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aula de aleitamento materno, Prof Márcia, pediatria-FPM VI

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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
 
 Amamentar é muito mais que alimentar a criança. 
Envolve interação complexa, multifatorial, entre duas 
pessoas, que interfere no estado nutricional da criança, 
em sua habilidade de se defender de infecções, em sua 
fisiologia, no seu desenvolvimento cognitivo e 
emocional e em sua saúde no longo prazo. Envolve 
também aspectos relacionados à saúde física e 
psíquica da mãe. 
• ATITUDE 
• CONHECIMENTO 
• HABILIDADES-COMPETÊNCIA TÉCNICA 
• Acolhimento 
• Postura do profissional: deve ser empático, aceitar os 
sentimentos do outro, não julgar, elogiar e ouvir; 
• Visão ampliada do aleitamento materno (AM): não 
exagerar no volume de informações, aconselhar – NÃO 
se deve dizer o que a mãe DEVE fazer, mas sim ajudá-
la a tomar decisões. 
• Importância da amamentação 
• Recomendações atuais 
• Anatomia e fisiologia da lactação 
• Características do leite materno 
• Técnica da amamentação 
• Desmame 
 Primigesta 
 Uso de Chupeta 
 Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento 
 Gemelaridade 
 Experiência prévia desfavorável com amamentação 
 
 Menor escolaridade Materna 
 Trabalho materno fora de casa 
 Falta de informação adequada 
 Mães adolescentes 
• Reduz a mortalidade em crianças menores de 5 anos. 
• Reduz a incidência e a gravidade de infecções como 
diarreia e infecções respiratórias. 
• Reduz a morbidade por otite média aguda, rinite alérgica, 
asma e sibilância. 
• Reduz a probabilidade de sobrepeso/obesidade, diabetes 
tipo 1 e 2 e leucemia. 
• Promove o desenvolvimento orofacial adequado, 
reduzindo a probabilidade de mal oclusão dental, 
problemas na mastigação e deglutição, e respiração oral. 
• Promove o desenvolvimento cognitivo. 
• Promove uma microbiota intestinal saudável, com reflexos 
positivos em diversos órgãos, inclusive o cérebro. 
 
• Aumenta o período de amenorreia lactacional. 
• Reduz a probabilidade de câncer de mama, ovário e 
endométrio, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto. 
 
 
materno 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
• Reduz gastos da família com a compra dos “substitutos” 
do leite materno, doenças da criança e falta dos pais ao 
trabalho. 
• Promove o vínculo afetivo mãe-filho, com reflexos 
positivos para toda a família. 
• Reduz os gastos com fórmulas infantis nas 
maternidades. 
• Reduz os gastos associados a doenças da criança: 
consultas, medicamentos, internações, absenteísmo dos 
pais no trabalho. 
• Protege o meio ambiente: o leite materno é um alimento 
natural, sustentável, produzido e levado ao consumidor sem 
desperdício, desmatamento, efeito estufa, poluição do ar e 
das águas e produção de lixo. 
 
PASSO 1: 
Reconhecer que o aleitamento materno é a melhor forma 
de alimentação da criança pequena, sendo inigualável. 
Todas as evidências científicas apontam para a 
superioridade do leite materno sobre qualquer outro leite. O 
leite humano é uma substância viva, “personalizada”, que 
nutre e protege a criança contra doenças; e o ato de 
amamentar promove o vínculo afetivo entre mãe e filho. 
 
