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ATIVIDADE RESPONDIDA SOBRE DENSIDADE, TABELA DE VIDA E DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL 1º A população humana é constituída por todos os indivíduos que habitam o planeta terra, enquanto humanos, no entanto podemos estabelecer uma área limite para estes, como por exemplo a população humana das américas. a) Qual o conceito de populações? Podemos definir“população” como sendo um conjunto de indivíduos de mesma espécie que interagem juntos em uma mesmo local (área geográfica) em um dado período de tempo, tendo assim maior probabilidade de se reproduzir entre si do que com grupos de outras populações de mesma espécie localizados em outras regiões. b) Como é denominado o limite espacial estabelecido no texto (população humana das américas)? EXPLIQUE. Neste caso, limitando a população humana apenas ao ambiente das Américas, podemos estabelecer uma comunidade biológica. Ou seja, uma população humana definida em uma região geográfica estabelecendo interações sociais entre si, com as demais populações e o ambiente, influenciando o número de espécies de cada população, por exemplo. Permeando a natureza e formando uma parte importante do ambiente os quais estas populações se adaptam, então cada sistema ecológico como esse é um subconjunto de um nível maior, tal que os diferentes tipos de sistemas ecológicos formam uma hierarquia ecológica. 2º DISSERTE sobre as características das distribuições populacionais. A distribuição de uma população é responsável por descrever o espaçamento dos indivíduos em relação uns aos outros na abrangência geográfica. Esses padrões de distribuições populacionais podem ocorrer de três maneiras, sendo eles: distribuição agregada, uniforme ou aleatória. A distribuição agregada é caracterizada por indivíduos que estão agrupados. Por exemplo, a espécie de fungo conhecida como Hypholoma fasciculare que cresce em agrupamentos em qualquer lugar no qual exista um tronco em apodrecimento. Essa distribuição pode ocorrer através de diversos fatores, dentre eles: atração de recursos (Exemplo: Salamandras), progênie (Exemplo: Populus tremula) e a vivência em grupos sociais visando a eficiência na caça e proteção da prole e do território (Exemplo: Lobos). Já a distribuição uniforme é caracterizada pelos indivíduos de uma determinada população que apresentarem uma distância mínima (e constante) entre si (Exemplo: Phalacrocorax atriceps). Essa distribuição pode ser observada em áreas agrícolas, como por exemplo, o espaçamento uniforme entre as plantações que possibilitam que cada planta tenha recursos suficientes para maximizar a produção; em ambientes naturais, essa distribuição possibilita interações diretas entre os indivíduos, podendo ser consideradas benéficas ou não. Por exemplo, as plantas posicionadas muito próximas a vizinhos maiores sofrem com sombreamento (dificultando a realização do processo de fotossíntese) e competição das raízes, a emissão de substâncias químicas de suas folhas e raízes responsáveis por inibirem o crescimento das plantas localizadas ao redor. Ademais, essa dispersão uniforme também pode ser observada no reino animal, como por exemplo, nas aves que defendem seus visando não só a proteção dos seus filhotes, mas também os recursos disponíveis naquele território. Por fim, há a distribuição aleatória, que é caracterizada pelo posicionamento independente de cada indivíduo em relação aos outros (Exemplo: Dispersão das folhas e sementes pelo vento), sem um determinado padrão. Esse tipo de dispersão não é comum na natureza devido às condições abióticas, os recursos e as interações com outras espécies não têm esse tipo de distribuição, pois no caso desse exemplo, as sementes irão “para onde o vento levar”, contudo, nem sempre o local que elas caem apresentam solo rico, água, nutrientes e luz suficientes. Figura 1. Distribuição populacional. Imagem: Khan Academy 3º Imagine uma espécie hipotética de serpentes que foi introduzida na Ilha de Fernando de Noronha. Lá essa espécie começou a ter um alto índice de reprodução e sobrevivência. Você é o ecólogo responsável por monitorar essa área e deverá produzir um relatório (TEXTO), explicando e relacionando as causas e consequências da introdução desta espécie na Ilha com conceitos estudados na disciplina. (OBS: Podem usar a criatividade de vocês, falem de habitat adequado, padrões de distribuição, crescimento populacional. Apliquem o máximo de conceitos que conseguirem nessa questão). Uma espécie originária de uma região e introduzida em outra região do mundo, ou seja, onde ela não existia historicamente, classificamos como exótica ou não nativa. Caso a espécie introduzida se propague rapidamente e afete negativamente outras espécies, chamamos esta espécie de invasora. Na Ilha de Fernando de Noronha, por exemplo, antes da introdução destas serpentes encontrava-se um habitat com uma densidade de fauna contendo aves, morcegos e répteis em um sistema ecológico equilibrado de taxas de reprodução e desenvolvimento de espécies. Todavia, por fato de alguma ocasião ainda não completamente