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Engenharia da Sustentabilidade: Objetivos e Áreas de Conhecimento

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1
Curso: Engenharia de Produção
Disciplina: Introdução à 
Engenharia de Produção
Aula 11_parte I – Áreas de Conhecimento da Engenharia de Produção: 
Engenharia da Sustentabilidade 
Autor: Eliane da Silva Christo
1
Meta
• Apresentar duas áreas de conhecimento da Engenharia de Produção 
com seus objetivos, mercado de trabalho e suas respectivas subáreas: 
Engenharia da Sustentabilidade.
2
2
Objetivos
• Após esta aula você será capaz de:
• Saber o que abrange a área de conhecimento da Engenharia de 
Produção - Engenharia da Sustentabilidade;
• Reconhecer o que o Engenheiro de Produção faz no mercado de 
trabalho quando atua nesta área.
3
Engenharia da Sustentabilidade
• Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos 
sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e 
efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão 
ambiental e responsabilidade social.
• Tendo em vista que os recursos naturais finitos estão se esgotando, tem-se 
a necessidade de um novo modelo de produção que produza mais e polua 
menos, com isso, a Engenharia de Produção, tem dentre suas áreas, a 
Engenharia da Sustentabilidade, que visa uma produção sustentável, nos 
contextos, ambientais, social, ecológico, econômico e politico.
4
3
Engenharia da Sustentabilidade
• Sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o 
ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o 
Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é "suprir as 
necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das 
gerações futuras de suprir as suas".
• A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a 
vizinhança local até o planeta inteiro. Assim, pensando nas gerações 
futuras devemos nos conscientizar da real necessidade de fazermos a 
nossa parte na luta para a preservação de nosso Planeta.
5
Engenharia da Sustentabilidade
• Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em 
vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser:
• Ecologicamente correto; 
• Economicamente viável; 
• Socialmente justo; 
• Culturalmente aceito.
6
4
Engenharia da Sustentabilidade - Histórico
• Desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento – EcoRio 92, um novo conceito surgiu e 
está em evolução: a Educação para o Desenvolvimento Sustentável –
ESD. 
• Ela somente será factível se não for restrita e ainda for conduzida de 
forma inter-transdisciplinar em todos os programas e instituições de 
ensino.
7
Engenharia da Sustentabilidade - Histórico
• Esta nova perspectiva da educação deverá promover o entendimento 
do significado da sustentabilidade, como uma forma de intervenção 
no mundo, conforme acentuado por Freire (1996). 
• Neste contexto, a universidade se torna essencial se nós quisermos 
alcançar um futuro sustentável (CORTESE, 2003), desempenhando a 
função de agente de mudança (STEPHEN et al, 2008), essencial na 
formação e preparação dos futuros profissionais e consequentemente 
na organização que estes se inserirem.
8
5
Engenharia da Sustentabilidade - Histórico
• No ano de 1990, lideranças universitárias se reuniram na França e 
criaram uma iniciativa específica na educação, que ficou conhecida 
como Declaração de Talloires, onde foi definido o desenvolvimento 
sustentável e ficou estabelecido que este fosse promovido na 
educação de nível superior. 
• Mais tarde na Espanha, no ano de 2006, uma outra reunião deu 
origem a Declaração de Barcelona, onde se sugeriu um novo perfil 
para os engenheiros que a sociedade precisa. 
• Ainda solicitou que o ensino superior considere uma formação 
holística para os engenheiros, incluindo os aspectos sociais e éticos.
9
Engenharia da Sustentabilidade 
• Proposta de 
diretrizes a 
serem 
incorporadas 
no ensino de 
sustentabilida
de nos cursos 
de engenharia. 
10Fonte: Quelhas et al, 2011
6
Engenharia da Sustentabilidade
• Temas:
a) Gestão Ambiental
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência
f) Responsabilidade Social
g) Desenvolvimento Sustentável
11
a) Gestão Ambiental
• A Gestão Ambiental consiste na administração do uso dos recursos 
ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, 
investimentos e potenciais institucionais e jurídicos, com a finalidade 
de manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento 
social.
• A Gestão Ambiental é o principal meio para se obter um 
desenvolvimento industrial sustentável. O processo de Gestão 
Ambiental nas empresas está intimamente ligado às normas que são 
elaboradas pelas instituições públicas sobre o meio ambiente.
12
7
a) Gestão Ambiental
• O objetivo da gestão é conseguir que os efeitos ambientais não 
ultrapassem a capacidade de carga do meio onde se encontra a 
organização, ou seja, obter-se um desenvolvimento sustentável.
