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Aleitamento Materno

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11
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação 
profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade 
de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e 
em sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. 
Apesar de todas as evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre 
outras formas de alimentar a criança pequena, e apesar dos esforços de diversos organismos 
nacionais e internacionais, as prevalências de aleitamento materno no Brasil, em especial as de 
amamentação exclusiva, estão bastante aquém das recomendadas, e o profissional de saúde tem 
papel fundamental na reversão desse quadro. Mas para isso ele precisa estar preparado, pois, 
por mais competente que ele seja nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho 
de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se ele não tiver um olhar 
atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a 
rede social de apoio à mulher, entre outros. Esse olhar necessariamente deve reconhecer a mulher 
como protagonista do seu processo de amamentar, valorizando-a, escutando-a e empoderando-a. 
Portanto, cabe ao profissional de saúde identificar e compreender o aleitamento materno no 
contexto sociocultural e familiar e, a partir dessa compreensão, cuidar tanto da dupla mãe/bebê 
como de sua família. É necessário que busque formas de interagir com a população para informá-
la sobre a importância de adotar práticas saudáveis de aleitamento materno. O profissional 
precisa estar preparado para prestar assistência eficaz, solidária, integral e contextualizada, que 
respeite o saber e a história de vida de cada mulher, e que a ajude a superar medos, dificuldades 
e inseguranças (CASTRO; ARAÚJO, 2006). 
Apesar de a maioria dos profissionais de saúde considerar-se favorável ao aleitamento 
materno, muitas mulheres se mostram insatisfeitas com o tipo de apoio recebido. Isso pode ser 
devido às discrepâncias entre percepções do que é apoio na amamentação. As mães que estão 
amamentando querem suporte ativo (inclusive emocional), bem como informações precisas, para 
se sentirem confiantes, mas o suporte oferecido pelos profissionais costuma ser mais passivo e 
reativo. Se o profissional de saúde realmente quer apoiar o aleitamento materno, ele precisa 
entender que tipo de apoio, informação e interação as mães desejam, precisam ou esperam dele.
1Aleitamento Materno
13
2
É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2007). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em:
• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto 
da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, 
com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos 
minerais ou medicamentos.
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, 
água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos 
rituais1.
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, 
qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de 
substituí-lo. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros 
tipos de leite.
1Embora a OMS não reconheça os fluidos rituais (poções, líquidos ou misturas utilizadas em ritos místicos ou religiosos) como exceção possível 
inserida na definição de aleitamento materno exclusivo, o Ministério da Saúde, considerando a possibilidade do uso de fluidos rituais com finali-
dade de cura dentro de um contexto intercultural e valorizando as diversas práticas integrativas e complementares, apoia a inclusão de fluidos ri-
tuais na definição de aleitamento materno exclusivo, desde que utilizados em volumes reduzidos, de forma a não concorrer com o leite materno.
Tipos de Aleitamento 
Materno
15
3Duração da amamentação
Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, 
de dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005).
A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por 
dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os 
alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da 
criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a:
• Maior número de episódios de diarréia;
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao 
leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;
• Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional;
• Menor duração do aleitamento materno.
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. 
Estima-se que dois copos (500 mL) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% 
das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total 
de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas. Uma 
análise de estudos realizados em três continentes concluiu que quando as crianças não eram 
amamentadas no segundo ano de vida elas tinham uma chance quase duas vezes maior de 
morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2000).
17
4
Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno 
sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno.
4.1 Evita mortes infantis
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, 
ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno 
poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas 
preveníveis (JONES, 2003). Segundo estudo de avaliação de risco, no mundo em desenvolvimento 
poderiam ser salvas 1,47 milhões de vidas por ano se a recomendação de aleitamento materno 
exclusivo por seis meses e complementado por dois anos ou mais fosse cumprida. Atribui-se ao 
aleitamento subótimo, conforme classificação da OMS (Tabela 1), 55% das mortes por doença 
diarreica e 53% das causadas por infecção do trato respiratório inferior em crianças dos 0 aos 
6 meses, 20% e 18% dos 7 aos 12 meses, respectivamente, e 20% de todas as causas de morte 
no segundo ano de vida (LAUER, 2006). Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto 
que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. No Brasil, em 
14 municípios da Grande São Paulo, a estimativa média de impacto da amamentação sobre o 
Coeficiente de Mortalidade Infantil foi de 9,3%, com variações entre os municípios de 3,6% a 
13% (ESCUDER; VENÂNCIO; PEREIRA, 2003). 