PASSO 2: 
Ter uma visão ampliada do aleitamento materno, 
acreditando que amamentar é muito mais que alimentar a 
criança. 
• A amamentação deve ser vista como um processo 
inserido em um contexto, em que atuam diferentes fatores 
de ordem estrutural (socioculturais e mercadológicos), 
ambiental (sistema e serviços de saúde, família e 
comunidade, e trabalho materno) e individual (atributos da 
mãe e da criança e a relação entre elas), exercendo 
diferentes níveis de influência. 
PASSO 3: 
Praticar o aconselhamento em todas as consultas 
envolvendo o aleitamento materno, auxiliando mulheres e 
famílias a tomarem decisões informadas. 
• O aconselhamento em aleitamento materno (que não 
significa dar conselhos) favorece uma boa comunicação, 
indispensável para um atendimento eficiente. São técnicas 
utilizadas no aconselhamento, entre outras: ouvir muito, 
mostrar empatia, não julgar, aceitar e respeitar os 
sentimentos e opiniões de outros, dar sugestões em vez de 
ordens e elogiar. 
PASSO 4: 
Respeitar e apoiar as opções das mulheres. 
• Cabe à mulher tomar as suas decisões; cabe ao 
profissional emponderá-la, fornecendo elementos para que 
ela adote as melhores opções. As decisões devem ser 
respeitadas e apoiadas, inclusive às relacionadas ao 
desmame. 
PASSO 5: 
Acolher e confortar as mulheres que, por alguma razão, não 
amamentam ou amamentam menos do que o 
recomendado. 
• Em vez de serem julgadas, essas mulheres merecem ser 
compreendidas e confortadas, para que continuem 
exercendo a maternidade da melhor forma possível. 
Manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas 
melhores evidências científicas disponíveis. 
• O avanço científico sobre vários aspectos do aleitamento 
materno fez com que muitas práticas adotadas por muito 
tempo se tornassem obsoletas. 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
• É dever do pediatra manter-se atualizado para exercitar as 
boas práticas vigentes. 
PASSO 6: 
Manter-se atualizado, adotando práticas baseadas nas 
melhores evidências científicas disponíveis. 
• O avanço científico sobre vários aspectos do aleitamento 
materno fez com que muitas práticas adotadas por muito 
tempo se tornassem obsoletas. É dever do pediatra manter-
se atualizado para exercitar as boas práticas vigentes. 
PASSO 7: 
Ter habilidades clínicas necessárias para apoiar as 
mulheres nas dificuldades relacionadas à amamentação. 
• Além de conhecimento sobre anatomia e fisiologia da 
lactação e fisiopatologia das doenças relacionadas a esse 
processo, é preciso ter habilidades específicas para poder 
apoiar uma mulher com dificuldades na amamentação. 
• Por exemplo, saber observar uma mamada para verificar 
se a técnica está adequada, saber avaliar o frênulo lingual 
de um recém-nascido e saber extrair manualmente o leite 
da mama. 
PASSO 8: 
Adotar as boas práticas hospitalares em amamentação, 
compatíveis com os “Dez Passos para o Sucesso do 
Aleitamento Materno” da Iniciativa Hospital Amigo da 
Criança. 
• O início da amamentação na maternidade é muito 
importante para o seu sucesso. O uso de fórmulas infantis 
nesse período deve ser muito criterioso, pois afeta 
negativamente a amamentação. Mesmo que o hospital não 
seja credenciado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança, 
cabe ao pediatra atuar de acordo com os Dez Passos para 
o Sucesso do Aleitamento Materno, ou seja: auxiliar no 
treinamento de toda a equipe de cuidados de saúde, 
capacitando-a para executar as rotinas que favorecem a 
amamentação; ajudar as mães a fazer o contato pele a pele 
com o seu recém-nascido e iniciar o aleitamento materno 
na primeira hora após o nascimento; 
• Mostrar às mães como amamentar e como manter a 
lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos; 
não prescrever a recém-nascidos nenhum outro alimento 
ou bebida além do leite materno, a não ser que tal 
procedimento tenha indicação médica; incentivar o 
alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês 
permaneçam juntos 24 horas por dia; encorajar o 