• O ponto principal da Gestão Ambiental está na melhoria da qualidade 
ambiental de serviços, produtos e ambientes de trabalho de qualquer 
organização pública ou privada.
13
a) Gestão Ambiental
• Ao estabelecer uma estrutura de Gestão Ambiental, a organização como um todo 
é envolvida, através da definição das funções, responsabilidades e autoridades, o 
que causa por consequência o aumento da motivação nos colaboradores. 
• A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento 
empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela 
diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais 
escassos e mais dispendiosos, como água e energia - e de custos indiretos -
representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio 
ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que 
tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa. 
• Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em 
empresas tem sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade 
pós-consumo.
14
8
a) Gestão Ambiental
A gestão ambiental visa ordenar as 
atividades humanas para que estas não 
agridam o meio ambiente. 
Na foto, observa-se a melhoria das práticas 
agrícolas, tais como este espaço no noroeste 
do estado de Iowa, Estados Unidos, que, 
além da atividade econômica, serve para 
preservar o solo e melhorar a qualidade da 
água.
15
Fonte: 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c4/
TerracesBuffers.JPG/375px-TerracesBuffers.JPG
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver e 
prevenir os problemas de caráter ambiental, com o objetivo de 
desenvolvimento sustentável.
• Podemos definir Sistema de gestão Ambienta (SGA), segundo a NBR ISO 
14001, como a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura 
organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os 
processos e recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter as políticas 
ambientais da empresa.
• A norma ISO 14001 foi formalmente emitida em Outubro de 1996. 
• No Brasil, a ABNT emitiu a norma NBR ISO 14001, que é tradução 
equivalente da ISO 14001:1996, a qual possui quatro seções: objetivo e 
campo de aplicação, referências normativas, definições e requisitos do 
sistema de gestão ambiental. 
16
9
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• Esta seção destina-se a todo tipo de organização que tenha interesse 
em: 
• Implementar, 
• Manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; 
• Assegurar-se de sua conformidade com sua política ambiental definida;
• Demonstrar tal conformidade a terceiros; 
• Buscar certificação e registro do seu sistema de gestão ambiental por uma 
organização externa; 
• Realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade com 
essa Norma. 
17
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• Esta norma especifica os requisitosrelativos a um sistema de gestão 
ambiental, permitindo a uma organização formular uma política e 
objetivos que levem em conta os requisitos legais e as informações 
referentes aos impactos ambientais significativos. 
• Ela se aplica aos aspectos ambientais que possam ser controlados 
pela organização e sobre os quais presume-se que ela tenha 
influência. 
• Em si, ela não prescreve critérios específicos de desempenho 
ambiental. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1996, p. 3) 
18
10
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• O processo de implementação do Sistema de Gestão Ambiental conta 
de 4 (quatro) fases:
• Definir e comunicar o projeto (gera-se um documento de trabalho que irá 
detalhar as bases do projeto para implementação do SGA );
• Planejar o SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o 
sistema);
• Instalar o SGA (realiza-se a implementação efetiva do SGA);
• Auditoria e Certificação.
19
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• Em 1996 a International Organization for Standardization (ISO) 
oficializou as primeiras normas da serie ISO 14000, procurando 
estabelecer diretrizes para a implementação de SGA nas diversas 
atividades econômicas que possam afetar o meio ambiente. 
• A norma ISO 14001 tem objetivo prover as organizações os elementos 
de um SGA eficaz, passível de integração com os demais objetivos da 
organização.
• Sua concepção foi idealizada de forma a aplicar-se a todos os tipos e 
partes de organizações. (DONAIRE, 1999).
20
11
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• A série ISO 14000 é um conjunto de 28 normas relacionadas a 
Sistemas de Gestão Ambiental, elas abrangem seis áreas bem 
definidas: Sistema de Gestão Ambiental; Auditorias Ambientais; 
Avaliação de Desempenho Ambiental; Rotulagem Ambiental; 
Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos e Análise do Ciclo de 
Vida dos Produtos. 
• A ISO 14000 é uma série de normas elaboradas pela International
Organization for Standardization, com sede em Genebra, na Suíça, 
que reúne mais de 100 países com a finalidade de criar normas 
internacionais. Cada país possui um órgão responsável por elaborar 
suas normas. No Brasil temos a ABNT [...] (LEITE, 2008).
21
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• Os conjuntos de normas da série são:
• ISO 14001 – Sistema de gestão ambiental, apresenta as 
especificações.
• ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para 
princípios, sistemas e técnicas de suporte.
• ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais.
• ISO 14011– Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento de 
auditoria.
• ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para 
qualificação de auditores.