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, 
a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não 
amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo 
ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). É importante ressaltar que, enquanto a 
proteção contra mortes por diarréia diminui com a idade, a proteção contra mortes por infecções 
Importância do 
aleitamento materno
18
Ministério daSaúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica
respiratórias se mantém constante nos primeiros dois anos de vida. Em Pelotas (RS), as crianças 
menores de 2 meses que não recebiam leite materno tiveram uma chance quase 25 vezes maior 
de morrer por diarreia e 3,3 vezes maior de morrer por doença respiratória, quando comparadas 
com as crianças em aleitamento materno que não recebiam outro tipo de leite. Esses riscos foram 
menores, mas ainda significativos (3,5 e 2 vezes, respectivamente) para as crianças entre 2 e 12 
meses (VICTORIA, 1987).
A amamentação previne mais mortes entre as crianças de menor nível socioeconômico. 
Enquanto para os bebês de mães com maior escolaridade o risco de morrerem no primeiro 
ano de vida era 3,5 vezes maior em crianças não amamentadas, quando comparadas com 
as amamentadas, para as crianças de mães com menor escolaridade, esse risco era 7,6 vezes 
maior (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). Mas mesmo nos países mais desenvolvidos o 
aleitamento materno previne mortes infantis. Nos Estados Unidos, por exemplo, calcula-se que 
o aleitamento materno poderia evitar, a cada ano, 720 mortes de crianças menores de um ano 
(CHEN; ROGAN, 2004). 
Estudos demonstram que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de 
proteção contra mortes neonatais (MULLANY, 2007; EDMOND, 2006; BOCCOLINI, 2013).
Tabela 1 – Interpretação dos indicadores de AM segundo parâmetros da OMS (2008)
Indicadores Classificação da OMS
Aleitamento materno na 1ª hora de vida
Ruim 0-29% 
Razoável 30-49% 
Bom 50-89% 
Muito bom 90-100% 
AME em menores de 6 meses 
Ruim 0-11% 
Razoável 12-49% 
Bom 50-89% 
Muito bom 90-100% 
Duração mediana do AM 
Ruim 0-17 meses 
Razoável 18-20 meses 
Bom 21-22 meses 
Muito bom 23-24 meses 
Fonte: LAUER (2006).
19
Saúde da Criança – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
4.2 Evita diarreia
Há fortes evidências de que o leite materno protege contra diarreia, principalmente em 
crianças mais pobres. É importante destacar que essa proteção pode diminuir quando o 
aleitamento materno deixa de ser exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática 
considerada inofensiva até pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarreia nos primeiros seis 
meses (BROWN, 1989; POPKIN, 1990).
Além de evitar a diarreia, a amamentação também exerce influência na gravidade dessa 
doença. Crianças não amamentadas têm um risco três vezes maior de desidratarem e de morrerem 
por diarreia quando comparadas com as amamentadas (VICTORIA, 1992).
Um estudo utilizando dados da pesquisa nacional sobre prevalência em aleitamento materno 
no Brasil observou correlação entre aumento das prevalências de amamentação exclusiva entre 
1999 e 2008 e diminuição das taxas de internação hospitalar por diarreia no mesmo período 
(BOCCOLINI, 2012). 
4.3 Evita infecção respiratória
A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários 
estudos realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Assim como ocorre com a 
diarreia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Além 
disso, a amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória. Em Pelotas 
(RS), a chance de uma criança não amamentada internar por pneumonia nos primeiros três meses 
foi 61 vezes maior do que em crianças amamentadas exclusivamente (CESAR, 1999). Já o risco de 
hospitalização por bronquiolite foi sete vezes maior em crianças amamentadas por menos de um 
mês (ALBERNAZ; MENEZES; CESAR, 2003).
O aleitamento materno também previne otites. Estima-se redução de 50% de episódios 
de otite média aguda em crianças amamentadas exclusivamente por 3 ou 6 meses quando 
comparadas com crianças alimentadas unicamente com leite de outra espécie (IP et al., 2009).
