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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SÁÚDE DO PIAUÍ INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA AYANA ROCHA PORTO MOUSINHO PORTFÓLIO DO MÓDULO INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE I PROFESSOR: GILBERTO PORTELA PARNAÍBA(PI) Julho 2020 FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SÁÚDE DO PIAUÍ INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA AYANA ROCHA PORTO MOUSINHO PORTFÓLIO DO MÓDULO INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE I Portfólio apresentado à disciplina de IESC para obtenção de nota parcial na disciplina. Este portfólio foi feito com o intuito de relatar de forma prévia os conteúdos abordados na aula prática e teórica da disciplina IESC, que será utilizado para a obtenção parcial de nota na disciplina. PARNAÍBA(PI) Julho2020 SUMÁRIO 1. Memorial I................................................................................................................05 1.1 Memorial I...........................................................................................................05 2. Memorial II.................................................................................................................06 2.1 Memorial II............................................................................................................06 3. Agradecimento...........................................................................................................07 4. Semana 1.....................................................................................................................08 4.1 Aula teórica............................................................................................................08 5. Semana 2.....................................................................................................................09 5.1 Aula teórica...........................................................................................................09 5.2 Aula Prática...........................................................................................................11 6. Semana 3.....................................................................................................................13 6.1 Aula Teórica.............................................................................................................13 6.2 Aula Prática.............................................................................................................13 7. Semana 4.....................................................................................................................16 7.1 Aula Prática.............................................................................................................16 7.2 Aula Teórica...........................................................................................................17 8. Semana 5.....................................................................................................................19 8.1 Aula Teórica............................................................................................................19 8.2 Aula Prática............................................................................................................19 9. Semana 6.....................................................................................................................22 9.1 Aula Teórica..........................................................................................................22 9.2 Aula Prática...........................................................................................................22 10. Semana 7...................................................................................................................25 10.1 Aula Teórica........................................................................................................25 10.2 Aula Prática........................................................................................................25 11. Aula Teste.................................................................................................................26 11.1 Aula Teste.........................................................................................................27 12. Continuação Semana 7( 1º AULA REMOTA)......................................................27 13. Semana 8...................................................................................................................29 13.1Aula Teórica.........................................................................................................29 14. SEMANA 9..............................................................................................................31 14.1Aula teórica............................................................................................................31 14.2Aula de continuação...............................................................................................33 15Semana 10....................................................................................................................35 15.1 aula teórica............................................................................................................35 16. Semana 11...................................................................................................................35 16.1 aula teórica............................................................................................................35 17. Semana 12....................................................................................................................36 17.1. aula teórica...........................................................................................................36 17.2 primeira aula prática..............................................................................................37 18. Reposição das aulas práticas......................................................................................40 18.1 Aula Prática (matriciamento) ...............................................................................40 19. Aula expositiva............................................................................................................41 19.1 Aula expositiva sobre determinantes.....................................................................41 20. Aula prática.................................................................................................................42 20.1 Aula prática sobre educação em saúde.....................................................................43 21. Aula expositiva.............................................................................................................43 21.1 Aula expositiva sobre apresentação dos mapas part.2..........................................43 22. Aula prática.................................................................................................................44 22.1 Aula prática sobre PNAB........................................................................................44 23. Aula prática .................................................................................................................45 23.1 Aula prática sobre coleta de dados no DataSUS....................................................45 24. Referências....................................................................................................................46 24.1 Referências..............................................................................................................45MEMORIAL I A minha trajetória do curso de Medicina se iniciou com os questionários feitos por familiares e amigos a respeito da minha futura profissão.Durante o percurso escolar, pude perceber a facilidade e a afinidade com as ciências exatas, de forma a firmar a minha decisão de seguir em busca do ingresso ao curso, alcançado ao fim do ciclo escolar. Acredito que o desejo de todos os estudantes de Medicina durante o curso é poder receber o suporte necessário por parte dos professores diante dos vários assuntos abordados. Além disso, espero compreender de forma precisa cada assunto, assim como praticartáticas que possam melhorar meu desempenho e agilidade após o curso, diante das situações que acontecem diariamente em pronto-socorro, por exemplo. Na minha concepção, é um curso desafiador e ao mesmo gratificante. Estou realizando um sonho e ao mesmo tempo vou poder ajudar a diminuir a dor de alguém, seja por meio do meu do meu conhecimento clínico, seja pelo diálogo (empatia) como é tão trabalhado no Instituto IESVAP. Acrescenta-se ainda, uma nova metodologia (ativa) que abre portas para um mundo vasto de conhecimento e formas de aprendizagem, com profissionais dispostas a nos guiar para atingirmos nossos objetivos. Diante disso, as minhas expectativas