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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
Atos Processuais
Livro Eletrônico
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Sumário
Atos Processuais ............................................................................................................................. 4
Dos Atos Processuais ..................................................................................................................... 4
Da Forma dos Atos Processuais .................................................................................................. 4
Da Prática Eletrônica dos Atos Processuais ............................................................................. 6
Dos Atos das Partes ....................................................................................................................... 7
Dos Pronunciamentos do Juiz ...................................................................................................... 8
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria ..................................................................... 9
Do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais ............................................................................ 10
Do Tempo ........................................................................................................................................ 10
Dos Prazos Dilatórios e Peremptórios ......................................................................................12
Do Lugar dos Atos Processuais ...................................................................................................12
Dos Prazos Processuais ...............................................................................................................13
Das Penalidades aos Serventuários ......................................................................................... 18
Da Comunicação dos Atos Processuais ....................................................................................20
Da Citação ........................................................................................................................................21
Das Nulidades ................................................................................................................................ 30
Questões de Concurso ................................................................................................................. 33
Gabarito ...........................................................................................................................................48
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), é com grande alegria e extremo entusiasmo que inicio, junto com 
você, mais um encontro virtual. Nosso bate papo de hoje será sobre o conteúdo encartado na 
Parte Geral, Livro IV do Novo Código de Processo Civil, que se refere aos atos processuais, 
assunto de suma importância, dentro da dinâmica processual, o qual passaremos a analisar. 
Venha comigo!
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
ATOS PROCESSUAIS
Dos Atos ProcessuAis
Amigo(a), os atos praticados durante o processo consistem em manifestações emanadas 
pelas partes ou pelos sujeitos que nele atuam, ou seja, são práticas humanas em um determi-
nado tempo, lugar e com uma determinada forma, os quais se relacionam ao processo.
DA FormA Dos Atos ProcessuAis
Os atos processuais podem ser classificados quanto à forma em:
• Solenes: são atos sobre os quais recaí alguma forma estabelecida por lei, como, por 
exemplo, a obrigatoriedade da utilização da língua portuguesa nos termos do processo 
ou a necessidade de o Ministério Público ser intimado em atos que deva intervir, como, 
a título exemplificativo, situações que envolvam interesses de incapazes;
• Não solenes ou de forma livre: diz-se que os atos do processo são informais quando 
eles podem ser praticados livremente, isto é, não há previsão legal para prática de de-
terminado ato. Saliento que nosso sistema acolheu a liberdade das formas, consoante 
estatui o artigo 188 do Novo Código, o qual, também, consagra o princípio da instrumen-
talidade das formas.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial.
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não 
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
Fique atento(a)!
Os atos processuais solenes devem cumprir as formalidades exigidas por lei, sob pena 
de nulidade.
Ok, vimos que, como regra, adotou-se o princípio da liberdade das formas. Mas a pergunta 
é: e se um ato for praticado de modo informal, quando, em verdade, a lei determinar uma for-
malidade para a sua prática, o que acontecerá efetivamente?
No caso supracitado, verifica-se a possibilidade de aproveitamento do ato, porquanto será 
aplicada a instrumentalidade das formas (na perspectiva de que o processo não deve ser um 
fim em si mesmo).
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de 
outro modo, lhe alcançar a finalidade.
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Consoante as normas fundamentais aplicadas ao Processo Civil, em regra, os processos 
são públicos e, com efeito, os atos também serão. Entretanto, algumas situações pessoais po-
dem minorar a publicidade dos autos e dos atos praticados, por exemplo: relações familiares 
relativas ao casamento, divórcio, filiação, guarda; aquelas que exijam segredo por questões de 
interesse público, que versem sobre proteção da intimidade ou acerca de questões relativas à 
arbitragem com estipulação de confidencialidade.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I – em que o exija o interesse público ou social;
II – que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III – em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV – que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confi-
dencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Uma vez estabelecida a minoração da publicidade, o acesso e a consulta aos autos e o 
requerimento de certidões serão restritos às partes e aos seus procuradores. Contudo, poderá 
ser franqueada consulta a terceiro que demonstre interesse jurídico na causa, além do direito 
de requerer certidão de dispositivo de sentença, assim como do inventário e da partilha resul-
tantes de divórcio ou separação.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certi-
dões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Fique atento(a)!
O terceiro que evidenciar interesse jurídico na causa pode requerer ao juiz certidão do dis-
positivo da sentença (decisão do julgador, o desfecho sobre aquilo que foi pedido) bem como 
de inventário de partilha resultantes do divórcio ou separação.
Negócios Jurídicos Processuais
O Direito Processual Civil é um ramo do Direito Público, dotado de normas cogentes (impo-
sição obrigatória) e legalmente estabelecidas. Todavia, a Lei de Ritos permite às partes a con-
venção de certos aspectos ou regramentos ínsitos ao processo. Nessa esteira de pensamento, 
é possível que, em controvérsias acerca de direitos sobre os quais se admita autocomposição 
(possibilidade de os sujeitos firmarem acordo), as partes possam convencionar prazos, en-
cargos, faculdades processuais durante a marcha do processo, desde que sejam maiores 
e capazes.
No entanto, o Juiz deverá participar da convenção e controlá-las para que não incidam 
sobre a negociação nulidades, cláusulas abusivas ou vulnerabilidade de uma das partes, con-
forme a inteligência do artigo 190 do Código de 2015.
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
Então:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Calendário Processual
A Lei de Ritos permite que Juiz e as partes, em comum acordo, fixem um calendário para 
a prática de atos processuais, o qual vincula os participantes e os Juízes. As datas estabele-
cidas só poderão ser alteradas por justo motivo e uma vez ajustadas, caso sejam alteradas 
deverá haver intimação da parte para que não haja prejuízo processual.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados 
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiên-
cia cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
DA PráticA eletrônicA Dos Atos ProcessuAis
Bem amigo(a) do Gran Cursos Online, vivemos na era da informática e é forçoso reconhe-
cer a dependência dos computadores e da internet. Utilizamos nossos aparelhos de modo a 
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Anderson Ferreira
acessar a rede mundial de computadores para os mais diversos fins, como para o trabalho, 
lazer e, como você está fazendo, para o estudo.