4.4 Diminui o risco de alergias
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de 
alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo 
asma e sibilos recorrentes (VAN ODIJK, 2003). 
20
Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica
A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar 
o risco de alergia ao leite de vaca. Por isso é importante evitar o uso desnecessário de formulas 
infantis.
4.5 Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios em longo prazo. 
A OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito (HORTA, 2007). Essa revisão 
concluiu que os indivíduos amamentados apresentaram pressões sistólica e diastólica mais baixas 
(-1,2mmHg e -0,5mmHg, respectivamente), níveis menores de colesterol total (-0,18mmol/L) e 
risco 37% menor de apresentar diabetes tipo 2. 
Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a 
mulher que amamenta. Foi descrita uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para 
cada ano de lactação (STUEBE, 2005). Atribui-se essa proteção a uma melhor homeostase da 
glicose em mulheres que amamentam.
A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) é considerada um importante 
determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em 
50%. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três meses 
não recebessem leite de vaca (GERSTEIN, 1994). 
4.6 Reduz a chance de obesidade
A maioria dos estudos que avaliaram a relação entre obesidade em crianças maiores de 3 
anos e tipo de alimentação no início da vida constatou menor frequência de sobrepeso/obesidade 
em crianças que haviam sido amamentadas. Na revisão da OMS sobre evidências do efeito do 
aleitamento materno em longo prazo, os indivíduos amamentados tiveram uma chance 22% 
menor de vir a apresentar sobrepeso/obesidade (DEWEY, 2003). É possível também que haja uma 
relação dose/resposta com a duração do aleitamento materno, ou seja, quanto maior o tempo 
em que o indivíduo foi amamentado, menor será a chance de ele vir a apresentar sobrepeso/
obesidade. Entre os possíveis mecanismos implicados a essa proteção, encontram-se um melhor 
desenvolvimento da auto-regelação de ingestão de alimentos das crianças amamentadas e a 
composição única do leite materno participando no processo de “programação metabólica”, 
alterando, por exemplo, o número e/ou tamanho das células gordurosas ou induzindo o fenômeno 
de diferenciação metabólica. Foi constatado que o leite de vaca altera a taxa metabólica durante 
o sono de crianças amamentadas, podendo esse fato estar associado com a “programação 
metabólica” e o desenvolvimento de obesidade (HAISMA, 2005).
21
Saúde da Criança – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
4.7 Melhor nutrição
Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o 
crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, 
quando comparado com leites de outras espécies. O leite materno é capaz de suprir sozinho as 
necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses, e continua sendo uma importante 
fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas.
Figura 1 – Ilustração da etnia Guarani/Kaiowá, localizada no Mato Grosso do Sul
Fonte: BRASIL (2009b).
4.8 Efeito positivo na inteligência
Há evidências de que o aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento 
cognitivo (HORTA, 2007). A maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam 
vantagem nesse aspecto quando comparadas com as não amamentadas, principalmente as com 
baixo peso de nascimento. Essa vantagem foi observada em diferentes idades, (ANDERSON; 
JOHNSTONE; REMLEY, 1999) inclusive em adultos (MORTENSEN, 2002). Os mecanismos envolvidos 
napossível associação entre aleitamento materno e melhor desenvolvimento cognitivo ainda não 
são totalmente conhecidos. Alguns defendem a presença de substâncias no leite materno que 
22
Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica
otimizam o desenvolvimento cerebral; outros acreditam que fatores comportamentais ligados ao 
ato de amamentar e à escolha do modo como alimentar a criança são os responsáveis.
4.9 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal
O exercício que a criança faz para retirar o leite da mama é muito importante para o 
desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando uma melhor conformação do 
palato duro, o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma boa oclusão 
dentária.
Quando o palato é empurrado para cima, o que ocorre com o uso de chupetas e mamadeiras, 
o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do espaço reservado para a 
passagem do ar, prejudicando a respiração nasal.
Assim, o desmame precoce pode levar à ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado, 
podendo prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação dos sons da 
fala, ocasionar má-oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora- oral.
4.10 Proteção contra câncer de mama
Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência 
de câncer de mama. Estima-se que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de 
duração de amamentação (COLLABORATIVE GROUP ON HORMONAL FACTORS IN BREAST CANCER, 
2002). Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa.