respondida, registrou-se a chegada destas serpentes, afetando uma boa parte da fauna já mencionada, pois tais animais não dispunham de defesa evolutiva contra as serpentes, assim sendo, quando uma espécie é introduzida, ela pode se tornar uma forte competidora de espécies nativas, limitando fontes de alimento, abrigos e até predando espécies nativas e, por não estarem no seu habitat natural, as espécies exóticas estão livres de predadores específicos, intensificando ainda mais o seu poder invasivo. Traçado uma linha temporal dos quinze anos seguintes, à medida que a espécie de serpentes crescia exponencialmente, registrou-se um efeito significativo sobre a fauna da Ilha, havendo um declínio brusco de répteis, morcegos e aves. As aves por sua vez foram o grupo mais afetado pelas serpentes invasoras, chegando à extinção de duas espécies. A redução ou extinção destes grupos nativos decorrentes da introdução de espécies exóticas vem preocupando pesquisadores e morados da Ilha que dependem do extrativismo. Deste modo, como mencionado, espécies invasoras, quando encontram ótimas condições para se desenvolver no local onde são introduzidas, podem tornar-se praga trazendo prejuízo tanto ambiental quando econômico. A introdução de espécies exóticas também pode modificar o habitat, causando, o rompimento do isolamento reprodutivo entre as espécies nativas (hibridização), além de também poder causar efeitos negativos indiretos, ou seja, a espécie invasora acaba afetando a interação entre outras duas espécies, sendo que ela interage apenas com uma delas. Assim, a prevenção seria a primeira medida a ser tomada, evitando maiores prejuízos, uma vez introduzida na natureza, a espécie merece receber uma atenção urgente, pois quanto mais demorarem as providências, maiores serão os prejuízos. O controle deve começar com uma pesquisa sobre a espécie no seu habitat natural, a fim de que se conheçam seus hábitos alimentares, bem como em que tipo de ambiente vive e seus principais predadores, estudar como a espécie está se comportando na Ilha, a quem está predando e por quem está sendo predada. A partir daí pode-se elaborar estratégias de manejo ou até mesmo partir para tentativas de eliminação. 4º DISSERTE sobre distribuição livre ideal usando um exemplo imaginário e aplicando os conceitos de: Habitat de alta qualidade; habitat de baixa qualidade; benefício per capita. Temos uma distribuição livre ideal quando indivíduos entre diferentes habitats conseguem acesso a vantagens individuais de maneira uniforme a cada um destes. Logo, quando os habitats (local de desenvolvimento de determinada espécie vive, interage com o meio e consegue se desenvolver) diferem em qualidades e estes indivíduos conseguem se locomover facilmente proporciona o favorecimento daqueles que conseguem escolher tal habitat que por sua vez lhes favorecerá maior vantagem ecológica e adaptação. Portanto habitats de alta qualidade são locais onde há maior disponibilidade per capita de recursos,estimulando a movimentação de indivíduos nestas áreas, onde na medida em que cada vez mais indivíduos escolhem áreas mais ricas, estes recursos terão que ser divididos entre cada um. Chegando a um ponto que este benefício tenderá ao declínio, estimulando indivíduos a sair dali e se locomover para habitats de baixa qualidade. Naturalmente estas populações se reproduzirão adicionando novos indivíduos a ambos os tipos de habitats de modo que eles experimentassem os mesmo benefícios per capita e adquirindo conhecimento sobre estas variações e se distribuindo de modo que lhes sejam possibilitados o acesso aos mesmos benefícios. Podemos exemplificar esse processo com o consumo energético da avifauna insetívora em florestas primárias e secundárias, onde áreas de maior qualidade tendem a concentrar maior densidade de organismos que ambientes de qualidade inferior, sugerindo a representação de habitats mais propícios a determinadas espécies e distintos custos e benefícios a outras diferentes. 5º DISSERTE sobre os modelos de metapopulações. Parte-se de um pressuposto que a distribuição livre ideal de populações observa como os indivíduos devem se distribuir quando conhecem a qualidade dos diferentes habitats e podem se mover livremente entre eles (unidas funcionalmente por fluxos biológicos). Embora, em muitos casos, não seja fácil se deslocar de uma mancha de habitat até outra (Mosaicos), seja pelo fato de as outras manchas estarem espacialmente longes ou por a região entre as manchas ser relativamente vazia. Logo se torna uma tendência natural estes indivíduos permanecerem nestas manchas de habitat, transitando ocasionalmente ou nenhuma vez entre elas, resultando em grupos menores de populações (subpopulações) que vivem nestas áreas. Quando tais indivíduos conseguem se dispersar com frequência entre as subpopulações a população inteira age como uma estrutura única e movimentos de aumento ou declínio sincronizados são observados, ou caso estas movimentações não sejam frequentes esta abundância de indivíduos pode variar independente uma da outra. Considerando a estrutura espacial destas subpopulações