para o curso e também para a desenvoltura da faculdade diante disso, são as melhores possíveis. MEMORIAL II O Módulo Integração Ensino-Serviço-Comunidade(IESC I) trouxe a mim um grande desafio pois até então eu não sabia como funcionava de fato o SUS- toda sua caracterização- além de todo o contexto que levou a sua criação, como é abordado em aulas posteriores. Vale ressaltar, que durante palestras abordadas em IESC I pude perceber a importância do trabalho interprofissional para um melhor atendimento dos pacientes, assim como a compreensão de todo o trajeto que levou o paciente aquela determinada situação. Essa disciplina é de suma importância para compreendermos como nós (futuros médicos) devemos nos portar quando estivermos trabalhando nesse sistema e também nos outros. Além disso, o módulo permite compreender-além da construção do SUS- a formação da UBS de cada cidade e suas ACS. Tudo isso permite uma maior organização e consequentemente um melhor atendimento, objetivando um dos principais artigos da Lei 8.080/90 que estabelece que asaúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. A minha perspectiva para essa disciplina é a melhor possível, visto que, como falei anteriormente, é um desafio por se tratar de assuntos até então desconhecidos para mim. Além disso, o professor Gilberto sempre está disposto a nos ajudar, até mesmo em horários que não é do seu atendimento, para tirar dúvidas, o que facilita bastante toda esta trajetória. Agradecimento Através deste portfólio, gostaria de agradecer o professor Gilberto Portela por todo o comprometimento e a dedicação durante as aulas presenciais e pelo REAR. Eu confesso que, nas primeiras aulas, senti dificuldade de compreender e me situar, de fato, no contexto das aulas. Apesar disso, o professor esteve sempre a disposição para qualquer dúvida, seja durante as aulas ou através do WhatsApp. Muito obrigada professor, por todo empenho durante um momento tão delicado que todos estão passando. Com certeza aprendi muita coisa e que só acrescentará para minha bagagem profissional. Obrigada! SEMANA 1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA (04/02/2020) Na primeira semana (teórica), houve a apresentação digerida pelo professor Gilberto Portela, a respeito da disciplina de IESC I e como iria funcionar durante todo o decorrer do período. Nos foi apresentado o modelo de avaliação formativa esomativa/ grupos de prática. No objetivo prático, foi de integração- conhecimento do módulo e integração com o professor. Acredito que esse momento inicial é essencial para compreendermos todo o trajeto da disciplina, assim como será avaliado. É um módulo de extrema importância e que leva a todos nós, estudantes, a entender e colocarmos em prática-posteriormente- os princípios do SUS, a integralidade e a equidade do cuidado a nível individual, familiar e coletivo, valorizando todos os âmbitos e vínculos. Vale ressaltar, ainda, o interprofissionalismo que leva o profissional junto aos demais, trabalhar em prol de uma causa/paciente facilitando, dessa forma, o acolhimento e o atendimento ao paciente e suas familiares. SEMANA 2- INTERPROFISSIONALISMO NA SÁUDE (11/02/2020) • Prática colaborativa: Esse conceito esta relacionado com a materialização da colaboração no âmbito das práticas profissionais, com o reconhecimento na importância do usuário, da família e da comunidade na orientação dessas práticas. A prática colaborativa mantém forte relação com a centralidade do usuário, família e comunidade, e suas necessidades, na ordenação da interação que marcam o exercício dessas práticas. Na intenção de oferecer subsídios para a superação das confusões conceituais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou em 2010 o Marco para Ação em Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde e no documento traz a definição de prática colaborativa como importante dispositivo para melhorar a qualidade da atenção à saúde, trazendo a seguinte definição(9): Prática colaborativa na atenção à saúde ocorre quando profissionais de saúde de diferentes áreas prestam serviços com base na integralidade da saúde, envolvendo os pacientes e suas famílias, cuidadores e comunidades para atenção à saúde da mais alta qualidade em todos os níveis da rede de serviços (OMS, 2010). A definição de prática colaborativa demonstra que a colaboração implica numa relação/interação permanente entre os trabalhadores de saúde, mas também atribuindo a centralidade do usuário, família e comunidade para a produção de serviços de saúde de melhor qualidade. Veja a seguir uma figura ilustrativa baseada em OMS (2010), a qual mostra a relação entre educação interprofissional, práticas colaborativas e melhorias na qualidade da atenção à saúde (9). Na minha opinião, é evidente a importância de todo o contexto que envolve o interprofissionalismo durante o atendimento ao paciente, pois a concretização de diagnóstico/ tratamento eficiente é maior. Além disso, dependendo da especialidade do médico e do diagnóstico do tratamento, haverá psicólogos e psiquiatras que atuam efetivamente durante todo o tratamento, contribuindo para uma saúde mental estável para enfrentar as dores e todo o percurso do tratamento. Além disso, a importância é justamente poder levar atendimento à comunidade de forma integral, visando suprir as necessidades básica da população em diversas áreas da saúde. Foi exposto a nós, alunos, uma atividade “O caso de Dona Margarida” em que foi colocado o caso e questões a serem trabalhadas em grupo (segue na página seguinte) O caso apresentado remete ao trabalho em equipe e que a natureza da saúde do ser humano depende do biológico e também do social. Temática também abordada na aula teórica (nesta mesma data). Para reafirmar o que foi abordado nas aulas como importância do trabalho interprofissional no sistema de saúde, foi inserido abaixo algumas afirmações do Ministério da Saúde, a partir de textos de Reeves et al. (2018) e Agreli(2017). Para Reeves, o trabalho interprofissional está relacionado com aspectos relacionais, processuais e contextuais. • Trabalho em equipe: é o nível mais profundo de trabalho interprofissional. Ocorre quando diferentes profissionais trabalham de forma integrada, com intensa interdependência de suas ações, compartilhando uma identidade de equipe; • Colaboração: é uma forma de trabalho interprofissionalem que há menor interdependência e integração das ações entre os diferentes profissionais; é mais flexível, pois não é necessária uma identidade compartilhada de equipe. Embora as pessoas não necessariamente não compartilhem uma identidade de equipe, elas precisam compartilhar responsabilidades pela oferta de uma melhor atenção à saúde. Para Agreli, a colaboração pode ocorrer tanto no âmbito das equipes, quanto em arranjos mais ampliados e complexos, tais como as redes e comunidade; SEMANA 2- AULA PRÁTICA ( 18/02/2020) Na terceira semana, foi apresentado um vídeo da história da saúde pública no Brasil, com o intuito de conhecermos o decorrer da saúde pública antes e depois do SUS. Após o exposto, houve a construção, em grupo, de uma linha do tempo que apresentasse todo este trajeto (segue na página seguinte). Segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), desde a década de 1960, ocorreu intensa publicação de normas para acompanhar o aumento da produção e consumo de bens e serviços, surgindo conceitos e concepções de controle. Regulamentou-se a iodação do sal, águas de consumo humano e serviços. Reformou-se o laboratório de análises, surgindo o Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS), que recebeu um grande estímulo pela implantação do Programa Nacional de Imunização, cuja execução requeria o controle sanitário de vacinas(3). No movimento pela redemocratização do país, cresceram os ideais pela reforma da sociedade brasileira, com o envolvimento de diversos atores sociais, sujeitos coletivos e pessoas de destaque. Sanitaristas ocuparam postos importantes no aparelho de estado. A democratização na saúde fortaleceu-se no movimento pela Reforma Sanitária, avançando e organizando suas propostas na VIII Conferência Nacional de Saúde, de 1986, que conferiu as bases para a criação do Sistema Único de Saúde.Naquele evento, os participantes denunciavam os desmandos na saúde e clamavam por ações de garantia dos direitos da população.O movimento social reorganizou-se na última Constituinte, com intensa luta travada pela afirmação dos direitos sociais. Em 1988, nova ordem jurídica, assentada na Constituição, define o Brasil um Estado Democrático de Direito, proclama a saúde direito de todos e dever do estado, estabelecendo canais e mecanismos de controle e participação social para efetivar os princípios constitucionais que garantem o direito individual e social. Além do Sistema Único de Saúde, outros sujeitos de direito que requerem proteção específica também foram reconhecidos, assim como os povos indígenas, crianças