Diante disso, o Código destinou alguns artigos para tratar sobre a prática eletrônica dos 
atos processuais. Mas vale dizer que a ideia de atuação por meio eletrônico não vem de 2015, 
com a nova legislação de ritos. Não, as disposições acerca dos processos judiciais eletrônicos 
ingressaram no ordenamento jurídico brasileiro por meio da Lei n.º 11.419/06, a qual alterou a 
Lei n.º 5.869/1973, lembra dessa legislação? Isso mesmo! O Código de Buzaid, e  além de 
incidir sobre a Lei de Ritos vigente, bem seja: a Lei n.º 13.105/2015, irradiou seus efeitos para 
os outros ramos do direito instrumental, quais sejam: Processo Penal, Trabalhista, bem como 
para os juizados especiais, além de lançar efeitos em qualquer grau de jurisdição.
Então, com o advento da Lei n.º 11.419 de 2006, os autos (a materialização do processo) 
que tinham o suporte em papel, passam a se materializar por meio do tráfego de informações, 
arquivos e documentos digitais, com todas as nuances da informática como certificações, se-
gurança da informação, dentre outras características afetas a esses procedimentos.
Sendo assim, a nova sistemática processual admite autos:
• Físicos: cujo suporte para informação ainda é o papel (e alguns autos são tão antigos 
que, por pouco, o suporte não foi o papiro egípcio!);
• Digitais: o suporte é o meio eletrônico;
• Híbridos: conjugação dois os suportes supratranscritos: físico e eletrônico.
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que se-
jam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
Agora, saliento que sobre os processos eletrônicos recaem todas as garantias processuais, 
tais como: a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e dos procuradores 
constituídos por elas, além da disponibilidade, independência da plataforma computacional, 
acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder 
Judiciário administre no exercício de suas funções.
Chamo sua atenção para o fato de o Poder Judiciário manter, sem custas, aos interessa-
dos equipamentos necessários à prática de atos processuais e sistemas de acesso aos docu-
mentos. Caso não seja possível praticar o ato por meio eletrônico, o Código admite a prática 
por meios não eletrônicos, até porque, o que não pode ocorrer é o cerceamento de um ato 
processual sem que haja culpa da parte ou do procurador por ela constituído.
Dos Atos DAs PArtes
Bem, as partes do processo podem produzir declarações de vontade durante a marcha 
processual, as quais constituem, modificam ou extinguem direitos.
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Quanto a essas declarações, elas podem ser:
• Unilaterais: são atos que não dependem da anuência da parte adversa da relação jurídi-
ca processual (como no caso da petição inicial ou contestação);
• Bilaterais: atos que, por seu turno, dependem da aquiescência, concordância da parte 
que ocupa o outro polo da demanda para surtirem os efeitos pretendidos (é o caso da 
transação).
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produ-
zem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
A desistência da ação só produz efeitos depois da homologação do Juiz!
O Novo Código prevê uma vedação no que se refere ao lançamento de cotas lineares mar-
ginais ou interlineares (escritos fora, ao lado ou entre as linhas dos autos), as quais o Magis-
trado mandará riscar e imporá multa, de metade do salário mínimo a quem as tenha escrito.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, 
impondo a quem as escrever multa correspondenteà metade do salário-mínimo.
Dos PronunciAmentos Do Juiz
Amigo(a), durante o curso do processo, o Magistrado fará pronunciamentos, com o objeti-
vo de sentenciar a demanda carreada ao Poder Judiciário.
Nesse conduto de raciocínio, o Juiz poderá se pronunciar por meio de:
• Sentenças: pronunciamentos do julgador os quais visam terminar a fase de conheci-
mento ou extinguir a execução. Quando vai sentenciar, o Juiz examina a demanda a ele 
levada. As sentenças podem se encartar nos artigos 485 (rol com hipóteses de extinção 
do processo sem julgamento de mérito) e 487 (rol com hipóteses de extinção do pro-
cesso com julgamento de mérito). Como exemplo, a decisão proferida que obriga um 
vizinho a se abster de ouvir músicas em volume ensurdecedor no condomínio;
• Decisões interlocutórias: são pronunciamentos de natureza decisória do Magistrado 
que não encerram a fase de conhecimento ou extinguem a execução. Tratam-se de de-
cisões que não põe fim ao processo. Seria o caso de uma decisão que rejeita o pedido 
de gratuidade da justiça. Perceba que não se decidiu a demanda, o Juiz apenas admitiu 
uma questão que orbita o mérito;
• Despachos: são pronunciamentos do Juiz que objetivam dar continuidade ao processo, 
os quais não possuem conteúdo decisório. Não se trata de sentença nem de decisão 
interlocutória e podem ser praticados de ofício ou a requerimento da parte, como a de-
signação de audiência, intimação da parte. Saliento que sobre esses pronunciamentos, 
não será cabível recurso;
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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• Acórdãos: esses são pronunciamentos exarados em Tribunais, por um colegiado (mais 
de um Julgador), como em casos de recursos. Equivalem à sentença no primeiro grau 
de jurisdição;
• Decisões monocráticas: são decisões proferidas pelo Relator (responsável por instruir 
os autos e produzir um relatório para decisão do colegiado), o qual a toma, de forma 
isolada, quando o Código assim assegura.
Ok, vistos esses pronunciamentos, veja a diferença entre pronunciamentos por meio de um 
quadro esquemático.
JUIZ (1º grau de jurisdição) TRIBUNAIS
Sentença Acórdão
Decisão interlocutória Decisão monocrática
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Os pronunciamentos acima mencionados serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. 
Além do exposto, vale ressaltar que, durante a marcha processual, é possível a prática de atos 
meramente ordinatórios, caracterizados por serem atos de expediente do Tribunal, os quais 
podem ser confiados ao diretor de secretaria, a servidor, tais como, a título de exemplo, juntar 
um documento ao processo que podem ser revistos pelo Juiz quando for necessário.
Dos Atos Do escrivão ou Do cheFe De secretAriA
Estimado(a) leitor(a), comentei acerca desse importante serventuário da justiça, cujos atos 
processuais consistem em receber a petição inicial, autuar (“montar” os autos) com menção 
ao juízo e a natureza do processo, bem como o número do registro, qualificar as partes (dados 
que as individualizem autor e réu, como, por exemplo, consignar seus nomes) anexar os volu-
mes dos autos, quando excederem o número de páginas possíveis para um volume.