podemos ainda dividir este termo em três: Metapopulaçõa básica, metapopulação fonte-sumidouro e metapopulação de paisagem. Metapopulação Básica: Caracteriza um ambiente que possui manchas de habitats adequados inseridos em uma matriz de habitat inadequado, uniformizando a qualidade das manchas, onde algumas são ocupadas e outras não, mesmo que as desocupadas possam ser ocupadas por colonizadores dispersos de outras manchas que por sua vez estão ocupadas. Evidenciando os processos de colonização e extinção que podem afetar habitats adequados totais ocupados. Metapopulação Fonte-sumidoro: Baseado no modelo básico adicionado a idéia que diferentes manchas de habitat adequado não são de qualidade igual. Sendo comum população de habitats atuarem como fonte de dispersores (Subpopulações-fonte), Concomitantemente podem existir habitats de baixa qualidade que não conseguirão produzir filhotes excedentes para realizar este papel, sendo dependentes de dispersores externos para manter sua subpopulação (subpopulações de sumidouro). Metapopulação de Paisagem: Possui um modelo mais realista, considerando as diferenças nas qualidades das manchas adequadas e a qualidade da matriz circundante. Onde o habitat da matriz circundante pode variar em qualidade para os organismos dispersores. 6º Uma aluna de biologia da UEPB está trabalhando em seu PIBIC com Ecologia de Populações de Ceiba glaziovii, espécie de árvore popularmente conhecida como barriguda. O estudo está sendo conduzido em uma área com heterogeneidade ambiental alta e com impactos antrópicos. Esta espécie está distribuída nos estados da Paraíba, Pernambuco e RN, em cinco subpopulações de acordo com a tabela abaixo: Fragmento 1 Fragmento 2 Fragmento 3 Fragmento 4 Fragmento 5 Tamanho da área (Km²) 5 10 7 17 14 Abundância 7 34 30 50 45 Densidade 1,4 3,4 4,28 2,94 3,21 a) QUAL o fragmento que apresenta maior densidade? EXPLIQUE possíveis consequências do aumento exponencial da densidade de uma população. A densidade de uma população é calculada através do número de indivíduos por unidade de área ou volume. Portanto, diante os dados disponibilizados na tabela acima, pode-se concluir que o fragmento que apresenta uma maior densidade da espécie Ceiba glaziovii é o fragmento 3, pois apresentou uma densidade de 4,28. A densidade desse fragmento 3 é maior quando comparada aos outros quatro fragmentos, sendo o menor deles o fragmento 1 por apresentar uma densidade de apenas 1,4. Para que um ambiente possua uma alta densidade populacional é necessário que esse determinado território apresente recursos suficientes (solo rico, água, nutrientes e luz suficientes, entre outros) para suportar um grande número de espécies vegetais. 7ª Um aluno de biologia da UFPE está trabalhando em seu TCC com Ecologia de Populações de Bothrops erythromelas, espécie de serpente conhecida popularmente como jararaca-da-seca. O estudo está sendo conduzido em uma área com heterogeneidade ambiental alta e com impactos antrópicos. O aluno irá monitorar esta população por um ano com objetivo de melhor entender sua estratégia ecológica e sobre seu crescimento populacional. Assim, desenvolveu a TABELA de VIDA abaixo: Idade Censu da população logo após a reprodução Taxa de sobrevivênci a Número de sobrevivente s Número de filhotes por adulto Total de número de filhotes produzidos Censu da população depois de um ano 0 70 0,3 0 500 1 64 0,5 21 4 84 21 2 40 0,8 32 7 224 32 3 60 0,0 32 6 192 32 4 0 0 Total 234 85 500 585 a) COMPLETE a Tabela de Vida e CALCULE o valor do Coeficiente Intrínseco de crescimento EXPLICANDO o que este valor representa para a população. O ƛ pode ser calculado da seguinte forma: Tamanho da população final : Tamanho da população inicial. Dados: PF: 585 PI: 234 Portanto: ƛ = 585: 234 ƛ = 2,5 A população inicial de Bothrops erythromelas apresentou um número de 234 indivíduos, na qual, posteriormente, foram acrescentados 85 sobreviventes e 500 filhotes. Nesse contexto, o tamanho da população final foi de 585 indivíduos. A partir desses dados obtidos na Tabela de Vida foi possível calcular o valor de ƛ, no qual resultou em um valor de 2,50. Portanto, essa população de serpentes cresceu 150% a partir de 1 ano até o próximo. Esse aumento no coeficiente intrínseco de crescimento significa que houve mais nascimentos que mortes, além disso, pode-se concluir também que apesar da taxa de sobrevivência dessa população ter sido baixa (n = 85), os poucos que sobreviveram reproduziram muito. Fatores como a abundância de recursos necessários para manutenção da vida dessa população e/ou até mesmo a ausência ou diminuição no número de predadores (grupo controle) característicos dessa espécie podem ser hipóteses utilizadas pelos (as) ecólogos (as) para explicar o crescimento populacional geométrico desse grupo. APRESENTAÇÃO Graduanda em Ciências Biológicas Atualmente trabalha na área da Genética Humana e Médica, com enfâse em Oncogenética Integra o grupo de pesquisa sobre Epidemiologia e Genética de Câncer (EGC) Possui experiência nas principais técnicas de Biologia Molecular
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