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N-0464=H

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N-464 REV. H DEZ / 2004
 
PROPRIEDADE DA PETROBRAS 68 páginas e Índice de Revisões 
CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E 
CONDICIONAMENTO DE DUTO 
TERRESTRE 
 Procedimento 
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior. 
 
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do 
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o 
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens. 
CONTEC 
Comissão de Normas 
Técnicas 
 
Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que 
deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma 
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve 
ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo 
Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: 
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. 
Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições 
previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de 
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A 
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da 
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: 
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter 
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. 
SC - 13 
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam 
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a 
CONTEC - Subcomissão Autora. 
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - 
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o 
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. 
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. 
 
Oleodutos Gasodutos 
 “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação 
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.” 
 
 
Apresentação 
 
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho 
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas 
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs 
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e 
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das 
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a 
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para 
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em 
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas 
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 OBJETIVO............................................................................................................................................................5 
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES................................................................................................................5 
3 DEFINIÇÕES........................................................................................................................................................7 
4 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS......................................................................................................................7 
5 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL ...........................................................................................................................8 
5.1 SOLDADORES E OPERADORES DE SOLDAGEM..............................................................................8 
5.2 INSPETORES DE SOLDAGEM .............................................................................................................8 
5.3 INSPETORES DE DUTOS (ID) ..............................................................................................................8 
5.4 INSPETORES DE ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS (END) ...................................................................8 
6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ...............................................................................................................................8 
6.1 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS..................................................................................8 
6.1.1 GERAL...........................................................................................................................................8 
6.1.2 TUBOS ..........................................................................................................................................9 
6.1.3 FLANGES ......................................................................................................................................9 
6.1.4 CONEXÕES ................................................................................................................................10 
6.1.5 VÁLVULAS ..................................................................................................................................10 
6.1.6 JUNTAS DE VEDAÇÃO ..............................................................................................................11 
6.1.7 PARAFUSOS E PORCAS ...........................................................................................................12 
6.1.8 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO .................................................................................................12 
6.1.9 AMOSTRAGEM...........................................................................................................................13 
6.2 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO .............................................................................................13 
6.2.1 TUBOS ........................................................................................................................................13 
6.2.2 FLANGES E TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO ............................................................................13 
6.2.3 VÁLVULAS ..................................................................................................................................14 
6.2.4 PARAFUSOS E PORCAS ...........................................................................................................14 
6.2.5 JUNTAS DE VEDAÇÃO ..............................................................................................................14 
6.2.6 CONEXÕES ................................................................................................................................14 
6.3 PROJETO EXECUTIVO.......................................................................................................................15 
6.4 LOCAÇÃO E MARCAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO E DA PISTA ......................................................15 
6.5 ABERTURA DA PISTA.........................................................................................................................16 
6.6 ABERTURA E PREPARAÇÃO DA VALA.............................................................................................18 
6.7 TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE TUBOS E OUTROS MATERIAIS .......................20 
6.8 CURVAMENTO....................................................................................................................................22 
6.9 REVESTIMENTO EXTERNOCOM CONCRETO ................................................................................24 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
3 
6.10 SOLDAGEM .......................................................................................................................................25 
6.11 INSPEÇÃO POR ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS (END) .................................................................27 
6.12 REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO..............................................................................29 
6.13 ABAIXAMENTO E COBERTURA.......................................................................................................29 
6.14 TRAVESSIAS E CRUZAMENTOS.....................................................................................................32 
6.15 SINALIZAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO DE DUTOS ........................................................................34 
6.16 PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO........................................................................................................34 
6.17 LIMPEZA, ENCHIMENTO E CALIBRAÇÃO.......................................................................................36 
6.18 TESTE HIDROSTÁTICO....................................................................................................................38 
6.19 INSPEÇÃO DIMENSIONAL INTERNA DO DUTO .............................................................................47 
6.20 INSPEÇÃO ADICIONAL POR “PIG” ULTRA-SÔNICO ......................................................................49 
7 CONDICIONAMENTO........................................................................................................................................49 
8 INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO - APÓS A COBERTURA ............................52 
9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS ......................................................................................53 
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE ........................................................53 
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO “CONFORME CONSTRUÍDO” ..................................................................56 
ANEXO A - TABELAS E FIGURAS ........................................................................................................................58 
ANEXO B - TABELAS E FIGURAS ........................................................................................................................60 
ANEXO C - TABELAS ............................................................................................................................................62 
ANEXO D- INSPEÇÕES ADICIONAIS...................................................................................................................66 
D-1 INSPEÇÃO INTERNA DO DUTO COM “PIG” DO TIPO ULTRA-SÔNICO......................................................66 
D-2 INSPEÇÃO INERCIAL.....................................................................................................................................67 
 
 
TABELAS 
 
TABELA 1 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K.............................................................................23 
TABELA 2 - FATOR DE CORREÇÃO PARA O EFEITO DA TEMPERATURA......................................................45 
TABELA 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS DEFEITOS ...............................................................................................47 
TABELA A-1 - LISTA DE MATERIAL DA FIGURA A-1 ..........................................................................................59 
TABELA A-2 - DIMENSÕES DA FIGURA A-1........................................................................................................59 
TABELA B-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA ....................................................................................................61 
TABELA B-2 - FITA DE POLIETILENO..................................................................................................................61 
TABELA B-3 - FIO DE POLIETILENO....................................................................................................................61 
TABELA C-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA TESTE 
HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS QUÍMICOS) .............................................................................62 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
4 
TABELA C-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO PARÂMETROS 
MICROBIOLÓGICOS .....................................................................................................................63 
TABELA C-3 - CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA HIBERNAÇÃO DE DUTOS, EM FUNÇÃO 
DE PARÂMETROS QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS...............................................................64 
TABELA D-1 - DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE DEFEITOS .......................................................................................66 
 
 
FIGURAS 
 
FIGURA 1 - GRÁFICO PRESSÃO X TEMPO (P X T) ............................................................................................40 
FIGURA 2 - MEDIÇÃO GRÁFICA DO VOLUME DE AR RESIDUAL .....................................................................41 
FIGURA 3 - GRÁFICO PRESSÃO X INCREMENTO VOLUMÉTRICO DO TUBO SOB EFEITO DA ÁGUA 
INJETADA E COMPRIMIDA...............................................................................................................43 
FIGURA A-1 - CABEÇA DE TESTE .......................................................................................................................58 
FIGURA B-1 - INSTALAÇÃO DA TELA DE SEGURANÇA (COM FITA) E DA PLACA DE CONCRETO ..............60 
FIGURA B-2 - TELA DE SEGURANÇA COM FITA DE AVISO..............................................................................60 
FIGURA D-1 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DEFINIÇÕES DO TIPO DE DEFEITO ..................................67 
 
 
_____________ 
 
 
/OBJETIVO 
 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
5 
 
1 OBJETIVO 
 
 
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção, montagem, teste, 
condicionamento e aceitação de dutos terrestres. 
 
 
1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a 
instalações já existentes, quando da sua manutenção, desde que citada nas normas 
específicas. 
 
 
1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Prática Recomendada. 
 
 
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 
 
Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma. 
 
