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Resumo - Reforma Psiquiátrica no Brasil

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Saúde Mental – 25/08/21 
Reforma Psiquiátrica no Brasil 
A reforma psiquiátrica no Brasil baseou-se: 
• Contra a mercantilização da doença: a 
psiquiatria é uma especialidade clínica, 
o cuidado era extremamente 
medicamentoso, então teria uma 
dependência do medicamento e do 
profissional 
• Por uma sociedade sem manicômios 
O movimento sanitário foi o percussor para 
criação do SUS, bebeu da fonte do movimento 
de luta antimanicomial, primeiro começou o 
movimento de questionamento sobre as 
práticas de saúde de cuidado das pessoas 
com tratamento psiquiátrico. 
A saúde mental como área de especialidade 
foi a área pioneira no trabalho multiprofissional 
e interdisciplinar. 
Princípios da Reforma Psiquiátrica: 
Partiu dos trabalhadores de saúde que 
estavam nessas instituições, psiquiatras, 
enfermeiros, próprios pacientes e dos 
familiares também. 
Nem todo paciente que estava 
institucionalizado estavam abandonados, 
alguns recebiam a visita de familiares, e por 
mais “louco” que o individuo estivesse, não 
era o tempo todo assim. 
A reforma foi inspirada pela reforma Italiana 
(Basaglia). 
• Reorientação do modelo assistencial 
• Mudança na maneira de cuidar: da 
cultura da internação ao acolhimento 
da crise 
• Mudança na maneira de olhar o 
território: geográfico X rede de relações 
sociais, afetivas, de trabalho, etc. 
• Mudança no enfrentamento clinico-
político: gestão burocrática X gestão de 
conflitos a partir das demandas da 
clinica de atenção psicossocial. 
Reforma Psiquiátrica e Politica de Saúde 
Mental do SUS 
1° momento – crítica ao modelo 
hospitalocêntrico (1978-1991) 
Hospital não 
2° momento – implantação da rede de 
atenção psicossocial (1992-2000) 
Alguns laboratórios no modelo CAPS, eram 
vistas por um psiquiatra. 
Tinha o SUS no modelo UBS Tradicional 
3° momento – a Reforma Psiquiátrica depois 
da Lei Federal 10.216 – consolidação do novo 
modelo 
SUS – ESF 
Reforma psiquiátrica no Brasil 
• Movimento de luta antimanicomial – fim 
dos anos 70, início dos anos 80 
• 1978 – Movimento de Trabalhadores 
em Saúde Mental (MTSM) – 
trabalhadores, familiares e pessoas 
com longo histórico de internações 
psiquiátricas 
• 1987 – Criado, em São Paulo, o Centro 
de Atenção Psicossocial (CAPS) – Luiz 
da Rocha Cerqueira 
• 1987 – I Conferência Nacional de 
Saúde Mental (CNSM) – II Congresso 
Nacional do MTSM (Bauru, SP) – Por 
uma sociedade sem manicômios. 
Descentralização – autonomia para fazer a 
gestão dos seus serviços, embora seja o 
avanço, também traz o desafio dos gestores 
públicos, de como vai ser organizado. 
• 1989 – Decretada pela prefeitura da 
cidade de Santos a intervenção no 
Hospital Psiquiátrico Padre Anchieta, 
conhecido como a Casa dos Horrores 
 
• Implantação Núcleos de Atenção 
Psicossocial (NAPS) – funcionava 24 
horas, cooperativas, residenciais para 
os egressos do hospital e associações 
– demonstrou a possibilidade de 
construção da rede substitutiva 
 
• Novos modos de cuidados são 
estudados e postos em práticas 
 
• 1989 – Projeto de lei é apresentado no 
congresso – regulamentação dos 
direitos da pessoa com transtornos 
mentais e a extinção progressiva dos 
manicômios no país 
Lei 10.216 de 2001 – Aprovada 11 anos 
depois 
• Artigo 1° - Proíbe a construção de 
novos hospitais psiquiátricos 
• Retira o manicômio do centro do 
tratamento 
• Diretriz – reestruturação da assistência 
psiquiátrica 
 __________________________________ 
• 2001 – III Conferencia Nacional de 
Saúde Mental (Brasília) – Cuidar sim, 
excluir não – Efetivando a Reforma 
Psiquiátrica com Acesso, qualidade, 
humanização e controle social. 
 
