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Thaís Morghana - UFPE-CAA Transtorno do espectro autista (TEA) INTRODUÇÃO ● Disfunção do neurodesenvolvimento: motricidade, linguagem, comunicação, comportamentos, cognição, afeto, emoções. ● Prejuízo da cognição social: forma como o indivíduo percebe a si mesmo ou as outras pessoas. Dificuldade de entender as expressões não verbais das outras pessoas. EPIDEMIOLOGIA ETIOPATOGENIA A partir de 1964, começa-se a entender que o autismo é uma doença do neurodesenvolvimento, de caráter multifatorial: ● Ambientais: poluição, infecções perinatais, idade paterna avançada, uso de drogas na gestação. ● Genéticas: 90% de herdabilidade em estudos com gêmeos. ● Alterações neurobiológicas: aumento de ventrículos, disfunções corticais fronto-parietais. QUADRO CLÍNICO ● Prejuízo qualitativo na comunicação: não consegue entender o que a outra pessoa quer dizer. - Deficiência em comportamentos não verbais. - Falha em desenvolver relações adequadas com colegas ao nível do desenvolvimento da criança. - Não conseguem desenvolver a atenção compartilhada e o compartilhamento do olhar. - A criança usa o outro como uma extensão. Por exemplo, em vez de pedir à mãe para pegar água, ela estende o braço da mãe até o bebedouro. ● Menor interesse pelo outro: isolamento social, menor iniciativa. ● Falta de espontaneidade buscando compartilhar prazer, interesses e realizações. ● Deficiência na reciprocidade social. ● Super seletividade do estímulo: não conseguem brincar de forma funcional. ● Ecolalia ● Dificuldade em brincar funcional ● Tendência à mesmice. ● Adesão inflexível a rotinas ou rituais específicos e não funcionais. ● Maneirismos motores estereotipados e repetitivos. ● Comportamentos sensoriais: balançar as mãos, colocar as mãos nos ouvidos. Thaís Morghana - UFPE-CAA ● Apresentação dos sintomas: depende da fase do desenvolvimento, severidade do TEA e comorbidades. CLASSIFICAÇÃO ● TEA de alto funcionamento: manifestações leves. ● TEA com maior comprometimento: crianças não verbais. Podem ter comportamentos mais impulsivos. DIAGNÓSTICO ● DSM-V: a) Déficits na comunicação e interação social. b) Comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos. ● O diagnóstico é clínico e deve ser feito por uma equipe multidisciplinar. DETECÇÃO PRECOCE ● A partir dos 6 meses de idade já conseguimos ver alguns sintomas e com 12 meses já identificamos dificuldades de interação social. TRATAMENTO ● Individualizado: fase do desenvolvimento, prejuízo - nível de funcionamento, cognição, comorbidades. ● Não existe tratamento medicamentoso específico para TEA. ● Terapias específicas e convencionais: análise específica do comportamento, terapia cognitivo-comportamental, acompanhamento com fonoaudiólogo.
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