Além do exposto, compete a esse insigne auxiliar da justiça realizar juntada de documen-
tos (acostar aos autos algum documento), franquear vistas do processo às partes e procura-
dores, rubricar e numerar as páginas do processo e assiná-las, ressalvar (retificar) a existência 
de rasuras ou erros materiais e certificar (expedir certidão por meio da qual se comunica com 
o Magistrado acerca de ocorrências havidas no processo, como, por exemplo, quando as pes-
soas intervenientes no ato não puderem assinar documentos).
O Escrivão ou chefe de secretaria não deve admitir atos ou termos processuais com espa-
ços em branco (salvo quando inutilizados, a fim de evitar inclusões posteriores indevidas) ou 
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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rasura (haja vista que essas situações podem comprometer a validade do ato), bem como en-
trelinhas ou emendas, exceto quando ressalvadas (retificadas com assinatura do serventuário).
Do temPo e Do lugAr Dos Atos ProcessuAis
Do temPo
Tratarei acerca do tempo, amigo(a), aquele que não para, aquele que voa, aquele que não 
volta... Portanto, aproveite esse precioso ativo! Bem, sem divagações, quando falo de tempo 
para os atos do processo, me refiro ao momento de realização dos atos processuais e chamo 
sua atenção para o fato de que a prática dos atos do processo serão realizadas em DIAS ÚTEIS 
(essa foi uma importante alteração trazida pela legislação de 2015), no período compreendido 
entre as 6 horas às 20 horas.
Os atos processuais, em regra, serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas.
No entanto, essa regra pode ser flexibilizada em alguns atos, os quais poderão ser conclu-
ídos após as 20 horas, uma vez iniciados antes das vinte badaladas noturnas! Isso é possível 
quando o adiamento da realização do ato, depois do horário citado, puder prejudicar a diligên-
cia ou causar grave dano.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento preju-
dicar a diligência ou causar grave dano.
É isso, algumas diligências determinadas pelo Magistrado deverão ser realizadas depois 
das vinte horas, como, por exemplo, uma audiência de instrução e julgamento mais complexa, 
na qual um depoimento é mais extenso e a oitiva foi iniciada às 18h, porém não acabou às 
20h. Sendo assim, para não interromper o depoente e ser necessário marcar uma nova ouvida, 
estende-se a instrução até as 20h30, até para não prejudicar a linha de raciocínio já iniciada.
No que se refere às citações, intimações e penhoras, esses atos poderão ser realizados 
durante as férias forenses, nos Tribunais onde elas ocorrerem, feriados ou dias úteis, mesmo 
que em horário diverso dos elencados no artigo 212 do Código, qual seja: das 6h às 20h. Po-
rém, há de ser respeitado o artigo 5º, inciso XI da Carta Fundante, o qual versa sobre a inviola-
bilidade de domicílio e elenca as hipóteses autorizadoras do ingresso na casa de outrem, cujo 
estudo é mais aprofundado nas lições de Direito Constitucional e Penal.
Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimen-
to do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial;
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Conforme o teor do § 2º do artigo 212, as citações, intimações e penhoras poderão ser rea-
lizadas no período de férias forenses, nos feriados ou em dias úteis, até fora do horário estabe-
lecido no artigo mencionado (6 às 20 horas), desde que respeitado o inciso XIda Constituição.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão rea-
lizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário 
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.
Bem, como dito linhas acima, vivemos na época dos processos judiciais eletrônicos e as 
práticas relativas a processos com esse formato podem ocorrer em qualquer horário até as 24 
horas do último dia do prazo estabelecido.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e 
quatro) horas do último dia do prazo.
Veja ilustre leitor(a), os atos processuais não serão realizados durante as férias forenses, 
nos Tribunais onde elas ocorrerem, e feriados. Essa é a regra, que é flexibilizada pela Lei n.º 
13.105 de 2015.
Vixe, professor! Então existem exceções?
Sim! Alguns atos podem ser praticados nos tempos acima mencionados e até já vimos al-
guns, mas vamos organizar melhor as ideias. Podem ser praticados durante as férias forenses 
(nem todos os Tribunais possuem esse período) e feriados:
• Citações, intimações e penhoras (já citados em parágrafo acima);
• Em casos de tutela de urgência (até porque o nome já nos diz que não dá para esperar, 
como no caso de uma internação para salvar a vida de um paciente infartado).
Alguns procedimentos também serão processados em férias forenses como em situações 
de procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, pro-
cessos relativos à ação de alimentos e remoção de tutores e curadores, além de processos 
sobre os quais a lei determinar processamento nos períodos acima descrito.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela super-
veniência delas:
I – os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando 
puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II – a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III – os processos que a lei determinar.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e 
os dias em que não haja expediente forense.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xi
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Observe que os sábados, domingos e dias nos quais não haja expediente forense serão 
considerados feriados.
Dos PrAzos DilAtórios e PeremPtórios
Os prazos peremptórios são os que não podem ser modificados pelas partes (são cogen-
tes) e dilatórios os que são passíveis de alteração em razão de convenção das partes, requerida 
antes do vencimento do lapso temporal estabelecido com estribo em motivo razoável. Agora, 
cumpre destacar que essa classificação quanto aos prazos, em verdade, possui pouca relevân-
cia com o advento da Lei n. 13.015 de 2015, pois, como dito em linhas anteriores, o NCPC, por 
meio dos artigos 190 e 191, estabelece a possibilidade de as partes estabelecerem mudanças 
no procedimento, a fim de ajustá-los às especificidades da causa, além de possibilitar a fixa-
ção de calendário para a prática de atos processuais.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes ple-
namente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos pro-
cessuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados 
em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiên-
cia cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
Art. 222, § 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
Do lugAr Dos Atos ProcessuAis
Os atos processuais se realizarão de forma ordinária (comum), na sede do juízo onde há a 
marcha processual; e de forma extraordinária ou excepcional, como estabelece a Lei de Ritos, 
em outro lugar em razão do interesse da justiça, natureza do ato ou obstáculo arguido pelo 
interessado e acolhido pelo Juiz, conforme estabelece o artigo 217 da legislação processual.