aleitamento materno sob livre demanda; não dar bicos 
artificiais ou chupetas a crianças amamentadas; e encorajar 
o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para 
onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da 
alta, no hospital ou ambulatório. 
PASSO 9: 
Conhecer e cumprir a Lei Nº 11.265 / NBCAL, que protege 
a amamentação contra o marketing abusivo dos 
“substitutos” do leite materno, e outras leis de proteção da 
amamentação. 
Existem várias leis no Brasil que, direta ou indiretamente, 
protegem a amamentação. 
• Estabilidade de emprego, desde a concepção até a 
criança completar 5 meses de idade. 
• Licença-maternidade de 120 dias para todas as 
trabalhadoras, e expandidapara 6 meses para servidoras 
públicas federais (optativa para servidoras estaduais e 
municipais) e trabalhadoras de empresas do setor privado 
que fazem parte do “Empresa Cidadã”. 
• Licença-paternidade de 5 dias para todos os pais, e 
expandida para 20 dias para servidores públicos federais e 
trabalhadores de empresas do setor privado que fazem 
parte do “Empresa Cidadã”. 
• Garantia de local/creche para deixar seu filho para 
trabalhadoras de empresas com mais de 30 mulheres com 
mais de 16 anos. 
• Dois intervalos de 30 minutos no seu horário de trabalho 
até 6 meses após o parto. Esse período poderá ser dilatado 
mediante justificativa médica relacionada à saúde da 
criança. 
• Salas de apoio à amamentação no local de trabalho, o que 
é facultativo. 
• Lei nº 11.265/2006, também conhecida como NBCAL 
(Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para 
Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas 
e Mamadeiras), que regula a promoção comercial e a 
rotulagem de alimentos e produtos destinados a recém 
nascidos e crianças até 3 anos de idade, como leites, 
papinhas, bicos, chupetas e mamadeiras. 
• É um importante instrumento de controle da publicidade 
indiscriminada dos alimentos e produtos de puericultura que 
podem interferir negativamente na amamentação. 
Atualmente, é composta pelos seguintes atos normativos: 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
Portaria MS no. 2051, de 8/11/2001, Resolução RDC no. 
221, de 5/08/2002, Resolução RDC no. 222, de /08/2002, 
Lei no.11.265, de 3/01/2006, e Decreto no. 9.579, de 
22/11/2018. 
Essa lei proíbe: 
1) promoção comercial em qualquer meio de comunicação, 
incluindo merchandising, 
divulgação por meios eletrônicos, escritos, auditivos e 
visuais; 
2) estratégias de marketing para induzir vendas ao 
consumidor no varejo, tais como exposições especiais, 
cupons de descontos, preços abaixo dos custos, destaque 
de preço, prêmios, brindes, vendas vinculadas e 
apresentações especiais; 
3) atuação de representantes comerciais nas unidades de 
saúde, salvo para a comunicação de aspectos técnico-
científicos dos produtos aos pediatras e nutricionistas; 
4) fornecimento de amostra (uma unidade), exceto por 
ocasião do lançamento do produto, e apenas a pediatras e 
nutricionistas. 
5) distribuição de amostras de mamadeiras, bicos, chupetas 
e suplementos nutricionais 
indicados para recém-nascidos de alto risco, sem exceção. 
6) conceder patrocínios financeiros e/ou materiais a 
pessoas físicas. 
PASSO 10: 
Acreditar que a amamentação é um processo que precisa 
ser compartilhado, valorizando a rede de apoio da mulher. 
• A rede de apoio é fundamental para o sucesso do 
aleitamento materno. Fazem parte da rede de apoio: a 
família ou pessoas que convivem com a família, 
compartilhando as tarefas domésticas e cuidando da saúde 
física e mental da mulher; os profissionais de saúde; o chefe 
e os colegas de trabalho ou escola; os profissionais das 
creches; o Estado, propondo e implementando leis que 
protegem a amamentação. 
 O aleitamento materno é responsabilidade de todos. 
O aleitamento materno (AM): é fundamental pois atende às 
necessidades nutricionais, metabólicas e imunológicas do 
bebê. 
Recomendações do Ministério da Saúde e da OMS são: 
AME até 6 meses de vida, AMC após 6 meses e mantendo 
o AM até os 2 anos de idade. 
 
