses 
alunos, onde proporcione um trabalho que potencialize suas habilidades 
individuais. 
Esta lei é um ganho muito significativo para a inclusão do estudante com 
TEA, pois ela possibilita a participação no convívio social, escolar e busca eliminar 
toda e qualquer forma de discriminação protegendo os direitos de cidadania para a 
pessoa autista. 
A Lei Brasileira da Inclusão das Pessoas com Deficiência (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência) – Lei nº 13.146/2015 entrou em vigor 02 de janeiro de 
2015, sendo destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o 
exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, 
visando à sua inclusão social e cidadania. No Art. 27. A educação constitui direito 
da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os 
níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo 
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, 
intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de 
aprendizagem. 
É certo que a legislação no mundo e em especial no Brasil vem avançando 
em sua trajetória. O Estatuto da Pessoa com Deficiência engloba todas as leis, 
decretos, declarações que o antecedem, sendo uma conquista para inclusão da 
pessoa humana. Mas há muito a se fazer para assegurar o direito à inclusão 
escolar, pois as leis existem, mas falta fazer valer esse direito com dignidade, uma 
vez que muitas dessas legislações permanecem apenas no papel. 
 
 
3 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): Características e 
definições 
 
 
 
 
22 
 
Ao longo de 76 anos, pós Léo Kanner, o Transtorno do Espectro Autista 
vem ganhando diversas nomenclaturas, definições e características. Observa-se 
que houve uma evolução sobre a definição do transtorno desde Kanner, aonde o 
mesmo tratou sobre o autismo como sendo “Disturbios Autísticos do Contato 
Afetivo”, 
descrevendo-o nas crianças observadas as seguintes características e 
comportamentos: a falta de capacidade de relacionar-se com o meio, solidão 
extrema, inábil na comunicação, comportamento repetitivo, não respondem ao 
ambiente, insistem no isolamento ou não desenvolvem relacionamento social e se 
dá ou se manifesta em crianças desde cedo.. 
Ganha destaque já em 1944 a figura de Hans Asperger, psiquiatra 
austríaco, que diferente de Kanner que fazia identificação da criança para 
entender o autismo, Asperger fazia suas observações baseadas no 
comportamento. 
De acordo com Temple Gardin (2018), Hans Asperger assim descrevia o 
comportamento do autista: ”falta de empatia, pouca capacidade de fazer amigos, 
conversas unilaterais, absorção intensa em um interesse em especial e 
movimentos desajeitados”. 
A obra de Asperger não fora muito conhecida, uma vez que fora publicada 
em alemão e aconteceu em meio à segunda guerra mundial. Somente em 1981 
que a psiquiatra Lorna Wing traz a obra de Asperger para o cenário dos estudos 
sobre o autismo, passando a tratar o autismo como um espectro, denominando a 
Síndrome de Asperger. Uma das maiores contribuições da obra de Asperger é que 
ela não estava voltada apenas para a parte clínica mas contemplava a parte 
pedagógica da criança autista, notando ocorrências mesmo que em pequeno 
número em meninas. 
Destacamos também em meados do século passado a publicação do 
Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais DSM-1 de onde verificavam 
as nomenclaturas e critérios para diagnósticos à época dos transtornos mentais, 
embora englobasse nessa primeira edição a caracterização do autismo como 
esquizofrenia. Na segunda e terceira edições do DSM houve uma abrangência na 
denominação do autismo. Os mesmos passam a ter mais critérios para sua 
identificação: 
a) Ter se manifestado antes de dois anos e meio; 
 
 
 
23 
 
b) Ausência total de responsividade às pessoas; 
c) Déficits no desenvolvimento da linguagem; 
d) Ecolalia imediata e atrasada, e inversão pronominal; 
e) Resistência à mudança, apego a objetos. 
 
É importante destacar que em 1987 com a reedição do DSM III (DSM III-
R) passa a contemplar 16 critérios de diagnostic do autismo. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o autismo como um 
Transtorno do Espectro Autista (TEA) com a seguinte definição: 
(…) uma série de condições caracterizadas por algum grau de 
comprometimento no comportamento social, na comunicação e na 
linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são 
únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva. 
 