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, 
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo 
arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
Bem, com base no foi exposto, normalmente os atos são praticados no Tribunal onde o 
processo tramita. Então, lá ocorrem as audiências de instrução e julgamento com oitivas de 
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Atos Processuais
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testemunhas, dentre outros. Porém, há casos em que uma testemunha mora em outra comar-
ca e, assim sendo, o Magistrado deverá ouvi-la por carta Precatória, ou seja, o Juiz de outra 
localidade procede à ouvida e remete os termos para o Julgador deprecante. Porém, o Magis-
trado pode realizar uma inspeção judicial (isto é, ir até o local para alguma diligência) ou ele 
poderá proceder à oitiva de uma testemunha que não pode se deslocar fora da sede do juízo.
Dos PrAzos ProcessuAis
Bem, estudaremos, doravante, os prazos processuais, isto é, o lapso temporal, o espaço de 
tempo destinado à prática de algum ato do processo, como, a título ilustrativo, os 15 (quinze) 
dias para contestar os argumentos aduzidos na petição inicial.
Os prazos para os atos processuais podem ser:
• Legais: estabelecidos por lei, como o prazo de 15 dias para interpor recurso de apelação 
da sentença;
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
• Judiciais: estabelecidos pelo Juiz em casos de omissão do prazo. Nessas situações, 
o Magistrado poderá, com base na complexidade do ato, determinar o lapso temporal 
para a prática dele.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
Contudo, há situações nas quais nem a lei, nem o Juiz estabelecem prazos no que se refere 
às intimações ou para prática de atos processuais, e aí? Como fazer em casos como esses?
Bem, em situações nas quais houver omissões, a  Lei de Ritos dirime a questão da se-
guinte forma:
• Omissões relativas aos prazos das intimações: obrigarão o comparecimento do intima-
do após decorridas 48 (quarenta e oito horas), as quais não se confundem com dois dias!
• Omissões relativas à prática de algum ato processual: segue-se um prazo de cinco dias 
para a prática do ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimen-
to após decorridas 48 (quarenta eoito) horas.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte.
Caso haja omissão relativa à prática de algum ato processual, segue-se o um prazo de 5 dias!
Veja, os atos processuais deverão ser praticados no prazo a eles conferidos, seja esta-
belecido por lei ou pelo Juiz. Quando um ato é praticado dentro do interregno temporal a ele 
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destinado, diz-se que ele foi tempestivo. Por outro lado, se o ato é praticado fora do prazo, ele 
será considerado intempestivo e acarretará ônus processual, tal como a impossibilidade de 
recorrer de decisão judicial.
Muitas vezes, no cenário processual, ocorre de um ato não ser praticado no prazo confe-
rido a ele, isto é, prazo transcorre in albis (em branco), o que gera um prejuízo àquele que se 
quedou inerte.
Certo, a  pergunta é: e se o ato for praticado antes do prazo? A título de exemplo, será 
considerado tempestivo, portanto, dentro do prazo, o  recurso interposto antes de iniciada 
sua contagem.
Querido(a), o Código de 1973 estabelecia que se o ato fosse praticado antes do prazo a ele 
conferido, seria considerado intempestivo.
Ato praticado antes do início -----------------------------------fim
 Prazo de 15 dias
Com base no esquema acima, pelo Código de Buzaid, de 1973, o ato seria considerado 
intempestivo.
Contudo, o Novo Código de 2015 estabelece, por meio do § 4 do artigo 218 que o ato prati-
cado antes do prazo estabelecido será considerado tempestivo.
Ato praticado início -----------------------------------fim
 Prazo de 15 dias 
Com base no esquema acima o ato será válido, tempestivo. Veja como a Lei de Ritos trata 
o assunto acima.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
No que concerne ao assunto ora tratado, uma das grandes conquistas para os advogados 
se refere a contagem dos prazos em dias úteis. Conforme escrito acima, não são considerados 
dias úteis os feriados, os sábados e domingos. Então, agora é possível aos patronos das cau-
sas terem um final de semana ou outro, porque os dias corridos, muitas vezes, dificultavam o 
churrasco do domingo... Rs.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente 
os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Além disso, os prazos serão suspensos no período entre o dia 20 de dezembro e 20 de ja-
neiro, são as chamadas “férias do advogado”, e nesse período, não podem ocorrer audiências 
ou sessões de julgamento, afinal, se pudesse, as atividades seguiriam normalmente.
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Quando falo de suspensão, refiro-me a paralisação do prazo, é como se o tempo para prá-
tica de atitude processual ficasse “congelado” e voltasse à contagem de onde parou. Então, 
se um recurso de apelação, cujo prazo para interposição é de 15 (quinze), não foi interposto 
após o transcurso de 10 (dez) dias e sobreveio o recesso, após o período mencionado ele terá 
5 (cinco) dias para a prática do ato, sob pena de intempestividade recursal.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro 
e 20 de janeiro, inclusive.
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Mi-
nistério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput.
Aproveito o “embalo” para evidenciar que quando o Judiciário promover períodos destina-
dos à autocomposição (altamente recomendada pelo atual panorama processual), os prazos 
serão suspensos.
Chamo sua atenção para o fato de a Lei de Ritos permitir ao Juiz prorrogar (dilatar) prazos. 
Isso demonstra o poder atribuído ao Magistrado diante de situações práticas. Contudo, não é 
permitido aos Juízes reduzir os prazos peremptórios (estabelecido por lei) sem a anuência da 
parte, ou seja, o Julgador só pode reduzir os prazos mencionados se as partes concordarem! 
Além disso, o Código estabelece que em comarcas onde for difícil o transporte, o Juiz poderá 
prorrogar os prazos por até dois meses. Esse prazo poderá ser prorrogado em caso de calami-
dade pública.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá pror-
rogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser 
excedido.
O Juiz pode dilatar os prazos processuais, porém a ele é vedado reduzir prazos peremp-
tórios, sem a anuência das partes!
