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1 Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Introdução à Engenharia de Produção Aula 11_parte I – Áreas de Conhecimento da Engenharia de Produção: Engenharia da Sustentabilidade Autor: Eliane da Silva Christo 1 Meta • Apresentar duas áreas de conhecimento da Engenharia de Produção com seus objetivos, mercado de trabalho e suas respectivas subáreas: Engenharia da Sustentabilidade. 2 2 Objetivos • Após esta aula você será capaz de: • Saber o que abrange a área de conhecimento da Engenharia de Produção - Engenharia da Sustentabilidade; • Reconhecer o que o Engenheiro de Produção faz no mercado de trabalho quando atua nesta área. 3 Engenharia da Sustentabilidade • Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social. • Tendo em vista que os recursos naturais finitos estão se esgotando, tem-se a necessidade de um novo modelo de produção que produza mais e polua menos, com isso, a Engenharia de Produção, tem dentre suas áreas, a Engenharia da Sustentabilidade, que visa uma produção sustentável, nos contextos, ambientais, social, ecológico, econômico e politico. 4 3 Engenharia da Sustentabilidade • Sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas". • A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. Assim, pensando nas gerações futuras devemos nos conscientizar da real necessidade de fazermos a nossa parte na luta para a preservação de nosso Planeta. 5 Engenharia da Sustentabilidade • Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser: • Ecologicamente correto; • Economicamente viável; • Socialmente justo; • Culturalmente aceito. 6 4 Engenharia da Sustentabilidade - Histórico • Desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – EcoRio 92, um novo conceito surgiu e está em evolução: a Educação para o Desenvolvimento Sustentável – ESD. • Ela somente será factível se não for restrita e ainda for conduzida de forma inter-transdisciplinar em todos os programas e instituições de ensino. 7 Engenharia da Sustentabilidade - Histórico • Esta nova perspectiva da educação deverá promover o entendimento do significado da sustentabilidade, como uma forma de intervenção no mundo, conforme acentuado por Freire (1996). • Neste contexto, a universidade se torna essencial se nós quisermos alcançar um futuro sustentável (CORTESE, 2003), desempenhando a função de agente de mudança (STEPHEN et al, 2008), essencial na formação e preparação dos futuros profissionais e consequentemente na organização que estes se inserirem. 8 5 Engenharia da Sustentabilidade - Histórico • No ano de 1990, lideranças universitárias se reuniram na França e criaram uma iniciativa específica na educação, que ficou conhecida como Declaração de Talloires, onde foi definido o desenvolvimento sustentável e ficou estabelecido que este fosse promovido na educação de nível superior. • Mais tarde na Espanha, no ano de 2006, uma outra reunião deu origem a Declaração de Barcelona, onde se sugeriu um novo perfil para os engenheiros que a sociedade precisa. • Ainda solicitou que o ensino superior considere uma formação holística para os engenheiros, incluindo os aspectos sociais e éticos. 9 Engenharia da Sustentabilidade • Proposta de diretrizes a serem incorporadas no ensino de sustentabilida de nos cursos de engenharia. 10Fonte: Quelhas et al, 2011 6 Engenharia da Sustentabilidade • Temas: a) Gestão Ambiental b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência f) Responsabilidade Social g) Desenvolvimento Sustentável 11 a) Gestão Ambiental • A Gestão Ambiental consiste na administração do uso dos recursos ambientais, por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e potenciais institucionais e jurídicos, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento social. • A Gestão Ambiental é o principal meio para se obter um desenvolvimento industrial sustentável. O processo de Gestão Ambiental nas empresas está intimamente ligado às normas que são elaboradas pelas instituições públicas sobre o meio ambiente. 12 7 a) Gestão Ambiental • O objetivo da gestão é conseguir que os efeitos ambientais não ultrapassem a capacidade de carga do meio onde se encontra a organização, ou seja, obter-se um desenvolvimento sustentável. • O ponto principal da Gestão Ambiental está na melhoria da qualidade ambiental de serviços, produtos e ambientes de trabalho de qualquer organização pública ou privada. 