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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI Amamentar é muito mais que alimentar a criança. Envolve interação complexa, multifatorial, entre duas pessoas, que interfere no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia, no seu desenvolvimento cognitivo e emocional e em sua saúde no longo prazo. Envolve também aspectos relacionados à saúde física e psíquica da mãe. • ATITUDE • CONHECIMENTO • HABILIDADES-COMPETÊNCIA TÉCNICA • Acolhimento • Postura do profissional: deve ser empático, aceitar os sentimentos do outro, não julgar, elogiar e ouvir; • Visão ampliada do aleitamento materno (AM): não exagerar no volume de informações, aconselhar – NÃO se deve dizer o que a mãe DEVE fazer, mas sim ajudá- la a tomar decisões. • Importância da amamentação • Recomendações atuais • Anatomia e fisiologia da lactação • Características do leite materno • Técnica da amamentação • Desmame Primigesta Uso de Chupeta Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento Gemelaridade Experiência prévia desfavorável com amamentação Menor escolaridade Materna Trabalho materno fora de casa Falta de informação adequada Mães adolescentes • Reduz a mortalidade em crianças menores de 5 anos. • Reduz a incidência e a gravidade de infecções como diarreia e infecções respiratórias. • Reduz a morbidade por otite média aguda, rinite alérgica, asma e sibilância. • Reduz a probabilidade de sobrepeso/obesidade, diabetes tipo 1 e 2 e leucemia. • Promove o desenvolvimento orofacial adequado, reduzindo a probabilidade de mal oclusão dental, problemas na mastigação e deglutição, e respiração oral. • Promove o desenvolvimento cognitivo. • Promove uma microbiota intestinal saudável, com reflexos positivos em diversos órgãos, inclusive o cérebro. • Aumenta o período de amenorreia lactacional. • Reduz a probabilidade de câncer de mama, ovário e endométrio, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto. materno Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Reduz gastos da família com a compra dos “substitutos” do leite materno, doenças da criança e falta dos pais ao trabalho. • Promove o vínculo afetivo mãe-filho, com reflexos positivos para toda a família. • Reduz os gastos com fórmulas infantis nas maternidades. • Reduz os gastos associados a doenças da criança: consultas, medicamentos, internações, absenteísmo dos pais no trabalho. • Protege o meio ambiente: o leite materno é um alimento natural, sustentável, produzido e levado ao consumidor sem desperdício, desmatamento, efeito estufa, poluição do ar e das águas e produção de lixo. PASSO 1: Reconhecer que o aleitamento materno é a melhor forma de alimentação da criança pequena, sendo inigualável. Todas as evidências científicas apontam para a superioridade do leite materno sobre qualquer outro leite. O leite humano é uma substância viva, “personalizada”, que nutre e protege a criança contra doenças; e o ato de amamentar promove o vínculo afetivo entre mãe e filho. PASSO 2: Ter uma visão ampliada do aleitamento materno, acreditando que amamentar é muito mais que alimentar a criança. • A amamentação deve ser vista como um processo inserido em um contexto, em que atuam diferentes fatores de ordem estrutural (socioculturais e mercadológicos), ambiental (sistema e serviços de saúde, família e comunidade, e trabalho materno) e individual (atributos da mãe e da criança e a relação entre elas), exercendo diferentes níveis de influência. PASSO 3: Praticar o aconselhamento em todas as consultas envolvendo o aleitamento materno, auxiliando mulheres e famílias a tomarem decisões informadas. • O aconselhamento em aleitamento materno (que não significa dar conselhos) favorece uma boa comunicação, indispensável para um atendimento eficiente. São técnicas utilizadas no aconselhamento, entre outras: ouvir muito, mostrar empatia, não julgar, aceitar e respeitar os sentimentos e opiniões de outros, dar sugestões em vez de ordens e elogiar. PASSO 4: Respeitar e apoiar as opções das mulheres. • Cabe à mulher tomar as suas decisões; cabe ao profissional emponderá-la, fornecendo elementos para que ela adote as melhores opções. As decisões devem ser respeitadas e apoiadas, inclusive às relacionadas ao desmame. PASSO 5: Acolher e confortar as mulheres que, por alguma razão, não amamentam ou amamentam menos do que o recomendado. • Em vez de serem julgadas, essas mulheres merecem ser compreendidas e confortadas, para que continuem exercendo a maternidade da melhor forma possível. Manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis. • O avanço científico sobre vários aspectos do aleitamento materno fez com que muitas práticas adotadas por muito tempo se tornassem obsoletas. Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • É dever do pediatra manter-se atualizado para exercitar as boas práticas vigentes. PASSO 6: Manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis. • O avanço científico sobre vários aspectos do aleitamento materno fez com que muitas práticas adotadas por muito tempo se tornassem obsoletas. É dever do pediatra manter- se atualizado para exercitar as boas práticas vigentes. PASSO 7: Ter habilidades clínicas necessárias para apoiar as mulheres nas dificuldades relacionadas à amamentação. • Além de conhecimento sobre anatomia e fisiologia da lactação e fisiopatologia das doenças relacionadas a esse processo, é preciso ter habilidades específicas para poder apoiar uma mulher com dificuldades na amamentação. • Por exemplo, saber observar uma mamada para verificar se a técnica está adequada, saber avaliar o frênulo lingual de um recém-nascido e saber extrair manualmente o leite da mama. PASSO 8: Adotar as boas práticas hospitalares em amamentação, compatíveis com os “Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno” da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. • O início da amamentação na maternidade é muito importante para o seu sucesso. O uso de fórmulas infantis nesse período deve ser muito criterioso, pois afeta negativamente a amamentação. Mesmo que o hospital não seja credenciado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança, cabe ao pediatra atuar de acordo com os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, ou seja: auxiliar no treinamento de toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para executar as rotinas que favorecem a amamentação; ajudar as mães a fazer o contato pele a pele com o seu recém-nascido e iniciar o aleitamento materno na primeira hora após o nascimento; • Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos; não prescrever a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento tenha indicação médica; incentivar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia; encorajar o aleitamento materno sob livre demanda; não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas; e encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta, no hospital ou ambulatório. PASSO 9: Conhecer e cumprir a Lei Nº 11.265 / NBCAL, que protege a amamentação contra o marketing abusivo dos “substitutos” do leite materno, e outras leis de proteção da amamentação. Existem várias leis no Brasil que, direta ou indiretamente, protegem a amamentação. • Estabilidade de emprego, desde a concepção até a criança completar 5 meses de idade. • Licença-maternidade de 120 dias para todas as trabalhadoras, e expandidapara 6 meses para servidoras públicas federais (optativa para servidoras estaduais e municipais) e trabalhadoras de empresas do setor privado que fazem parte do “Empresa Cidadã”. • Licença-paternidade de 5 dias para todos os pais, e expandida para 20 dias para servidores públicos federais e trabalhadores de empresas do setor privado que fazem parte do “Empresa Cidadã”. • Garantia de local/creche para deixar seu filho para trabalhadoras de empresas com mais de 30 mulheres com mais de 16 anos. • Dois intervalos de 30 minutos no seu horário de trabalho até 6 meses após o parto. Esse período poderá ser dilatado mediante justificativa médica relacionada à saúde da criança. • Salas de apoio à amamentação no local de trabalho, o que é facultativo. • Lei nº 11.265/2006, também conhecida como NBCAL (Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras), que regula a promoção comercial e a rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém nascidos e crianças até 3 anos de idade, como leites, papinhas, bicos, chupetas e mamadeiras. • É um importante instrumento de controle da publicidade indiscriminada dos alimentos e produtos de puericultura que podem interferir negativamente na amamentação. Atualmente, é composta pelos seguintes atos normativos: Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI Portaria MS no. 2051, de 8/11/2001, Resolução RDC no. 221, de 5/08/2002, Resolução RDC no. 222, de /08/2002, Lei no.11.265, de 3/01/2006, e Decreto no. 9.579, de 22/11/2018. Essa lei proíbe: 1) promoção comercial em qualquer meio de comunicação, incluindo merchandising, divulgação por meios eletrônicos, escritos, auditivos e visuais; 2) estratégias de marketing para induzir vendas ao consumidor no varejo, tais como exposições especiais, cupons de descontos, preços abaixo dos custos, destaque de preço, prêmios, brindes, vendas vinculadas e apresentações especiais; 3) atuação de representantes comerciais nas unidades de saúde, salvo para a comunicação de aspectos técnico- científicos dos produtos aos pediatras e nutricionistas; 4) fornecimento de amostra (uma unidade), exceto por ocasião do lançamento do produto, e apenas a pediatras e nutricionistas. 