Em regra, se os atos não forem praticados em momento oportuno, não poderão mais 
sê-lo. Entretanto, há situações nas quais há justo motivo para a inação, isto é, circunstân-
cias alheias à vontade da parte ou do advogado, que inviabilizaram o ato, como, à guisa de 
exemplo, um ato não praticado em razão de um acidente grave que a parte sofreu enquan-
to se deslocava ao Fórum. Então, em situações como essas, se ficar comprovada a justa 
causa (pela parte que a alega), o Magistrado pode permitir a prática do ato no prazo por ele 
determinado.
Querido(a), falei, até agora, acerca dos prazos processuais e assinalo a importância de 
observá-los com muito cuidado, haja vista que a perda dele pode significar sucumbência na 
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demanda. Ok! Mas como se dá a contagem dos prazos? Bem, os prazos processuais serão 
contados da seguinte forma: exclui-se o dia do início e inclui-se o dia do fim.
Então, se Bill fora citado no dia 15/05/2018 pelo oficial de justiça (dia do susto!), o qual jun-
tou o mandado de citação nos autos na mesma data, o prazo começará a correr em 16/05/2018. 
Ele terá 15 (quinze) dias para contestar, ou seja, o prazo final ocorrerá no dia 06/06/2018.
Opa! Professor, contei nos dedos aqui (até os dos pés!) e percebi que deram mais de 15 
dias! Por isso que você cursou Direito e não Matemática?
Calma! É bem verdade que estou há anos-luz de ser um Pitágoras, mas, nesse caso, não foi 
erro, não! Perceba que o mês de maio possui sábados e domingos (os quais não são compu-
tados) e dia 31 de maio é feriado, motivo pelo qual também não é computado.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, 
se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora 
normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informaçãono Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Quanto aos processos eletrônicos, é importante salientar que a contagem de prazos se dá 
da seguinte forma: haverá a publicação do ato e no primeiro dia útil subsequente, inicia-se a 
contagem do prazo.
Ademais, quando o processo envolver litisconsortes com diferentes procuradores de es-
critórios distintos, o prazo será contado em dobro para as manifestações processuais. Essa 
hipótese não é aplicada aos processos eletrônicos, até porque a ideia é a de que para efetivar 
o direito à ampla defesa as partes e os procuradores devem ter acesso aos autos, os quais, 
muitas vezes, não estão no tribunal, porquanto uma das partes fez carga do processo. Bem, 
essa problemática não ocorre nos Processos Judiciais Eletrônicos, haja vista eles estarem 
disponíveis aos litisconsortes por meio da rede mundial de computadores.
Os prazos do Ministério Público da Defensoria Pública e Advocacia Pública também são 
contados em dobro e serão contados da citação, intimação ou da notificação.
Veja que interessante!
Conforme o § 1º do artigo 229, cessa a contagem do prazo em dobro acaso existam, ape-
nas, dois réus e somente um deles ofereça defesa.
Bem, a Lei de Ritos estabelece o momento no qual se deve considerar o início dos pra-
zos, salvo se houver disposição em sentido contrário. Vejamos abaixo como o Código inicia 
a contagem:
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• Quando a intimação for feita pelos correios, inicia-se o prazo na data da juntada do aviso 
de recebimento (AR) nos autos;
• Quando for feita por oficial de justiça, no dia da juntada do mandado cumprido.
• Na data de ocorrência da citação ou da intimação por escrivão ou chefe de secretaria;
• Quando a comunicação for feita por edital, no dia útil seguinte ao do prazo estabelecido 
pelo Magistrado;
• Quando a citação for por meio eletrônico, ela se dará no dia útil seguinte à consulta;
• Quando o ato de comunicação for feito por cartas (precatória, rogatória e de ordem), 
o prazo será contado da juntada da carta cumprida ou comunicação feita ao juiz depre-
cante por meio de comunicação eletrônica;
• Na data da publicação quando a intimação se der por meio do Diário da Justiça Ele-
trônica;
• No dia da retirada dos autos do cartório (carga) do Tribunal.
Feitas essas considerações, é  importante frisar que a Lei Instrumental estabelece que 
se houver mais de um intimado para prática de um ato, a contagem se dará individualmente 
para cada um.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo 
correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por 
oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do 
chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por 
edital;
V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que 
a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada 
da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar 
em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório 
ou da secretaria.
§ 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à últi-
ma das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
O parágrafo acima, se refere à existência de litisconsórcio passivo.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art232
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§ 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, 
participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo 
para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
Prazos Conferidos ao Juiz
Linhas acima, comentei acerca das manifestações do Juiz na marcha processual. Todas 
elas estão lastreadas no poder geral de decisão atribuído ao Magistrado. Diante disso, o Julga-
dor terá os seguintes prazos relativos aos pronunciamentos:
• Despachos: devem ser proferidos em cinco dias;
• Decisões Interlocutórias: devem ser proferidos em 10 dias;
• Sentença: devem ser proferidas em 30 dias.
Saliento que os prazos supratranscritos são impróprios, ou seja, embora devam ser res-
peitados, não acarretam consequência ao processo, acaso não sejam cumpridos (até por-
que, nem sempre é possível a pronúncia do Julgador dentro do lapso temporal estabelecido 
em razão da falta de estrutura no próprio juízo onde o Magistrado atua). Entretanto, os alu-
didos lapsos só podem ser descumpridos se houver justo motivo, consoante trataremos 
mais à frente.
Art. 226. O juiz proferirá:
I – os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
II – as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
III – as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
DAs PenAliDADes Aos serventuários
Amigo(a), caso os serventuários da justiça não observem as normas estabelecidas no Có-
digo, no que se refere aos prazos para fazer os autos conclusos, poderão sofrer penalidades, 
as quais serão verificadas pelo Juiz, inclusive com geração de processo administrativo.
As partes o Ministério Público e a Defensoria Pública podem representar contra o serventu-
ário. Além da responsabilidade atribuída aos serventuários da justiça, advogados respondem 
se não devolverem os autos no prazo de três dias após intimados a restituí-los, com a conse-
quente perda do direito a vistas a eles fora do Cartório do tribunal, multa no valor de metade 
de um salário mínimo, sem embargo de Comunicação à Ordem dos Advogados, a fim de que 
sejam aplicadas as medidas cabíveis.