e adolescentes, deficientes físicos, etc.Inegavelmente, a sociedade brasileira deu um passo significativo em direção à cidadania. Diante do exposto, a minha opinião a respeito do assunto ministrado, é que o SUS foi imprescindível para uma melhora significativa no tratamento de algumas doenças, mas principalmente na prevenção ( como ocorre na atenção primária) delas, apesar das falhas e da negligência que ocorre. Vale ressaltar, que, todos esses problemas enfrentados não ocorre apenas devido a negligência ou falhas médicas, mas principalmente da falta de compreensão da função de cada setor do sistema, além da falta de recursos em decorrência da corrupção por parte do Governo. SEMANA 3- AULA TEÓRICA (18/02/2020) Na terceira semana, foi abordado o tema: “ Atenção Primária à saúde”. Em que foi colocado em questão as condições agudas e crônicas, assim como suas diferenças (colocada na imagem). Além disso, segundo o Ministério da Educação a Linha de Cuidados na Perspectiva de Rede de atenção à Saúde é essencial no controle e tratamento das doenças agudas e crônicas. A Atenção Básica ou primária é a principal porta de entrada e o centro articulador do acesso dos usuários ao Sistema Único de Saúde (SUS) e às Redes de Atenção à Saúde, orientada pelos princípios da acessibilidade, coordenação do cuidado, vínculo, continuidade e integralidade. Para atender esses princípios, a Atenção Básica desenvolve programas e ações, considerando a diversidade das necessidades de saúde dos usuários.(10) A partir das experiências internacionais e nacionais, pode-se afirmar que o problema principal do SUS reside na incoerência entre a situação de condição de saúde brasileira de tripla carga de doença, com o forte predomínio relativo das condições crônicas, e o sistema de atenção à saúde adotado, que é fragmentado, episódico, reativo e voltado prioritariamente para as condições e os eventos agudos. O fracasso das respostas sociais às condições crônicas por um sistema fragmentado é, portanto, universal e deve ser enfrentado por mudanças profundas. Há de se reconhecer que os sistemas de atenção à saúde são muito resistentes às mudanças, mas a situação é muita séria e clama por transformações urgentes (SINGH, 2008) (2). Conscientes dessa situação, os gestores do SUS decidiram implantar no País as Redes de Atenção à Saúde (RAS) – Portaria GM/ MS n. 4.279/2010, na forma de redes temáticas, priorizando algumas linhas de cuidado, uma vez que a concepção de Redes de Atenção à Saúde acolhe e redefine os novos modelos de atenção à saúde que estão sendo experimentados e que têm se mostrado efetivos e eficientes no controle das condições crônicas. De acordo com essa Portaria, as RAS são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão buscam garantir a integralidade do cuidado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). Para que a RAS cumpra seu papel, é imprescindível que a Atenção Primária à Saúde (APS) esteja organizada, coordenando o cuidado, responsável pelo fluxo do usuário na Rede de Atenção à Saúde. Nesse sentido, objetivando fortalecer as Secretarias Estaduais de Saúde para o apoio técnico aos municípios, o CONASS propôs e desenvolveu um conjunto de oficinas para o fortalecimento da APS, organizando-a de forma territorializada, com a população cadastrada, capacitando todos os profissionais que atuam na APS, contribuindo para a qualificação e a resolutividade desse nível de atenção, para dessa forma garantir o papel de coordenação da RAS(2). Vale lembrar da importância da criação da lei8.080/90. Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e o Estado tem o dever de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação(4). A lei 8.142/90estabelece que o SUS contará em cada esfera de Governo, sem prejuízo das funções do poder legislativo, com duas instâncias colegiadas, a Conferência de saúde e o Conselho de Saúde. Em síntese, a minha opinião a respeito da temática abordada é que diante do contexto de doenças crônicas e agudas a Linha de Cuidado (mencionada acima) é crucial para o decorrer do tratamento, pois essa associa o tratamento clínico com o interprofissionalismo. Ela engloba a promoção de saúde, prevenção, tratamento e cuidado. Acrescenta-se, ainda, a importância da atenção primária em que sua criação foi voltadopara a prevenção, evitando dessa forma a prolongação de sintomas que leva, de fato, ao agravamento e consequentemente a doenças. SEMANA 4- AULA PRÁTICA (03/03/2020) Na semana 4, tivemos como abordagem a construçãode um município fictício e descrever seu sistema de saúde. A foto abaixo representa as discussões do grupo de como seria nosso município (Medcity). Achei bastante coerente esta abordagem da construção de uma cidade voltada para seu sistema de saúde. Dessa forma, pudemos compreender, de fato, como ocorre a construção de tal. Segue abaixo, algumas fotos dessa construção (UBS, micro áreas e ACS) SEMANA 4 - AULA TEÓRICA (03/03/2020) Na semana 4, ouve a explanação do que foi trabalhado na aula prática do dia 18/02, ou seja, o professor Gilberto explicou todo o processo da saúde pública no Brasil, utilizando também uma linha do tempo. Uma forma de reafirmas tantas mudanças ocorridas, é expondo a importância do SUS para a saúde brasileira. O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.(6) Vale ressaltar também a importância dos NOBs 91/ 93 e 96. Que em termos gerais foi criada com o intuito de ampliar as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica. Dentre eles tem: Resumidamente, a NOB-91 centralizou a gestão do SUS em nível federal (INAMPS), o que dificultou o processo de descentralização e municipalização. As contribuições foram o fluxo e a gestão de esferas. Ela equiparou prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de financiamento, que passou a ser, em ambos os casos, por meio de pagamento pela produção de serviços. Centralizou a gestão do SUS em novel federal (INAMPS), o que dificultou processos de descentralização e municipalização. Estabeleceu o instrumento convenial como forma de transferência de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para os fundos estaduais e municipais de saúde e implantou o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SAI/SUS); O NOB 93 descentralizou a gestão de ações e dos serviços de saúde para os municípios (“Municipalização é o caminho”) e possibilitou a habilitação para o recebimentos de recursos fundo a fundo. Desencadeou um amplo processo de municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipiente, parcial e semiplena). Criou a transferência financeira regular e automática(fundo a fundo) de teto global de assistência para municípios em gestão semiplena, o que facilitou o processo de transferência de recursos do SUS da União para os demais entes federativos. Além disso, criou Comissões IntergestoresBipartite (CIB) e a Comissão Intergestores Tripartite (CIT); NOB-96: Fortaceleu as diretrizes e os princípios do SUS, com ênfase à municipalização, ao financiamento e aos mecanismos de gestão do SUS, definiu a responsabilidade de cada esfera do Governo para a construção do SUS, aumentou a participação percentual de transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais para estados e municípios. Além disso, fortaleceu a gestão do SUS, de forma compartilhada e compactuada entre os Governos municipais, estaduais e federais por meio das CIB e CIT. Por fim, criou o Piso de Atenção Básica (PAB), a Fração Ambulatorial Especializada (FAE) e a Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade/Custo (APAC).(6). As contribuições NOAS SUS 2001 editada em 2002 foram a disponibilização de uma assistência médica mais adequada para o cidadão, otimizando os recursos assistenciais, estabelecendo a regionalização e organização dos atendimentos( para que os serviços de saúde pudessem ser executados com eficiência, tendo uma divisão de estado em partes menores no que se refere a atendimento da população em saúde), ampliando a responsabilidade dos municípios na atenção básica primaria, e norteando princípios de atendimento em UBS’s e atenção secundária Outro ponto a ser ressaltado é o Pacto pela Saúde, seus eixos temáticos, prioridades, objetivos e metas, divulgado por meio da Portaria GM/MS nº 399, de 22 de Fevereiro de 2006foi contemplado de forma permanente na pauta de reflexões, debates e decisões no âmbito das Comissões Intergestores do Sistema Único de Saúde (SUS).(5) Considerado como ordenador do processo de gestão do SUS, o Pacto pela Saúde fez parte da agenda prioritária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no período de 2006 a 2011. A agenda de trabalho teve como objetivo: orientar as pactuações de políticas, evitando ações fragmentadas e desconectadas às suas prioridades; garantir que no processo de pactuação de estratégias para implementação das políticas fossem definidas diretrizes nacionais que refletissem a unidade de princípios, assegurando, no processo de descentralização, a diversidade operativa em cada Estado; retomar o processo de redução das desigualdades regionais e monitorar de forma permanente o Pacto pela Saúde e as ações definidas para sua implementação.