Portaria MTE no 3214 de 08/06/79 - Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) - 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção; 
Portaria MTE no 3214 de 08/06/79 - Norma Regulamentadora no 19 (NR-19) - 
Explosivos; 
Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Destruição de 
Explosivos do Ministério do Exército; 
PETROBRAS N-47 - Levantamento Topográfico; 
PETROBRAS N-133 - Soldagem; 
PETROBRAS N-442 - Pintura Externa de Tubulação em Instalações 
Terrestres; 
PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto; 
PETROBRAS N-556 - Isolamento Térmico de Dutos com Espuma de 
Poliuretano Expandido; 
PETROBRAS N-845 - Investigação Geotecnológica; 
PETROBRAS N-862 - Execução de Terraplanagem; 
PETROBRAS N-1041 - Cadastramento de Imóveis em Levantamento 
Topográfico-Cadastral; 
PETROBRAS N-1190 - Cercas e Portões; 
PETROBRAS N-1592 - Ensaio Não-Destrutivo - Teste pelo Imã e por Pontos; 
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som; 
PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia; 
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual; 
PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia; 
PETROBRAS N-1744 - Projeto de Oleodutos e Gasodutos Terrestres; 
PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga com Guindaste; 
PETROBRAS N-2047 - Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres; 
PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Duto Terrestre em Operação; 
PETROBRAS N-2177 - Projetode Cruzamento e Travessia de Duto Terrestre; 
PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos 
Terrestres; 
PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação 
Terrestre de Produção; 
PETROBRAS N-2203 - Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e 
Travessias de Dutos Terrestres; 
PETROBRAS N-2238 - Reparo de Revestimentos de Duto Enterrado 
Utilizando Fita de Polietileno; 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
6 
PETROBRAS N-2328 - Revestimento de Junta de Campo para Duto 
Enterrado; 
PETROBRAS N-2432 - Revestimento Externo de Concreto para Dutos 
Terrestres e Submarinos; 
PETROBRAS N-2624 - Implantação de Faixas de Dutos Terrestres; 
PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “Pigs” em Dutos; 
PETROBRAS N-2719 - Estocagem de Tubo em Área Descoberta; 
PETROBRAS N-2726 - Dutos; 
PETROBRAS N-2776 - Capacitação e Qualificação de Pessoal para Dutos 
Construção e Montagem; 
ABENDE DC-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; 
ABENDE NA-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; 
ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e 
Certificação da Qualidade; 
ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção 
por Atributos; 
ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426; 
ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos; 
ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás 
Combustível; 
ABNT NBR 9061 - Segurança de Escavação a Céu Aberto; 
ABNT NBR 14842 - Critérios para a Qualificação e Certificação de 
Inspetores de Soldagens; 
ISO 9712 - Non-Destructive Testing - Qualification and 
Certification of Personnel; 
API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of 
Liquid Petroleum Pipelines; 
API SPEC 5L - Line Pipe; 
API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and 
Check Valves); 
API STD 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities; 
ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads; 
ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings; 
ASME B 16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral 
Wounds and Jacketed; 
ASME B 16.34 - Valves - Flanged, Threaded and Welding End; 
ASME B 31.4 - Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons, 
Liquid Petroleum Gas, Anhydrous Ammonia and 
Alcohols; 
ASME B 31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems; 
ASME Section IX - Qualification Standard for Welding and Brazing 
Procedures, Welders, Blazers and Welding and 
Brazing Operators; 
ASTM E 1961 - Standard Practice for Mechanized Ultrasonic 
Examination of Girth Welds Using Zone Discrimination 
with Focused Search Units; 
BSI BS8010 Section 2.8 - Pipelines on land: Design, Construction and 
Instalation. Section 2.8 Steel for Oil and Gas; 
BSI BS EN 473 - Non-Destructive Testing - Qualification and 
Certification of NDT Personnel - General Principles 
Supersedes PD; 
BSI BS EN 45013 - General Criteria for Certification Bodies Operating 
Certification of Personnel; 
MSS SP-6 - Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and 
Connecting End Flanges of Valves and Fittings; 
MSS SP-44 - Steel Pipeline Flanges; 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
7 
MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, 
Flanges and Fittings and other Piping Components. 
 
 
3 DEFINIÇÕES 
 
Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas na norma 
PETROBRAS N-2726. 
 
 
4 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS 
 
 
4.1 Devem ser emitidos procedimentos executivos específicos, previamente ao início de 
cada atividade da obra, segundo as especificações técnicas definidas no projeto do duto e 
recomendações relacionadas nesta Norma, constando, no mínimo, de: 
 
a) inspeção de recebimento de materiais; 
b) armazenamento e preservação de materiais; 
c) elaboração de projeto executivo; 
d) locação e marcação da faixa de domínio e da pista; 
e) abertura de pista incluindo: acessos, terraplenagem (corte e aterro), supressão 
vegetal e desmonte de rocha; 
f) abertura e preparação da vala, incluindo desmonte de rocha; 
g) transporte, distribuição e manuseio de tubos; 
h) curvamento dos tubos; 
i) revestimento externo com concreto; 
j) soldagem, incluindo: ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios 
para soldagem e respectivos registros de qualificação; 
k) inspeção por ensaios não-destrutivos; 
l) revestimento externo anticorrosivo; 
m) abaixamento e cobertura; 
n) travessias e cruzamentos; 
o) sinalização de faixa de domínio de dutos; 
p) proteção e restauração; 
q) limpeza, enchimento e calibração; 
r) teste hidrostático; 
s) inspeção dimensional interna do duto; 
t) condicionamento; 
u) inspeção do revestimento externo anticorrosivo após a cobertura; 
v) montagem e instalação de complementos; 
x) emissão de documentação “conforme construído”. 
 
 
4.2 Nos procedimentos devem estar indicadas as características dos equipamentos a 
serem utilizados nas diferentes etapas da construção. 
 
 
4.3 A construção e montagem do duto terrestre deve ser executada considerando os 
seguintes aspectos básicos gerais além do seu projeto: 
 
a) estar em consonância com as leis do município e/ou estado em que se localiza; 
b) dispor de todas as permissões das autoridades competentes com jurisdição 
sobre a faixa de domínio do duto; 
c) ter estabelecido critérios para a garantia da qualidade da sua execução. 
 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
8 
 
5 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL 
 
Devem ser obedecidos os critérios dos itens 5.1 a 5.4 para a qualificação do pessoal técnico 
empregado nas atividades cobertas por esta Norma. 
 
 
5.1 Soldadores e Operadores de Soldagem 
 
A qualificação de soldadores e operadores de soldagem deve ser feita de acordo com a 
norma API STD 1104, sendo que para a montagem de complementos, definidos no 
Capítulo 9, pode ser usada a norma ASME Section IX, como alternativa. 
 
 
5.2 Inspetores de Soldagem 
 
Os inspetores de soldagem devem ser certificados de acordo com a norma 
ABNT NBR 14842, ou por entidades internacionais que atendam aos requisitos da norma 
BSI EN 45013, sendo neste caso necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS e norma 
principal aplicável. 
 
 
5.3 Inspetores de Dutos (ID) 
 
A qualificação de inspetores de dutos deve ser feita conforme a norma 
PETROBRAS N-2776. 
 
 
5.4 Inspetores de Ensaios Não-Destrutivos (END) 
 
Os inspetores de END devem ser certificados de acordo com as normas ABENDE NA-001 e 
DC-001, ou por entidades internacionais que atendam os requisitos das normas ISO 9712 
ou BSI EN 473, sendo neste caso necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS. 
 
 
6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 
 
 
6.1 Inspeção de Recebimento de Materiais 
 
 
6.1.1 Geral 
 
 
6.1.1.1 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua 
aplicação na montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e 
especificações de projeto. 
 
 
6.1.1.2 Os materiais devem ser identificados e certificados. A identificação deve permitir a 
rastreabilidade até o certificado de qualidade do material. 
 
 
6.1.1.3 Todos os materiais metálicos, quando não identificados e não certificados, devem 
ser submetidos aos ensaios de reconhecimento de aços e ligas metálicas conforme norma 
PETROBRAS N-1592, confrontando o seu resultado com a especificação solicitada. 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
9 
 
6.1.2 Tubos 
 
 
6.1.2.1 Devem ser verificados se todos os tubos estão identificados conforme os critérios da 
norma API Spec. 5L. 
 
 
6.1.2.2 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as seguintes características dos 
tubos estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas: 
 
a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo a norma API Spec. 5L; 
b) chanfro e ortogonalidade, segundo a norma API Spec. 5L; 
c) estado das superfícies interna e externa, segundo critérios da especificação do 
material; 
d) empenamento, segundo a norma API Spec. 5L; 
e) estado do revestimento, segundo critérios da especificação de projeto. 
 
 
6.1.2.3Os critérios e exigências para aceitação e reparo de defeitos superficiais nos tubos 
devem estar de acordo com os critérios das norma ASME B 31.4, para oleodutos, e norma 
ASME B 31.8, para gasodutos. 
 
 
6.1.2.4 Os tubos recebidos na obra devem ser identificados, por código de cores, quanto a 
sua espessura de parede. A pintura deve ser aplicada em forma de anel, em uma das 
extremidades, sobre o revestimento anticorrosivo. 
 
 
6.1.3 Flanges 
 
 
6.1.3.1 Deve ser verificado se todos os flanges possuem identificação estampada 
atendendo a sua norma de fabricação, com as seguintes informações: 
 
a) tipo do flange; 
b) tipo de face; 
c) especificação e grau do material; 
d) diâmetro nominal; 
e) classe de pressão; 
f) diâmetro do furo. 
 
 
6.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os flanges devem estar de acordo 
com a especificação pertinente. 
 