4.11 Evita nova gravidez
A amamentação é um excelente método anticoncepcional nos primeiros seis meses após o 
parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou predominantemente 
e ainda não tenha menstruado (GRAY, 1990). Estudos comprovam que a ovulação nos primeiros 
seis meses após o parto está relacionada com o número de mamadas; assim, as mulheres que 
ovulam antes do sexto mês após o parto em geral amamentam menos vezes por dia que as demais.
4.12 Outras possíveis vantagens para as mulheres
Além da proteção contra câncer de mama e diabete tipo 2, tem sido atribuído ao aleitamento 
materno proteção contra as seguintes doenças na mulher que amamenta: câncer de ovário, câncer 
23
Saúde da Criança – Aleitamento Materno e Alimentação Complementar
de útero; hipercolesterolemia, hipertensão e doença coronariana; obesidade; doença metabólica; 
osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatoide; depressão pós-parto; e diminuição do 
risco de recaída de esclerose múltipla pós-parto (IP et al., 2009; ROSENBLATT; THOMAS, 1995; 
SCHWARTZ, 2009; KULIE, 2011; GUNDERSON et al., 2010; DURSEN et al., 2006; PIKWER et al., 
2009; HENDERSON et al., 2004; LANGER-GOULD et al., 2009).
4.13 Menores custos financeiros
Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Dependendo do 
tipo de fórmula infantil consumida pela criança, o gasto pode representar uma parte considerável 
dos rendimentos da família. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e 
gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em 
crianças não amamentadas.
4.14 Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
Acredita-se que a amamentação traga benefícios psicológicos para a criança e para a 
mãe. Uma amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho 
certamente fortalecem os laços afetivos entre eles, oportunizando intimidade, troca de afeto 
e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de realização na 
mulher. Amamentação é uma forma muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê e uma 
oportunidade de a criança aprender muito cedo a se comunicar com afeto e confiança.
4.15 Melhor qualidade de vida
O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças 
amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e 
medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos 
e situações estressantes. Além disso, quando a amamentação é bem sucedida, mães e crianças 
podem estar mais felizes, com repercussão nas relações familiares e, consequentemente, na 
qualidade de vida dessas famílias.
25
5
As mulheres adultas possuem, em cada mama, entre 15 e 25 lobos mamários, que são glândulas 
túbulo-alveolares constituídas, cada uma, por 20 a 40 lóbulos. Esses, por sua vez, são formados por 
10 a 100 alvéolos. Envolvendo os alvéolos, estão as células mioepiteliais e, entre os lobos mamários, 
há tecido adiposo, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, tecido nervoso e tecido linfático.
O leite produzido é armazenado nos alvéolos e nos ductos. Os ductos mamários não se 
dilatam para formar os seis lactíferos, como se acreditava até pouco tempo atrás. O que ocorre é 
que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola 
se enchem de leite e se dilatam (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). 
A mama, na gravidez, é preparada para a amamentação (lactogênese fase I) sob a ação de 
diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela ramificação dos 
ductos lactíferos, e o progestogênio, pela formação dos lóbulos. Outros hormônios também estão 
envolvidos na aceleração do crescimento mamário, tais como lactogênio placentário, prolactina e 
gonadotrofina coriônica. Na primeira metade da gestação, há crescimento e proliferação dos ductos 
e formação dos lóbulos. Na segunda metade, a atividade secretora se acelera e os ácinos e alvéolos 
ficam distendidos com o acúmulo do colostro. A secreção láctea inicia após 16 semanas de gravidez. 
Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há uma queda acentuada nos níveis 
sanguíneos maternos de progestogênio, com consequente liberação de prolactina pela hipófise 
anterior, iniciando a lactogênese fase II e a secreção do leite. Há também a liberação de ocitocina 
durante a sucção, hormônio produzido pela hipófise posterior, que tem a capacidade de contrair 
as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido. 