13 a) Gestão Ambiental • Ao estabelecer uma estrutura de Gestão Ambiental, a organização como um todo é envolvida, através da definição das funções, responsabilidades e autoridades, o que causa por consequência o aumento da motivação nos colaboradores. • A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos - pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia - e de custos indiretos - representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa. • Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas tem sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade pós-consumo. 14 8 a) Gestão Ambiental A gestão ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas não agridam o meio ambiente. Na foto, observa-se a melhoria das práticas agrícolas, tais como este espaço no noroeste do estado de Iowa, Estados Unidos, que, além da atividade econômica, serve para preservar o solo e melhorar a qualidade da água. 15 Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c4/ TerracesBuffers.JPG/375px-TerracesBuffers.JPG b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • O Sistema de Gestão Ambiental é um processo voltado a resolver e prevenir os problemas de caráter ambiental, com o objetivo de desenvolvimento sustentável. • Podemos definir Sistema de gestão Ambienta (SGA), segundo a NBR ISO 14001, como a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter as políticas ambientais da empresa. • A norma ISO 14001 foi formalmente emitida em Outubro de 1996. • No Brasil, a ABNT emitiu a norma NBR ISO 14001, que é tradução equivalente da ISO 14001:1996, a qual possui quatro seções: objetivo e campo de aplicação, referências normativas, definições e requisitos do sistema de gestão ambiental. 16 9 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • Esta seção destina-se a todo tipo de organização que tenha interesse em: • Implementar, • Manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; • Assegurar-se de sua conformidade com sua política ambiental definida; • Demonstrar tal conformidade a terceiros; • Buscar certificação e registro do seu sistema de gestão ambiental por uma organização externa; • Realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade com essa Norma. 17 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • Esta norma especifica os requisitosrelativos a um sistema de gestão ambiental, permitindo a uma organização formular uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos. • Ela se aplica aos aspectos ambientais que possam ser controlados pela organização e sobre os quais presume-se que ela tenha influência. • Em si, ela não prescreve critérios específicos de desempenho ambiental. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1996, p. 3) 18 10 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • O processo de implementação do Sistema de Gestão Ambiental conta de 4 (quatro) fases: • Definir e comunicar o projeto (gera-se um documento de trabalho que irá detalhar as bases do projeto para implementação do SGA ); • Planejar o SGA (realiza-se a revisão ambiental inicial, planejando-se o sistema); • Instalar o SGA (realiza-se a implementação efetiva do SGA); • Auditoria e Certificação. 19 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • Em 1996 a International Organization for Standardization (ISO) oficializou as primeiras normas da serie ISO 14000, procurando estabelecer diretrizes para a implementação de SGA nas diversas atividades econômicas que possam afetar o meio ambiente. • A norma ISO 14001 tem objetivo prover as organizações os elementos de um SGA eficaz, passível de integração com os demais objetivos da organização. • Sua concepção foi idealizada de forma a aplicar-se a todos os tipos e partes de organizações. (DONAIRE, 1999). 20 11 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • A série ISO 14000 é um conjunto de 28 normas relacionadas a Sistemas de Gestão Ambiental, elas abrangem seis áreas bem definidas: Sistema de Gestão Ambiental; Auditorias Ambientais; Avaliação de Desempenho Ambiental; Rotulagem Ambiental; Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos e Análise do Ciclo de Vida dos Produtos. • A ISO 14000 é uma série de normas elaboradas pela International Organization for Standardization, com sede em Genebra, na Suíça, que reúne mais de 100 países com a finalidade de criar normas internacionais. Cada país possui um órgão responsável por elaborar suas normas. No Brasil temos a ABNT [...] (LEITE, 2008). 21 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • Os conjuntos de normas da série são: • ISO 14001 – Sistema de gestão ambiental, apresenta as especificações. • ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para princípios, sistemas e técnicas de suporte. • ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais. • ISO 14011– Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento de auditoria. • ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para qualificação de auditores. 