Segundo Mello (2007, p. 16): 
Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por 
alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos 
três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do 
desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interação 
social, aprendizado e capacidade de adaptação. 
 
 
Notamos que alguns autores da área descrevem o autismo como uma 
“condição”, outros como um “distúrbio” ou ainda uma “desordem”, “inadequação”, 
“transtorno”, “anomalia”, dentre outros. 
Shwartzman (1994) define o autismo como uma síndrome marcada por 
alterações manifestas ainda cedo, em que há forte manifestação de desvios no 
comportamento interpessoal.É uma condição com prevalência em meninos, com 
presença de alterações nos cromossomos, molecular ou ainda quebra na cadeia 
cromossômica X, daí a limitação na aprendizagem pela criança autista. 
Para Bossa (2002) as crianças autistas são caracterizadas pela falta de 
habilidade em manter ou desenvolver relações ditas normais, o que decorre tanto 
da falta do desenvolvimento da linguagem, como da comunicação. Ela destaca 
que há um alto grau de desenvolvimento de memória, com aspecto físico normal e 
fisionomia de inteligente. Segundo Santos (2011, p. 10): 
 
Autismo ou Transtorno Autista é uma desordem que afeta a 
capacidade da pessoa comunicar-se, de estabelecer relacionamentos e 
de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia. O autismo, por 
ser uma perturbação global do desenvolvimento, evolui com a idade e se 
prolonga por toda vida. 
 
Para Tamanaha, Perissinoto & Chiari (2008, p.4): 
 
 
 
 
24 
 
[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como 
um grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da 
interação social e modalidades de comunicação, e por um repertório de 
interesses e atividades restrito e estereotipado. Essas anomalias 
qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do 
indivíduo. 
 
 
 Diante dessas descrições, percebemos que há dificuldades da pessoa com 
TEA se relacionar com o meio externo, isolando-se do mesmo e vivendo no seu 
próprio “mundo”. Daí, retomamos o pensamento de Kanner, quando diz que o 
termo autismo significa: “(...) voltado para si mesmo” (Kanner, 1943). Lembrando 
que isso é uma condição do autista, não sendo algo permanente, variando de 
autista para autista. 
 Contudo, o estudante autista pode alcançar um elevado nível de 
aprendizagem, sendo condicionado às condições do ambiente, do meio. Basta 
verificar a obra de Vigotsky (1993), quando relaciona o processo de 
desenvolvimento humano à origem nas relações sociais, devendo ser 
compreendido no contexto histórico-cultural. Isso, segundo o autor implica que 
tanto o desenvolvimento quanto a aprendizagem são métodos condicionados via 
interação. 
 Ivan Ivic (2010) diz que: “O pensamento autístico deve sua origem ao 
desenvolvimento do pensamento realista e ao seu efeito fundamental...o 
pensamento por conceitos”. 
 O pensamento da pessoa com TEA deve ser considerado através da ótica 
que não são visualizados pensamentos abstratos, simbolização ou ainda uso da 
imaginação diante de ideias figuradas. O pensamento autista é profundamente 
literal. Em outras palavras, significa dizer que, ao se contar uma piada para um 
autista ele não irá rir. Ele a absorverá na literalidade das palavras pronunciadas. 
 Cunha (2017) aborda os aspectos a serem observados: 
1. Capacidade sensorial: há uma hipersensibilidade aos estímulos do 
ambiente exterior. A audição, visão e o tato são sensíveis, pois diante de 
barulhos, ruídos, os autistas se sentem ameaçados. Na questão do tato, há 
um apego pelo objeto junto à pele, para senti-lo, sendo fator de descoberta. 
No campo da visão, os autistas são detalhistas no enxergar, conseguindo 
ver pequenos detalhes no ambiente; 
2. Capacidade espacial: em virtude de enxergar os pequenos detalhes, sua 
 
 
 