(5) Por fim, minha opinião a respeito do que foi tratado acima é que eu achei muito interessante a aula prática, pois nos faz entender de fato como ocorre a divisão das UBS e suas ACS assim como o território em que irá administrar. Além disso, a criação das NOBs foi crucial para aperfeiçoamento do SUS e promover medidas que até então não tinha se pensado. SEMANA 5- AULA TEÓRICA (06/03/2020- AULA DE COMPLEMENTAÇÃO) Na semana 5, houve a palestra a respeito dos princípios e diretrizes do SUS. Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos(6). Princípios Organizativos Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. Descentralização e Comando Único:descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde(6). Vale ressaltar os direitos que os usuários do Sistema Único de Saúde possuem para assegurar seu atendimento tanto em sistema de saúde público ou privado: Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu trata- mento aconteça da forma adequada. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos(6) Níveis de Atenção: Primeiro nível de atenção (APS): Função ligadas a valores, à atenção, ao acolhimento, ao pertencimento, à confiança, à responsabilidade; Produção de ações e serviços,prevenção, tratamento e acompanhamento; É o ORDAMENTO do sistema (porta de entrada). Nível 3: Gestão de casos: 1-5% de pessoas com condições altamente complexas; Nível 2: Gestão da condição de saúde: 20-30% de pessoas com condições complexas; Nível 1: Autocuidado apoiado: 70-80% de pessoas com condições simples Nível de cuidado secundário: - Cuidado ambulatorial de especialidades: Estabelecimento de lista de espera; - Serviços auxiliadores: diagnóstico e terapia; -Serviços de média complexidade Nível de cuidado terciário: - Alta complexidade; - Terapias e procedimentos de elevada especialização. Em síntese, no meu ponto de vista compreender os princípios e as diretrizes do SUS é importante para o entendimento do sistema e também para facilitar o atendimento médico- paciente. Além disso, essa compreensão leva ao usuário o direito de buscar por seus direitos e reivindicar aquilo que é ofertado a todos. Acho essencial, as divisões do sistema em atenção primária, secundária e terciária, pois organiza os atendimentos e os torna direcionados de acordo com o setor e a necessidade. Figura 1 - pirâmide de risco Abaixo segue algumas imagens da aula teórica. SEMANA 6- AULA PRÁTICA (10/03/2020) Na sexta semana (aula prática), houve a construção do Conselho Municipal de saúde, no caso a cidade é Medcity, que foi trabalhada em sala. Durante meu estudo em particular, pude ver que o Conselho é responsável pela fiscalização da movimentação do dinheiro depositado para cada esfera do sistema do SUS. Além dessa função,é um importante atribuição para a garantia do controle social, avaliação da gestão orçamentária; e auxílio a outros setores na fiscalização das ações do governo. É essencial para a organização e para a funcionalidade efetiva na cidade em que se situa, pois cada setor tem uma finalidade. Abrindo um parêntese para o controle social, o Conselho tem função de manter uma gestão transparente, com a participação popular. E, para isso, vários dispositivos legais foram fundamentais para a efetivação dos Conselhos de Saúde, a começar pela Constituição Federal de 1988, que estabelece o “caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade”, e as leis nº 8080/90 e nº 8142/90, dentre outros. (8) O acompanhamento da gestão financeira se revelou como uma das principais atividades que deve ser exercida pelos conselheiros na fiscalização do orçamento público. Esse acompanhamento está respaldado pela Lei nº 8142/90 e pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 333/2003, que preconizam que o CMS deve acompanhar e fiscalizar regularmente o desempenho das atividades financeiras e o orçamento da saúde (BRASIL, 1990b; BRASIL, 2003b). É importante ressaltar que cabe a eles definir diretrizes para a elaboração dos Planos de Saúde, e sobre estes deliberar. Isso deve ocorrer conforme as situações epidemiológicas específicas e a capacidade organizacional dos serviços de cada município e região. Traz ainda, dentre outras atribuições, que o CMS deve analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a prestação de contas e informações financeiras (BRASIL, 2003b). Pude compreender de fato a importância do Conselho, que é essencial para a fiscalização do dinheiro que é enviado para cada município, além de contribuir para a organização e entender o que cada município está sendo analisado como investe no local de acordo com as necessidades. Essa aula prática foi muito importante para mim, pois dessa maneira mais interativa pude entender melhor como funciona. SEMANA 6-AULA TEÓRICA (10/03/2020) Como maneira de garantir acesso aos serviços de saúde conforme definido em sua constituição, houve a Alma-Ata que traz a ideia de universalidade e propõe isso no contexto de um sistema de saúde, a noção desse sistema foi calculada. Os departamentos de medicina social, com Alma Ata, começaram a desenvolver conteúdos relativos às ações de atendimento primário à saúde e de formação dos alunos. Como legado, as políticas de saúde fizeram parte de um contexto de estímulos para educação, pesquisa, prestação de serviço, bem como para organização do sistema. Foi inspirada para Estratégia da Saúde da Família, que em boa parte pode ser considerada uma das experiências mais bem sucedidas. No Brasil, a Reforma Sanitária partiu de dentro da academia de profissionais de saúde vinculados aos departamentos de medicina preventiva, enfermagem e todas as áreas que estavam se mobilizando por um sistema universal de saúde. Além disso, teve importância fundamental para plena realização da meta de Saúde para Todos no ano 2000 e para redução da lacuna existente entre estado de saúde dos países em desenvolvimento e dos desenvolvidos. Acrescenta-se, ainda, a Conferência de Otawa em que a saúde passou a ser construída pelo cuidado de cada um consigo mesmo e com os outros, pela capacidade de tomar decisões e de ter controle sobre as circunstâncias da própria vida e pela luta para que a sociedade ofereça condições que permitam obtenção de saúde para todos os seus membros. Nessa carta, a educação em saúde integra parcela de entendimento de promoção à saúde, abrangendo em seu conjunto cinco estratégias: Política pública saudável, ambiente saudável à saúde, reorientação dos serviços de saúde, reforço da ação comunitária e desenvolvimento de habilidades pessoais(1). Além disso, segundo a OMS, a saúde é um complexo bem-estar física, metal e social e não apenas a ausência de afecções e enfermidade, ou seja, engloba fatores sociais e econômicos. Cabe ao Governo oferecer serviços de prevenção, tratamento e acompanhamento que atendam a demanda da comunidade específica, de acordo com suas demandas. No meu ponto de vista, ambas favorecerem positivamente a saúde pública, haja vista que a universalidade (Alma Ata) em conjunto com o entendimento à promoção da saúde (Conferência de Otawa) contribuempara a amplificação do SUS. SEMANA 7 (17/03/2020) Na semana 7, não houve aula prática nem teórica devido à pandemia. No entanto, houve a atividade online- Socrative- a respeito dos atributos para uma atenção primária de qualidade. São sete atributos: 1. O primeiro conato: Traz o acesso e o uso de serviços para cada novo problema/episódio para os quais se procura atenção à saúde; 2. Longitudinalidade: Impõe a existência do aporte regular de cuidados pela equipe de saúde e seu uso consciente ao longo do tempo, num ambiente de relação mútua e humanizada entre equipe de saúde, indivíduos e família; 3. Integralidade: Conjunto de serviços que atendam às necessidades mais comuns da população adscrita; 4. Coordenação: Capacidade de garantir a continuidade da atenção através da equipe de saúde ou dos prontuários clínicos com o reconhecimento dos problemas que requerem seguimento constante; 5. Focalização na família: Considera a família como o sujeito da atenção o que exige uma interação entre a equipe de saúde com esta unidade social e conhecimento integral de seus problemas de saúde; 6. Orientação comunitária: Reconhecimento das necessidades familiares em função do contexto econômico, social e cultural em que vivem, o que exige uma análise situacional das necessidades de saúde dos familiares na perspectiva coletiva; 7. Competência cultural: É o pensar e agir frente à saúde e à doença estão relacionados às experiências e vivências do indivíduo, família e profissional de saúde. Assim, tanto os modos de entender saúde como as práticas adotadas variam de indivíduo para indivíduo(7). Na minha opinião, esses atributos são essenciais para o