A produção do leite logo após o nascimento da criança é controlada principalmente por 
hormônios e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto, 
ocorre mesmo se a criança não sugar o seio. Após a “descida do leite”, inicia-se a fase III da 
lactogênese, também denominada galactopoiese. Essa fase, que se mantém por toda a lactação, 
depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Quando, por qualquer 
motivo, o esvaziamento das mamas é prejudicado, pode haver diminuição na produção do 
Produção do Leite 
Materno
26
Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica
leite, por inibição mecânica e química. O leite contém os chamados “peptídeos supressores da 
lactação”, que são substâncias que inibem a produção do leite. A sua remoção contínua com o 
esvaziamento da mama garante a reposição total do leite removido. Outro mecanismo local que 
regula a produção do leite, ainda não totalmente conhecido, envolve os receptores de prolactina 
na membrana basal do alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células 
alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue se ligar aos seus receptores, criando assim 
um efeito inibidor da síntese de leite (VAN VELDHUIZEN-STAAS, 2007).
Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança mama, sob estímulo da 
prolactina. A ocitocina, liberada principalmente pelo estímulo provocado pela sucção da criança, 
também é disponibilizada em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro 
da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranqüilidade. 
Por outro lado, a dor, o desconforto, oestresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de 
autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída do leite da mama.Nos 
primeiros dias após o parto, a secreção de leite é pequena, e vai aumentando gradativamente: 
cerca de 40-50 mL no primeiro dia, 300-400 mL no terceiro dia, 500-800 mL no quinto dia, em 
média (CASEY, 1986). 
Na amamentação, o volume de leite produzido varia, dependendo do quanto a criança 
mama e da frequência com que mama. Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança 
mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em 
média, 800 mL por dia. Em geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que a quantidade 
necessária para o seu bebê.
Figura 2 – Local da pega correta do bebê
Fonte: BRASIL (2009b).
29
6
Apesar de a alimentação variar enormemente entre as pessoas, o leite materno, surpreen-
dentemente, apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam do 
mundo. Apenas as com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado na sua qualidade e 
quantidade. Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas 
e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo 
dia pós-parto. O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês 
a termo. Veja na Tabela 2 as diferenças entre colostro e leite maduro, entre o leite de mães de 
prematuros e de bebês a termo e entre o leite materno e o leite de vaca. Esse tem muito mais 
proteínas que o leite humano e essas proteínas são diferentes das do leite materno. A principal 
proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão 
para a espécie humana.
Tabela 2 – Composição do colostro e do leite materno maduro de mães de crianças a termo e 
pré-termo e do leite de vaca
Nutriente Colostro (3-5 dias)
Leite Maduro 
(26-29 dias)
Leite de vaca
A termo Pré-termo A termo Pré-termo
Calorias (kcal/dL) 48 58 62 70 69
Lipídios (g/dL) 1,8 3,0 3,0 4,1 3,7
Proteínas (g/dL) 1,9 2,1 1,3 1,4 3,3
Lactose (g/dL) 5,1 5,0 6,5 6,0 4,8
Fonte: BRASIL (2009b).
Características e funções 
do leite materno
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A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite 
do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a 
criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama. 
O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra 
infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas 
superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos 
e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já 
teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens prevalentes 
no meio em que a mãe vive. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do 
primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então. 
Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos 
IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. Esse 
favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as 
fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella 
e Escherichia coli.
Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo 
calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5o C por 
30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru.
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Apesar de a sucção do recém-nascido ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite 
do peito de forma eficiente. Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma 
abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, 
forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável 
para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê. 
A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva 
o leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição. A retirada do leite 
(ordenha) é feita pela língua, graças a um movimento peristáltico rítmico da ponta da língua 
para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo 
nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal. 
O ciclo de movimentos mandibulares (para baixo, para a frente, para cima e para trás) 
promove o crescimento harmônico da face do bebê. 
A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para 
amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga 
retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos. 
Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento 
correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de 
“má pega”. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, podendo levar a uma diminuição 
da produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado 
apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz de 
obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais calórico.
Técnica de amamentação
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Figura 3 – Pegada adequada ou boa pega
 
Fonte: BRASIL (2009b).
Além de dificultar a retirada do leite, a má pega machuca os mamilos. Quando o bebê tem 
uma boa pega, o mamilo fica em uma posição dentro da boca da criança que o protege da fricção 
e compressão, prevenindo, assim, lesões mamilares.