25 
 
visão espacial é fracionada, tendo dificuldade de lateralidade e direção, 
sem coordenação motora e também percepção corporal; 
3. Capacidade de simbolizar: há dificuldades do imaginário, do faz de conta, 
de simbolizar; 
4. Subjetividade: há limitação de compreender sentimentos, expressões de 
tristeza ou amor. Não há aprendizagem por analogia, sendo uma 
compreensão extremamente literal; 
5. Linguagem: há limitações na comunicação social, com dificuldades para dar 
sentido às palavras, construção do significado do que se fala (ecolalia); 
6. Cognição: não há representação cognitiva, de interagir e de se comunicar, 
consequentemente há mais dificuldade na aprendizagem. Em virtude da 
dificuldade de interagir e de se comunicar, consequentemente há limitação 
no desenvolvimento e progresso cognitivo; 
7. Hiperatividade: é uma característica a se observar no autista, porém nem 
todo autista tem manifestação implícita do TDAH (Transtorno do Déficit de 
Atenção e Hiperatividade); 
8. Estereotipias: são características presentes e visíveis no autista, 
ocasionadas por diversos impulsos (extemporâneos), em reposta a diversos 
estímulos. Essas estereotipias são mecanismos de expressão, 
representando alegria, emoções, ansiedades, frustrações e momentos de 
excitação; 
9. Psicomotricidade: para Alves (2007) a motricidade é a resposta da ação do 
sistema nervoso sobre a musculatura, isso no autista pode ser 
comprometida. Devido a esse comprometimento, o autista tem prejuízos na 
coordenação motora fina, no equilíbrio corporal, na lateralidade; 
10. Socialização: não há habilidades sociais; sem procura de contato com as 
pessoas, manifestando a fixação nos próprios movimentos e interesses; 
11. Afeto: o autismo se assenta “em si mesmo”, onde há dificuldade afetiva de 
reconhecer sentimentos e afetos de outra pessoa. 
 
Portanto, deve-se considerar as características e desenvolvimento da pessoa 
com TEA que variam de uma pessoa para outra, sendo que esta vive em um 
mundo à parte. Para tanto, deve-se buscar estratégias que levem em conta as 
suas especificidades e peculiaridades. 
 
 
 
26 
 
 
4. INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM TEA – UM LONGO CAMINHO AINDA A 
SEGUIR 
A inclusão escolar é um grande desafio, ao qual, não há uma receita 
pronta. Para que a inclusão aconteça se faz necessário romper com as barreiras 
da discriminação, do preconceito, da mudança de comportamento em relação às 
diferenças. Sendo através da família, da escola e daqueles que a compõem que 
se conseguirá minimizar a exclusão dos alunos com deficiência e, em especial, 
o estudante com TEA. Pois o ser humano é único com habilidades e talentos. É 
necessário mudar o olhar e, enxergar em cada ser, as suas capacidades. Mas 
para isso, precisamos conhecer a condição do aluno. 
Segundo Cunha (2017, p. 35) “em todo processo de aprendizagem, há 
interpretações diferentes, ainda que sejam em resposta a um mesmo estímulo.” 
Cada pessoa aprende a sua maneira e assim não é diferente com o estudante 
com TEA, por isso é necessário à formação do professor para que o mesmo 
aprenda a se relacionar com o aluno através de estratégias diferenciadas para 
um ensino que proporcione seu desenvolvimento social, afetivo e intelectual, 
pois cada um possui diferentes dificuldades e capacidades. 
O ambiente escolar deve ser um espaço de aprendizagem, que possibilite 
o pleno desenvolvimento das habilidades e a superação dos limites de todos 
que a compõe, porém, mesmo estando dentro dos muros da escola o estudante 
com TEA ainda continua com rótulos, por apresentar suas diferentes 
peculiaridades. Conforme Ramos (2010, p. 13), “já tendo sido rotulados com 
retardados, ‘doentinhos’, excepcionais, portadores de necessidades especiais, 
pessoas com deficiência...”. Nenhum desses termos é uma palavra justa para os 
alunos com TEA, pois não existe uma turma homogênea. 
Pacheco (2012, p. 26) acrescenta que as práticas escolares são 
deficientes por homogeneizar o que é diverso. Enfatiza que: “A ‘diferença’ é 
normal, não é deficiente. A sociedade é formada por identidades plurais, 
particularidades, especificidades. Anormal é pautar o trabalho escolar pela 
igualdade”. É imprescindível reconhecer as diferenças de cada individuo e 
romper com esse modelo de ensino, para que ocorra de fato a inclusão escolar. 
Pois: “A inclusão escolar é uma oportunidade que as pessoas têm de participar 
 