atendimento dos pacientes, por levar vários fatores em consideração além do sintomatológico. Acrescenta-se, ainda, como fator importantíssimo, a competência cultural, visto que muitos médicos querem julgar “certo” ou “errado” pensamentos ou crenças dos pacientes. Vale ressaltar, que isso interfere na anamnese, ou seja, ao invés de julgá-lo, o médico deve orientar seu paciente para que o tratamento seja efetivo. Mais uma vez, a integralidade é sempre importante não apenas em consultas, mas também em procedimentos cirúrgicos, atendimentos domiciliares, dentre outros. Todos esses atributos em conjunto resultam, de fato, na objetivação daquilo que foi atribuído no contexto de criação do sistema e da atenção referente. Aula Teste (28/03/2020) Após um pequeno recesso das atividades devido à pandemia do Corona vírus, houve em uma sexta-feira (28/03) uma reunião com os alunos na plataforma Canvas e Zoom, em que o professor Gilberto explanou como seriam nossas aulas (apenas teórica) durante esse isolamento pela plataforma remota. Assim que surgiu a ideia, muitos alunos não concordaram e questionaram a efetividade desse novo mecanismo. Mesmo assustada com toda a situação, eu estive ciente de que, mesmo sendo uma forma de estudo nova, seria melhor do que passar tanto tempo sem conteúdos novos e ter uma sobrecarga de aulas no retorno das atividades normais. No entanto, eu fiquei apreensiva devido à internet. No final da reunião, pude perceber que a plataforma atende nossas necessidades e além disso, observei a compreensão e a empatia do professor frente aos possíveis imprevistos que podem ocorrer. Isso me tranquilizou bastante, pois é essencial essa colaboração e calma de todos diante de tal situação. 1º aula remota- teórica – semana 7(31/03/2020) A primeira aula remota (teórica) iniciou com a explanação do professor a respeito dos atributos da APS que tem por base o gerenciamento da atenção primária. Algumas evidências científicas comprovaram que a APS bem feita promove: Maior eficácia do cuidado; Maior satisfação dos usuários; Melhores indicares de saúde Maior utilização de práticas preventivas; Tratamento mais efetivo das condições crônicas; maior eficácia no fluxo dos usuários dentro do sistema; Diminuição das iniquidades sobre o acesso ao sistema de saúde. Resumidamente, a minha compreensão frente a temática abordada, é que os atributos da APS são 7 que são subdivido em essencial (acontece sempre justamente por ser a base da atenção primária e de suma importância) e derivados (é de suma importância também mas não acontece a todo momento). Essencial: - atenção ao primeiro contato: que é o acompanhamento frente a novos problemas ou doenças do paciente; - Longitudinalidade: acompanhamento contínuo feito pela equipe de saúde ao paciente; - Integralidade: conjunto de serviços prestados por uma equipe médica para atender as necessidades comuns da população. Vale ressaltar que o interprofissionalismo é de suma importância para a efetividade desse atributo; Coordenação: continuidade da atenção através da equipe de saúde com a presença dos prontuários clínicos (com o reconhecimento dos problemas que requerem uma atenção constante). Derivados: - Orientação familiar: Como consideram a família essencial para o tratamento e acompanhamento do paciente, há uma relação entre equipe de saúde e família, para que se mantenha e oriente todos a respeito dos cuidados do aquele paciente. Há a integralidade de todos frente a situação clínica e psicológica da pessoa tratada. - Orientação comunitária: Contato direto com a comunidade e pode ser exemplificado com o atendimento domiciliar de maneira isolada. Exige uma análise situacional das necessidades de saúde daquelas comunidades. - Competência cultural: É utilizado com o intuito de aproximar o paciente com equipe. Engloba a empatia e o respeito frente aos pensamentos, ideologias e crenças dos pacientes. Obs: Universalidade da saúde (SUS) x atenção 1º contato A universalidade abrange o acesso a saúde para todos enquanto o primeiro contato se refere ao serviço prestado frente a novos problemas e/ou doenças. Por fim, vale ressaltar que a APS é crucial nesse momento de enfrentamento do Convid- 19 uma vez que, pode contribuir através de seus atributos para a manutenção dos serviços de saúde em colocar em risco aquelas pessoas que tem risco maior e estão mais vulneráveis a contaminação. Um desses atributos é a orientação comunitária em que a equipe de saúde faz visita domiciliar de maneira isolada não pondo em risco, por exemplo, idosos que fazem parte da população de risco para contaminação do corona vírus. Baseado na análise de condições sociais, econômicas, culturais e epidemiológicas das populações vulneráveis do Brasil, destacam-se alguns determinantes positivos e negativos no enfrentamento da COVID-19 que devem ser destacados como fatores negativos temos idosos em especial com comorbidades, mesmo em isolamento social pessoas que moram em conjuntos habitacionais ou em favelas continuam em aglomeração, tabagismo e uso de drogas e queda da economia. Como fatores positivos temos utilização de produtos que ajudam na higienização, novas possibilidades de trabalho/emprego já que as pessoas estão cada vez mais interessadas em trabalhar com uso de redes sociais como Instagram, mobilidade populacional pois muitos comovidos com a situação estão ajudando na fabricação de EPI’s para os profissionais de saúde, dentre outras. Diante do exposto, a minha opinião a respeito da APS é que ela é essencial, em especial, para a situação atual em que nos encontramos com a pandemia do Covid-19. Além de realizar um atendimento direcionado para determinada comunidade, possui uma interação maior com o paciente de forma a orienta-lo e deixar a família consciente das medidas que devem ser tomadas para o cuidado correto para com que aquele paciente. Como os idosos-especificamente- é uma das populações de risco na pandemia, a APS evita bastante a possibilidade de contágio, pois o atendimentoé domiciliar. Semana 8- aula teórica (07/04/2020) Na semana 8, foi ministrado pelo professor Gilberto a temática da Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), que consiste em um documento que fixa as diretrizes operacionais para organização da Atenção Básica (AB) e do papel dela nas Redes de Atenção à saúde (RAS) para os três níveis de governo: municipal, estadual e federal. Segue abaixo uma linha do tempo a respeito de toda a evolução da PNAB: A PNAB passou por uma recente reformulação em 2017, que para o Ministério da Saúde foi necessária pois precisava aprimorar e qualificar a atenção básica. Já para o Conselho Nacional de Saúde e trabalhadores, a reformulação pode gerar desemprego e representa o desmonte do SUS. Abaixo vou apresentar as novas atribuições, suspensão de recursos e os pontos positivos enegativosdessa nova reformulação. Novas atribuições: Gerente de atenção básica: Nova PNAB recomenda a inclusão de um gerente, a necessidade deste profissional deve ser avaliado pelo gestor; ACS: Em caráter excepcional, a capacidade técnica e com formação específica, os ACS poderão aferir pressão e temperatura axilar, medir glicemia capilar e realizar técnicas limpas de curativo; Suspensão de recursos: Ministério da Saúde poderá suspender os recursos financeiros para a atenção básica (AB) quando não houver alimentação regular pelos municípios aos bancos de dados informatizados. Não envio de produção ao Sistema de Informação por 3 meses consecutivos; Descumprimento de carga horária mínima; Ausência de qualquer um dos profissionais que compõem as equipes por um tempo acima de 60 anos; Inconsistência no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) por duplicidade profissional, erro de registro e ausência de profissional. Pontos: Pontos positivos: A colocação da Minuta na PNAB 2017 em consulta pública é um ponto muito importante no processo democrático da consolidação e fortalecimento do SUS; Municípios poderão receber recursos financeiros federais pelo que fazem e as comunidades mais distantes terão ganhos importantes por conta do financiamento; A nova PNAB permite que o gestor selecione sua equipe de acorda com as especificações e necessidades; Integração no mesmo território das atividades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com os Agentes de Combate às Endemias ( ACE). Tem várias ações que são feitas pelo ACS e pelo ACE que podem ser ações comuns. Ex: não dá para um ACS fazer uma visita domiciliar a um paciente crônico, ver um foco de dengue e fugir disso. Além disso, questiona do cartão de vacina e faz as orientações necessárias; Dessa forma, potencializa o tempo e trabalho dos agentes, aumentando seu alcance; Fortalece o papel da atenção básica como ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, com foco na regionalização. Pontos negativos : ACS fica a critério do gestor, se habilita ou não, o que desfalca a política e não cumpre o papel da ESF que é