22
12
b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação
• Atividade: Leiam o artigo: “CERTIFICAÇÃO ISO 14000: ANÁLISE DO 
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA FORD MOTOR COMPANY”
• http://www.redalyc.org/pdf/973/97317116005.pdf
• O objetivo deste trabalho é descrever o processo de implantação do Sistema de 
Gestão Ambiental – SGA de acordo com as exigências da norma ISO 14001, 
identificar os resultados e as mudanças ocorridas após a implantação e apontar os 
aspectos relevantes sobre a questão da preservação do meio ambiente; para 
desenvolver esta pesquisa, recorremos ao Sistema de Gestão Ambiental adotado 
pela Ford Motor Company, na planta de São Bernardo do Campo. A Ford é uma 
empresa americana do ramo automobilístico e foi uma das primeiras empresas do 
setor a obter o certificado ISO 14001. A fundamentação teórica está baseada na 
estrutura da ISO 14001 e na abordagem do Sistema de Gestão Ambiental – SGA. O 
Estudo de Caso apresenta a descrição, os dados e a análise do SGA da Ford em São 
Bernardo do Campo. Os resultados apontam para a melhoria do desempenho 
ambiental após a implantação de um SGA.
23
c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
• O engenheiro dessa área estuda o melhor aproveitamento dos 
recursos naturais para a produção de energia sustentável. 
• Deve-se analisar a viabilidade econômica da implantação de um 
projeto sustentável, o que engloba pesquisas sobre matéria-prima, 
processo produtivo e destino dos resíduos. 
• Além disso, esse profissional estuda o impacto social do projeto 
energético.
24
13
c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
• A implantação dessa gestão requer um estudo de oferta e demanda 
por parte do engenheiro de produção. Ele deve analisar quais os 
locais em que há disponibilidade considerável de matéria prima e 
qual a demanda energética das indústrias, dos locais.
• Outro fator analisado por esse profissional é o envolvimento social 
com a implantação energética.
25
c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
• Principais tipos de energia:
• Fontes Renováveis - As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, 
são aquelas que possuem a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não 
significa que todas elas sejam inesgotáveis.
• Algumas delas, como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras, como a 
água, podem acabar, a depender da forma como o ser humano faz o seu uso. Vale 
lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da 
emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala.
• Energia Hidrelétrica
• Energia Eólica
• Energia Solar – Térmica e Fotovoltaica
• Biomassa
• Energia das Marés
26
14
c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos
• Principais tipos de energia:
• Fontes Não-Renováveis - As fontes não renováveis de energia são aquelas que 
poderão esgotar-se em um futuro relativamente próximo. Alguns recursos 
energéticos, como o petróleo, possuem o seu esgotamento estimado para 
algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico que esses 
elementos possuem.
• Combustíveis fósseis – petróleo, carvão mineral e gás natural
• Energia nuclear (atômica)
• Termoelétrica
27
d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
• Os resíduos industriais provem dos processos industriais enquanto 
que os efluentes são o esgoto líquido, sólido ou gasoso das mesmas.
• Os efluentes industriais são líquidos descartados de uma indústria 
proveniente de emanações de processo industrial, água de 
refrigeração poluída, água pluvial poluída e esgoto doméstico. 
• É inevitável relacionar o descarte de resíduos industriais a uma boa 
parcela dos danos sofridos pelo meio ambiente ao longo do tempo.
28
15
d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
29
Fonte: 
http://www.dinamicambiental.co
m.br/blog/wp-
content/uploads/2013/09/1-
entenda-importancia-tratamento-
efluentes-industriais.jpg
d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
• Os diversos ramos industriais geram efluentes com diferentes volumes e 
composições físicas, químicas e biológicas. 
• Essas características variam de acordo com as atividades praticadas por 
cada indústria e com os materiais e substâncias utilizados ou gerados em 
seus processos de produção.
• O resultado desta diversidade industrial é a grande quantidade de 
efluentes lançados na natureza, com diferentes níveis de periculosidade e 
poder de poluição. 
• Aliado aos efluentes domésticos, a maior parte desses resíduos líquidos 
não recebe nenhum tipo de tratamento antes de serem descartados no 
meio ambiente. Segundo uma pesquisa do IBGE de 2012, esse número 
pode chegar a 15 bilhões de litros por dia.
30
16
d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais
• Realizar o controle dos efluentes industriais não é uma tarefa simples 
e, considerando todas as suas variações, é necessário que eles sejam 
caracterizados, quantificados e tratados de maneira adequada, 
visando remover o máximo da sua carga poluidora antes de serem 
lançados em seu destino final.