Todo profissional de saúde que faz assistência a mães e bebês deve saber observar criticamente 
uma mamada. A seguir são apresentados os diversos itens que os profissionais de saúde devem 
conferir na observação de uma mamada:
Figura 4 – Posição da Mãe – a mãe escolhe uma posição
 
Fonte: BRASIL (2009b).
• As roupas da mãe e do bebê são adequadas, sem restringir movimentos? Recomenda-se 
que as mamas estejam completamente expostas, sempre que possível, e o bebê vestido de 
maneira que os braços fiquem livres.
• A mãe está confortavelmente posicionada, relaxada, bem apoiada, não curvada para 
trás nem para a frente? O apoio dos pés acima do nível do chão é aconselhável (uma 
banquetinha pode ser útil).
• O corpo do bebê se encontra bem próximo do da mãe, todo voltado para ela, barriga com 
barriga?
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• O corpo e a cabeça do bebê estão alinhados (pescoço não torcido)?
• O braço inferior do bebê está posicionado de maneira que não fique entre o corpo do 
bebê e o corpo da mãe?
• O corpo do bebê está curvado sobre a mãe, com as nádegas firmemente apoiadas?
• O pescoço do bebê está levemente estendido?
• A mãe segura a mama de maneira que a aréola fique livre? Não se recomenda que os 
dedos da mãe sejam colocados em forma de tesoura, pois dessa maneira podem servir de 
obstáculo entre a boca do bebê e a aréola.
• A cabeça do bebê está no mesmo nível da mama, com o nariz na altura do mamilo?
• A mãe espera o bebê abrir bem a boca e abaixar a língua antes de colocá-lo no peito?
• O bebê abocanha, além do mamilo, parte da aréola (aproximadamente 2 cm além do 
mamilo)? É importante lembrar que o bebê retira o leite comprimindo os ductos lactíferos 
com as gengivas e a língua.
• O queixo do bebê toca a mama?
• As narinas do bebê estão livres?
• O bebê mantém a boca bem aberta colada na mama, sem apertar os lábios?
• Os lábios do bebê estão curvadospara fora, formando um lacre? Para visualizar o lábio 
inferior do bebê, muitas vezes é necessário pressionar a mama com as mãos.
• A língua do bebê encontra-se sobre a gengiva inferior? Algumas vezes a língua é visível; 
no entanto, na maioria das vezes, é necessário abaixar suavemente o lábio inferior para 
visualizar a língua.
• A língua do bebê está curvada para cima nas bordas laterais?
• O bebê mantém-se fixado à mama, sem escorregar ou largar o mamilo?
• As mandíbulas do bebê estão se movimentando?
• A deglutição é visível e/ou audível?
É sempre útil lembrar a mãe de que é o bebê que vai à mama e não a mama que vai ao 
bebê. Para isso, a mãe pode, com um rápido movimento, levar o bebê ao peito quando ambos 
estiverem prontos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o 
posicionamento e pega adequados:
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Pontos-chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo;
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe;
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido);
4. Bebê bem apoiado.
Pontos-chave da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê;
2. Boca bem aberta;
3. Lábio inferior virado para fora;
4. Queixo tocando a mama. 
Figura 5 – Mãe segurando a mama de forma que a aréola fique livre, a mão em 
formato de “c”
 
Fonte: BRASIL (2009b).
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação:
• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção;
• Ruídos da língua;
• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada;
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• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê 
solta a mama;
• Dor na amamentação.
Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando à 
pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite 
da aréola ingurgitada.
	Introdução
	Tipos de Aleitamento Materno
	Duração da amamentação
	Importância do aleitamento materno
	4.1 Evita mortes infantis
	4.2 Evita diarreia
	4.3 Evita infecção respiratória
	4.4 Diminui o risco de alergias
	4.5 Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
	4.6 Reduz a chance de obesidade
	4.7 Melhor nutrição
	4.8 Efeito positivo na inteligência
	4.9 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal
	4.10 Proteção contra câncer de mama
	4.11 Evita nova gravidez
	4.12 Outras possíveis vantagens para as mulheres
	4.13 Menores custos financeiros
	4.14 Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
	4.15 Melhor qualidade de vida
	Produção do Leite Materno
	Características e funções do leite materno
	Técnica de amamentação

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