5) distribuição de amostras de mamadeiras, bicos, chupetas e suplementos nutricionais indicados para recém-nascidos de alto risco, sem exceção. 6) conceder patrocínios financeiros e/ou materiais a pessoas físicas. PASSO 10: Acreditar que a amamentação é um processo que precisa ser compartilhado, valorizando a rede de apoio da mulher. • A rede de apoio é fundamental para o sucesso do aleitamento materno. Fazem parte da rede de apoio: a família ou pessoas que convivem com a família, compartilhando as tarefas domésticas e cuidando da saúde física e mental da mulher; os profissionais de saúde; o chefe e os colegas de trabalho ou escola; os profissionais das creches; o Estado, propondo e implementando leis que protegem a amamentação. O aleitamento materno é responsabilidade de todos. O aleitamento materno (AM): é fundamental pois atende às necessidades nutricionais, metabólicas e imunológicas do bebê. Recomendações do Ministério da Saúde e da OMS são: AME até 6 meses de vida, AMC após 6 meses e mantendo o AM até os 2 anos de idade. AME: aleitamento materno exclusivo AMP: aleitamento materno predominante (+ água, chá, fórmula) AMC: aleitamento materno complementar (+ água, frutas, papinha salgada) AMM: aleitamento materno misto ou parcial (+ fórmula ou outros leites) • A produção de leite materno decorre de complexa interação neuro-psico-endócrina • O que promove produção láctea é a sucção • Terminações nervosas alveolares levam estímulos para a adeno-hipófise que secreta prolactina, que atuará nas células alveolares mamárias produzindo o leite • A ocitocina liberada na hipófise posterior em vigência do estimulo de sucção é responsável pelo reflexo de descida do leite Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI A produção de leite materno depende de: • Níveis hormonais adequados (PROLACTINA e OCITOCINA); • Esvaziamento completo ou adequado das mamas. Os níveis sobem cerca de 20 minutos após o início da sucção do bebê, levando à produção de leite para a próxima mamada. Os níveis devem ser mantidos altos para que os alvéolos produzam leite. Contrai as células ao redor dos alvéolos e faz o leite descer pelos ductos até os seios lactíferos, onde ficará armazenado. Dor, estresse Dúvida, vergonha ou ansiedadee Nicotina, álcool e alguns medicamentos Relaxar e acomodar-se confortavelmente para amamentar. Evitar situações embaraçosas ou estressantes durante a mamada. Realizar expressão de um pouco de leite, estimulando suavemente o mamilo. Massagear a parte superior das costas. Lactogênese I (metade da gravidez até 2 dias pós- parto): • Início da síntese do leite • Diferenciação das células alveolares em secretoras • Prolactina estimula a produção de leite Lactogênese II (dias 3 a 8 pós-parto) • Início da produção abundante de leite • Mudança do controle endócrino para autócrino Galactopoese (dia 9 até o final da lactação) • Manutenção da secreção do leite Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Controle por sistema autócrino (produção-demanda) • Leite materno: é um fluido biológico complexo, dinâmico, espécie-específico, adaptado para satisfazer às necessidades nutricionais, garantir o crescimento e desenvolvimento adequado de seres humanos em curto e longo prazo. • O leite materno não é uniforme em sua constituição. Cada mãe produz um leite especial para seu filho. • O conteúdo de gordura é maior no final da mamada, sendo fundamental para o ganho calórico do lactente. O leite posterior é 2-3x mais rico em lipídeos que o leite anterior permitindo que o lactente fique mais saciado, aumente o intervalo entre as mamadas e chore menos. • Isto também acontece no decorrer do dia: à tarde e à noite o teor de gordura é maior do que pela manhã. • Depende da fase de lactação, da dieta materna, idade do bebê, idade gestacional, idade materna e estado nutricional materno. • COLOSTRO • LEITE DE TRANSIÇÃO (7 Á 21dias) • LEITE MADURO • Secretado nos primeiros 5 dias após o parto • Valor energético: 67-70Kcal/100ml (leite maduro) • Composição: em relação ao leite maduro apresenta maior conteúdo de eletrólitos, proteínas, vitaminas lipossolúveis (vit. A dá coloração amarelada), minerais e imunoglobulinas (IgA, lactoferrina), por outro lado possui menos gordura, lactose e vitaminas hidrossolúveis que o leite maduro • Basicamente é um exsudato plasmático • Facilita a eliminação do mecônio nos 1º dias de vida e facilita a proliferação de