• 2003 – Lei n° 10.708, de 31 de julho – 
auxilio reabilitação psicossocial para 
pacientes acometidos de transtornos 
mentais egressos de internações – De 
volta para casa 
 
• 2006 – Marco na consolidação da Rede 
de Serviços Psicossociais do Brasil: 
primeira vez em que há maior 
investimento em ações comunitárias do 
que em Hospitais Psiquiátricos 
 
• 2009 – Reconhecimento pela OMS, do 
modelo de atenção a saúde mental 
brasileiro, e convite ao Brasil para 
participar em um grupo de 10 países, 
de um esforço internacional para 
diminuição da lacuna de tratamento em 
saúde mental no mundo 
 
• 2010 – IV Conferencia Nacional de 
Saúde Mental (Brasília) – Intersetorial, 
com o tema “Saúde Mental direito e 
compromisso de todos; consolidar 
avanços e enfrentar desafios” 
 
2011 – Rede de Atenção Psicossocial 
(RAPS) – Portaria 3.088/11 
 
• Organiza o atendimento destinado as 
pessoas em sofrimento psíquico e/ou 
com necessidades decorrentes do uso 
de substancias 
 
• Base territorial e comunitária, com 
oferta de estratégias de cuidado 
diversificadas, incluindo ações 
intersetoriais, que devem se adequar 
as necessidades de seus usuários e 
familiares e garantir a autonomia, a 
liberdade e o exercício da cidadania 
durante esse processo de cuidado 
 
Da lógica psiquiátrica para a Atenção 
Psicossocial 
• Impacto maior dos movimentos da 
reforma: ampliação dos direitos e 
mudança no tratamento de transtorno 
mental 
• Substituição da compreensão 
psiquiátrica de natureza médica pelo 
modo psicossocial 
• Modo psicossocial: hipótese de um 
novo paradigma com a função de 
designar as práticas reformadoras em 
sentido amplo no campo da Saúde 
Mental Coletiva 
• Substituição do dispositivo de ação: 
Hospital psiquiátrico por serviços extra-
hospitalares abertos, rede de atenção 
• Substituição do ideal de cura pela 
inclusão social 
• Substituição do objeto: doença mental 
para a “existência sofrimento” do 
paciente e a produção de vida, de 
sentido e sociabilidade 
Termos em uso (e desuso) 
• Doença mental 
• Transtorno mental – indicam uma 
restrição na compreensão da 
problemática 
• Sofrimento mental – mais abrangente, 
coloca em evidencia a pessoas em sua 
vivencia particular, remetendo a ideia 
de “um sujeito que sofre, em uma 
experiencia vivida de um sujeito” 
 
Antes e Depois 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Documentário: 
Coordenadora: Em hospitais você vê pessoas 
com cabeça raspadas, vestir aquelas pessoas 
com uniformes, isso não é cuidar, é 
transformar o outro em vítima do sofrimento 
psíquico dele mais uma vez. 
Garantir o direito à liberdade, recuperar a 
possibilidade de vida desse paciente em 
sociedade, a substituição da internação em 
hospitais por iniciativas de reinclusão e 
reintegração social 
No filme a moradora Valdeci fala hospital não 
foi feito para morar. 
Na fala de um morador da cartilha do MS - 
"Uma casa... é o habitar da cidade. É você 
poder habitar a cidade, tendo um lugar para 
voltar... para voltar no fim do dia. Eu habito 
esta cidade!".

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