uma equipe formada para determinada comunidade; Maior parte dos ACS em exercício não tem estabilidade profissional, a mudança acarretou a desvinculação de grande número de profissionais não estáveis e a não substituição de profissionais que sejam excluídos de sua atividade profissional; Minuta substituiu o nome dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) que passou a ser chamada de Núcleo Avançado de Saúde da Família, não se específica a obrigatoriedade da composição por favor equipe multiprofissional, de forma que abriu cenários em que não há compromisso para a disponibilidade desses profissionais; Contradição entre o princípio do acesso à assistência farmacêutica, estabelecido pela Minuta como direito da população, e a inexistência de citação ou financiamento para lotação de farmacêuticos nas unidades básicas de saúde. Na prática, não se estabelece garantia para a efetividade da proposição do acesso à assistência farmacêutica, visto que a legislação atual impede o funcionamento de farmácias sem a presença física de um farmacêutico; Rompe com a centralidade na organização do Sus, já que o financiamento específico para quaisquer outro modelo na atenção básica ( para além daquelas populações específicas já definidas na atual PNAB como ribeirinhas, população de rua) que não contemplam a composição da equipe multiprofissional com a presença de agentes comunitários de saúde. Esta decisão abre possibilidade de organizar a atenção básica com base em princípios opostos ao da APS estabelecido em Alma-Ata e adotados no SUS. Diante da temática abordada, a minha opinião a respeito é que a PNAB deveria ter avaliado a sua reformulação durante um tempo maior, pois essa é uma política que reflete o crescimento da população, é a sua base, dentro da comunidade. Precisa de melhorias sim, mas que necessita ser debatida de forma democrática, englobando todos os profissionais de forma a beneficiá-los. Além disso, no meu ponto de vista a integração das atividades do ACS com ACE é favorável a comunidade pois amplia todo o cuidado oferecido. Já que no caso que um ACS vá fazer uma visita domiciliar a um paciente crônico e em sua casa tiver algum foco de dengue, a atuação do ACE vai ser fundamental para evitar que algo pior aconteça e também para orientar quais medidas devem ser tomadas, além de lembrar de ter o cartão de vacina sempre em dia. Semana 9- aula teórica ( 14/04/2020) A aula teórica abordou o tema “Território e Determinantes em Saúde”. Dentro do tema, vale ressaltar que a ação humana sobre o território pode modificar a paisagem, estilo de vida e provocar riscos. O processo de territorialização em saúde, tem como objetivo, delimitar a área de ação e o público-alvo da Atenção Primária à Saúde, não só no sentido de definir a população de atuação da Equipe de Saúde da Família, no que diz respeito as visitas domiciliares, mas também, visa estabelecer critérios que avaliem as condições de vida dessa população, através da coleta de dados demográficos, socioeconômicos, políticos- culturais, epidemiológicos e sanitários, e a partir daí se consiga fazer um planejamento em saúde para auxiliar no processo de diagnóstico local e na identificação dos problemas e necessidades de saúde dessa população (FONSECA et al, 2017). Dentro do processo de territorialização, tem-se a divisão desse território em microáreas. Essa divisão ocorre a partir de características semelhantes dos habitantes da região de domínio da Unidade Básica de Saúde. Com isso, pode-se classificar essas microáreas em diferentes riscos ( probabilidade de ocorrência de um evento desfavorável) e em possíveis áreas de risco ( partes delimitado de um território que por suas características, apresentam mais chances de que algo indesejado aconteça), a partir das ameaças a que seus moradores são expostos ou como certos fatos determinam o desenvolvimento de agravos à saúde desses habitantes.(12) É importante entender a definição de território como um resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças. (Barcellos et al,2002). Existem dois tipos de territórios: Território amorfo: apenas como limite demográfico para a organização administrativa do atendimento à população; Território ampliado: como lugar que amplia o olhar da equipe de saúde permitindo incorporá-la ao processo de trabalho, visualizar melhor o processo de adoecimento, manutenção da saúde e a gestão do cuidado. Bom, do meu ponto de vista, o território tem o intuito de avaliar o caráter dinâmico todos os pontos para condições particulares de doenças. A territorialização é um processo contínuo- justamente por ser dinâmica-, já que é o reconhecimento do território. Abaixo segue um mapa que resume tudo abordado no queeu expus acima. Semana 9- continuação (24/04/2020) Na aula, houve a continuação da Territorialização. Meu entendimento da aula e minha opinião a respeito, é que é importante entender que o processo de territorialização é o processo de habitar e vivenciar um território e que é é essencial para o contato mais direto com a comunidade. Dentro das concepções de saúde e doença (fisiológica e ontológica), a que se assemelha com a atual é a fisiológica, que foi iniciada por Hipócrates, em que esse processo de doenças se dá por desequilíbrio da natureza entre o corpo e fora dele. Centra-se no paciente como um todo, evitando ligar a doença a apenas órgãos particulares. É indiscutível que, o processo de saúde-doença é representando como um conjunto de fatores variáveis que se produz e que condiciona esse estado (saúde-doença), como estilo de vida, ambiente, biologia humana, fatores socioeconômicos, culturais, condições de vida e trabalho, idade, sexo e fatores hereditários. A definição de saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente de doença, está inserido na Constituição da OMS no momento de sua fundação, em 1948, e é uma clara expressão de que a concepção de saúde é muito vasta. Vale ressaltar que, se escolhermos duas pessoas usuárias de tabagismo e etilismo- de estratos socioeconômicos diferentes- reduzirmos seu uso, o nível de melhoria dos dois grupos vai ser diferentes, pois como vimos anteriormente, o processo saúde-doença engloba fatores como condições de vida e fatores socioeconômicos. Por fim, o modelo de Dahlgren e Whitehead está disposto em camadas proximais e distais dos determinantes de saúde, importante para a identificação dos problemas de uma coletividade e redução de iniquidades. Diante da temática abordada, meu ponto de vista é que a territorialização é essencial nesse processo saúde-doença, já que engloba processos que ampliam o contato direto com a comunidade. Além disso, por ser um processo contínuo, visto que como as comunidades passam por modificações constantemente, é importante para manter esse processo linear. É dividido em fases que compreendem uma maior organização no momento de colher os dados. Semana 10- Aula teórica (28/04/2020) A temática da aula foi “Educação em Saúde” em que foi abordado a ligação entre educação e saúde, que se divide em duas: EPS ( Educação Permanente em Saúde) envolve capacitação, treinamentos, cursos, atualizações, aperfeiçoamento. É uma aprendizagem em trabalho: o que fazer, o ensinar e o aprender se incorporam ao processo de trabalho. Eps ( educação popular em saúde): construção de saberes através da interação entre sujeitos). A educação, saúde e trabalho são compreendidos como práticas sociais que fazem parte do modo de produção da existência humana, precisando ser abordados historicamente como fenômenos constituintes - produtores, reprodutores ou transformadores - das relações sociais. A educação popular trabalha de forma a interagir melhor com os profissionais, englobando de forma pertinente a relação social. Outro ponto importante a ser ressaltado, é que a Constituição Federal de 1988, em seu Art 200 compete ao SUS ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. Além disso, temos o Art.14 da Lei 8.080/90 que afirma que deverão ser criadas comissões permanentes de integração entre serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior. Como a educação popular é bastante interativa entre médico-paciente, ela pode ser aplicada na clínica de forma individualizada. Por fim, deve lembrar que a relação entre os profissionais de saúde e os usuários do sistema de saúde não deve ser baseada na assimetria e no didatismo técnico. Os profissionais devem focar suas ações nos indivíduos, considerando as situações de risco da comunidade, com isso haverá maior efetividade das ações. (13) Semana 11 e 12 - Informação em Saúde e Epidemiologia (19/05/2020) A aula teórica abordada foi sobre “Informação em Saúde e Epidemiologia”. Inicialmente é válido ressaltar a importância da informação em saúde, que é reafirmado pela Lei 8.080/90 em que é direito do paciente ter informações sobre sua saúde, a divulgação de informações quanto aos serviços prestados e a sua utilização, além da utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridade de alocação de recursos e a orientação programática. O conceito de saúde inclui desde condições demográficas, alimentação e nutrição, transporte, moradia, saneamento, vestuário até segurança e liberdade humana. Por isso, não é fácil determinar se alguém tem ou não saúde, já que há um amplo conceito de saúde-doença, como determina a OMS. O tipo de cuidado que apresenta uma maior resolutividade é longitudinal, pois apresenta o cuidado centrado na pessoa. (14) Para transformar tudo no território em informações significativas precisa de indicadores, que são instrumentos utilizados para medir uma realidade como parâmetro norteador, de gerenciamento, avaliação e planejamento das ações na saúde, de modo a permitir mudanças nos processos e resultados. Existem diversos tipos de indicadores, como por exemplo, o demográfico, de mortalidade, morbidade, fatores de risco e de proteção, recursos e cobertura. O indicador deve ser capaz de medir: (14) Eficiência, que se refere a utilização de recursos da melhor maneira e em um tempo curto com baixo custo; Eficácia que é através de ações produzidas para alcançar os melhores resultados; Efetividade que tem como principal função avaliar o impacto sobre a saúde, obtendo informações concretas da situação. Por fim, a aula foi de grande aproveitamento pois entendermos que a informação em saúde é de suma importância para compreendermos que não é apenas um ou outro fator que determina a qualidade e/ou presença de saúde e sim o conjunto de indicadores em toda sua esfera. Semana 12 – Primeira Aula Prática (26/05/2020) Na nossa primeira aula prática, houve a apresentação de países com seus respectivos casos confirmados e óbitos. Como tarefa, tínhamos que ordenar os países quanto ao melhor desempenho no enfrentamento da Pandemia e justicado com três indicadores. O outro ponto discutido na aula prática, segue em anexo. No Brasil, o gráfico que representa é o número 4 haja vista que apresenta a incidência da doença, pois apresenta novos casos. Além disso, a incidência representa a “velocidade” em que a população está sendo acometida. Por fim, na minha opinião a aula foi de profundo aproveitamento pois entendi que para determinar que um local está em estado de alarme por uma determinada doença, é preciso analisar todo o contexto local. Desde a taxa de mortalidade, índices demográficos, de mortalidades, de morbidades e de letalidade, que foi o que o meu grupo utilizou. Além disso, pude entender a diferença entre coeficiente (sem constância, leitura difícil) e taxa (com constância, leitura fácil), ambos apresentam afinidade; E o índice apresenta baixa afinidade. Semana 13- Aula teórica (26/05/2020) Na aula teórica, o professor Gilberto ministrou a respeito do Apoio Matricial, em que tem como principais funções materializar o trabalho em equipe e potencializar a atenção básica. É importante ressaltar a importância da tecnologia, já que ela em benefício do paciente promove grandes avanços no tratamento do paciente. Esse meio pode ser dividido em Tecnologia leves (vínculo/acolhimento);Tecnologias leve-duras (epidemiologia/ clínicas médicas); Tecnologia duras (raio X). Além disso, o trabalho colaborativo é importante para a avaliação conjunta da situação inicial do território e para pactuação do desenvolvimento do processo de trabalho e de metas. Há equipes de apoio matricial, que se subdividem em técnico-pedagógico que se relaciona com uma linha de cuidado que vai além da clínica e o clínico-assistencial quando se trata do problema/doença em si. Os objetivos específicos desse apoio são: ampliar o escopo e a oferta de ações na Atenção Básica(AB); Ampliar a coordenação e a longitudinalidade do cuidado pelas equipes apoiadas. Como resultado intermediário temos o acesso com o intuito de qualificar as equipes apoiadas e potencializar a clínica ampliada; a resolubilidade tem como objetivo favorecer a articulação da atenção básica com outros pontos de atenção da RAS e serviços intersetoriais, além de qualificar encaminhamentos. De modo geral, o apoio matricial amplia o acesso e a resolubilidade da AB. Por fim, meu ponto de vista é que o apoio matricial depende de premissas, ter um pode de resolubilidade, promovendo na atenção básica a clinica ampliada, com um olhar amplo e compartilhando, de forma a contribuir com a integralidade-principais princípios do SUS- por meio das rodas matriciais em que há dialogo, trabalho colaborativo e linha de cuidado. É importante ressaltar que, quem matricia também é matriciado, uma vez que- hipoteticamente- o profissional vai tratar pessoas com problemas psíquicos, além de ajudar o quadro do paciente, ele vai ser também matriciado por meio do vínculo e da experiência adquirida. O matriciamento é um espaço de discussão que foge da lógica do cuidado por si só, funcionando como um facilitar para debater casos, esclarecer diagnósticos, estruturar e a abordagem familiar, consequentemente potencializa o trabalho na atenção básica e do ESF. A figura abaixo ilustra esse trabalho integrando entre NASF e equipe SF/AB. Reposição das aulas práticas- Aula prática (02/06/2020) Esta aula prática foi sobre matriciamento / apoio matricial, em que nos foi apresentado um vídeo de um interior em que a população não tem acesso aos cuidados básicos de saúde, informação em saúde e nem ensino escolar fundamental. Essas características se evidenciam pelo fato de que a avó das crianças as reprimiam quando estavam brincando de escrever o nome, e as obrigava a fazer os trabalhos domésticos, consequentemente, a falta do diálogo familiar e a falta da educação (em saúde) levaram a criança Maria e ter uma gravidez na adolescência, o que vai passado para as gerações seguintes. Além disso, percebe-se que é uma região que não apresenta saneamento básico e não possui uma estrada que favoreça o acesso e o trabalho da APS. Diante do exposto, percebe-se que o matriciamento é essencial para o acompanhamento de um grupo populacional, para a prevenção de doenças e principalmente para orientação em saúde, o que engloba o diálogo e medidas preventivas para doenças e possível gravidez Abaixo está síntese do que foi discutido pelo grupo em aula: Aula expositiva- apresentação dos mapas (02/06/2020) Esta aula, tivemos a apresentação dos mapas de cada grupo a respeito dos dados coletados das UBS de cada bairro. O meu grupo buscou informações sobre a UBS Módulo 34 do bairro pindorama. Os indicares utilizados foram de mortalidade por suicídio na população idosa, incidência de suicídio na população idosa e o índice de envelhecimento. Com esses indicadores, pudemos observar a situação realística em que se encontrava a população e os âmbitos a serem melhorados. Houve a apresentação dos outros mapas que apresentaram dados bem precisos sobre a população escolhida. Eu pude perceber o quão importante são esses indicadores para termos o controle sobre o trabalho do sistema de saúde daquela UBS perante aquela determinada população e termos o controle mais específico do que precisa e pode ser melhorado no local. Abaixo segue em anexo as informações colhidas pelo meu grupo (basta dar zoom que as frases aparecem legíveis): Aula prática- Educação em Saúde (09/06/2020) Esta aula prática foi sobre educação em saúde. O intuito dela foi idealizarmos um planejamento sobre o tema do nosso projeto de pesquisa mais voltado para comunidade. O meu grupo decidiu realizar um grupo de apoio para dependentes alcoólicos que se reuniria semanalmente (2x) nos dias de quarta e sábado, no salão paroquial da capela inserida na área de abrangência e com a duração de 1h30min. O número de participantes gira em torno de 15 a 20 participantes. Teremos a presença do NASF - 1 psicólogo; ESF- 1 enfermeiro; 1 médico. ACSs. E ocasionalmente teremos o médico psiquiatra, quando necessário. As cadeiras serão dispostas em roda para que os profissionais da saúde fiquem entre os participantes do grupo de apoio e ofereçam uma maior segurança e eficiência no encontro A dinâmica que será utilizada para a socialização do grupo será a dinâmica da teia, em que cada participante ao pegar a ponta do fio de lã será responsável por discorrer a respeito da sua vida e vivencias principalmente relacionado ao uso e abuso do álcool e as medidas de enfrentamento para continuar no período de abstinência alcóolica, bem como destacar o apoio e suporte utilizado durante as crises. Essa dinâmica oferece uma medida de acolhimento aos participantes pois, eles têm a oportunidade de desabafar as aflições, sentem-se mais confortável para a fala sobre o tema envolvendo uso e abuso de álcool, e ainda, encontram outras experiências de pessoas que passaram por momentos semelhantes mas, que conseguiram superar a dependência do álcool, oferecendo uma maior esperança e auxiliando na resolutividade do quadro. No decorrer da vivencia é possível fornecer o suporte para os participantes possam superar os seus medos e