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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A mesma penalidade pecuniária evidenciada no parágrafo anterior será aplicada aos inte-
grantes do Ministério Público e aos integrantes da Defensoria Pública e da Advocacia Pública, 
além de o Juiz comunicar o fato ao órgão responsável para instauração de processo em des-
favor daquele que atuou no feito.
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público 
devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigiros autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à 
vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil 
para procedimento disciplinar e imposição de multa.
§ 4º Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia 
Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
§ 5º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável pela instauração 
de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.
Por fim, consigno que o Juiz também pode ser representado pela parte, Ministério Público 
e a Defensoria Pública, caso, de forma injustificada, exceda os prazos a ele conferidos.
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corre-
gedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente 
exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
Então, embora os prazos do Magistrado sejam impróprios, se não houver motivo justifica-
do, ele poderá responder perante o Tribunal ou Conselho Nacional de Justiça. Caso a inércia 
seja mantida, os autos serão remetidos ao substituto legal do Julgador ou do Relator.
Consequências da Perda de Prazo
Acaso ocorra a perda de um prazo processual, haverá a denominada preclusão, a qual se 
opera em virtude da perda de uma faculdade processual.
A preclusão pode ser classificada como:
• Temporal: se opera quando o ato não ocorre no prazo estabelecido pela lei ou pelo Juiz;
• Consumativa: quando há um prazo para o ato, ele é realizado tempestivamente, contu-
do, de forma incompleta. A título ilustrativo, ocorreria na situação em que se junta um 
documento importante ao julgamento da causa, quando, na verdade, deveriam ser jun-
tados dois. Após a prática, o ato não poderá ser repetido ou em um recurso interposto, 
o qual, mesmo manejado antes do prazo, não será possível aduzir novos argumentos ou 
mesmo novo recurso;
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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• Lógica: quando existem atos incompatíveis entre si. É o caso de dois amigos que se 
desentenderam em razão de contrato de compra e venda e optam pela autocomposi-
ção, mas um deles, dois dias depois, acredita que fez um mau negócio e decide recorrer. 
A atitude é incompatível, não segue um raciocínio linear.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, inde-
pendentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não realizou 
por justa causa.
Veja, os atos do Juiz também se sujeitam a preclusão. Nesse sentido, há preclusão “pro judi-
cato”, a qual se caracteriza pela impossibilidade de decidir, de novo, o que fora objeto de exame.
DA comunicAção Dos Atos ProcessuAis
Estimado(a) leitor(a), as normas fundamentais, encartadas logo nos artigos introdutórios 
do Código de Processo, nos evidenciam a aplicação do neoprocessualismo, ou seja, a nova 
perspectiva processual busca validade na Constituição de 1988, a qual franqueia a todos o 
direito à ampla defesa e contraditório.
Diante do raciocínio supracitado, alguém que tem em seu desfavor um processo, só terá 
condições de se defender, de forma ampla, se tiver ciência das ocorrências relativas à marcha 
processual. Sendo assim, no curso do processo, a parte, o executado ou o terceiro juridicamen-
te interessado deverão ser comunicados sobre os atos concernentes à demanda.
Nesse diapasão, os atos processuais serão cumpridos por ordem do Juiz e as comunica-
ções poderão ser feitas por cartas, quando os atos tiverem de ser praticados fora da comarca 
em que o Magistrado atua, por questões de competência.
As cartas podem ser:
• Rogatórias: são comunicações entre Estados dotados de Soberania, ou seja, entre a jus-
tiça brasileira e estrangeira. Essa comunicação tem amparo na cooperação internacio-
nal, porquanto seja por tratado ou via diplomática, as Nações cooperam com a Justiça 
do outro país;
• Precatórias: são comunicações entre os Estados dotados de autonomia no Brasil. Es-
sas cartas fazem valer a cooperação nacional, por meio da qual Juízes e auxiliares da 
justiça cooperam para que a marcha processual em outra comarca seja exitosa. Ocorre 
em casos nos quais é necessário escutar uma testemunha que morava em uma locali-
dade e se mudou para outra, cuja competência territorial é atribuída a outro Juiz;
• De ordem: são comunicações entre Tribunais e Juízes a ele vinculados. A  título ilus-
trativo, seria o caso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios se valer do 
auxílio de um Magistrado o qual atua no Fórum de alguma cidade, para que prática do 
ato processual;
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Atos Processuais
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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• Arbitral: são comunicações feitas pelos juízes arbitrais (atuantes em convenção das 
partes sobre direitos patrimoniais disponíveis) os quais solicitam que o Poder Judiciário 
determine o cumprimento ou pratique ato formulado por juízo arbitral, o que engloba a 
efetivação de tutela provisória.
Art. 237. Será expedida carta:
I – de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2º do art. 236;
II – rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacio-
nal, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
III – precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área 
de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão 
jurisdicional de competência territorial diversa;
IV – arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de 
sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo 
arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior 
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo 
estadual da respectiva comarca.
Chamo sua atenção no sentido de que na era da informatização, a Lei de Ritos permite a 
prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro meio de comunicação tec-
nológica de transmissão de sons e imagens em tempo real.
DA citAção
A citação é o ato que dá ciência e convoca o réu, executando ou terceiro juridicamente 
interessado a integrar a relação jurídica processual. Lembra-se do desenho que tenho feito de 
forma contumaz durante as aulas? Acerca da relação processual? Olha ele aí outra vez:
Autores
Juiz
“Ué professor! Faltou o réu, o demandado aí! Pois é, que bom que você sentiu falta...” Rs, sem 
ele no polo passivo da demanda, isto é, se ele não integrar a lide, não há uma relação jurídica 
processual tríplice, no meu exemplo.
Então, para que haja validade no processo, é necessário que o réu, o demandado seja ci-
tado para que integre a lide. Diante disso, a natureza jurídica (o que significa para o direito) da 
citação é de pressuposto de validade do processo, isto é, se não houvercitação válida, haverá 
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nulidade do processo, salvo se for o caso de improcedência liminar do pedido (prevista no arti-
go 332 do código) ou indeferimento da petição inicial (nas hipóteses do artigo 330 do diploma 
processual).