 
6.1.3.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todos os flanges estão de 
acordo com as especificações indicadas no projeto ou com as normas ASME B 16.5 ou 
MSS SP-44: 
 
a) diâmetro interno; 
b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo com as especificações 
de projeto; 
c) altura e diâmetro externo do ressalto; 
d) acabamento da face de contato; 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
10 
 
e) dimensões de face de flanges; 
f) dimensões de extremidades para solda de topo, encaixe para solda ou rosca 
(tipo e passo); 
g) dimensões da face para junta de anel. 
 
 
6.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas, dobras, mossas, 
rebarbas, corrosão e amassamentos, bem como o estado geral da face e ranhura, sem 
presença de agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas ASME B 16.5 
ou MSS SP-44. 
 
 
6.1.4 Conexões 
 
 
6.1.4.1 Deve ser verificado se todas as conexões estão identificadas por pintura ou por 
punção pelo fabricante, com os seguintes dados: 
 
a) especificação completa do material; 
b) diâmetro; 
c) classe de pressão ou espessura; 
d) tipo e marca do fabricante. 
 
 
6.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com as 
especificações ASTM ou ASME aplicáveis. 
 
 
6.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as conexões estão de 
acordo com as especificações indicadas pelo projeto: 
 
a) diâmetro nas extremidades; 
b) circularidade; 
c) distância centro-face; 
d) chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo); 
e) espessura; 
f) angularidade das curvas forjadas; 
g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão, trincas, soldas de 
dispositivos de montagem provisórios e aberturas de arco. 
 
6.1.5 Válvulas 
 
 
6.1.5.1 Deve ser verificado se todas as válvulas estão embaladas e acondicionadas de 
acordo com a norma API Spec 6D. 
 
 
6.1.5.2 Deve ser verificado se todas as válvulas, codificadas no projeto, estão identificadas 
por plaqueta. 
 
 
6.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à 
montagem, testes de funcionamento. Quando aplicável, deve ser verificada a calibração do 
curso do obturador. 
 
 
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6.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a 
especificação ASTM aplicável e em conformidade com a especificação do projeto. 
 
 
6.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as válvulas estão de 
acordo com as especificações no projeto: 
 
a) características dos internos e sistema de vedação; 
b) flanges (ver item 6.1.3); 
c) características e distância entre extremidades; 
d) diâmetro interno e nominal; 
e) dreno, suspiro e alívio do corpo; 
f) classe ANSI; 
g) revestimento externo. 
 
 
6.1.5.6 Todas as válvulas devem ser verificadas quanto à corrosão, amassamento, 
empenamento da haste e aspecto geral do acionador. O estado da superfície do corpo de 
todas as válvulas fundidas deve ser verificado segundo critérios da norma MSS SP-55. 
 
 
6.1.5.7 Devem ser realizados na obra, logo após o recebimento, os testes hidrostáticos do 
corpo e da sede para todas as válvulas de bloqueio conforme procedimento do fabricante. A 
pressão de teste, tempo de duração e o critério de aceitação devem estar de acordo com a 
norma API Spec 6D. A água a ser utilizada deve ter qualidade compatível com a 
TABELA C-3 do ANEXO C. 
 
 
6.1.5.8 Imediatamente após o teste hidrostático na obra, as válvulas devem ter os seus 
internos (inclusive a cavidade interna do corpo) drenados e secos, com utilização de 
nitrogênio ou ar seco e mantidas limpas, secas, engraxadas e protegidas. As hastes devem 
ser condicionadas e protegidas mecanicamente. 
 
 
6.1.6 Juntas de Vedação 
 
 
6.1.6.1 Deve ser verificado se todas as juntas estão identificadas, contendo as seguintes 
características: 
 
a) material; 
b) tipo de junta; 
c) material de enchimento; 
d) diâmetros; 
e) classe de pressão; 
f) padrão dimensional de fabricação. 
 
 
6.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ) não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias 
mecânicas ou trincas. 
 
 
6.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as juntas estão de 
acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas: 
 
 
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a) espessura (espiralada ou corrugada), conforme a norma ASME B 16.20; 
b) diâmetro, classe de pressão e norma do flange (espiralada ou corrugada); 
c) código de cor (espiralada ou corrugada), conforme a norma ASME B 16.20; 
d) diâmetro interno e externo (espiralada ou corrugada), conforme norma 
ASME B 16.20; 
e) tipo e número (anel), conforme a norma ASME B 16.20; 
f) dureza (anel), conforme a norma ASME B 16.20. 
 
 
6.1.7 Parafusos e Porcas 
 
 
6.1.7.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos e porcas estão identificados com 
as seguintes características: 
 
a) especificação; 
b) tipo de parafuso; 
c) dimensões. 
 
 
6.1.7.2 Deve ser verificado se os certificados de qualidade do material de todos os lotes de 
parafusos e porcas estão de acordo com as especificações ASTM aplicáveis. 
 
 
6.1.7.3 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as seguintes características das 
porcas e parafusos estão de acordo com as especificações adotadas pelo projeto ou as 
normas referenciadas: 
 
a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e distância 
entre faces e arestas da porca e tipo e passo da rosca, segundo os critérios 
das normas ASME B 1.1, ASME B 16.5 ou MSS SP-44; 
b) parafusos devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e 
corrosão. 
 
 
6.1.8 Tampões de Fecho Rápido 
 
 
6.1.8.1 Deve ser verificado se todos os tampões de fecho rápido para 
lançadores/recebedores de “pig” estão identificados, de acordo com as especificações do 
projeto. 
 
 
6.1.8.2 Os certificados de material devem estar em conformidade com a especificação do 
projeto. 
 
 
6.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características de todos os tampões estão de 
acordo com o projeto: 
 
a) diâmetro interno; 
b) chanfro; 
c) integridade do anel de vedação e sede; 
d) classe de pressão; 
e) material; 
f) posição de abertura. 
 
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6.1.9 Amostragem 
 
O plano de inspeção para verificação das características de inspeção por amostragem 
conforme as normas ABNT NBR 5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 deve ser o 
seguinte: 
 
a) tubos: nível geral de inspeção II, QL 15, plano de amostragem simples e risco 
do consumidor 5 %; 
b) parafusos e porcas: nível geral de inspeção II, QL 10, plano de amostragem 
simples e risco do consumidor 5 %. 
 
 
6.2 Armazenamento e Preservação 
 
 
6.2.1 Tubos 
 
 
6.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve atender ao disposto nas seguintes normas: 
 
a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma PETROBRAS N-2719; 
b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; 
c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432. 
 
 
6.2.1.2 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser 
usadascintas de largura mínima de 80 mm ou ganchos especiais (patolas) para evitar 
danos nos tubos. Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o 
material do tubo, sendo os ganchos projetados para conformarem-se à curvatura interna dos 
tubos. 
 
 
6.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos, evitando-se a deposição 
de materiais estranhos em seu interior. Em nenhuma hipótese os tubos devem ser usados 
como local de armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material. 
 
 
6.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com verniz à base de 
resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de 
corrosão. 
 
 
6.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido 
 
 
6.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser protegidas contra corrosão com 
aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água. Os flanges e tampões de diâmetro 
acima de 8” devem ser armazenados e manuseados sobre estrados de madeira (“pallets”), 
de modo a protegê-los contra avarias. Todos os flanges e tampões devem ser protegidos e 
abrigados. 
 
 
6.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica. 
 
 
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6.2.2.3 O anel de vedação dos tampões deve ser protegido com vaselina e armazenado em 
embalagem plástica. 
 
 
6.2.3 Válvulas 
 
 
6.2.3.1 Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a norma API Spec 6D. 
 
 
6.2.3.2 As válvulas com extremidades para solda de topo, devem ter os biséis protegidos 
com verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine 
gordura e pontos de corrosão. 
 
 
6.2.4 Parafusos e Porcas 
 
 
6.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de graxa anticorrosiva não 
solúvel em água. 
 
 
6.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das intempéries, identificados e sem 
contato direto com o solo. 
 
 
6.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos parafusos. 
 
 
6.2.5 Juntas de Vedação 
 
 
6.2.5.1 As juntas devem ser armazenadas em superfícies planas, em locais abrigados das 
intempéries. 
 
 
6.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser protegidas com graxa anticorrosiva 
não solúvel em água. 
 
 
6.2.6 Conexões 
 
 
6.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens originais, devidamente 
identificadas e abrigadas em ambiente fechado. 
 
 
6.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros protegidos por verniz à base 
de resina vinílica. 
 