entender que não é você fugindo dos problemas e tentando utilizar o álcool como uma válvula de escape que, os problemas irão estar solucionados, pelo contrário o uso e abuso de álcool ele só faz piorar toda uma situação que se encontra fragilizada. Os grupos de apoio e combate ao alcoolismo eles trabalham no intuito de resgatar o indivíduo e inseri-los novamente na sociedade, tanto no aspecto familiar, social, laboral e pessoal (visto que, muitas vezes o indivíduo não consegue mais se reconhecer perante seus atos). Eu achei bastante criativa essa atividade pois nos direciona como ajudar pessoas que possuem alguma dependência de uma forma mais didática e que não se torne enjoativa. Além disso, esse trabalho envolvendo a educação em saúde é de suma importância para que a população entenda os riscos sobre determinada droga e para que possa prevenir problemas futuros. Aula expositiva- apresentação de mapas (09/06/2020) Nesta aula expositiva, tivemos a finalização das apresentações dos mapas que, como relatado anteriormente, foi crucial para que possamos compreender a importância dos determinantes de saúde e sua correlação com o Sistema Único de Saúde. É imprescindível ressaltar que a partir dos determinantes escolhidos podemos direcionar as demandas que queremos analisar em um determinado território (comunidade) da UBS referente. Por fim, fiquei surpresa durante esta exposição de informações, pois não sabia da dimensão e da importância que tais informações tinham no momento de analisar a desenvoltura de determinado local de acordo com os princípios e fundamentos do SUS. Além disso, percebi que determinantes bem selecionados ajudam intrinsicamente a restringir mais a coleta de dados, o que permite informações mais precisas sobre tal.Aula prática sobre PNAB (23/06/2020) Esta aula sobre a PNAB, nos foi apresentado um vídeo que retratava a importância da PNAB como forma de centralizar ainda mais a atenção nessas comunidades. O intuito da atividade é abordar pontos a serem melhorados na PNAB em tempos de pandemia. Os pontos que o meu grupo decidiu abortar forma: Recurso financeiro, pois sabemos que os recursos ofertados nem sempre suprem as necessidades locais, por isso a necessidade de um aumento desse recurso; Participação do conselho municipal de saúde, pois umas das dificuldades dessas implementações do SUS é esse contato direto com o conselho que é responsável por coordenar as medidas de saúde naquele município; Vigilância sanitária, pois é preciso barreiras sanitárias para manter higienizado e seguro para a circulação de pessoas nas ruas Práticas educativas com o intuito de orientar as pessoas sobre o uso correto de máscaras e seu descarte, higienização das mãos, cuidados ao sair e retornar para casa; Além da educação permanente para os profissionais de saúde para conduzir os pacientes de forma correta e ágil; Aumento da carga horária das visitas domiciliares das equipes já que como a população (de risco em especial) não saem de casa, consequentemente aumenta a demanda de profissionais para suprir as necessidades dessas pessoas; Atuação do NASF de forma mais direcionada para a atuação na APS Preparação do ACS e ACE (orientações de cuidados) pois como estão inseridos na comunidade, podem ajudar a população de forma mais direta; Isolamento social (uma realidade possível?) é um problema que não se restringe apenas no âmbito da saúde mas também no social e econômico, já que a grande parte da população brasileira apresenta famílias grandes e poucos cômodos; Inclusão de uma nova equipe voltada para síndromes gripais, em que essa equipe ficaria separada das demais, com todos os equipamentos necessários, o que evitaria a possível contaminação de pessoas que até então não tinham se contaminado; Cuidado da saúde mental do idoso pois como são pessoas de alto risco podem se sentir sozinhos//abandonados que se não for cuidado pode levar a ansiedade e depressão. É válido ressaltar a importância dessa nova adaptação da PNAB, já que temos que nos adaptar e aprender a lidar com essa nova realidade, que exige mudanças na estrutura normativa da APS e dos profissionais que fazem parte, objetivando a segurança, o cuidado e mantendo-principalmente- nos princípios do SUS. Aula prática (30/06/2020) Esta aula, que foi nossa última aula prática, utilizamos os determinantes em saúde no DataSUS para colher informações sobre o Estado do Piauí e a cidade escolhida pelo meu grupo que foi Parnaíba. Abaixo segue as informações obtidas: Parnaíba Piauí Óbitos fetais 34 735 Nascimentos femininos 1.263 24.212 Nascimentos Masculinos 1.268 25.264 Nº de casos de violência doméstica, sexual e/outras violências 379 3.334 Casos de tuberculose 45 751 Capacidade instalada da rede de saúde no estado 2.472 Nascidos vivos 2531 49.490 Casos de sífilis adquirida no Estado 540 Óbitos maternos 3 42 No início, eu achei bem complicado encontrar as informações do DataSUS mas com a ajuda do professor Gilberto e dos integrantes do grupo o qual fiz parte, consegui buscar todas as informações necessárias. Quanto ao site, não tinha conhecimento até então, porém pude perceber sua relevância e precisão para passar as informações sobre os estados e municípios. Além disso, gostei bastante do fato de poder restringir ainda mais as informações. REFERÊNCIAS~ 1. BVSMS.SAUDE.. As cartas de promoção à saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf. Acesso em: 22 mar. 2020. 2. CONASS.ORG.BR. A atenção primária e as redes de atenção a saúde. Disponível em: https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/A-Atencao- Primaria-e-as-Redes-de-Atencao-a-Saude.pdf. Acesso em: 21 mar. 2020. 3. HTTP://WWW.FUNASA.GOV.BR/. Cronologia Histórica da Saúde Pública. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica- da-saude-publica. Acesso em: 22 mar. 2020. 4. HTTPS://CONSELHO.SAUDE.GOV.BR/. Lei 8.080 de 19/09/1990. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm. Acesso em: 22 mar. 2020 5. HTTPS://SAUDE.GOV.BR. Pacto pela Saúde. Disponível em: https://saude.gov.br/gestao-do-sus/articulacao-interfederativa/comissao- intergestores-tripartite/pacto-pela-saude. Acesso em: 21 mar. 2020. 6. HTTPS://WWW.SAUDE.GOV.BR/. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Disponível em: https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude. Acesso em: 21 mar. 2020. 7. PEREIRAII, M. A. D. C. O. I. C. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem. São Paulo, v. 66, set./2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672013000700020. Acesso em: 22 mar. 2020. 8. ROCHA1, E. N. et al. O papel do conselheiro municipal de saúde na fiscalização do orçamento público: subtítulo do artigo. Rio de Janeiro, v. 37, n. 96, p. 1-8, mar./2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n96/12.pdf. Acesso em: 22 mar. 2020. 9. SAUDE.GOV.BR. Educação-Interprofissional em Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br/educação-interprofissional-em-saúde.pdf. Acesso em: 21 mar. 2020. 10. SECRETÁRIA DE SÁUDE. Atenção Básica ou Primária – Principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: https://saude.rs.gov.br/atencao-basica-ou-primaria-principal-porta-de- entrada-para-o-sistema-unico-de-saude-sus. Acesso em: 21 mar. 2020; 11. GAMA, A. L. et al. Dentro do processo de territorialização, tem-se a divisão desse território em microáreas. Essa divisão ocorre a partir de características semelhantes dos habitantes da região de domínio da Unidade Básica de Saúde. Com isso, pode-se classificar essas microáreas em diferentes riscos, a partir das ameaças a que seus moradores são expostos ou como certos fatos determinam o desenvolvimento de agravos à saúde desses habitantes : subtítulo do artigo. Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba – FCM PB: subtítulo da revista, Local, Volume, Número, p. 1-9, dez./2005. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/conbracis/trabalhos/TRABALHO_ EV108_MD4_SA1_ID2649_21052018224319.pdf. Acesso em: 14 abr. 2020. 12. Territorialização como instrumento do planejamento local na atenção básica, 2016; 13. FALKENBERG; AL., Mirian Et. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 3, p. 1-3, mar./2013. Disponível em: file:///C:/Users/Cliente/Downloads/Educa%C3%A7%C3%A3o%20em% 20sa%C3%BAde%20e%20educa%C3%A7%C3%A3o%20na%20sa%C 3%BAde_%20conceitos%20e%20implica%C3%A7%C3%B5es%20para %20a%20sa%C3%BAde%20coletiva.pdf. Acesso em: 8 jul. 2020. 14. OMS. Indicadores de Saúde: Elementos conceituais e práticos,2018. 15. KJELLSTRÖM, R. B. R. B. T. Epidemiologia básica . 2. ed. Rio de Janeiro: Livraria Santos Editora, 2010. p. 1-230. 16. M. M. D. O. V. 1. G. W. D. S. C. Formação Paideia para o Apoio Matricial: uma estratégia pedagógica centrada na reflexão sobre a prática. Cad. Saúde Pública, Campinas, p. 1-15, fev./2018. Disponível em: file:///C:/Users/Cliente/Downloads/1678-4464-csp-34-08- e00123617.pdf. Acesso em: 8 jul. 2020
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