22 12 b) Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação • Atividade: Leiam o artigo: “CERTIFICAÇÃO ISO 14000: ANÁLISE DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA FORD MOTOR COMPANY” • http://www.redalyc.org/pdf/973/97317116005.pdf • O objetivo deste trabalho é descrever o processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental – SGA de acordo com as exigências da norma ISO 14001, identificar os resultados e as mudanças ocorridas após a implantação e apontar os aspectos relevantes sobre a questão da preservação do meio ambiente; para desenvolver esta pesquisa, recorremos ao Sistema de Gestão Ambiental adotado pela Ford Motor Company, na planta de São Bernardo do Campo. A Ford é uma empresa americana do ramo automobilístico e foi uma das primeiras empresas do setor a obter o certificado ISO 14001. A fundamentação teórica está baseada na estrutura da ISO 14001 e na abordagem do Sistema de Gestão Ambiental – SGA. O Estudo de Caso apresenta a descrição, os dados e a análise do SGA da Ford em São Bernardo do Campo. Os resultados apontam para a melhoria do desempenho ambiental após a implantação de um SGA. 23 c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos • O engenheiro dessa área estuda o melhor aproveitamento dos recursos naturais para a produção de energia sustentável. • Deve-se analisar a viabilidade econômica da implantação de um projeto sustentável, o que engloba pesquisas sobre matéria-prima, processo produtivo e destino dos resíduos. • Além disso, esse profissional estuda o impacto social do projeto energético. 24 13 c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos • A implantação dessa gestão requer um estudo de oferta e demanda por parte do engenheiro de produção. Ele deve analisar quais os locais em que há disponibilidade considerável de matéria prima e qual a demanda energética das indústrias, dos locais. • Outro fator analisado por esse profissional é o envolvimento social com a implantação energética. 25 c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos • Principais tipos de energia: • Fontes Renováveis - As fontes renováveis de energia, como o próprio nome indica, são aquelas que possuem a capacidade de serem repostas naturalmente, o que não significa que todas elas sejam inesgotáveis. • Algumas delas, como o vento e a luz solar, são permanentes, mas outras, como a água, podem acabar, a depender da forma como o ser humano faz o seu uso. Vale lembrar que nem toda fonte renovável de energia é limpa, ou seja, está livre da emissão de poluentes ou de impactos ambientais em larga escala. • Energia Hidrelétrica • Energia Eólica • Energia Solar – Térmica e Fotovoltaica • Biomassa • Energia das Marés 26 14 c) Gestão de Recursos Naturais e Energéticos • Principais tipos de energia: • Fontes Não-Renováveis - As fontes não renováveis de energia são aquelas que poderão esgotar-se em um futuro relativamente próximo. Alguns recursos energéticos, como o petróleo, possuem o seu esgotamento estimado para algumas poucas décadas, o que eleva o caráter estratégico que esses elementos possuem. • Combustíveis fósseis – petróleo, carvão mineral e gás natural • Energia nuclear (atômica) • Termoelétrica 27 d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais • Os resíduos industriais provem dos processos industriais enquanto que os efluentes são o esgoto líquido, sólido ou gasoso das mesmas. • Os efluentes industriais são líquidos descartados de uma indústria proveniente de emanações de processo industrial, água de refrigeração poluída, água pluvial poluída e esgoto doméstico. • É inevitável relacionar o descarte de resíduos industriais a uma boa parcela dos danos sofridos pelo meio ambiente ao longo do tempo. 28 15 d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais 29 Fonte: http://www.dinamicambiental.co m.br/blog/wp- content/uploads/2013/09/1- entenda-importancia-tratamento- efluentes-industriais.jpg d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais • Os diversos ramos industriais geram efluentes com diferentes volumes e composições físicas, químicas e biológicas. • Essas características variam de acordo com as atividades praticadas por cada indústria e com os materiais e substâncias utilizados ou gerados em seus processos de produção. • O resultado desta diversidade industrial é a grande quantidade de efluentes lançados na natureza, com diferentes níveis de periculosidade e poder de poluição. • Aliado