AME: aleitamento materno exclusivo 
AMP: aleitamento materno predominante (+ água, chá, 
fórmula) 
AMC: aleitamento materno complementar (+ água, frutas, 
papinha salgada) 
AMM: aleitamento materno misto ou parcial (+ fórmula ou 
outros leites) 
• A produção de leite materno decorre de complexa 
interação neuro-psico-endócrina 
• O que promove produção láctea é a sucção 
• Terminações nervosas alveolares levam estímulos para a 
adeno-hipófise que secreta prolactina, que atuará nas 
células alveolares mamárias produzindo o leite 
• A ocitocina liberada na hipófise posterior em vigência do 
estimulo de sucção é responsável pelo reflexo de descida 
do leite 
 
 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
 
A produção de leite materno depende de: 
• Níveis hormonais adequados (PROLACTINA e 
OCITOCINA); 
• Esvaziamento completo ou adequado das mamas. 
 Os níveis sobem cerca de 20 minutos após o início 
da sucção do bebê, levando à produção de leite 
para a próxima mamada. 
 Os níveis devem ser mantidos altos para que os 
alvéolos produzam leite. 
 
 
 Contrai as células ao redor dos alvéolos e faz o leite 
descer pelos ductos até os seios lactíferos, onde 
ficará armazenado. 
 
 Dor, estresse 
 Dúvida, vergonha ou ansiedadee 
 Nicotina, álcool e alguns medicamentos 
 Relaxar e acomodar-se confortavelmente para 
amamentar. 
 Evitar situações embaraçosas ou estressantes 
durante a mamada. 
 Realizar expressão de um pouco de leite, 
estimulando suavemente o mamilo. 
 Massagear a parte superior das costas. 
 
Lactogênese I (metade da gravidez até 2 dias pós-
parto): 
• Início da síntese do leite 
• Diferenciação das células alveolares em secretoras 
• Prolactina estimula a produção de leite 
Lactogênese II (dias 3 a 8 pós-parto) 
• Início da produção abundante de leite 
• Mudança do controle endócrino para autócrino 
Galactopoese (dia 9 até o final da lactação) 
• Manutenção da secreção do leite 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
• Controle por sistema autócrino (produção-demanda) 
• Leite materno: é um fluido biológico complexo, dinâmico, 
espécie-específico, adaptado para satisfazer às 
necessidades nutricionais, garantir o crescimento e 
desenvolvimento adequado de seres humanos em curto e 
longo prazo. 
• O leite materno não é uniforme em sua constituição. Cada 
mãe produz um leite especial para seu filho. 
• O conteúdo de gordura é maior no final da mamada, sendo 
fundamental para o ganho calórico do lactente. O leite 
posterior é 2-3x mais rico em lipídeos que o leite anterior 
permitindo que o lactente fique mais saciado, aumente o 
intervalo entre as mamadas e chore menos. 
• Isto também acontece no decorrer do dia: à tarde e à noite 
o teor de gordura é maior do que pela manhã. 
• Depende da fase de lactação, da dieta materna, idade do 
bebê, idade gestacional, idade materna e estado nutricional 
materno. 
• COLOSTRO 
• LEITE DE TRANSIÇÃO (7 Á 21dias) 
• LEITE MADURO 
• Secretado nos primeiros 5 dias após o parto 
• Valor energético: 67-70Kcal/100ml (leite maduro) 
• Composição: em relação ao leite maduro apresenta 
maior conteúdo de eletrólitos, proteínas, vitaminas 
lipossolúveis (vit. A dá coloração amarelada), minerais 
e imunoglobulinas (IgA, lactoferrina), por outro lado 
possui menos gordura, lactose e vitaminas 
hidrossolúveis que o leite maduro 
• Basicamente é um exsudato plasmático 
• Facilita a eliminação do mecônio nos 1º dias de vida e 
facilita a proliferação de lactobacilos bifidus intestinais 
• Produzido pela glândula mamaria nos primeiros dias 
após o parto 
• Comparado ao leite maduro, possui maior 
concentração de proteínas, minerais e vitaminas 
lipossolúveis. Maior quantidade de IGA, 
oligossacarídeos, citocinas, lactoferrina e outros fatores 
antibacterianos 
• Rico em fatores de crescimento que estimulam o 
amadurecimento do sistema digestivo do lactente 
 