 
6.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de graxa anticorrosiva não 
solúvel em água ou verniz removível à base de resina vinílica. 
 
 
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6.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das 
conexões e o contato direto entre as conexões ou com o solo. 
 
 
6.2.6.5 As conexões de diâmetro até 6” devem ser armazenadas sobre prateleiras e 
separadas por tipo, diâmetro, espessura e demais características. 
 
 
6.3 Projeto Executivo 
 
 
6.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade da executante, todos os 
projetos de detalhamento necessários à execução dos serviços de construção e montagem. 
 
 
6.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a norma 
PETROBRAS N-2047 e codificados conforme a norma PETROBRAS N-1710. 
 
 
6.3.3 Todos os documentos devem ser executados em meio digital, com o emprego de 
softwares definidos no projeto básico. 
 
 
6.3.4 Deve ser elaborada uma planilha de distribuição de tubos, baseada no levantamento 
planialtimétrico, contendo, no mínimo, os seguintes dados: material, diâmetro, espessura, 
revestimento anticorrosivo, isolamento térmico, raio e ângulo da curva, revestimento de 
concreto e número do tubo (conforme seqüência de montagem). Nesta planilha devem ser 
considerados os comprimentos reais dos tubos a serem utilizados, incluindo a sua 
identificação para rastreabilidade e orientação para as atividades de curvamento e desfile. 
 
 
Nota: Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para montagem, deve haver 
uma correlação com o número do fabricante. 
 
 
6.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista 
 
 
6.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir da diretriz estabelecida 
nos documentos de projeto e de acordo com as seguintes condições: 
 
a) as laterais da faixa de domínio e da pista devem ser identificadas, no máximo, 
a cada 50 m; 
b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de domínio, em 
locais de fácil visibilidade e com pouca possibilidade de serem afetadas pela 
eventual terraplenagem; 
c) as testemunhas perdidas devem ser relocadas topograficamente; 
d) sinalização de referência provisória deve ser fixada a cada quilômetro; 
e) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados. 
 
 
6.4.2 Somente em condições excepcionais, quando for concluída pela total inviabilidade na 
manutenção da diretriz projetada esta pode ser alterada, desde que a modificação seja 
previamente aprovada e analisada as conseqüências no dimensionamento hidráulico e 
mecânico do duto. O levantamento planialtimétrico, cadastral e jurídico da faixa de domínio 
e apresentação de resultados da diretriz modificada devem ser executados de acordo com 
as normas PETROBRAS N-2624 e N-2180. 
 
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6.4.3 A locação da posição e profundidade de outros dutos ou de cabos de fibra ótica 
existentes, em relação ao eixo da faixa e à superfície do terreno, deve ser feita de acordo 
com os seguintes critérios: 
 
a) consulta aos desenhos “conforme construído” e ao cadastro das 
concessionárias de serviços públicos; 
b) localização e cobertura das linhas ou cabos existentes com o emprego de 
aparelhos eletrônicos, detector eletromagnético ou georadar (GPR); no caso de 
cruzamentos com as linhas ou cabos existentes devem ser utilizados poços de 
inspeção escavados manualmente; 
c) a identificação das linhas ou cabos existentes deve ser feita de forma contínua, 
com estaqueamento da linha de centro a cada 10 m nos trechos retos e cada 
3 m nos trechos curvos, definindo uma cor para as estacas em cada duto ou 
cabo existente; 
d) identificação dos dutos e sinalização dos trechos onde a cobertura dos dutos 
ou cabos existentes for inferior a 1 m, de forma a alertar os operadores de 
equipamentos sobre a impossibilidade de trânsito nestes locais; 
e) uma trincheira de inspeção transversal à faixa deve ser aberta a cada 1 000 m, 
para a comprovação da precisão do equipamento através da verificação da 
localização e cobertura dos dutos ou cabos existentes; 
f) sinalização e proteção adequada dos suspiros (“vents”), pontos de testes e 
peças especiais existentes, leitos de anodos e cabos do sistema de proteção 
catódica. 
 
 
6.5 Abertura da Pista 
 
 
6.5.1 Em casos de faixas com dutos existentes, verificar se os pontos de baixa cobertura 
apontados no projeto estão devidamente sinalizados, protegidos e eventualmente isolados, 
precedendo a movimentação de máquinas sobre a faixa. 
 
 
6.5.2 A pista deve ser aberta com a largura determinada para a faixa de domínio. Quando a 
diretriz atravessar trechos especiais, tais como: pomares, jardins, matas, reservas florestais 
e áreas de reflorestamento, entre outros, a pista pode, a critério da PETROBRAS, ser aberta 
com a largura estritamente necessária ao lançamento da linha e de modo a não ocasionar o 
rebaixamento do nível de terreno original (greide). 
 
 
6.5.3 Somente em condições excepcionais, quando concluído pela total inviabilidade 
técnica dos serviços de montagem, são permitidos cortes que alterem os perfis - transversal 
e/ou longitudinal - originais do terreno; todos os cortes devem ser executados de acordo 
com um projeto de terraplenagem específico, seguindo critérios adicionais de segurança 
contido na norma regulamentadora no 18 (NR-18) e na norma ABNT NBR 9061. 
 
 
6.5.4 Os raios de curvatura horizontais e verticaisda pista devem estar compatíveis com o 
método previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que possível, 
respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos, conforme definido no 
item 6.8.4. No caso de construção de dutos para produtos aquecidos, devem ser 
observados os raios mínimos de curvatura, estabelecidos pelo projeto. 
 
 
6.5.5 A camada superior do solo composta de matéria orgânica, quando removida, deve ser 
estocada para posterior reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas de 
empréstimo ou bota-fora, evitando a sua contaminação pela mistura com outros materiais 
retirados da pista. 
 
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6.5.6 O bota-fora, inclusive o rochoso, quando ocorrer, deve ser disposto em local 
adequado, preferencialmente fora da faixa de domínio, com a prévia autorização dos 
proprietários, envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações compatíveis com a 
natureza do material constituinte, de modo que seja evitado qualquer dano a terceiros e 
obstrução ou poluição de mananciais. 
 
 
6.5.7 Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que são realizados na 
pista, serviços de drenagem e proteção provisórios em áreas críticas devem ser 
imediatamente realizados, de modo a não expor a riscos de erosão e assoreamento, tanto a 
pista como as propriedades adjacentes. 
 
 
6.5.8 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos d’água interceptados sejam 
assoreados pelo material da terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em 
cota superior à linha do talvegue original. 
 
 
6.5.9 Eventuais acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização 
prévia e formalizada junto aos proprietários e autoridades competentes. 
 
 
6.5.10 Nas travessias, a abertura da pista deve ser feita de forma a evitar o represamento 
ou diminuição da seção de escoamento. 
 
 
6.5.11 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de aterros na pista, os quais 
quando necessários devem ser realizados de forma controlada, de modo a ser obtido um 
grau de compactação, no mínimo, igual ao das condições locais. As saídas de água sobre 
as saias dos aterros devem ser evitadas; quando indispensáveis, a região atingida do aterro 
deve ser adequadamente protegida. 
 
 
6.5.12 Os cursos d’água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser 
desviados e canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos 
d’água ou em que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as 
obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista ou a 
destruição do manancial. 
 
 
6.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações arbóreas onde for 
autorizada a supressão vegetal, devem ser tomados os seguintes cuidados: 
 
a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa; 
b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não 
atingir a vegetação fora da faixa; 
c) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de modo a permitir 
o livre trânsito de equipamentos. 
 
 
6.5.14 Devem ser pesquisadas, e perfeitamente identificadas no local, antes da abertura da 
pista, as interferências com vias, tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos, 
telefônicos e de fibra ótica, drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações 
superficiais e subterrâneas. 
 
 
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6.5.15 Em caso de necessidade de remoção de rochas, raízes e outros obstáculos 
existentes na pista, deve ser dado preferência à utilização de marteletes pneumáticos ou 
hidráulicos, ou materiais expansivos. 
 
 
Nota: Caso seja necessário o uso de material explosivo, devem ser observadas as 
disposições da norma regulamentadora no 19 (NR-19) e das normas de segurança 
do Ministério do Exército. Em faixa de domínio com dutos existentes, a utilização 
de material explosivo fica condicionada a apresentação prévia de estudos que 
comprovem que as tensões induzidas nos dutos existentes pelas detonações, 
estejam dentro dos valores admissíveis para os dutos. 
 