aos efluentes domésticos, a maior parte desses resíduos líquidos não recebe nenhum tipo de tratamento antes de serem descartados no meio ambiente. Segundo uma pesquisa do IBGE de 2012, esse número pode chegar a 15 bilhões de litros por dia. 30 16 d) Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais • Realizar o controle dos efluentes industriais não é uma tarefa simples e, considerando todas as suas variações, é necessário que eles sejam caracterizados, quantificados e tratados de maneira adequada, visando remover o máximo da sua carga poluidora antes de serem lançados em seu destino final. • A legislação brasileira define que as indústrias são responsáveis pelo tratamento da água e de seus efluentes. Também são caracterizados por lei os padrões de qualidade dos corpos de água que receberão cada tipo de efluente tratado. 31 e) Produçãomais Limpa e Ecoeficiência • Produção limpa ou produção mais limpa é uma abordagem para a produção ecoeficiente que estabelece uma metodologia chamada "do berço à cova", ou seja, os fabricantes devem se preocupar desde o projeto, seleção de matérias primas, processo de produção, consumo, reutilização, reparo, reciclagem (3R) até a disposição final dos produtos. Para tanto, a logística reversa deve ser utilizada. • As principais características de um bem produzido segundo os critérios da Produção Limpa são: • Utilização de materiais não tóxicos e reutilizáveis; • Processos limpos e com baixo consumo de energia; • Mínima utilização de embalagens; • Fácil de montar, desmontar, consertar e reciclar; • Destinação final ambientalmente adequada gerida pelo fabricante; • A pouca diferença da produçao + limpa; 32 17 e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência • O traço específico da eco eficiência em relação à produção mais limpa é buscar ir mais além do aproveitamento sustentável dos recursos e da redução da contaminação, destacando a criação de valor agregado tanto para os negócios, como para a sociedade em geral, mantendo os padrões de competitividade. • A eco eficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais. 33 e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência • No ano de 1992, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, em seu informe denominado “Mudando o Curso”, afirmavam que seriam chamadas empresas eco eficientes, aquelas empresas que alcancem de forma continuam maiores níveis de eficiência, evitando a contaminação mediante a substituição de materiais, tecnologias e produtos mais limpos e a busca do uso mais eficiente e a recuperação dos recursos de uma boa gestão. 34 18 e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência • A ecoeficiência pode ser obtida através da união entre, o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas, e assim, promove a redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais. • No âmbito da poluição ambiental, um [sistema] ecoeficiente é aquele que consegue produzir mais e melhor, com menores recursos e menores resíduos. Para tal, pressupõem-se oito elementos fundamentais para a ecoeficiência: • Minimizar a intensidade de materiais dos bens e serviços • Minimizar a intensidade energética de bens e serviços • Minimizar a dispersão de tóxicos • Fomentar a reciclabilidade dos materiais • Maximizar a utilização sustentável de recursos renováveis • Estender a durabilidade dos produtos • Aumentar a intensidade de serviço dos bens e serviços • Promover a educação dos consumidores para um uso mais racional dos recursos naturais e energéticos 35 e) Produção mais Limpa e Ecoeficiência • Exemplos de medidas de ecoeficiência • Substituir equipamentos convencionais por produtos com fechamento automático ajuda a amenizar o problema de escassez da água • Optar por formas alternativas de geração de energia. • Implantar sistema de iluminação automático, reduzindo, gastos supérfluos de luz. • Substituir lâmpadas convencionais por lâmpadas de baixo consumo. • Separar os resíduos. • Resíduos sólidos devem ser reduzidos, reciclados e reutilizados. • Fazer a compostagem de resíduos orgânico. • Desenvolver ações sociais, envolvendo a comunidade local e, se possível, expandir os programas à toda a sociedade. • Políticas de reflorestamento. 36 19 f) Responsabilidade Social • A responsabilidade social corporativa se apresenta como um tema cada vez mais importante no comportamento das organizações, exercendo impactos nos objetivos, missão, valores, cultura, estratégias e no próprio significado atual das empresas. • Responsabilidade Social não é simplesmente uma filantropia de doações a favor de pessoas ou instituições que trabalhem com causas sociais. • A responsabilidade social é o compromisso da empresa com o desenvolvimento, o bem estar e a melhoria da qualidade de vida dos seus empregados, suas famílias e a comunidade. 