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas 
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
O PULO DO GATO
A citação do réu ou executado é indispensável para a validade do processo. Entretanto, o artigo 
239 do Código de Processo Civil a dispensa em caso de indeferimento da petição inicial ou 
improcedência liminar do pedido!
Veja os artigos que se relacionam com o tema tratado, relativos ao indeferimento da peti-
ção inicial e improcedência liminar do pedido:
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido gené-
rico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, 
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julga-
mento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
Bem, então após a citação, nossa relação jurídica processual volta a ser da forma como 
era antes.
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A citação deverá ser endereçada ao réu, executado ou ao terceiro interessado. Porém, 
o comparecimento espontâneo deles supre a falta ou nulidade da citação, até porque se o 
objetivo é dar conhecimento acerca da existência da relação processual, esse desiderato (ob-
jetivo) foi devidamente atingido.
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas 
as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, 
fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
§ 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I – conhecimento, o réu será considerado revel;
II – execução, o feito terá seguimento.
Veja que interessante!
Em casos de citações e intimações feitas pelo correio, oficial de justiça ou por cartas (ro-
gatória, precatória e de ordem) o prazo para interpor recurso se inicia da juntada do aviso de 
recebimento do mandado cumprido ou juntada da carta aos autos (STJ, Corte Especial. REsp 
1.632.777 – SP, Rel. Min Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/5/2017 (recuso repetitivo) 
(Info 604).
A Lei de Ritos estabelece que se a citação válida for feita por juízo incompetente, ainda 
assim ela induzirá a litispendência (quando há duas ações com identidade entre as partes, 
causa de pedir e pedido), tornará litigiosa a coisa e constituirá em mora o devedor (salvo em 
casos de o inadimplente já estar em mora).
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, tor-
na litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei 
no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
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§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido 
por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
Fique atento(a)!
Observe que consoante o § 1º do artigo 240 da Lei 13.105 de 2015, a interrupção operada 
pelo despacho que ordena a citação retroagirá à data da propositura da ação, ainda que profe-
rido por juízo incompetente.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar 
a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos 
previstos em lei.
001. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca do pedido, da tutela provisória, da 
citação, da suspeição e dos recursos, julgue o item que se segue.
Em ação cível, o mero despacho do juiz determinando a citação tem o condão de interromper 
a prescrição.
Veja que a assertiva se compatibiliza com o artigo 240, § 1º.
A citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exceções nas quais a citação pode-
rá ser feita ao representante legal, procurador do réu, do executado ou de quem tenha interes-
se na causa.
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou 
do procurador do réu, do executado ou do interessado.
§ 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, pre-
posto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade 
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa 
do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habili-
tado para representar o locador em juízo.
Certo.
A citação, em regra, é um ato pessoal. Entretanto, existem exceções nas quais a citação 
poderá ser feita ao representante legal, procurador do réu, do executado ou de quem tenha 
interesse na causa.
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Além do exposto, a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas autarquias e funda-
ções públicas serão citadas perante seus órgãos de representação, quais sejam, as advoca-
cias públicas.
Outra particularidade relativa à citação se refere aos militares, os quais, quando em serviço 
ativo, poderão ser citados nas unidades onde prestam serviço.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não 
for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
Uma questão que foi discutida durante a implementação do Novo Código foi a citação feita 
pelo porteiro dos condomínios. Veja, muitas pessoas se ocultam quando o assunto é citação, 
porquanto sem ela o processo não tem validade (é um requisito para validade processual), sal-
vo em caso de indeferimento da petição inicial ou improcedência liminar do pedido.
Então, como nem todo mundo se encanta em ser réu ou executado em um processo, o con-
dômino diz ao porteiro do condomínio que ele não deve receber nenhum documento endereça-
do ao morador pedinte. Isso acontecia muito e ainda acontece.
Em casos como o mencionado, o Novo Código estabelece que o porteiro deve receber a 
citação e, acaso não receba, deverá declarar por escrito que o destinatário está ausente, sob 
pena dos encargos legais. Veja a redação do parágrafo 4º do artigo 248 da lei processual:
§ 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega 
do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entre-
tanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário 
da correspondência está ausente.
Agora, há dois pontos dignos de nota: o primeiro se refere há possibilidade de o destina-
tário arguir nulidade de citação se o porteiro não entregar a citação e o segundo se refere ao 
entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que antes da alteração do Novo 
código, ou seja, sob a vigência da Lei de Ritos de 1973, as citações feitas pelo porteiro podem 
ser invalidadas.
Ademais, a citação endereçada a incapazes deverá ser realizada por meio de seus repre-
sentantes legais.
Em regra, os atos processuais (os quais conglobam a citação) podem ser realizados em 
qualquer lugar. Nesse conduto de raciocínio, a citação poderá ser realizada onde quer que se 
encontre o citado, na sauna, durante um salto de Bungee Jump, no meio de uma luta de Mix and 
Martial Arts, Rs... deixa eu parar porque minha imaginação é fértil...Você já deve ter percebido!
Contudo, em que pese a possibilidade de citação nos mais diversos locais e situações, 
o Código estatui casos na vida do citado, nos quais ele não será citado, como por exemplo: em 
cultos religiosos, nos três primeiros dias depois do casamento, em casos de doenças graves, 
no dia do falecimento de parente em linha reta ou afim até segundo grau civil.
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Porém, os casos acima não se aplicam quando houver urgência a qual possa resultar em 
perecimento do direito, como por exemplo: Pepe é responsável pelas internações em UTI e 
libera leitos nessa unidade, mas está no meio do casamento. Ainda assim poderá ser citado, 
a fim de conceder um leito a alguém que teve uma tutela de urgência concedida, haja vista o 
perigo de vida e, com efeito, o perecimento do direto.
Agora, e bom salientar que no ato citatório é de bom alvitre que o oficial de justiça tenha 
os devidos cuidados com a exposição de quem será cientificado, como se fosse uma “etiqueta 
citatória”, sem exposições ou aviltamentos.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I – de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II – de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha 
reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III – de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV – de doente, enquanto grave o seu estado.