 
6.5.16 Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e 
os possíveis prejuízos decorrentes da execução dos serviços, às atividades desenvolvidas 
por terceiros, tais como: 
 
a) previamente ao início da execução dos serviços, deve ser feita uma 
comunicação formal ao proprietário e concessionárias ou comunidades 
impactadas; 
b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorização 
dos proprietários; 
c) em caso de cerca existente que necessite ser removida, deve ser construída 
uma cerca provisória, que deve ser mantida fechada sempre que a passagem 
não estiver sendo utilizada, até a sua reconstrução definitiva; 
d) devem ser executados todos os serviços complementares considerados 
necessários à segurança, à proteção pessoal e às atividades econômicas 
desenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo: 
- cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de 
animais; 
- sinalização de alerta para movimentação de equipamentos. 
 
 
6.5.17 Os blocos de rocha que se apresentam em posição perigosa nas laterais da pista 
devem ser removidos ou estabilizados. 
 
 
6.5.18 As testemunhas e demais sinalizações provisórias removidas durante a abertura da 
pista devem ser recompostas e mantidas durante toda a obra. 
 
 
6.6 Abertura e Preparação da Vala 
 
 
6.6.1 Recomenda-se que a abertura e preparação da vala seja realizada somente após a 
preparação da coluna para abaixamento, exceto no caso mencionado no item 6.7.11 e em 
áreas que apresentem interferências subterrâneas que possam influenciar o projeto da 
coluna a ser abaixada. [Prática Recomendada] 
 
 
6.6.2 Em áreas habitadas ou nas suas proximidades, as valas devem ser abertas somente 
após a preparação da coluna para abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas. 
 
 
6.6.3 Na execução dos serviços de abertura da vala devem ser consideradas as seguintes 
informações fornecidas pelo projeto: 
 
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a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da faixa de domínio 
conforme projeto executivo; 
b) dimensões da seção da vala conforme projeto executivo; 
c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha, 
conforme item 6.8.5; 
d) interferência com instalações existentes; 
e) raios mínimos de curvatura para dutos para produtos aquecidos conforme 
projeto básico; 
f) nos casos em que a relação diâmetro nominal/espessura da tubulação for 
superior a 50, deve ser prevista na determinação da profundidade da vala, a 
instalação de uma camada com espessura de 20 cm, composta de material 
isento de pedras e raízes, imediatamente abaixo da geratriz inferior do tubo. 
 
 
6.6.4 Devem ser estaqueados, a cada 2 m, os locais com curvas horizontais executadas 
mecanicamente. 
 
 
6.6.5 A locação do eixo e do fundo da vala devem ser realizados por levantamento 
planialtimétrico, verificando o atendimento ao projeto executivo. 
 
 
6.6.6 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo menos 30 cm mais 
larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas verticais) do que as dimensões originais, 
a fim de permitir a acomodação do duto. 
 
 
6.6.7 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo e laterais da vala, 
de forma a garantir o apoio contínuo do duto. 
 
 
Nota: Em caso de abertura de vala em terreno rochoso, as pontas de rocha ou 
matacões devem ser cortadas, no mínimo, 20 cm abaixo da geratriz inferior da 
tubulação, depois de instalada no fundo da vala ou ser aplicado revestimento nas 
paredes e fundo da vala de forma a garantir a regularidade da seção da vala e 
integridade do duto. 
 
 
6.6.8 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes recomendações: 
 
a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã ou fraturada deve 
garantir a geometria fixada no projetoe atender ao item 6.5.15; 
b) as ocorrências de surgências, infiltrações e percolações, devem ser 
investigadas e cadastradas, prevendo meios adequados, tais como: colchão de 
areia e dreno cego, que preservem o curso d’água, sem causar influências 
negativas para o duto; 
c) em áreas urbanas ou junto a faixas de rodovias, além das cercas previstas no 
item 6.6.2, deve-se dispor de sinalização luminosa para uso noturno; para dar 
acesso a habitações e garagens, devem ser providenciadas a instalação e 
manutenção de passadiços seguros, feitos com chapa de aço ou prancha de 
madeira, compatíveis com a carga prevista, providos de parapeito transversal à 
escavação; 
d) em áreas rurais, onde houver a possibilidade de cruzamento de animais sobre 
a faixa de domínio, devem ser previstas passagens provisórias sobre a vala; 
 
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e) nos cruzamentos com cabos de fibras óticas, telefônicos ou elétricos, 
tubulações e outras instalações enterradas deve ser feita escavação manual 
para localização da interferência, a fim de evitar rupturas e danos; 
f) em rampas íngremes deve ser evitado que o material proveniente da 
escavação role rampa abaixo; caso haja risco de desmoronamento e danos a 
propriedades vizinhas, a vala deve permanecer aberta somente o tempo 
estritamente necessário à instalação do duto. 
 
 
6.6.9 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas pelo órgão responsável ou 
proprietário, tais como: sinalização, tapumes, remanejamento, passagens provisórias, 
escoramentos, proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material proveniente das 
escavações deve ser disposto de modo a não causar obstruções a terceiros. 
 
 
6.6.10 Nas transições entre diferentes profundidades de vala, recomenda-se que a 
concordância do fundo da vala seja compatível com o curvamento natural do tubo utilizado. 
[Prática Recomendada] 
 
 
6.6.11 Devem ser evitados trabalhos que exijam presença do homem dentro da vala. Caso 
isto seja impossível, critérios adicionais de segurança devem ser implementados, de acordo 
com a norma regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR 9061. 
 
 
6.6.12 No local onde é executada a interligação de tramos ou trechos de duto (“tie-in”) no 
interior da vala, a vala deve ser alargada em, no mínimo, 1,00 m para cada lado e 
aprofundada em mais 0,60 m além da sua cota de fundo projetada, em um comprimento de 
1,20 m. Este acréscimo de escavação localizado da vala (“cachimbo”) permite que a equipe 
de acoplamento e soldagem proceda à interligação com segurança, devendo ser prevista a 
condição de estabilidade do solo das paredes da vala, em conformidade com a norma 
regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR 9061. 
 
 
Nota: Recomenda-se o uso de blindagem metálica para atendimento do escoramento 
necessário na execução dos trabalhos dos itens 6.6.11 e 6.6.12, incluindo 
travamento para o tubo, no local onde houver pessoas trabalhando dentro da vala. 
[Prática Recomendada] 
 
 
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais 
 
 
6.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente tubos, devem ser realizadas 
de acordo com as disposições das autoridades responsáveis pelo trânsito na região 
atravessada. As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas particulares 
não devem ser obstruídas durante o transporte e este deve ser feito de forma a não 
constituir perigo para o trânsito normal de veículos. 
 
 
6.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração 
firme, evitando deslizamento ou queda da carga, sem danificar o tubo ou seu revestimento. 
 
 
6.7.2.1 Antes de desamarrar a pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a 
fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco de rolamento. 
 
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6.7.2.2 Proteções adicionais devem ser instaladas a fim de proteger os ocupantes da 
cabine do veículo transportador dos tubos, em casos de movimentação inesperada da 
carga. 
 
 
6.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos de distribuição de tubos ao 
longo da faixa, pessoal e equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme 
norma PETROBRAS N-1965, bem como devem ser tomados cuidados quanto à 
manutenção, segurança e limpeza permanente da área. 
 
 
6.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso 
normal dos terrenos atravessados. 
 
 
6.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, após a aprovação da planilha de distribuição 
baseada no projeto executivo conforme item 6.3.4. 
 
 
6.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos revestidos ou isolados 
deve atender ao disposto nas seguintes normas: 
 
a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma PETROBRAS N-2719; 
b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; 
c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432. 
 
 
6.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser 
utilizados os procedimentos do item 6.2.1.2. 
 
 
Nota: Atenção especial deve ser dada à movimentação, posicionamento e levantamento 
de tubos depois de curvados, devido à possibilidade de movimentos inesperados 
provocados pela mudança em seu centro de gravidade. 
 
 
6.7.8 Com a finalidade de guiar os tubos durante sua movimentação, cordas devem ser 
fixadas nas suas extremidades possibilitando a sua condução, de modo a evitar golpes 
inesperados e movimentos bruscos. 
 
 
6.7.9 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas 
cintas de náilon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos 
relativos entre os tubos. 
 
 
6.7.10 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos devem ter as suas lanças 
protegidas com borracha, feltro ou material similar. 
 
 
6.7.11 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos, a distribuição de tubos 
deve ser executada após a escavação. 
 