• A legislação brasileira define que as indústrias são responsáveis pelo 
tratamento da água e de seus efluentes. Também são caracterizados 
por lei os padrões de qualidade dos corpos de água que receberão 
cada tipo de efluente tratado.
31
e) Produçãomais Limpa e Ecoeficiência
• Produção limpa ou produção mais limpa é uma abordagem para a produção 
ecoeficiente que estabelece uma metodologia chamada "do berço à cova", ou 
seja, os fabricantes devem se preocupar desde o projeto, seleção de matérias 
primas, processo de produção, consumo, reutilização, reparo, reciclagem (3R) até 
a disposição final dos produtos. Para tanto, a logística reversa deve ser utilizada.
• As principais características de um bem produzido segundo os critérios da 
Produção Limpa são:
• Utilização de materiais não tóxicos e reutilizáveis;
• Processos limpos e com baixo consumo de energia;
• Mínima utilização de embalagens;
• Fácil de montar, desmontar, consertar e reciclar;
• Destinação final ambientalmente adequada gerida pelo fabricante;
• A pouca diferença da produçao + limpa;
32
17
e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência
• O traço específico da eco eficiência em relação à produção mais limpa é buscar ir 
mais além do aproveitamento sustentável dos recursos e da redução da 
contaminação, destacando a criação de valor agregado tanto para os negócios, 
como para a sociedade em geral, mantendo os padrões de competitividade.
• A eco eficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e 
serviços sustentáveis a preços competitivos que satisfaçam as necessidades 
humanas, e assim, promove a redução dos impactos ambientais e de consumo de 
recursos naturais.
33
e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência
• No ano de 1992, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, 
em seu informe denominado “Mudando o Curso”, afirmavam que seriam 
chamadas empresas eco eficientes, aquelas empresas que alcancem de forma 
continuam maiores níveis de eficiência, evitando a contaminação mediante a 
substituição de materiais, tecnologias e produtos mais limpos e a busca do uso 
mais eficiente e a recuperação dos recursos de uma boa gestão. 
34
18
e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência
• A ecoeficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e serviços 
sustentáveis a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a 
redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais.
• No âmbito da poluição ambiental, um [sistema] ecoeficiente é aquele que consegue produzir mais e 
melhor, com menores recursos e menores resíduos. Para tal, pressupõem-se oito elementos 
fundamentais para a ecoeficiência:
• Minimizar a intensidade de materiais dos bens e serviços
• Minimizar a intensidade energética de bens e serviços
• Minimizar a dispersão de tóxicos
• Fomentar a reciclabilidade dos materiais
• Maximizar a utilização sustentável de recursos renováveis
• Estender a durabilidade dos produtos
• Aumentar a intensidade de serviço dos bens e serviços
• Promover a educação dos consumidores para um uso mais racional dos recursos naturais e energéticos
35
e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência
• Exemplos de medidas de ecoeficiência
• Substituir equipamentos convencionais por produtos com fechamento automático ajuda 
a amenizar o problema de escassez da água
• Optar por formas alternativas de geração de energia.
• Implantar sistema de iluminação automático, reduzindo, gastos supérfluos de luz.
• Substituir lâmpadas convencionais por lâmpadas de baixo consumo.
• Separar os resíduos.
• Resíduos sólidos devem ser reduzidos, reciclados e reutilizados.
• Fazer a compostagem de resíduos orgânico.
• Desenvolver ações sociais, envolvendo a comunidade local e, se possível, expandir os 
programas à toda a sociedade.
• Políticas de reflorestamento.
36
19
f) Responsabilidade Social
• A responsabilidade social corporativa se apresenta como um tema cada vez mais 
importante no comportamento das organizações, exercendo impactos nos 
objetivos, missão, valores, cultura, estratégias e no próprio significado atual das 
empresas.
• Responsabilidade Social não é simplesmente uma filantropia de doações a favor 
de pessoas ou instituições que trabalhem com causas sociais. 
• A responsabilidade social é o compromisso da empresa com o desenvolvimento, 
o bem estar e a melhoria da qualidade de vida dos seus empregados, suas 
famílias e a comunidade.
37
f) Responsabilidade Social
• Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na 
conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa 
apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a 
sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade socioambiental, 
neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo 
as leis que lhe são impostas.
• O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte impulso 
e organização no início da década de 1990, em decorrência dos resultados da 
Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria sobre gerenciamento 
ambiental, ocorridas em 1984 e 1991.
38
20
f) Responsabilidade Social
• Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento 
Sustentável (World Business Council for Sustainable Development - WBCSD), 
primeiro organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à 
sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como "o 
compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e 
contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a 
qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e 
da sociedade como um todo". 
• Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado por empresas 
públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão 
social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação 
ambiental (Responsabilidade Ambiental).
39
f) Responsabilidade Social
• Nos anos subsequentes às conferências surgiram movimentos cobrando por 
mudanças socias, científicas e tecnológicas. Muitas empresas iniciaram uma nova 
postura em relação ao meio ambiente refletidas em importantes decisões 
e estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto (2001) tal postura 
fundamentou-se nos seguintes parâmetros:
• Bom relacionamento com a comunidade;
• Bom relacionamento com os organismos ambientais;
• Estabelecimento de uma política ambiental;
• Eficiente sistema de gestão ambiental;
• Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas;
• Uso de tecnologia limpa;
40
21
f) Responsabilidade Social
• Elevados investimentos em proteção ambiental;
• Definição de um compromisso ambiental;
• Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta para 
o desenvolvimento sustentável;
• A questão ambiental como valor do negócio;
• Atuação ambiental com base na agenda 21 local;
• Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios circunvizinhos.
41
g) Desenvolvimento Sustentável
42
22
g) Desenvolvimento Sustentável
43
Esquema representativo das várias componentes do 
desenvolvimento sustentável
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg/375px-
Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg.png
g) Desenvolvimento Sustentável
• Desenvolvimento Sustentável no Brasil
• No Brasil, assim como nos outros países emergentes, a questão do 
desenvolvimento sustentável tem caminhado de forma lenta. Embora 
haja um despertar da consciência ambiental no país, muitas empresas 
ainda buscam somente o lucro, deixando de lado as questões 
ambientais e sociais. 
• Ainda é grande no Brasil o desmatamento de florestas e uso de 
combustíveis fósseis. Embora a reciclagem do lixo tenha aumentado 
nos últimos anos, ainda é muito comum a existência de lixões ao ar 
livre. A poluição do ar, de rios e solo ainda são problemas ambientais 
comuns em nosso país.
44
23
g) Desenvolvimento Sustentável
• IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável)
• Desenvolvido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 
em 2002, tem como objetivo estabelecer comparações entre regiões 
doBrasil e com outros países, no tocante ao desenvolvimento 
sustentável. São utilizados dados econômicos, sociais, institucionais e 
ambientais. 
• O último IDS, apresentado pelo IBGE em 2012, mostrou avanços nos 
últimos anos no tocante ao desenvolvimento sustentável no país. 
Porém, ainda estamos muito atrás com relação ao que tem sido feito 
nos países mais desenvolvidos.
45
Atividades
• Entenda o conceito de sustentabilidade e suas principais implicações 
no dia-a-dia, nos negócios e no mundo. Por meio de situações 
cotidianas vividas pelo Roberto, você vai descobrir um novo jeito de 
ver e de agir. Um jeito que é bom para as pessoas, para o planeta e 
para os negócios.
• https://www.youtube.com/watch?v=GZ8js2FX0mU
• O vídeo desenvolvimento sustentável vem apresentar o empenho do 
Brasil na atuação do Desenvolvimento Sustentável
• https://www.youtube.com/watch?v=WYQauL2ZIJk
46
24
Referências Bibliográficas
• ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção). Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Porto Alegre, 1998.
• ______. Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Rio de Janeiro, 2001.
• ______. Referências curriculares da Engenharia de Produção. Santa Bárbara D’Oeste, 2003.
• ______. Áreas da Engenharia de Produção. Rio de Janeiro, 2008.
• BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. 
• BATALHA, M. O. Introdução à Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: Campus, 2008. 
• BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. 
Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011.
• Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). Trajetória e estado da arte da formação em engenharia, arquitetura e agronomia, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira, 2010. Disponível em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/713. Acesso em: 20 de Outubro 2014.
• DEGARMO, E. Paul; SULLIVAN, William G.; BONTADELLI, James A. Engineering Economy, 9.ª ed. Nova Iorque, Macmillan, 1993. ISBN 978-0-02-328271-3.
• GRANT, Eugene L.; IRESON, W. Grant; LEAVENWORTH, Richard S. Principles of Engineering Economy, 8.ª ed. Nova Iorque, John Wiley & Sons, 1990. ISBN 978-0-471-63526-0.
• PORTAL DA EDUCAÇÃO Distribuição Física - Logística Empresarial. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/. Acesso em: 01 de Fevereiro 2015.
• MÁSCULO, F. S. Um Panorama Da Engenharia De Produção. Disponível em: http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=924 . Acesso em: 15 de Outubro 2014. 
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