Querido(a), o artigo 246 da Lei de Ritos estabelece que as citações poderão ser feitas da 
seguinte forma:
• Pelos correios (uma carta com aviso de recebimento);
• Por oficial de justiça;
• Por meio eletrônico (meio mais celeridade e de baixo custo);
• Pelo escrivão ou Chefe de secretária, em casos nos quais o citando comparece ao car-
tório do tribunal;
• Por Edital.
Art. 246. A citação será feita:
I – pelo correio;
II – por oficial de justiça;
III – pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV – por edital;
V – por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
§ 1º Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas 
e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para 
efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por 
esse meio.
§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às enti-
dades da administração indireta.
§ 3º Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando 
tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
A citação por correios com aviso de recebimento (AR) é a comunicação preferencial para 
citações. Porém, há casos em que a citação deverá ser realizada por meio de oficial de justiça 
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como em ações de estado de pessoa (separação, guarda de menores), incapacidade do citan-
do, causa em que figurem como partes pessoas jurídicas de direito público, ou quando a parte 
requerer ao juiz a citação por oficial de justiça, desde que arque com às custas da diligência.
Fique atento(a)!
Segundo a súmula 429 do STJ: “A citação postal, quando autorizada por lei exige o aviso 
de recebimento”.
Se o oficial de justiça entender que a diligência apresenta riscos, deverá certificar (expedir 
uma certidão, que é um meio de se comunicar com o juiz, relatando os fatos ocorridos).
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º;
II – quando o citando for incapaz;
III – quando o citando for pessoa de direito público;
IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Conforme eu citei, em linhas supratranscritas, nem todo mundo sonha em ocupar o polo 
passivo de uma demanda. Sendo assim, há pessoas que se ocultam embaixo da cama, no te-
lhado, dentro do armário, no interior da geladeira, dentro do saquinho do supermercado, a fim 
de não serem citadas pelo oficial de justiça.
Esse importante auxiliar de justiça, com base na experiência profissional, pode perceber 
esse cenário e proceder à denominada citação por hora certa. Essa citação é admitidaquando 
o oficial de justiça tentar citar o réu por duas vezes e suspeitar que ele se oculta.
Nesse cenário, o oficial intima uma pessoa da família ou vizinho e informa que no dia útil 
seguinte retornará em horário marcado (o auxiliar da justiça determina a hora). Na data e horá-
rio marcados, retornará e caso o citando não esteja, bem como vizinhos e pessoas da família 
não estejam ou se recusem a receber o mandado citatório, todos os fatos serão relatados ao 
Magistrado em certidão.
Por fim, o oficial de justiça entregará a contrafé (recibo da entrega da citação) a familiar ou 
vizinho e entregará a citação por hora certa ao escrivão ou chefe de secretaria para as provi-
dências cartorárias (como juntada aos autos e envio ao réu, executado ou interessado carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe ciência).
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicí-
lio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa 
da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a 
citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida 
a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de 
correspondência.
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Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, 
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1º Se o citano não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausên-
cia, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou 
subseção judiciárias.
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que hou-
ver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar 
a receber o mandado.
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família 
ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador espe-
cial se houver revelia.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado 
ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
Amigo(a), como medida excepcional de tentar integrar o réu ou executado à lide, existe a 
chamada citação por edital. A última “trincheira” na batalha para citar alguém!
Esse tipo de citação ocorrerá quando o réu está em local incerto e não sabido (quando 
infrutíferas as tentativas de localizá-lo), local inacessível (por exemplo, quando o Estado Sobe-
rano não der cumprimento a carta rogatória), ou em caso expresso em lei (exequente requer a 
citação editalícia em razão de ver frustrada a citação pessoal e por hora certa).
Art. 256. A citação por edital será feita:
I – quando desconhecido ou incerto o citando;
II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
III – nos casos expressos em lei.
§ 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento 
de carta rogatória.
§ 2º No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será di-
vulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
Fique de olho!
§ 3º O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua locali-
zação, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros 
de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos (grifo nosso).
Agora, existem alguns requisitos para a citação por edital, tais como: a afirmação do au-
tor ou certidão do oficial de justiça que informem as circunstâncias autorizadoras da aludida 
comunicação, ampla publicidade com publicação na internet, site do tribunal e plataforma do 
CNJ, a determinação do prazo compreendido entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias para che-
gada do réu – prazo determinado pelo juiz – e advertência de que será nomeado um curador 
especial em caso de revelia.
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Os requisitos mencionados evidenciam o cuidado devido com esse tipo de citação, pois se 
trata de uma citação ficta ou presumida. Sendo assim, em um sistema de garantias, como o 
brasileiro, a dinâmica da citação por edital se dá da forma mencionada.
Art. 257. São requisitos da citação por edital:
I – a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autori-
zadoras;
II – a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na 
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;
III – a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da 
data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
IV – a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal lo-
cal de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção 
ou da subseção judiciárias.
Amigo(a), a má-fé é frontalmente combatida na nova processualística. Assim sendo, se a 
parte alegar, dolosamente, a existência de causas autorizadoras da citação por edital, incorrerá 
em multa de 5 (cinco) salários mínimos em favor do citando.
Além dos tipos de citação mencionados, existe a possibilidade de citar por meio eletrônico.
Intimação
A intimação dá ciência acerca dos atos e termos do processo, e funciona como meio que 
visa a cognição sobre a marcha processual. Com base no artigo 269 do Novo Código, pode-se 
dizer que a intimação é uma comunicação que cientifica os envolvidos (autor, réu, exequente e 
executado, apelante, apelado e terceiros juridicamente interessados) acerca dos atos proces-
suais, assim como pode ser direcionada aos auxiliares da justiça e testemunhas.
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
Com relação às intimações, é possível que o advogado da parte proceda a intimação do 
patrono do polo oposto na demanda, por meio dos correios com a posterior juntada do aviso 
de recebimento aos autos.
No que se refere às intimações destinadas aos Entes Políticos, quais sejam: União, Esta-
dos, Distrito Federal e Municípios; além das autarquias e fundações públicas a eles vinculadas, 
a  intimação será pessoal (feita por carga, remessa ou meio eletrônico), perante o órgão da 
Advocacia responsável pela representação judicial.
§ 1º É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do cor-
reio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.

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