 
6.7.12 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem provisória dos tubos 
distribuídos na pista para evitar o seu deslizamento ou rolamento. 
 
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6.7.13 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com cuidado, de forma a impedir 
a ocorrência de danos no bisel e no revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser 
apoiados sobre sacos com material selecionado isento de pedras e raízes e ficar, no 
mínimo, a 30 cm do solo. 
 
 
6.7.14 Nos dutos com extensão superior a 3 km, deve ser prevista a colocação de niples 
marcadores, espaçados no máximo, a cada 2 km para facilitar a localização de defeitos 
detectados pelo “pig” instrumentado. Estes niples devem ser fabricados com segmentos de 
tubos com a mesma especificação dos tubos adjacentes e com comprimento máximo de 
4 m. Todos os niples devem ter sua localização definida em sistema de coordenadas com a 
mesma origem e precisão utilizadas nos desenhos “conforme-construído”, sendo sinalizados 
na faixa de dutos utilizando os marcos definidos na norma PETROBRAS N-2200. 
 
 
6.8 Curvamento 
 
 
6.8.1 O curvamento de tubos deve atender ao disposto nas seguintes normas: 
 
a) para oleodutos: norma ASME B 31.4; 
b) para gasodutos: normas ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712. 
 
 
6.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser 
curvado. 
 
 
6.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da vala, no que se refere aos 
raios horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente 
verificado, através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados, 
preservando-se o disposto no item 6.8.1. 
 
 
6.8.3.1 O teste de qualificação deve ser realizado distribuindo ao longo de um tubo 
revestido, golpes com valores progressivos de ângulo, até a ocorrência de enrugamento 
externamente visível ou danos observáveis no revestimento anticorrosivo. 
 
 
6.8.3.2 Posteriormente, o tubo testado deve ser examinadointernamente, nas regiões mais 
tracionadas e comprimidas, determinando o limite angular aceitável por golpe, sem danos ao 
revestimento, de maneira a atender aos critérios de enrugamento, ovalizacão e espessura 
de parede apresentados nesta Norma e nas normas ASME B 31.4 ou B 31.8. 
 
 
6.8.3.3 Todos os parâmetros envolvidos nesse teste devem ser registrados em relatório 
específico para incorporação na documentação “conforme-construído”, de acordo com o 
Capítulo 11 desta Norma. 
 
 
6.8.4 O método de curvamento deve ser previamente aprovado e satisfazer às seguintes 
condições mínimas de inspeção: 
 
a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em 
qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 2,5 % do seu 
diâmetro externo especificado na norma dimensional de fabricação; 
 
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23 
 
b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no tubo e no 
revestimento; 
c) todos os tubos curvados devem ser inspecionados por passagem de gabarito 
interno para verificar se a ovalização está dentro do prescrito no item 6.8.4 
alínea a); para a determinação do diâmetro da placa do gabarito deve ser 
utilizada a seguinte fórmula: 
 
Dp = 0,98 DE - 2e (1 + K) 
 
Onde: 
Dp = diâmetro externo da placa (polegada); 
DE = diâmetro externo do tubo (polegada); 
e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior 
(polegada); 
K = tolerância da espessura, conforme TABELA 1. 
 
 
d) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar 
possíveis danos nos biséis, corpo e no revestimento anticorrosivo; 
e) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente possível, ao longo do 
comprimento do tubo; 
f) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser deixado um comprimento 
reto mínimo determinado na qualificação; 
g) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da solda longitudinal 
com a geratriz mais tracionada ou mais comprimida, devendo o curvamento ser 
executado de forma que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo 
possível do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de ± 30°; 
h) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda circunferencial, deve 
ser deixado um comprimento reto mínimo de 1 m para cada lado da solda 
circunferencial; 
i) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de modo a evitar, 
durante a soldagem, a coincidência das soldas longitudinais; 
j) antes do curvamento, a geratriz que vai ser mais comprimida deve ser marcada 
à tinta; 
k) devem ser marcadas à tinta as seções do tubo a serem golpeadas durante o 
curvamento; 
l) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de curvatura; 
m) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior marcada junto às 
extremidades; 
n) no caso de oleodutos utilizando tubos com costura longitudinal, deve ser 
evitada a localização da costura na geratriz inferior quando da sua montagem. 
 
 
TABELA 1 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K 
 
Grau do Aço (API 5L) Diâmetro Nominal 
do Duto 
Processo de 
Fabricação B X42 a X70 
< 2” com ou sem costura 0,20 0,15 
2” a 18” com ou sem costura 0,15 0,15 
≥ 20” com costura 0,18 0,20 
≥ 20” sem costura 0,15 0,18 
 
 
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6.8.5 O curvamento natural não deve ultrapassar o limite elástico do material, sendo o raio 
mínimo calculado pela seguinte fórmula: 
 
)E
)e2(
DP7,0Sy9,0(
2
DE
R
c
c
θ∆⋅α⋅−⋅
⋅⋅−⋅
⋅
= 
 
Onde: 
R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural, em cm; 
Ec = módulo de elasticidade do aço, em MPa; 
Sy = tensão mínima de escoamento especificada, em MPa; 
D = diâmetro externo do tubo, em cm; 
e = espessura nominal da parede do tubo, em cm; 
P = pressão, em MPa; 
α = coeficiente de dilatação térmica linear do aço, em ºC-1; 
∆θ = diferença entre a temperatura de operação do duto e a temperatura 
estimada de montagem do duto, em ºC. 
 
 
Notas: 1) Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono à temperatura ambiente de 21 ºC. 
2) P é a pressão mínima de teste hidrostático para duto transportando produto à 
temperatura ambiente. P é a pressão de projeto para duto transportando 
produto quente. 
3) ∆θ = 0 para duto transportando produto à temperatura ambiente. 
 
 
6.8.6 O curvamento a quente só pode ser empregado quando seu método de execução 
previr aquecimento uniforme por indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento 
controlado. O raio da curva obtido deve atender a limitação definida pelo projeto básico, 
quanto ao raio mínimo para a passagem de “pig” instrumentado. 
 
 
6.8.7 Os tubos curvados devem ser marcados com pintura externa com as seguintes 
informações: 
 
a) ângulo/raio da curva; 
b) posição da geratriz superior (na montagem); 
c) local de aplicação; 
d) sentido de montagem. 
 
 
6.9 Revestimento Externo com Concreto 
 
 
6.9.1 O revestimento externo dos tubos e juntas de campo com concreto, deve ser 
executado de acordo com a norma PETROBRAS N-2432, atendendo às condições 
estabelecidas no projeto. 
 
 
6.9.2 Nas travessias, cruzamentos e onde indicado no projeto, as juntas de campo de tubos 
revestidos externamente com concreto, devem ser igualmente concretadas com as mesmas 
características construtivas utilizadas nos tubos. 
 
 
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25 
 
6.9.3 Devem ser minimizados os resíduos e respingos de concreto originados durante o 
processo de concretagem de tubos e juntas, evitando ao máximo que caiam diretamente 
sobre o solo. Todos os resíduos e respingos devem ser removidos para local adequado, 
conforme previsto no item 10.7. 
 
 
6.10 Soldagem 
 
 
6.10.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas PETROBRAS N-133, e 
ASME B 31.4 ou ASME B 31.8. 
 
 
6.10.2 A qualificação dos procedimentos de soldagem deve ser feita de acordo com a 
norma API STD 1104. Adicionalmente nestas qualificações, a inspeção por ensaios 
não-destrutivos das juntas soldadas deve também ser realizada por radiografia de acordo 
com a norma PETROBRAS N-1595 e ultra-som de acordo com a norma PETROBRAS 
N-1594. 
 
 
6.10.2.1 Para complementos, como alternativa, pode ser usada a norma ASME Section IX. 
[Prática Recomendada] 
 
 
6.10.2.2 Para a soldagem de “tie-ins” deve ser qualificado um procedimento específico, de 
acordo com a norma API STD 1104, prevendo obrigatoriamente a execução do passe de 
raiz pelo processo “TIG”. 
 
 
6.10.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem das peças devem ser 
verificados por meio de gabaritos apropriados e aferidos conforme as normas ASME B 31.8 
ou ASME B 31.4. 
 
 
6.10.4 Quando necessária, a remoção de uma solda circunferencial deve ser feita através 
de um anel cujo corte esteja, no mínimo, a 50 mm de distância do eixo da solda. 
 