 
 
27 
 
plenamente nas atividades educacionais, em que são respeitadas as suas 
individualidades e capacidades” (GALINDO, 2009, p.51). 
Mantoan (2006, p. 20) acrescenta que é preciso “reconhecer a igualdade 
de aprender como ponto de partidae as diferenças no aprendizado como 
processo e ponto de chegada”, dessa maneira, todos poderão aprender juntos, 
sem separação. Pois, a inclusão escolar não se limita aos alunos com 
deficiência física ou cognitiva, mais sim aqueles que vivem a margem da 
sociedade. E, possivelmente, só irá acontecer plenamente, quando a sociedade 
entender que “todos” têm o que ensinar dentro da sua capacidade e assim 
aprender mutuamente. Quando a sala de aula se torna um espaço de 
oportunidades e de aprendizado. 
Segundo Stainback (1999) apud Galindo (2009, p.51): 
O ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independente de 
seu talento, deficiência, origem sócio-econômica ou origem cultural – em 
escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos 
alunos são satisfeitas. 
 
Para Cunha (2017, p.57): “a prática escolar é uma grande oportunidade 
para profissionais (...) construírem um repertório de ações inclusivas para o 
aprendente com autismo”. As práticas pedagógicas não devem ser cumpridas 
com rigor seguindo um método imposto e sim atividades que inclua desafios e 
superação a fim de propiciar a autonomia do estudante com TEA. 
Cunha (2017) apud Piaget sobre o desenvolvimento do juízo moral se dá 
em três estágios: anomia, heteronomia e autonomia. No estágio da anomia a 
criança não segue regras coletivas; na heteronomia ela consegue identificar as 
regras coletivas e lida com elas, por imitação ou contato verbal; na autonomia as 
regras não são impostas, a decisão passa a ser livre. 
No contexto da autonomia, é permitir que o aluno realize as atividades por 
iniciativa própria, embora acompanhado e direcionado pelo professor, é 
necessário trabalhar a interação, a comunicação, os movimentos, a afetividade, e 
ainda que em escala mínima, que seja trabalhada a autonomia num todo. 
Nessa relação entre professor e aluno quem aprende primeiro é o 
professor, que é o mediador de possibilidades. O aluno é o sujeito nesse 
processo, onde o professor deve centrar, manter o foco nas habilidades do aluno 
e não nas dificuldades, conforme diz Cunha (2017, p. 53), “O caminho para a 
 
 
 
28 
 
educação está no aprendente.” 
A formação do professor nesse processo inclusivo é de fundamental 
importância, pois tanto na formação inicial quanto na continuada, o professor 
precisa ter conhecimento do TEA para estimular o desenvolvimento e 
aprendizado do aluno, fazendo necessárias mudanças no currículo, onde possa 
ultrapassar as concepções da deficiência e tornar as práticas pedagógicas rica 
em experiências educativas nas relações humanas. 
Silva e Moraes (2004), aponta que a formação de professores, as 
condições físicas e materiais e a organização de recursos e de apoio são fatores 
que devem ser considerados prioritários na discussão da proposta de inclusão 
escolar, possibilitando refletir sobre o papel da parceria com outros profissionais 
da saúde e da assistência, além da família e da comunidade. 
Nesta perspectiva, a Lei Federal nº 12.764 determina que toda criança com 
autismo tem o direito de frequentar escolas regulares. A lei prevê ainda uma 
punição para as escolas que recusarem matricular alunos com autismo e que em 
casos de comprovada a necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista 
incluída nas classes comuns de ensino regular terá direito a acompanhante 
especializado. 
Neste sentido, Mazzotta (2008), demonstra sua insatisfação com o 
processo de inclusão nas escolas pelo viés político, alertando que as políticas 
afirmativas para a inclusão escolar podem ser utilizadas como instrumento 
demagógico por autoridades sem que haja uma profunda avaliação, capaz de 
efetivar a inclusão escolar. 
Concordando com a autora acredita-se que continua acontecendo em 
muitas escolas são caminhos paralelos, onde a escola comum que atende a 
alunos especiais constitui-se como a escola dos diferentes, dividindo os mesmos 
em normais e especiais, estabelecendo uma cisão entre esses grupos que se 
isolam em ambientes educacionais excludentes. 
Aranha (2003, p. 12), ao discorrer sobre inclusão escolar, relata que para 
que esta ocorra é necessário um rearranjo no sistema educacional, pois “prevê 
intervenções decisivas e incisivas, em ambos os lados da equação: no processo 
de desenvolvimento do sujeito e no processo de reajuste da realidade social: 
 