 Produzido aproximadamente do 6º dia até a segunda 
semana após o parto 
 
 Produzido a partir da segunda quinzena pós-parto. 
 Maior quantidade de lipídios e lactose e menor de 
proteínas. 
 O leite anterior é ralo e doce(solução), ocorrendo 
predomínio de proteínas do soro e lactose. No meio da 
mamada é maior a quantidade de caseína(suspensão). 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
 O leite posterior tem grande quantidade de 
gordura(emulsão) 
 Proteínas Carboidratos 
 Lactose 
 Oligossacarídeos 
 Galactose 
 LF Pufas 
 Minerais e Vitaminas 
 Cálcio e Fósforo 
 Vitamina D 
 Micronutrientes - Ferro, Zinco e Taurina 
 
OLIGOSSACARÍDEOS 
• São encontrados mais de 200 oligossacarídeos 
• Alimenta a microbiota (bifidobactérias) 
• Estimulam as células intestinais a produzir proteínas que 
“selam “o intestino e anti-inflamatórios que calibram o 
sistema imunológico 
• Protegem contra bactérias patológicas 
• Liberam metabólitos que nutrem a célula intestinal 
• B. infantis faz parte do leite humano, embora não seja 
fabricado pela mama (David Mills) 
• Está implicado no desenvolvimento cerebral 
IgA SECRETÓRIA 
 Não é digerida pelas secreções gástricas e intestinais, 
portanto não é absorvida. Atua contra patógenos os 
quais a mãe é exposta. Reveste a mucosa intestinal 
impedindo a agressão por bactérias, toxinas e 
antígenos estranhos 
 É uma imunidade natural passiva 
LISOZIMA 
• É produzida por macrófagos e neutrófilos e age através 
da lise da parede celular de bactérias Gram – e + 
LACTOFERRINA 
• É uma proteína carreadora de ferro que, por quelação, 
diminui a biodisponibilidade de ferro para os patógenos 
e aumenta para o RN 
LACTOBACILOS BIFIDUS 
• FATOR BÍFIDO: é um carboidrato nitrogenado, 
substrato para o crescimento do lactobacillus bífidus, 
bacilos anaeróbios que compõem a microbiota 
intestinal, presente em crianças em AME. São flora 
saprofita que impede a proliferação de microrganismos 
patogênicos 
• A concentração protéica <LV, o que é adequado para o 
crescimento normal do lactente e não provoca 
sobrecarga renal 
• A relação caseína/proteínas do soro do LV é cerca de 
80/20, ocorrendo a formação de um coalho mais duro, 
dificultando a digestão e aumentando o tempo de 
esvaziamento gástrico 
• O LM >digestibilidade, pois tem Lipase ativada com os 
sais biliares no duodeno 
• A proteína do soro com maior concentração no LM é a 
alfalactoalbumina humana, com potencial alergênico 
praticamente nulo (LV é beta-lactoalbumina) 
• Contém ácidos graxos de cadeia longa que têm ação 
primordial no desenvolvimento neuropsicomotor e na 
formação da retina 
• A lactose é o principal CHO do LM que por hidrólise 
fornece glicose e galactose, importante para formação 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
dos cerebrosídeos A < concentração de sódio no LM 
impede sobrecarga renal e diminui o risco de 
desidratação hipertônica frente a qualquer tipo de 
agravo 
• O ferro está em baixa concentração em ambos os 
leites, mas a biodisponibilidade do ferro do LM alcança 
50%, sendo apenas 10% do ferro do LV absorvido 
• Evitar sabonetes nos mamilos para evitar rachaduras e 
retirada da oleosidade natural da pele ainda no pré 
natal 
• Expor a mama ao sol pode diminuir a sensibilidade do 
mamilo 
• Para mamilos planos ou invertidos, um orifício no sutiã, 
durante o terceiro trimestre, facilita a protusão 
 