 
6.10.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem ser esmerilhadas e as 
bordas dos tubos devem ser escovadas em uma faixa de 50 mm em cada lado da região do 
bisel, externa e internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser seca por uso de 
maçarico, com chama não concentrada (chuveiro). 
 
 
6.10.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e limpeza interna, para 
verificação de presença de detritos ou impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou 
passagem dos “pigs” de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na oportunidade 
identificar, nas extremidades, a posição da solda longitudinal. 
 
 
Notas: 1) No caso de tubos com costura longitudinal, a localização da costura deve estar 
situada fora da faixa compreendida entre ± 10º em relação à geratriz inferior, 
quando da sua montagem. 
2) Os tubos devem ser acoplados de tal maneira que não haja coincidência de 
soldas longitudinais de 2 tubos consecutivos, havendo defasagem mínima de 
um para outro de 1/4 do perímetro dos tubos ou 50 mm, o que for menor. 
 
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26 
 
6.10.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não revestidas devem ser 
inspecionadas interna e externamente, verificando-se descontinuidades,como: 
 
a) defeitos de laminação; 
b) mossas; 
c) amassamentos; 
d) entalhes; 
e) outras descontinuidades superficiais. 
 
 
6.10.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel com mais de 2 mm de 
profundidade; caso ocorram, tais defeitos devem ser removidos por métodos mecânicos de 
desbaste ou pela retirada de um anel. O mesmo critério aplica-se para válvulas e conexões. 
 
 
6.10.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de acordo com os critérios de 
acabamento previstos na norma API Spec 5L. 
 
 
6.10.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores de alinhamento interno. 
 
 
6.10.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser removidos antes da 
conclusão do primeiro passe. 
 
 
6.10.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo, o comprimento do primeiro 
passe de solda deve ser simetricamente distribuído em pelo menos 50 % da circunferência 
antes de sua remoção. 
 
 
Nota: No acoplamento de tubos para soldagem de “tie-ins” não devem ser geradas 
tensões residuais que possam comprometer a integridade do duto durante a sua 
vida útil. Para tanto, devem ser atendidas as seguintes orientações: 
 
a) nas extremidades das colunas a serem soldadas, devem estar descobertos, no 
mínimo, 2 tubos de cada lado; 
b) o duto não deve estar pré-tensionado, ou seja, permanecer alinhado sem a 
aplicação de esforço externo. 
 
 
6.10.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do primeiro passe. Caso já 
tenha sido realizado o lixamento do primeiro passe, deve-se concluir a execução do 
segundo passe para permitir sua movimentação. No caso de tubos concretados ou colunas 
que possam ser submetidas à tensão durante a soldagem, a movimentação só deve ser 
feita após a conclusão do segundo passe. 
 
 
6.10.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal, o desalinhamento máximo 
permitido é de 20 % da espessura nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de 
espessuras diferentes devem ser usados os padrões das normas ASME B 31.4 ou 
ASME B 31.8, sendo recomendado o uso de niple de transição. 
 
 
Nota: Caso seja utilizado transição de paredes com chanfro interno, recomenda-se 
substituir o ensaio de ultra-som por radiografia. [Prática Recomendada] 
 
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27 
 
6.10.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender por pelo menos 100 mm de 
ambos os lados do eixo da solda. 
 
 
6.10.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no procedimento de soldagem 
qualificado, deve ser mantida durante toda a soldagem e em toda a extensão da junta e 
verificada de acordo com os critérios da norma PETROBRAS N-133. 
 
 
6.10.17 No preaquecimento de tubos não é permitido o uso de maçarico com chama 
concentrada. 
 
 
6.10.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve atender ao especificado no 
procedimento de soldagem qualificado, conforme norma API STD 1104. 
 
 
6.10.19 Na montagem devem ser observados os seguintes cuidados adicionais: 
 
a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos trechos soldados, 
a fim de evitar a entrada de animais, água, lama e objetos estranhos; não é 
permitida a utilização de pontos de solda para fixação destes tampões; 
b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de soldagem, bem como 
de quaisquer outros materiais utilizados na operação de soldagem, os quais 
devem ser transportados para o canteiro da obra; 
c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom estado, identificados 
e rastreados; 
d) iniciar os passes de solda em locais defasados em relação aos anteriores e o 
início de um passe deve sobrepor o final do passe anterior; 
e) não permitir o puncionamento das soldas para sua identificação; 
f) não permitir reparo em áreas de solda anteriormente reparadas; 
g) não permitir o reparo de raiz e enchimento em solda de “tie-in”. 
 
 
6.10.20 As lixadeiras utilizadas na limpeza de biséis e passes de solda devem ser utilizadas 
com os seus protetores e hastes de manipulação montados, em conformidade com as 
especificações de seus fabricantes. 
 
 
6.10.21 Cuidados adequados devem ser tomados na prevenção de incêndios e 
queimaduras, que podem ser originados pelos maçaricos utilizados no corte ou 
pré-aquecimento, assim como pelos equipamentos elétricos utilizados no processo de 
soldagem. 
 
 
6.10.22 Todos os trabalhadores que atuem nas imediações da área onde está sendo 
realizada uma soldagem, devem portar dentre outros EPIs, óculos de segurança com lente 
escurecida, com o propósito de prevenir queimaduras nos olhos. 
 
 
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END) 
 
 
6.11.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de soldagem e reparo de dutos e seus 
complementos, quando da inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir 
os requisitos da norma API STD 1104. 
 
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28 
 
6.11.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando houver mudança no 
procedimento de soldagem, devem ser inspecionadas, por radiografia e ultra-som, as 
50 primeiras juntas em toda a circunferência, para avaliação do processo de soldagem. 
 
 
6.11.3 Completada a soldagem do trecho inicial, a soldagem só deve ser reiniciada após a 
avaliação dos resultados dos ensaios não-destrutivos citados no item 6.11.2. 
 
 
6.11.4 Se o índice de juntas reprovadas for inferior ou igual a 5 % das juntas soldadas, a 
partir do trecho ensaiado devem ser usados os critérios previstos no item 6.11.6. 
 
 
6.11.5 Se o índice de juntas reprovadas for superior a 5 %, um trecho seguinte de igual 
número de juntas conforme item 6.11.2 deve ser inspecionado pelos mesmos métodos, em 
toda a circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue superior a 5 % a 
soldagem só deve ser reiniciada após a análise da causa da rejeição, englobando: 
soldadores, material, consumíveis, máquina de solda, condições ambientais e outros. Após 
ação corretiva no processo deve ser inspecionado um novo trecho de igual número de 
juntas ao inicial e assim sucessivamente. 
 
 
6.11.6 Para oleodutos e gasodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos a serem 
aplicados é a seguinte: 
 
a) inspeção visual: 
- 100 % das juntas, em toda a circunferência conforme norma PETROBRAS 
N-1597; 
b) inspeção por ensaio radiográfico conforme norma PETROBRAS N-1595 ou 
ultra-som conforme norma PETROBRAS N-1594: 
- 100 % das juntas, em toda a circunferência. 
 
 
Nota: Por medida de segurança, recomenda-se minimizar a inspeção por ensaio 
radiográfico restringindo a sua utilização à qualificação do procedimento de 
soldagem, a inspeção das 50 primeiras juntas para avaliação do processo de 
soldagem e em casos de eventual necessidade de complementação de laudos 
emitidos na inspeção por ultra-som. Na inspeção de juntas de “tie-in”, 
recomenda-se a utilização de ensaio por ultra-som. [Prática Recomendada] 
 
 
6.11.7 O ensaio por ultra-som das soldas circunferenciais deve ser realizado por 
equipamento que atenda aos requisitos da norma ASTM E 1961 ou outro computadorizado 
e mecanizado que seja capaz de fornecer ensaios reprodutíveis e registros permanentes de 
100 % do volume da solda em toda a circunferência. 
 
 
6.11.8 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser realizado um 
acompanhamento do “Índice de Juntas Reprovadas” calculado para cada quilômetro do duto 
soldado, conforme abaixo: 
 
%100
Quilômetro no END por dasInspeciona Juntas de Total
Quilômetro no END por Reprovadas Juntas de TotalReprovadasJuntasdeÍndice ×= 
 
 
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29 
 
Nota: Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 10 % aplica-se o disposto no 
item 6.11.5. 
 
 
6.11.9 Quando for adotado o processo de gamagrafia, devem estar previstas no 
procedimento executivo atividades prévias de informação a comunidade, isolamento e 
controle de radiação. 
 