lactobacilos bifidus intestinais • Produzido pela glândula mamaria nos primeiros dias após o parto • Comparado ao leite maduro, possui maior concentração de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis. Maior quantidade de IGA, oligossacarídeos, citocinas, lactoferrina e outros fatores antibacterianos • Rico em fatores de crescimento que estimulam o amadurecimento do sistema digestivo do lactente Produzido aproximadamente do 6º dia até a segunda semana após o parto Produzido a partir da segunda quinzena pós-parto. Maior quantidade de lipídios e lactose e menor de proteínas. O leite anterior é ralo e doce(solução), ocorrendo predomínio de proteínas do soro e lactose. No meio da mamada é maior a quantidade de caseína(suspensão). Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI O leite posterior tem grande quantidade de gordura(emulsão) Proteínas Carboidratos Lactose Oligossacarídeos Galactose LF Pufas Minerais e Vitaminas Cálcio e Fósforo Vitamina D Micronutrientes - Ferro, Zinco e Taurina OLIGOSSACARÍDEOS • São encontrados mais de 200 oligossacarídeos • Alimenta a microbiota (bifidobactérias) • Estimulam as células intestinais a produzir proteínas que “selam “o intestino e anti-inflamatórios que calibram o sistema imunológico • Protegem contra bactérias patológicas • Liberam metabólitos que nutrem a célula intestinal • B. infantis faz parte do leite humano, embora não seja fabricado pela mama (David Mills) • Está implicado no desenvolvimento cerebral IgA SECRETÓRIA Não é digerida pelas secreções gástricas e intestinais, portanto não é absorvida. Atua contra patógenos os quais a mãe é exposta. Reveste a mucosa intestinal impedindo a agressão por bactérias, toxinas e antígenos estranhos É uma imunidade natural passiva LISOZIMA • É produzida por macrófagos e neutrófilos e age através da lise da parede celular de bactérias Gram – e + LACTOFERRINA • É uma proteína carreadora de ferro que, por quelação, diminui a biodisponibilidade de ferro para os patógenos e aumenta para o RN LACTOBACILOS BIFIDUS • FATOR BÍFIDO: é um carboidrato nitrogenado, substrato para o crescimento do lactobacillus bífidus, bacilos anaeróbios que compõem a microbiota intestinal, presente em crianças em AME. São flora saprofita que impede a proliferação de microrganismos patogênicos • A concentração protéica <LV, o que é adequado para o crescimento normal do lactente e não provoca sobrecarga renal • A relação caseína/proteínas do soro do LV é cerca de 80/20, ocorrendo a formação de um coalho mais duro, dificultando a digestão e aumentando o tempo de esvaziamento gástrico • O LM >digestibilidade, pois tem Lipase ativada com os sais biliares no duodeno • A proteína do soro com maior concentração no LM é a alfalactoalbumina humana, com potencial alergênico praticamente nulo (LV é beta-lactoalbumina) • Contém ácidos graxos de cadeia longa que têm ação primordial no desenvolvimento neuropsicomotor e na formação da retina • A lactose é o principal CHO do LM que por hidrólise fornece glicose e galactose, importante para formação Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI dos cerebrosídeos A < concentração de sódio no LM impede sobrecarga renal e diminui o risco de desidratação hipertônica frente a qualquer tipo de agravo • O ferro está em baixa concentração em ambos os leites, mas a biodisponibilidade do ferro do LM alcança 50%, sendo apenas 10% do ferro do LV absorvido • Evitar sabonetes nos mamilos para evitar rachaduras e retirada da oleosidade natural da pele ainda no pré natal • Expor a mama ao sol pode diminuir a sensibilidade do mamilo • Para mamilos planos ou invertidos, um orifício no sutiã, durante o terceiro trimestre, facilita a protusão • Mamilos protuso _ saliente, apresenta delimitação marcante entre mamilo e mama. • Mamilo invertido ou umbilicado malformado, após o estímulo não se exterioriza; • Mamilo Pseudo invertido- quando estimulado é exteriorizado possibilitando a amamentação; • Mamilo Plano – semi- protuso- Pouco saliente e não há delimitação precisa entre mamilo e aréola PEGA e POSIÇÃO • Bochechas encovadas em cada sucção • Ruídos da língua • Mamas aparentando estar esticadas ou deformadas durante a mamada • Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama • Dor na amamentação Bebê abocanha além do mamilo parte da aréola (pressão nos ductos lactíferos); Pode-se observar mais aréola acima do que abaixo da boca do bebê Lábios do bebê evertidos – Boca de peixe O mamilo e parte da aréola são comprimidos e alongados pela língua e levados até a região do palato duro A língua eleva suas bordas provocando um vedamento e formando um canal central (canolamento) Queixo encosta na