• Mamilos protuso _ saliente, apresenta delimitação 
marcante entre mamilo e mama. 
• Mamilo invertido ou umbilicado malformado, após o 
estímulo não se exterioriza; 
• Mamilo Pseudo invertido- quando estimulado é 
exteriorizado possibilitando a amamentação; 
• Mamilo Plano – semi- protuso- Pouco saliente e não há 
delimitação precisa entre mamilo e aréola 
 
 
 
 
 
 
PEGA e POSIÇÃO 
 
• Bochechas encovadas em cada sucção 
• Ruídos da língua 
• Mamas aparentando estar esticadas ou deformadas 
durante a mamada 
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas 
esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a 
mama 
• Dor na amamentação 
 Bebê abocanha além do mamilo parte da aréola 
(pressão nos ductos lactíferos); 
 Pode-se observar mais aréola acima do que abaixo 
da boca do bebê 
 Lábios do bebê evertidos – Boca de peixe 
 O mamilo e parte da aréola são comprimidos e 
alongados pela língua e levados até a região do palato 
duro 
 A língua eleva suas bordas provocando um 
vedamento e formando um canal central 
(canolamento) 
 Queixo encosta na mama 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
 
Quando encosta próximo ao lábio, abocanha! 
 
Quando algo toca em seu palato suga! 
 
Quando o leite está em sua boca, engole! 
 
 
 
• Dor 
• Ingurgitamento mamário 
• Fissura mamária 
• Mastite 
• Baixo ganho ponderal 
• Diminuição da produção de leite 
• Desmame precoce 
 Muito frequente na 1º semana (79%) 
 Persistente/aumentada após a 1ºsem.Anormal 
 Importante causa de desmame precoce 
 Frequente razão de busca de ajuda no AM 
 Experiência sensorial e emocional desagradável 
 Efeitos para além do AM (mudança de humor, alteração 
de sono, interferência com atividades diárias e 
depressão) 
 Deve-se identificar a causa, gerenciar a dor e acelerar 
a cura 
• Congestão vascular + quantidade de leite retido na 
mama 
• Clínica: mamas quentes, dolorosas, brilhantes e pode 
ocorrer febre 
• Orientações: massagem e ordenha, compressas frias 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
• Fatores Causais: má posição; higiene desnecessária e 
principalmente da técnica incorreta de sucção 
 
• Intumescimento das mamas, na fase da lactogênese II-
ativação secretória 
• Maior volume de LM produzido que o demandado pelo 
bebê 
• Estase láctea e /ou edema; 
• Dificuldade nas mamadas 
• Dor 
• Febre baixa na nutriz 
• “Peito empedrado” 
FATORES DE RISCO 
• Início tardio do AM 
• Pega incorreta 
• Mamadas pouco frequentes 
• Ausência de mamadas noturnas 
• Curta duração das mamadas 
• Excesso de fluidos EV 
PREVENÇÃO: 
 Boa pega e 
posicionamento ao seio 
adequado 
 Exposição dos mamilos 
ao sol 
 Aumentar frequência 
das mamadas 
• Processo inflamatório de 
um ou mais segmentos da 
mama 
• Mastite infecciosa: 
Staphylococcus aureus 
 