 
6.11.10 Devem ser definidas área e forma adequada para a guarda da fonte radioativa, sem 
prejuízo para a comunidade circundante a estaárea, em conformidade com a legislação 
específica. 
 
 
6.12 Revestimento Externo Anticorrosivo 
 
 
6.12.1 O revestimento externo de juntas de campo, componentes de tubulação e a 
execução de reparos no revestimento de tubos, devem atender ao disposto nas 
especificações do projeto e nas seguintes normas: 
 
a) para tubos revestidos: norma PETROBRAS N-2328; 
b) para tubos com isolamento térmico em poliuretano: norma 
PETROBRAS N-556. 
 
 
6.12.2 Nos trechos aéreos deve ser executada pintura externa de acordo com a norma 
PETROBRAS N-442, atendendo às condições ambientais estabelecidas no projeto. 
 
 
6.13 Abaixamento e Cobertura 
 
 
6.13.1 O abaixamento dos tubos na vala deve ser realizado imediatamente após o exame 
das condições dos tubos, do revestimento e da vala. O exame visa principalmente: 
 
a) localizar defeitos ou danos nos tubos e no revestimento; 
b) verificar a existência de tampões nas extremidades dos trechos a serem 
abaixados; caso negativo, deve ser feita uma inspeção visual, proceder a uma 
limpeza interna, quando necessário, e colocar os tampões; 
c) verificar se as condições do fundo da vala e das suas paredes laterais atendem 
aos critérios descritos no item 6.6. 
 
 
6.13.2 O abaixamento dos tubos não revestidos externamente com concreto deve ser 
precedido do esgotamento da água existente na vala. Quando não for possível o 
esgotamento e, conseqüentemente, a verificação das condições da vala, deve-se revestir 
externamente a tubulação com concreto, de acordo com a norma PETROBRAS N-2432, 
com a espessura necessária para garantir o assentamento e a permanência da tubulação no 
fundo da vala. 
 
 
6.13.3 Quando a vala for aberta em terrenos com ocorrência de rochas, que podem causar 
danos ao revestimento externo ou ao isolamento térmico dos tubos, o abaixamento deve ser 
precedido da utilização de meios adequados de proteção, podendo ser utilizados, inclusive 
combinados, os métodos a seguir: 
 
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30 
 
a) revestimento do fundo da vala com uma camada de solo, isento de pedras e 
outros materiais que possam danificar o revestimento ou o isolamento térmico 
do tubo, na espessura mínima de 20 cm; 
b) uso de apoios de sacos de areia ou de solo selecionado, espaçados a cada 
3 m, no máximo, de forma a evitar qualquer contato dos tubos com o fundo da 
vala; este método somente pode ser aplicado nos casos em que a relação 
diâmetro nominal/espessura da tubulação for inferior a 50; 
c) envolvimento dos tubos com jaqueta de concreto de proteção mecânica; 
d) outros métodos desde que seja assegurada a integridade do revestimento 
anticorrosivo e do próprio tubo, ao longo de sua vida útil estimada no projeto. 
 
 
6.13.4 Nos casos de solos não rochosos e em que a relação diâmetro nominal/espessura 
da tubulação for superior a 50, deve ser assegurada uma camada com espessura de 20 cm, 
composta de material isento de pedras e raízes, imediatamente abaixo da geratriz inferior do 
tubo. 
 
 
6.13.5 O abaixamento deve ser feito por método que garanta a perfeita acomodação do 
duto no fundo da vala, evitando deslocamentos, deslizamentos, tensões e oscilações, 
deformações e danos ao revestimento, conforme os limites estabelecidos no procedimento 
executivo. 
 
 
Nota: Recomenda-se que sejam instaladas estacas de madeira na lateral oposta da 
vala, com indicação dos números das juntas, visando posicionar a coluna dentro 
da vala conforme previsto no projeto executivo da seção. [Prática Recomendada] 
 
 
6.13.6 O espaçamento entre os pontos de sustentação dos tubos a serem abaixados, deve 
ser de forma a garantir a não-ocorrência de tensões, que possam ultrapassar o limite 
elástico do material. O número mínimo de pontos de sustentação durante o abaixamento 
deve ser determinado pela executante, através da apresentação de uma memória de cálculo 
e validado através de ensaio no campo. 
 
 
6.13.7 Para o abaixamento de trechos revestidos com isolante térmico deve ser observado 
o seguinte: 
 
a) não devem ser utilizados pontos de sustentação deslizantes ou rolantes; 
b) as faixas de sustentação devem ter largura suficiente de modo a não provocar 
o esmagamento do isolamento térmico. 
 
 
6.13.8 Antes de se iniciar a cobertura de qualquer trecho do duto, devem ser reparados 
todos os danos porventura causados ao tubo e revestimento durante a operação de 
abaixamento. 
 
 
6.13.9 Em locais onde houver a ocorrência de percolação, surgência e interceptação de 
veios d’água, em rampas de inclinação superior a 5 %, o abaixamento deve ser seguido pela 
construção de um sistema de drenagem de fundo de vala, conforme projeto, buscando a 
manutenção do curso d’ água, sem influências negativas para a coluna abaixada. 
 
 
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31 
 
6.13.10 Em trechos onde houver o paralelismo com outros dutos protegidos catodicamente, 
a cobertura deve ser precedida da interligação elétrica entre os dutos, de forma a se obter o 
equilíbrio do sistema e a proteção do novo duto. 
 
 
6.13.11 A cobertura, cota de enterramento do duto medida a partir da superfície natural do 
terreno ou pavimento local até a geratriz superior da tubulação, deve atender aos seguintes 
valores mínimos: 
 
a) áreas em uso para cultura mecanizada, ou com possibilidade futura, áreas 
urbanas, industriais ou com possibilidade de ocupação: 1,50 m; 
b) cruzamentos e travessias, conforme norma PETROBRAS N-2177; 
c) áreas escavadas em rocha consolidada, com utilização de explosivo ou 
martelete pneumático: 0,60 m; 
d) demais áreas: 1,00 m. 
 
 
Nota: Em caso de matacões ou rochas localizadas, devem ser utilizado o critério das 
alíneas a), b) ou d), que melhor defina as condições locais. 
 
 
6.13.12 Imediatamente após o abaixamento da coluna deve ser realizado o 
georeferenciamento das juntas soldadas e a medição do valor da cobertura. 
 
 
Nota: O georeferenciamento deve utilizar coordenadas UTM com DATUM definido pelo 
projeto básico. 
 
 
6.13.13 A cobertura da vala deve ser realizada na mesma jornada de trabalho em que for 
realizado o abaixamento. A primeira camada da cobertura, até uma altura de 30 cm acima 
da geratriz superior da tubulação, deve ser constituída de solo isento de torrões, pedras 
soltas e material orgânico e outros materiais que possam causar danos ao revestimento. O 
restante deve ser completado com material da vala, podendo conter pedras de até 15 cm na 
sua maior dimensão. 
 
 
6.13.14 Não é permitido o rebaixamento do nível de terreno original da faixa para obtenção 
de material para a cobertura. 
 
 
6.13.15 A atividade de cobertura deve ser executada de forma a garantir a segurança e a 
estabilidade do duto enterrado e a manutenção futura da instalação. Em conseqüência, as 
seguintes recomendações gerais devem ser observadas: 
 
a) em princípio, todo o material retirado durante a escavação da vala que atender 
ao item 6.13.13, deve ser recolocado na vala, na atividade de cobertura, 
cuidando-se para que a camada externa do solo e da vegetação retorne a sua 
locação original; 
b) deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da vala (leira principal), a 
fim de compensar possíveis acomodações do material, exceto nos casos 
previstos pela alínea c) deste item; 
c) a sobrecobertura não deve ser executada nos seguintes casos: 
- passagem através de regiões cultivadas e/ou irrigadas nas quais a pista, 
depois de restaurada, deve ficar no nível anterior, de forma a não causar 
embaraços ao cultivo e à irrigação; 
 
 N-464 REV. H DEZ / 2004
 
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- trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao longo da vala possa 
obstruir a drenagem da pista; 
- cruzamentos e, ao longo de ruas, estradas, acostamentos, pátios de 
ferrovias, trilhos, caminhos e passagens de qualquer natureza; 
d) sempre que a sobrecobertura não puder ser realizada, deve ser providenciada 
a compactação com controle tecnológico do material de cobertura, em 
camadas de espessura máxima de 15 cm de modo que o solo após a 
compactação

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