37 f) Responsabilidade Social • Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros na conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa jurídica cumprindo as leis que lhe são impostas. • O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte impulso e organização no início da década de 1990, em decorrência dos resultados da Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria sobre gerenciamento ambiental, ocorridas em 1984 e 1991. 38 20 f) Responsabilidade Social • Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development - WBCSD), primeiro organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como "o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo". • Pode ser entendida também como um sistema de gestão adotado por empresas públicas e privadas que tem por objetivo providenciar a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou conservação ambiental (Responsabilidade Ambiental). 39 f) Responsabilidade Social • Nos anos subsequentes às conferências surgiram movimentos cobrando por mudanças socias, científicas e tecnológicas. Muitas empresas iniciaram uma nova postura em relação ao meio ambiente refletidas em importantes decisões e estratégias práticas, segundo o autor Melo Neto (2001) tal postura fundamentou-se nos seguintes parâmetros: • Bom relacionamento com a comunidade; • Bom relacionamento com os organismos ambientais; • Estabelecimento de uma política ambiental; • Eficiente sistema de gestão ambiental; • Garantia de segurança dos empregados e das comunidades vizinhas; • Uso de tecnologia limpa; 40 21 f) Responsabilidade Social • Elevados investimentos em proteção ambiental; • Definição de um compromisso ambiental; • Associação das ações ambientais com os princípios estabelecidos na carta para o desenvolvimento sustentável; • A questão ambiental como valor do negócio; • Atuação ambiental com base na agenda 21 local; • Contribuição para o desenvolvimento sustentável dos municípios circunvizinhos. 41 g) Desenvolvimento Sustentável 42 22 g) Desenvolvimento Sustentável 43 Esquema representativo das várias componentes do desenvolvimento sustentável Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg/375px- Desenvolvimento_sustent%C3%A1vel.svg.png g) Desenvolvimento Sustentável • Desenvolvimento Sustentável no Brasil • No Brasil, assim como nos outros países emergentes, a questão do desenvolvimento sustentável tem caminhado de forma lenta. Embora haja um despertar da consciência ambiental no país, muitas empresas ainda buscam somente o lucro, deixando de lado as questões ambientais e sociais. • Ainda é grande no Brasil o desmatamento de florestas e uso de combustíveis fósseis. Embora a reciclagem do lixo tenha aumentado nos últimos anos, ainda é muito comum a existência de lixões ao ar livre. A poluição do ar, de rios e solo ainda são problemas ambientais comuns em nosso país. 44 23 g) Desenvolvimento Sustentável • IDS (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável) • Desenvolvido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2002, tem como objetivo estabelecer comparações entre regiões doBrasil e com outros países, no tocante ao desenvolvimento sustentável. São utilizados dados econômicos, sociais, institucionais e ambientais. • O último IDS, apresentado pelo IBGE em 2012, mostrou avanços nos últimos anos no tocante ao desenvolvimento sustentável no país. Porém, ainda estamos muito atrás com relação ao que tem sido feito nos países mais desenvolvidos. 45 Atividades • Entenda o conceito de sustentabilidade e suas principais implicações no dia-a-dia, nos negócios e no mundo. Por meio de situações cotidianas vividas pelo Roberto, você vai descobrir um novo jeito de ver e de agir. Um jeito que é bom para as pessoas, para o planeta e para os negócios. • https://www.youtube.com/watch?v=GZ8js2FX0mU • O vídeo desenvolvimento sustentável vem apresentar o empenho do Brasil na atuação do Desenvolvimento Sustentável • https://www.youtube.com/watch?v=WYQauL2ZIJk 46 24 Referências Bibliográficas • ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção). Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Porto Alegre, 1998. • ______. Engenharia de Produção: grande área e diretrizes curriculares. Rio de Janeiro, 2001. • ______. Referências curriculares da Engenharia de Produção. Santa Bárbara D’Oeste, 2003. • ______. 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