 
HANSENÍASE 
LM adiado em mães com hanseníase virchowiana (em 
que há transmissão do bacilo pelo LM), Mães não 
tratadas ou tratadas com < 3 meses com sulfona. 
HERPES SIMPLES 
 LM adiado se vesículas na mama, se apenas nos 
lábios indicado uso de máscara. 
VARICELA 
Se início 5 dias antes do parto ou até 2 dias depois 
deverão ser isoladas do RN durante a fase contagiante, 
pois este poderá desenvolver forma grave de varicela. 
O leite deverá ser ordenhado e oferecido ao bebê. O 
contato mãe/filho deve ocorrer apenas na fase de 
crostas. Deve-se administrar imunoglobulina específica 
(VZIG) ao RN. 
 
 
 
Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) 
 PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI 
TUBERCULOSE 
LM é liberado, pois o BK não é excretado no leite. 
Se TB pulmonar em atividade a mãe bacilífera deve 
amamentar com máscara em ambiente arejado. 
Deve ser administrada quimioprofilaxia primária no 
RN (isoniazida 10 mg/kg/dia) e não realizar a 
vacinação com BCG. Aos 3 m realiza-se o teste 
tuberculínico (PPD), para avaliar a possibilidade de 
infecção. Se o PPD for NR, o lactente não foi 
infectado, logo se interrompe o uso de isoniazida e 
vacina-se a criança com BCG. Se o PPD for reator 
(> 5 mm), deve-se procurar por sinais de 
adoecimento, pois a criança, muito provavelmente, 
foi infectada. Se assintomática, o uso de isoniazida 
deve continuar até os 6m. 
DOENÇA DE CHAGAS 
O LM será suspenso apenas na fase aguda da 
doença (alta parasitemia) OU se houver lesões 
sangrantes na pele do mamilo. 
LEPTOSPIROSE, BRUCELOSE, LISTERIOSE 
Lactantes na fase aguda da doença poderão 
transmitir estes agentes bacterianos à criança, e, 
portanto, recomenda-se que neste período o leite 
seja ordenhado e pasteurizado. 
GALACTOSSEMIA 
Doença autossômica recessiva- 1/40 .000 – 1/85 000. 
Alteração no metabolismo da galactose 1 fosfato - 
SÍNDROME DO XAROPE DE BORDO OU LEUCINOSE 
Não degrada leucina, valina e isoleucina. Deficiência da 
enzima hepática alfacetoácido desidrogenase. 
FENILCETONÚRIA 
Deficiênciada fenilalanina-hidroxilase que converte a 
fenilalanina em tirosina. 1/15000. Se a dosagem da 
fenilalanina for > 17 mg/dl o leite materno deve ser 
substituído por fórmulas isenta de fenilalanina por 5 dias. 
10 – 17 mg/dl- LM livre demanda +30 ml de fórmula 5x dia 
6-10 mg/dl - LM livre demanda +30 ml de fórmula isenta de 
fenilalanina 3x / dia. 
 
Vitamina K 
(Baixa concentração no LM, porém vitamina K injetável ao 
nascer). 
Vitamina D 
(Baixa concentração LM, SBP orienta reposição do 
nascimento ao 2º ano de vida 400 ui/dia). 
FERRO 
(Maior biodisponibilidade no LM, porém ainda em baixa 
concentração, SBP recomenda reposição após 3m de vida 
até 2 anos de 1mg/kg/dia). 
www.portalms.saude.gov.br, www.redeblh.fiocruz.br, www.unicef.org, 
www.aleitamento.com, www.paho.org, www.leitematerno.org/oms, www.who.int, Curso 
de aleitamento materno da SBP. 
 
 
 
 
http://www.portalms.saude.gov.br/
http://www.redeblh.fiocruz.br/
http://www.unicef.org/
http://www.aleitamento.com/
http://www.paho.org/
http://www.leitematerno.org/oms
http://www.who.int/

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