[...]”. Assim, “além de se investir no processo de desenvolvimento do 
indivíduo, busca-se a criação imediata de condições que garantam o 
 
 
 
29 
 
acesso e a participação da pessoa na vida comunitária, através da 
provisão de suportes físicos, psicológicos, sociais e instrumentais.” 
 
 
De acordo com Bosa (2006), o planejamento do atendimento à criança 
com autismo deve ser estruturado de acordo com o desenvolvimento dela. Por 
exemplo, em crianças pequenas, as prioridades devem ser a fala, a interação 
social/linguagem e a educação, entre outros, que podem ser considerados 
ferramentas importantes para a promoção da inclusão da criança com autismo. 
Deve-se, portanto, no espaço escolar, promover uma mudança na 
representação social sobre a criança autista, sendo importante que a escola e o 
professor foque a prática escolar na compreensão dos diferentes aspectos 
relacionados a este tipo de transtorno, além de suas características e as 
consequências para o desenvolvimento dos estudantes. Vale ressaltar que a 
inclusão escolar é o principal instrumento de inserção social e o objetivo de todo e 
qualquer tratamento para o autista. 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES 
 
Este trabalho traz discussões a acerca do processo de Inclusão do 
estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA), entendendo que o termo 
Inclusão tem sido bastante debatido na área da Educação, mas na prática 
educativa não se tem a experiência de incluir, porque poucos profissionais tem o 
conhecimento sobre as deficiências, e mais especificamente sobre o Autismo. 
Há que se considerar que houve um avanço legal para a inclusão do autista 
na educação nas últimas décadas, que permitiu e deu visibilidade às pessoas com 
TEA. Todavia existe dificuldades por parte dos educadores de como lidar com 
esse espectro. Isso deve-se, em grande parte, a ausência de formação de 
professores que necessitam de formação tanto na educação inicial quanto na 
continuada, pois muitos se baseiam na pedagogia tradicional, onde assemelham 
Todos como se fossem iguais, relacionando sua prática pedagógica no ensino em 
vez de acertar na aprendizagem. 
 
 
 
30 
 
Nesse sentido, ainda há que se ressaltar a relevância de que se ofereça 
uma formação continuada para os educadores que lhes possibilite uma discussão 
ampla sobre os alunos com algum tipo de deficiência, ou seja, uma formação 
baseada numa perspectiva de redimensionamento de práticas pedagógicas, a fim 
de adequar as recentes demandas, por uma escola mais democrática e justa. 
 Os profissionais da educação precisam ser preparados. Quando um 
aluno com TEA chega numa escola acontece de ser rotulado, ser colocado em 
algum local do ambiente, sem que a prática pedagógica propicie a verdadeira 
inclusão que seria o olhar do profissional. 
Para além da formação de professores entende-se como urgente que 
essa temática seja pesquisada, discutida, analisada ampliando o conhecimento e 
ação dos profissionais que trabalham diretamente com a educação. Entende-se 
que o acesso, portanto, a inclusão do estudante com TEA é apenas uma das 
etapas, precisando garantir também a permanência desse aluno na escola com 
uma aprendizagem que lhe proporcione um desenvolvimento significativo e 
transformador. 
 
 
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