mama Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI Quando encosta próximo ao lábio, abocanha! Quando algo toca em seu palato suga! Quando o leite está em sua boca, engole! • Dor • Ingurgitamento mamário • Fissura mamária • Mastite • Baixo ganho ponderal • Diminuição da produção de leite • Desmame precoce Muito frequente na 1º semana (79%) Persistente/aumentada após a 1ºsem.Anormal Importante causa de desmame precoce Frequente razão de busca de ajuda no AM Experiência sensorial e emocional desagradável Efeitos para além do AM (mudança de humor, alteração de sono, interferência com atividades diárias e depressão) Deve-se identificar a causa, gerenciar a dor e acelerar a cura • Congestão vascular + quantidade de leite retido na mama • Clínica: mamas quentes, dolorosas, brilhantes e pode ocorrer febre • Orientações: massagem e ordenha, compressas frias Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Fatores Causais: má posição; higiene desnecessária e principalmente da técnica incorreta de sucção • Intumescimento das mamas, na fase da lactogênese II- ativação secretória • Maior volume de LM produzido que o demandado pelo bebê • Estase láctea e /ou edema; • Dificuldade nas mamadas • Dor • Febre baixa na nutriz • “Peito empedrado” FATORES DE RISCO • Início tardio do AM • Pega incorreta • Mamadas pouco frequentes • Ausência de mamadas noturnas • Curta duração das mamadas • Excesso de fluidos EV PREVENÇÃO: Boa pega e posicionamento ao seio adequado Exposição dos mamilos ao sol Aumentar frequência das mamadas • Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama • Mastite infecciosa: Staphylococcus aureus HANSENÍASE LM adiado em mães com hanseníase virchowiana (em que há transmissão do bacilo pelo LM), Mães não tratadas ou tratadas com < 3 meses com sulfona. HERPES SIMPLES LM adiado se vesículas na mama, se apenas nos lábios indicado uso de máscara. VARICELA Se início 5 dias antes do parto ou até 2 dias depois deverão ser isoladas do RN durante a fase contagiante, pois este poderá desenvolver forma grave de varicela. O leite deverá ser ordenhado e oferecido ao bebê. O contato mãe/filho deve ocorrer apenas na fase de crostas. Deve-se administrar imunoglobulina específica (VZIG) ao RN. Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI TUBERCULOSE LM é liberado, pois o BK não é excretado no leite. Se TB pulmonar em atividade a mãe bacilífera deve amamentar com máscara em ambiente arejado. Deve ser administrada quimioprofilaxia primária no RN (isoniazida 10 mg/kg/dia) e não realizar a vacinação com BCG. Aos 3 m realiza-se o teste tuberculínico (PPD), para avaliar a possibilidade de infecção. Se o PPD for NR, o lactente não foi infectado, logo se interrompe o uso de isoniazida e vacina-se a criança com BCG. Se o PPD for reator (> 5 mm), deve-se procurar por sinais de adoecimento, pois a criança, muito provavelmente, foi infectada. Se assintomática, o uso de isoniazida deve continuar até os 6m. DOENÇA DE CHAGAS O LM será suspenso apenas na fase aguda da doença (alta parasitemia) OU se houver lesões sangrantes na pele do mamilo. LEPTOSPIROSE, BRUCELOSE, LISTERIOSE Lactantes na fase aguda da doença poderão transmitir estes agentes bacterianos à criança, e, portanto, recomenda-se que neste período o leite seja ordenhado e pasteurizado. GALACTOSSEMIA Doença autossômica recessiva- 1/40 .000 – 1/85 000. Alteração no metabolismo da galactose 1 fosfato - SÍNDROME DO XAROPE DE BORDO OU LEUCINOSE Não degrada leucina, valina e isoleucina. Deficiência da enzima hepática alfacetoácido desidrogenase. FENILCETONÚRIA Deficiênciada fenilalanina-hidroxilase que converte a fenilalanina em tirosina. 1/15000. Se a dosagem da fenilalanina for > 17 mg/dl o leite materno deve ser substituído por fórmulas isenta de fenilalanina por 5 dias. 10 – 17 mg/dl- LM livre demanda +30 ml de fórmula 5x dia 6-10 mg/dl - LM livre demanda +30 ml de fórmula isenta de fenilalanina 3x / dia. Vitamina K (Baixa concentração no LM, porém vitamina K injetável ao nascer). Vitamina D (Baixa concentração LM, SBP orienta reposição do nascimento ao 2º ano de vida 400 ui/dia). FERRO (Maior biodisponibilidade no LM, porém ainda em baixa concentração, SBP recomenda reposição após 3m de vida até 2 anos de 1mg/kg/dia). www.portalms.saude.gov.br, www.redeblh.fiocruz.br, www.unicef.org, www.aleitamento.com, www.paho.org, www.leitematerno.org/oms, www.who.int, Curso de aleitamento materno da SBP. http://www.portalms.saude.gov.br/ http://www.redeblh.fiocruz.br/ http://www.unicef.org/ http://www.aleitamento.com/ http://www.paho.org/ http://www.leitematerno.org/oms http://www.who.int/
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